Abdome Agudo Inflamatório Flashcards
A Artéria Apendicular (que irriga o apêndice) é ramo tributário de quais artérias?
Artéria Ileoceco (ileoapendicular) que é ramo da Artéria Mesentérica Superior
A artéria cística é originada de quais artérias?
Artéria Hepática Direita -> Artéria Hepática própria -> Artéria Hepática Comum -> Tronco Celíaco
O que é Sinal de Carnett e o que o seu resultado indica?
Examinador pressiona o ponto algico e paciente flexiona tronco e pernas.
Sinal positivo: aumento da dor a
palpacao da musculatura contraída, afasta etiologia intra abdominal
Sinal negativo: dor diminui, indica causa abdominal
O Sinal de Forthergill está presente em qual condição ?
Hematoma do Reto abdominal
O que é sinal de Halban?
Percussão ou palpação cada vez mais dolorosa, conforme progride da fossa ilíaca ao hipogastrio.
Se dor for mais forte perto do ponto de Mc Burney: sugere apendicite
Se dor for mais baixa: sugere anexite
Quais são os Critérios Diagnósticos de Tokyo para Colecistite Aguda?
A) Sinais de Inflamação Local (sinal de Murphy, dor/sensibilidade/massa palpável em hipocôndrio direito)
B) Sinais de inflamação sistêmica (febre, leucocitose, PCR elevado)
C) Achados de imagem característicos de colecistite ( espessamento da parede da vesícula, alongamento da vesícula, acúmulo de líquido ao redor da vesícula, sinal de Murphy ultrassonográfico, cálculo impactado no infindíbulo)
Colecistite: Pelos Critérios Diagnósticos de Tokyo, quando consideramos suspeito e quando consideramos o diagnóstico definitivo?
Suspeito:
A (inflamação local) + B (inflamação sistêmica)
A (inflamação sistêmica) + C (imagem característica)
Definitivo: A+ B + C
Quando consideramos Colecistite Moderada (Tokyo grau II)? (4)
•Duração > 72h
•Leucócitos > 18.000
•Massa palpável no quadrante superior direito
•Marcador de inflamação local (gangrena, Colecistite enfisematosa, abscesso, peritonite biliar)
Quando consideramos Colecistite Grave (Tokyo grau 3) (5)
Quando temos disfunções orgânicas
*Cardiovascular (hipotensão apesar do uso de drogas vasoativas)
* Neurológica: rebaixamento
*Respiratória: PaO2/FiO2< 300
*Hematológica: Plaquetas <100.00
* Hepática: INR> 1,5
Qual o tratamento geral para Colecistite (todos os graus de Gravidade) ?
Internação
Jejum
Hidratação
Correção de distúrbios hidroeletroliticos
Antibiótico
Como devemos tratar uma Colecistite Grau I (Leve) ?
•Tratamento geral + Colecistectomia (preferencialmente videolaparoscópica) o quanto antes (<72h)
•Se paciente não tiver condições clínicas para cirurgia, optar pela terapia conservadora e cirurgia em segundo momento
Como devemos tratar uma Colecistite Grau 2 (Moderada)?
*Colecistectomia de emergência (<72h)
*Se paciente não tiver condições clínicas pode ser optado por terapia conservadora + Drenagem Biliar (Punção)+ Cirurgia em um segundo momento
Como devemos tratar uma Colecistite Grave (Tokyo Grau 3)?
• Colecistostomia para desobstrução da vesícula biliar
•Suporte intensivo
Quais os esquemas de antibióticos para Colecistite de acordo com grau de gravidade?
Leve: podemos fazer esquema profilático na indução anestésica ou por 24 horas
Moderado: Ceftriaxona + Metronidazol ou Ciprofloxacino + Metronidazol no diagnóstico até 5-7 dias após colecistectomia
Grave: Cefepime + Metronidazol ou Meropenem
Em quais pacientes geralmente ocorre a Colecistite Acalculosa?(4)
- Pacientes internados em UTI
- Infecções em Pacientes imunossuprimidos ou transplantados
- Trauma
- Nutrição Parenteral Total
Como realizamos o diagnóstico de Colecistite acalculosa e qual o tratamento?
Diagnóstico: Achados clínicos, desvio à esquerda no leucograma e USG são suficientes para definir o diagnóstico
Cintilografia hepatobiliar pode ser útil no diagnóstico, porém não é essencial. Exame demorado, não utilizado rotineiramente
Conduta: se paciente instável, colecistostomia. Se estável podemos fazer colecistectomia.
Qual a conduta diante de uma colecistite calculosa com presença de gangrena, necrose, enfisema ou perfuração da vesícula?
Colecistectomia de emergência
O diagnóstico de apendicite aguda na mulher grávida pode ser dificultado por qual fator de confusão?
Deslocamento Cranial do ponto de Mcburney por aumento do volume uterino
Na suspeita de Apendicite em gestante, qual exame deve ser solicitado em caso de falha da visualização pela Ultrassom Abdominal?
Ressonância Magnética
Em um caso de apendicite, quando devemos iniciar Antibiótico?
No momento do diagnóstico
O Antibiótico é um dos pilares do tratamento da Apendicite
Quais as características da Diverticulite Hinchey Ia e Ib e a conduta?
Ia: inflamação pericolica confirmada ou flegmão
Ib: abscesso pericolico ou mesocólico (<5 cm) na proximidade do processo inflamatório
Conduta:
Sem critérios de internação: antibioticoterapia oral e Dieta sem fibras
Com critério de internação: Jejum + Antibiótico EV
Quais as características da Diverticulite Hinchey 2 e a conduta:
Abscesso intra abdominal, pélvico ou retro peritoneal, distante do processo inflamatório primário
Conduta:
Antibiótico EV + Drenagem percutânea guiada por USG ou TC
Qual a característica da Diverticulite Hinchey 3 e conduta?
Peritonite purulenta
Conduta:
Mais comum: Hartmann
Fazer anastomose primária apenas se paciente estável e com condições locais favoráveis
Retossigmoidectomia com reconstrução primária do trânsito associada a ileostomia ou transversostomia protetora
Qual a característica da Diverticulite Hinchey 4 e conduta ?
Peritonite Fecal
Retossigmoidectomia a Hartmann
Não podemos fazer reconstrução primária de trânsito
Evitar lavar a cavidade
Diverticulite:
V ou F: Os primeiros surtos da doença tendem a ser mais graves
Verdadeiro
V ou F: A classificação de Hinchey é feita através de exame de imagem. Paciente que apresenta clinicamente peritonite não podemos classificar como Hinchey 3 ou 4.
Verdadeiro.
Se paciente apresentar peritonite no exame físico, devemos confirmar a classificação pela imagem, se apresentar gás ou líquido livre iremos pensar em Hinchey 3 e 4.
Qual a conduta diante de uma abscesso esplênico grande ou multiloculado? Em qual perfil de paciente essa condição é mais prevalente?
Antibioticoterapia EV + Esplenectomia + Drenagem subfrênica (para evitar disseminação da infecção para o espaço pleural)
Condição mais comum em usuários de drogas endovenosas
O que é Sinal de Candelabro? Pode estar presente em qual condição?
Dor extrema abdominal e pélvica inferior com movimento do colo do útero
Pode estar presente na Doença Inflamatória pélvica
Paciente com dor abdominal em andar superior direito, descompressão brusca positiva, leucocitos e PCR aumentados, com a seguinte imagem tomográfica. Qual a hipótese diagnóstica?
Diverticulite de Intestino Delgado
Qual o principal agente relacionado à Linfadenite Mesentérica? Quando pensar nesse diagnóstico?
Yersínia
Caso que parece apendicite após quadro de IVAS
Em relação ao tratamento não operatório para apendicite, quais são as evidências relacionadas?
Não é superior nem inferior ao tratamento cirúrgico, entretanto há chance de recorrência em cerca de 39% em 5 anos
A Cintilografia Hepatobiliar com ácido iminodiacético (HIDA) pode auxiliar no diagnóstico diferencial de quais alterações? Como estará o exame nesses casos?
Se ultrassom e TC não ajudarem podemos realizar HIDA
Colecistite Aguda: vesícula não estará corada na imagem. Ducto cístico obstruído por edema local
Pancreatite aguda: pâncreas não estará corado na imagem. Ducto pancreático obstruído por edema local.
V ou F: Apendicite em crianças apresenta maior risco de complicações abdominais, como perfuração, que em adultos
Verdadeiro
Quanto menor a criança mais fina a barreira do apêndice, maior chance de perfuração.