23. Imunologia da Gravidez Flashcards

1
Q

Relevância da formação de neovasos

A

Permite o escape do embrião às celulas imunitárias

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2
Q

Nas gravidezes com ovodoação pode ocorrer uma reação semelhante à rejeição do Enxerto num transplante. Como se chama?

A

Pré-eclampsia

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3
Q

Quais as 3 hipóteses propostas que permitem a proteção imunológica do feto propostas por Sir Peter Brian Medawar “O Paradoxo Imunológico da Gravidez”?

A
  • Separação anatómica entre o feto e a mãe
  • Imaturidade antigénica fetal
  • Inércia imunológica materna
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4
Q

Quem medeia os mecanismos de imunotolerância materno-fetal?

A
  • trofoblasto

- resposta imune materna: inata e adptativa

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5
Q

Mecanismos mediados pelo trofoblasto

A
  • Ausência de HLA-A e HLA-B, mas sim de HLA-C, HLA-G e HLA-E
  • Libertação de pequenos fragmentos de trofoblasto na circulação
  • Expressão de Fas ligando à superfície do trofoblasto
  • Expressão de reguladores do complemento (CD46, CD55 e CD59)
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6
Q

No paradigma Th1/Th2, faça a associação entre os 3 grupos:

A: Th1, Th2
B: Citocinas pró-inflamatórias, citocinas anti-inflamatórias
C: imunidade celular, imunidade humoral

A
  • Th1 caracterizadas pela produção de citocinas pró inflamatórias (IL-2, IFN-γ, TNF-α, TNF-β, IL-6, IL1β) envolvidas na Imunidade celular
  • Th2 caracterizadas pela produção de citocinas anti inflamatórias (IL-3, IL-4, IL-5, IL-10, IL-13) envolvidas na Imunidade humoral
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7
Q

Como é o PARADIGMA CLÁSSICO TH1/T2 na grávida?

A
  • Inicialmente com produção de citocinas pró inflamatórias Th1 (implantação e desenvolvimento placentar)
  • Posteriormente com produção predominante de citocinas antiinflamatórias Th2 na interface materno fetal (crescimento placentar e prevenção da rejeição fetal)
  • Volta-se a verificar perfil inflamatório Th1, na fase do parto e do pós parto
  • e consequente dominância da imunidade humoral sobre a imunidade celular
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8
Q

Quanto ao paradigma clássico Th1/Th2 na grávida, há uma dominância. Qual?

A

dominância da imunidade humoral sobre a imunidade celular

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9
Q

Que grupo de doenças agrava durante a gravidez?
A: Esclerose múltipla, Doença de Chron, Psoríase
B: Asma, Colite ulcerosa, LES

A

B, pois são doenças de perfil Th2 que vai estar em excesso

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10
Q

No novo paradigma, que células estão responsáveis por gravidezes normais e que células por complicações obstétricas?

A

Gravidez normal: Treg + Th2

Complicações: Th1 + Th17

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11
Q

3 trimestres imunológicos da gravidez

A

1º Trimestre: precisamos de uma resposta inflamatória para o embrião se implantar, ocorrendo a formação de neovasos

2º Trimestre: predomínio Th2, ambiente antiinflamatório, de quiescência

3º Trimestre: nova resposta Th1 inflamatória (na altura de parto, deixa de ser necessário tolerância, já que é necessário expulsar o feto)

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12
Q

Leucócitos na interface materno-fetal

A
  • Células NK ≈ 70%
  • Macrófagos ≈ 20%
  • Células T ≈ 10-20%
  • Raras Células Dendríticas e B
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13
Q

O perfil citocínico de uma grávida define-se através dos parâmetros sanguíneos. V/F

A

F - define-se por biópsias uterinas

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14
Q

Caracteriza as populações de células NK na grávida

A

2 Populações : pNK e uNK
pNK (sangue): é pro-rejeição, estando marcadas intensamente com CD16

uNK (endométrio): é pro-tolerante, estando mais marcadas com CD56

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15
Q

Que células predominam na interface materno-fetal?

A

Células NK uterinas uNK

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16
Q

Qual a função das Células NK uterinas uNK?

A

Invasão do trofoblasto e angiogénese

Remodelling das artérias espiraladas

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17
Q

Papel dos macrófagos na grávida

A
• Promovem o desenvolvimento da placenta
-  Invasão do trofoblasto
-  Remodelação das artérias espiraladas
-  Contribuem para o processo do parto
• Protegem o feto de microrganismos
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18
Q

Quais os fenótipos dos macrófagos na grávida?

A
  • M1 Pró-inflamatório

* M2 Imunossupressor

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19
Q

Papel das células dendríticas na grávida

A

o Apresentação inicial de antigénios
o Mediação da comunicação entre o trofoblasto e as células Treg
o Contribuem para o predomínio da resposta Th2

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20
Q

Papel dos mastócitos nas grávidas

A
  • Promoção da angiogénese na interface maternal-fetal
  • Modulação da remodelação das artéria espiraladas
  • Suporte à implantação e ao crescimento fetal
21
Q

Que células fazem a mediação da comunicação entre o trofoblasto e as células Treg

A

C. dendríticas

22
Q

Papel dos neutrófilos na grávida

A

Promoção da angiogénese

23
Q

Papel das células T CD4+ na grávida

A
  • Proteção da placenta contra rejeição

* Promoção da implantação do embrião

24
Q

Papel das células Treg na grávida

A
  • Manutenção de ambiente favorável à implantação
  • Tolerância inicial contra antigénios paternos

São críticas no controlo da inflamação necessária para a implantação do embrião e progressão da gravidez

25
Q

Papel células B na grávida

A
  • Proteção contra anticorpos maternos simétricos
  • Defesa contra “sinais de perigo” na interface maternofetal

Encontram-se em muito pequena concentração

26
Q

Papel das células Breg na grávida

A
  • IL10: promoção de tolerância materno-fetal
  • Proteção contra efeitos adversos do stress inflamatório
  • Bloqueio das respostas Th1 -> Melhor desfecho da gravidez
27
Q

Enzima IDO (indolamina 2,3-dioxigenase)

A

Produção induzida pelos macrófagos, sendo responsável pela degradação de triptofano. Esta degradação tem dois efeitos, por um lado, conduz à indução das células Tregs e, por outro, resulta na activação deficiente de células T lesivas.

28
Q

Microquimerismo fetal

A

Persistência de baixas concentrações de células fetais nos tecidos maternos durante e após a gravidez

29
Q

Existem 2 períodos de ativação do sistema imune na grávida. Caracteriza-os

A

1º período – logo ao início, em que o embrião se implanta, e aqui vai haver um papel muito importante, que é a ativação devido ao contacto da mulher com o embrião que tem genes diferentes

2º período – à medida que começa a haver microquimerismo fetal, vai haver um novo pico de ativação do SI, que vai acontecer no pós parto ou peri parto

30
Q

Que Ig passa a placenta?

A

IgG

31
Q

Grávida com Lupus ou síndrome de Sjogran. Qual a relevância?

A

Tem anticorpos SSa e SSb que atravessam a placenta e o feto tem um maior risco de ter um bloqueio cardíaco congénito (auriculo-ventricular) e pode ter necessidade de colocar um pacemaker quando nasce, devido ao lupus neonatal com que poderá nascer.

32
Q

Se a mãe tem anticorpos SSa e SSb positivos, qual a percentagem de recém nascidos que tem lupus neonatal?

A

> 52%

33
Q

Que Ac dá doença de graves neonatal?

A

Ac anti-receptor TSH (TRAb)

Atravessam a placenta estimulam a tiroide fetal depois das 20 semanas

34
Q

Os Ac Antitiroideus AAT (especialmente o Antiperoxidase TPO) surgem em mulheres em idade reprodutiva com deficientes funções tiroideias, estando associados a mau desfecho obstétrico. V/F

A

F - pode surger em mulheres com função tiroideia normal

35
Q

Os anticorpos do SAAF estão associados a que patologia na grávida?

  • Anticoagulante lúpico LAC
  • Ac anticardiolipina ACL
  • Ac anti-b2GP1
A

Trombose arterial e/ou venosa
Complicações obstétricas (aborto, perdas fetais, prematuridade relacionada com pré-eclâmpsia ou com insuficiência placentária)

36
Q

Qual a afirmação correta?

A) Os testes dos Ac do SAAF devem ser repetidos (pelo menos 2 determinações) com intervalo igual ou superior a 12 semanas

B) Os testes dos Ac do SAAF devem ser repetidos (pelo menos 2 determinações) com intervalo igual ou superior a 4 semanas

A) Os testes dos Ac do SAAF devem ser repetidos (pelo menos 2 determinações) com intervalo igual ou superior a 20 semanas

A

A) Os testes dos Ac do SAAF devem ser repetidos (pelo menos 2 determinações) com intervalo igual ou superior a 12 semanas

37
Q

Que Ac do SAAF só se deve considerar títulos moderados ou elevados?

A

Ac anticardiolipina

38
Q

No SAAF, há 4 fatores de mau prognóstico. Quais?

A
  • Anticoagulante Lúpico (elevado risco trombótico)
  • Presença dos 3 anticorpos “Triplo positivo” (elevado risco trombótico)
  • Anticardiolipina (ACA) IgG têm maior risco de complicações obstétricas que os outros isotipos (IgM e IgA)
  • Antecedentes de trombose vascular
39
Q

No SAAF, há 4 fatores de mau prognóstico. Quais estão associados a maior risco trombótico?

A

Anticoagulante lúpico

Presença de 3 anticorpos “triplo positivo”

40
Q

No SAAF, há 4 fatores de mau prognóstico. Que Ac e que isótipo desse Ac está mais associado a complicações obstétricas?

A

Anticardiolipina (ACA) IgG têm maior risco de complicações obstétricas que os outros isotipos (IgM e IgA)

41
Q

Principais mecanismos de ação do SAAF

A
  • Trombose
  • Interferência c/ equilíbrio Prostaciclina/Tromboxano A2
  • Interferência com as Moléculas de Adesão entre elementos do trofoblasto
42
Q

Anexina V - qual a relevância para ascomplicações obstétricas do SAAF?

A

Os Ac do SAAF vão expor os fosfolípidos e levar a trombose, enfarte, necrose.

43
Q

Terapêutica SAAF

A
  • AAS
  • Corticóides
  • Heparina (HNF e HBPM)
  • Imunoglobulina EV
44
Q

Clínica da isoimunização

A

anemia, hidrópsia fetal, morte fetal (eritroblastose fetal)

45
Q

Quando é que se expressa o Ag RhD nos eritrócitos fetais?

A

A partir da 6ª semana

46
Q

Que situações podem levar à isoimunização?

A
o Aborto
o Gravidez ectópica
o Patologia do trofoblasto
o Gestação anterior com feto Rh+
o Transfusões de sangue anteriores
47
Q

A administração passiva de IgG anti-D é insuficiente para bloquear a maioria dos antigénios D. V/F

A

V

48
Q

Quando se faz profilaxia Anti-D?

A

Quando o teste de coombs é negativo - 28 semanas e no pós-parto com bebe Rh+