22. Imunologia da Transplantação Flashcards
O que é um transplante autólogo? E um alogénico?
Transplante do self, não condicionando reações de rejeição vs. Transplante entre organismos diferentes
Quais são as células mais resistentes à quimio/radioterapia?
Células dendríticas
Qual o triângulo da compatibilização do transplante alogénico?
- Células B
- Células T
- MHC
Qual a compatibilidade de dadores haploidênticos?
50% do genoma é igual.
Geralmente são os pais ou filhos do recetor
Quais as formas de aloreconhecimento que existem?
Direto, indireto e semi-direto
Explica o aloreconhecimento direto.
Mediado por células dendríticas do dador que, depois da transplantação ou transfusão, rapidamente migram para o tecido linfóide secundário do receptor.
Aqui, os linfócitos T do receptor reconhecem antigénios do dador apresentados através do MHC do dador presente nas células apresentadoras de antigénio (células dendríticas) do dador
Explica o aloreconhecimento indireto.
Mediado por células dendríticas do receptor que, depois da transplantação ou transfusão, processam os aloantigénios do dador e apresentam os péptidos resultantes às células T no contexto dos antigénios do próprio. Em resumo, as células T do receptor reconhecem os antigénios do dador, através do
MHC do receptor presente nas APC’s do receptor.
Explica o aloreconhecimento semi-direto
Esta via foi descrita mais recentemente e é baseada no facto de as células dendríticas do receptor, ao contactarem com células do dador que expressam HLA (dendríticas, macrófagos, linfócitos T ou B ativados), poderem adquirir essas moléculas HLA do dador, intactas, e manter a capacidade de estimular as células T do receptor.
Em resumo, as células T do receptor
reconhecem os antigénios do dador através do MHC do dador, presente nas APC’s do receptor. A transferência das moléculas do MHC do dador para as APC’s do receptor ocorre através do processo de fagocitose e degradação das células do dador pelas APC’s do receptor (especialmente macrófagos).
Estas células, por um motivo ainda em investigação, re-expressam funcionalmente as moléculas MHC do
dador à sua superfície.
Quais as consequêcias da ativação das células T auxiliadoras?
- Expansão clonal e diferenciação de células de memória (resposta anamnéstica ao segundo estímulo)
- Ativação das células T citotóxicas aloespecíficas (rejeição celular)
- Diferenciação das células B com especificidade para os aloepítopos (reações transfusionais e reações humorais)
Quais são as causas de alossensibilização?
- Transfusão
- Transplantação
- Gestação
- Reações cruzadas
Quais as consequências imunológicas da alossensibilização?
- Células citotóxicas específicas para os aloantigénios
- Anticorpos específicos para os aloantigénios
- Memória imunológica
Como se classificam as consequências da alossesibilização?
- Rejeição hiperaguda (ou por falhas cirurgicas ou por anticorpos antigénio do dador que já se encontravam no recetor antes do transplante –> pode ser autolimitada, dura horas)
- Rejeição aguda (pode ocorrer até 100 dias após o transplante, sendo que também ocorre por anticorpos contudo envolve sempre a imunidade adaptativa)
- Rejeição crónica
Como se dá uma rejeição hiperaguda?
Anticorpos pré formados anti HLA —> Adesão às moléculas expressas nas células endoteliais do orgão transplantado —> Ativação plaquetária e trombose —> Rejeição hiperaguda mediada por anticorpos
Como se dá uma rejeição aguda?
Isquémia do orgão —> Inflamação —> Libertação de citocinas pro inflamatórias —> Ativação das células endoteliais e aumento da expressão de antigénios HLA e MICA —> Aloreconhecimento —> Rejeição aguda mediada por células T ou anticorpos
Como se dá a rejeição crónica?
Arteriosclerose dos vasos do enxerto juntamente com fibrose tubular e atrofia.
Quais as causas da rejeição crónica?
- Imunológicas:
o Inflamação secundária a tempo de isquémia
o Episódios de crise de rejeição aguda
o Presença de alo-anticorpos após a transplantação
o Inflamação por infeção por citomegalovírus
o Etc. - Não imunológicas – citotoxicidade secundária à utilização de uma terapêutica imunossupressora errada.