2. Sala de Parto Flashcards
Defina clampeamento tardio em RN, com quantas semanas o tempo de clampeamento é alterado e em quais circunstâncias o clampeamento tardio deve ser evitado?
Clampeamento tardio: >60s em RN >34s se o RN estiver respirando ou chorando (identifica expansão pulmonar) e tiver tônus muscular em flexão. Após o clampeamento o RN pode ser endereçado diretamente à mãe, realizando os passos da mesa de reanimação no contato pele a pele ao lado da mãe.
* Imediato: Se não houver choro, respiração e tônus levando diretamente à mesa de reanimação podendo realizar estímulo tátil para que o RN já seja estimulado a chorar até a chegada à mesa.
* RN <34s: Clampeamento tardio de >30s se cumprir os requisitos (choro, respiração e tônus), contudo também irá à mesa de reanimação e não ao contato materno como o RN >34s.
Quais os primeiros passos, em ordem, a se tomar após o período de clampeamento e o período de contato materno? Em quanto tempo devem ser realizados?
Todos os primeiros passos (1 ao 4) devem ser realizados em até 30’’ (“PóS-PArto”).
1. Prover calor.
2. Secar o corpo e fontanela.
3. Posicionar a cabeça em leve extensão.
4. Aspirar VA s/n (repercussão clínica).
RN <34s: Monitorização cardíaca e da satO2 assim que posicionado na mesa de reanimação, prover calor envolvendo o RN em saco plástico + toca dupla.
Mecônio: Não altera o fluxograma. Só será aspirado se presente em VA.
* Aspiração traqueal: Se suspeita de dificuldade de ventilação mesmo com técnica adequada.
Caso seja necessário quais são os passos e em quanto tempo deve ser iniciada a reanimação?
A intervenção deve se iniciar em até 60’’ (minuto de ouro).
5. Avaliar FC e padrão respiratório: Tanto na mesa de reanimação após os passos iniciais, como quando o RN é endereçado à mãe.
6. Avaliar esforço respiratório: Se não houver desconforto respiratório e todos os outros passos tenham sido realizados sem anormalidades o RN pode ser endereçado ao contato materno.
7. Intervenção com VPP: Monitorização cardíaca e da satO2 se o paciente apresenta anormalidade nos passos 5 e 6. Manter RN em leve extensão, utilizando a técnica “EC clamp”, com 40-60ipm (aperta-solta-solta).
8. Checar FC: Se >100bpm endereçar ao colo materno, se <100bpm repetir VPP com técnica corrigida s/n podendo utilizar IOT ou máscara laríngea.
9. Checar FC: Se <60bpm massagem cardíaca com IOT (ou máscara laríngea) prévia fornecendo O2 a 100%, 60-100bpm manter VPP.
a. Técnica de massagem: Polegares sobrepostos com as mãos envolvendo o tórax do RN com a sua cabeça voltada para o nosso braço com relação à ventilação de 3:1 (120-180bpm).
10. Checar FC: Se persistência <60bpm administrar EP diluída (1:10k – 0,01-0,03mg/kg) EV, sendo a primeira dose podendos ser traqueal (tempo de preparar a adm EV - veia umbilical).
Quanto deve ser ofertado de O2 inicialmente em caso de reanimação? Qual passo tomar se não houver atingido a saturação alvo?
Oferta de O2: Quando >34s iniciar com 21%, se <34s iniciar com 30%.
Saturação pré-ductal alvo: Caso não alcançar a saturação alvo escalonar fornecimento de O2 de 20 a 20% a cada 30’’.
* Até 5’: >70%.
* 5-10’: >80%.
* >10’: >85%.
Cite a escalar de apgar e qual valor indica normalidade pós-parto?
APGAR (acianose, pulso, grito, atonia, respiração): Indicar chances de complicações no pós-parto. >7 indica normalidade.
https://www.medicina.ufmg.br/observaped/wp-content/uploads/sites/37/2020/10/Escala-de-Apgar.jpg
Quais os medicamentos a serem administrados após o nascimento do RN sucedido as atenções na sala cirúrgica?
Vacinas HB e BCG, vitamina K (IM/EV), colírio de nitrato de prata, alcool/clorexidina no coto umbilical.
Quais são as 3 patologias prevenidas com o clampeamento tardio?
Anemia, hemorragia intraventricular e enterocolite necrotizante..