Vulvovaigintes Flashcards
…. É a segunda causa mais comum de corrimento vaginal
Candidíase
Qual o agente etiológico da candidíase vulvovaginal?
Fungo do gênero Cândida
85% Cândida albicans
Qual a principal queixa de um quadro de candidíase vulvovaginal?
Prurido
Além do prurido, que outros sintomas serão relatados na anamnese de uma paciente com candidíase?
Queimação vulvovaginal, disúria, dispareunia
Secreção alterada
No quadro de candidíase o ph da vagina fica (normal/ alterado pra ácido, alterado pra básico)
Normal
No exame físico percebe-se secreção esbranquiçada, inodora e aderida a parede, colo uterino hiperemiado e vulva com fissura. Qual possível patologia presente?
Candidíase
Quantos episódios caracteriza uma vulvovaginite recorrente?
4 ou mais em 12 meses
Que critérios nos levam a pensar em uma forma complicada de candidíase?
Sintomas graves (eritema e edema vulvares extensos, presença de fissuras)
– Recorrente (≥ 4 episódios por ano)
– Infecção por espécies não albicans
– Mulheres com DM mal controlada, infecções recorrentes, grávidas ou imunossuprimidas
Como é feito o diagnóstico de candidíase?
Quadro clínico mais exame a fresco
Aplicação de KOH a 10% na lâmina → identificação de pseudo-hifas no microscópio
Para o diagnóstico definitivo de candidíase é preciso ter uma cultura (meio agar-sabouraud) a partir de uma amostra coletada no exame físico.
V ou F?
Falso.
A cultura é reservada para casos de recorrência na gengiva de identificar a espécie não albicans
Como é feito o tratamento de candidíase?
Tratamento tópico com miconazol ou nistatina (azólicos > nistatina)
Ou tratamento sistêmico (VO) em casos de recidiva com fluconazol ou itraconazol
Em gestantes com candidíase o tratamento (tópico / VO) é contraindicado
VO
……É a primeira causa mais comum de corrimento vaginal
Vaginose bacteriana
O que é vaginose bacteriana?
Conjunto de sinais e sintomas resultante de um desequilíbrio da flora vaginal (diminuição dos lactobacilos e crescimento polimicrobiano de bactérias anaeróbias)
Quais os agentes etiológico mais comuns causadores de vaginose bacteriana?
- Anaeróbios facultativos: Gardnerella vaginalis → predominante
- Anaeróbios estritos: Prevotella, Bacterioides, Mycoplasma, Mobiluncus
Qual a principal queixa de uma paciente com vaginose bacteriana?
Odor fétido
Paciente com exame físico com secreção fétida branco acinzentado, de aspecto fluido e homogêneo, não aderente a parede e colo não hiperemiado. Que patologia esse EF sugere?
Vaginose bacteriana
No quadro de vaginose bacteriana o ph da vagina fica (normal/ alterado pra ácido, alterado pra básico)
Alterado para básico
Quantos episódios caracterizam uma recorrência de vaginose bacteriana?
3 ou mais em 12 meses
Para diagnosticar clinicamente uma vaginose bacteriana é preciso de pelo menos 3 critérios de amsel. Quais são esses critérios?
- Corrimento branco acinzentado, homogêneo, fino
- pH vaginal > 4,5
- Teste das aminas (Wiff test) positivo
- Visualização de clue cells no exame microscópico a fresco da secreção vaginal
Como é feito o teste das aminas (wiff test)?
Pingar hidróxido de potássio (KOH) a 10% na lâmina com a secreção → liberação de aminas voláteis (cadaverina, putrescina, trimetilamina) → odor muito exuberante
Qual o padrão ouro para diagnosticar vaginose bacteriana?
Exame microscópico:
Coloração Gram (padrão-ouro): determina concentração relativa de lactobacilos (bastonetes
Gram-positivos) e de anaeróbios (Gram-negativos, Gram-variáveis e cocos)
Qual o tratamento para vaginose bacteriana?
1 linha: metronidazol tópico ou VO
2 linha: clindamicida
Vaginoses bacterianas assintomáticas não precisam ser tratadas em nenhuma situação pois não gera risco para paciente.
F ou V?
Falso.
As gestantes, mesmo que assintomáticas, precisam ser tratadas.
Como se maneja casos recorrentes de vaginose bacteriana?
Trata o episódio agudo e mantém um tratamento com metronidazol tópico por 4 meses.
…. É a terceira causa mais comum de corrimento vaginal
Tricomoníase
Qual o agente etiológico causador da tricomoníase?
protozoário Trichomonas vaginalis, anaeróbico facultativo
Qual a principal queixa de um quadro de tricomoníase?
Corrimento vaginal
Paciente com exame físico com corrimento amarelo-esverdeado, bolhoso, mal cheiroso aderido a parede, colo em framboesa e edema de vagina. É sugestivo de que patologia?
Tricomoníase
O que é o teste de schiller?
O teste de Schiller tem a finalidade de demarcar áreas de epitélio escamoso cervico-vaginal, que é rico em glicogênio e, portanto, adquire uma coloração marrom-escuro. Áreas pobres em glicogênio adquirem uma tonalidade de amarelo suave, caracterizando um teste de Schiller positivo - demarcando áreas de lesão
No quadro de tricomoníase o ph da vagina fica (normal/ alterado pra ácido, alterado pra básico)
Alterado para básico
Como é feito o diagnóstico de tricomoníase?
Quadro clínico + pH vaginal + teste de Wiff + microscopia a fresco
O que é visto na microscopia a fresco de uma paciente com tricomoníase?
visualização dos protozoários móveis, com seus 4 flagelos anteriores,
e número de leucócitos aumentados
Como é feito o tratamento de tricomoníase?
VO - sistêmico!
Feito com metronidazol em dose única ou por 7d
Para uma paciente com tricomoníase, o parceiro sexual (não precisa/ precisa) ser tratado; pois a maioria dos homens são (assintomáticos/ sintomáticos) para a doença.
Precisam ser tratados poise é uma IST.
A maioria dos homens são assintomáticos mas isso não tem relação com o tratamento pois estão contaminados e pode transmitir pra outras pessoas se não tratar
Qual o agente etiológico causador de HPV?
Papilomavírus humano: vírus de DNA dupla fita não envelopado
Existem mais de ….. subtipos de papilomavírus humano
120
Os subtipos 6 e 11 são de (baixo/ alto) risco, associados a …..
Baixo risco
Condiloma acuminado
Os subtipos 16 e 18 são de (baixo/ alto) risco e estão relacionados com ……
Alto risco
Câncer de colo de útero
….. é a IST mais comum do trato genital feminino
Hpv
Quais as formas de apresentação clínica do HPV?
a maioria dos casos se trata de uma infecção transitória com cura espontânea (de 6 meses a 2 anos)
- Cura espontânea, com desaparecimento do vírus
- Persistência do vírus com citologia normal ou alterações discretas
- Alterações celulares transitórias que desaparecem espontaneamente -Alterações celulares persistentes, mas que não progridem
- Alterações celulares que evoluem para carcinoma in situ ou invasivo
Quais os métodos diagnósticos para HPV?
> Vulvoscopia e colposcopia
- Formas clínicas (condiloma acuminado): aspecto típico de verruga, com superfície irregular
- Formas subclínicas: áreas de espessamento epitelial, hiperceratose
Colpocitologia (Papanicolau): principal método de rastreio do câncer de colo uterino
o Identifica alterações celulares: disceratose, discariose, coilocitose, bi ou multinucleação o Útil na investigação do colo uterino e vagina, porém não dá o diagnóstico
Histopatologia
- Achados: papilomatose com eixo conjuntivo vascular, hiperplasia de camadas basais,
acantose, paraceratose e hiperceratose
Testes de identificação do DNA viral
- PCR: não permite quantificação
- Captura híbrida: fornece estimativa quantitativa e tipagem viral por grupos
Qual o objetivo do tratamento de HPV?
destruir a lesão
(não há método capaz de erradicar o vírus além do sistema imune)
Como é feito o tratamento do condiloma acuminado?
Pode ser feito por meio de várias técnicas, entre elas:
> Preparado de podofilina: uso abandonado (baixa eficácia e vários efeitos adversos)
> Ácido tricloroacético: substância cáustica que causa desnaturação proteica→ ulceração local o Eletrocauterização: remove lesões isoladas da vulva
– Não deve ser realizada em lesões vaginais, cervicais e anais
Crioterapia: destruição térmica (nitrogênio líquido ou CO2)
– Mais utilizad quando há poucas lesões ou em lesões muito queratinizadas
Exérese cirúrgica: principal métodos quando se quer realizar exame histopatológico
5-fluoracil: citostático potente → impede a divisão celular e síntese de RNA → necrose tissular
– Aplicar fina camada, 1-2x/semana, por 10 semanas
– Indicado para pacientes imunossuprimidos e falhas terapêuticas
Imiquimod: induz produção de IFN-alfa, TNF-alfa, IL-6 → atividade antiviral e antitumoral
Como funciona a vacinação para HPV no Brasil?
A vacina é quadrivalente (subtipos 6,11,16 e 18)
A população alvo
Meninas 9-14 anos e meninos 11-14 anos
• Administração de 2 doses (0 e 6 meses)
– Exceções: PVHIV, indivíduos submetidos à transplante de órgãos e pacientes oncológicos
• Vacinação entre 9 e 26 anos
• Administração de 3 doses (0, 2 e 6 meses)