Hipertensão Na Gestação Flashcards

1
Q

Embora a hipertensão na gestação seja um quadro que deva ser manejado com atenção, não é risco para mortalidade materna.
V ou F?

A

Falso.
A hipertensão na gestação é a principal causa de morte materna no Brasil (35% dos casos)

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2
Q

Paciente grávida chega com quadro de hipertensão. Vamos dar o diagnóstico de hipertensão gestacional, hipertensão crônica ou tanto faz pois os dois são sinônimos.

A

São dois diagnósticos diferentes.

O diagnóstico de hipertensão crônica vai ser dado para gestantes com HA diagnosticada ou presente ANTES da gestação ou ANTES das 20 semanas da gestação.

Já o diagnóstico de hipertensão gestacional (transitória) é uma hipertensão leve que se desenvolve no FINAL da gestação sem proteinúria ou sinais de pré eclâmpsia.

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3
Q

O que é pré eclâmpsia?

A

É uma gestante com mais de 20 semanas de IG que apresenta hipertensão com proteinúria (P/C > 0,3) ou lesão em órgão alvo (alterações laboratoriais G7)

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4
Q

Quais são os sinais premonitórios de pré eclâmpsia?

A
  • dor na nuca
  • escotomas
  • dor epigástrica
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5
Q

A pré eclâmpsia e mais frequente em que trimestre?

A

No 3º

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6
Q

o que é eclampsia?

A

é a ocorrência de crises convulsivas em pacientes com pré-eclâmpsia; descartando se outras causas e podendo evoluir para coma.

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7
Q

A eclampsia ocorre em cerca de ….% dos casos PE grave.

A

2%

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8
Q

quais as características das crises convulsivas ocorridas na eclampsia?

A

tônico-clônicas generalizadas e autolimitadas (2-3min), podem ocorrer antes, durante e após o parto (10d)

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9
Q

que alterações são esperadas após um quadro de eclampsia no exame físico da mãe?

A

estado comatoso, alterações respiratórias, taquicardia, hipertermia, acidose lática

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10
Q

qual a repercussão fetal de um quadro de eclampsia?

A

bradicardia

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11
Q

o que é uma “eclampsia branca”?

A

é quando a paciente evolui com um quadro de coma sem apresentar episodio de convulsão prévio.

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12
Q

o que é um quadro de pré-eclampsia sobreposta?

A

é uma paciente que possui hipertensão essencial crônica pre existente que se agravou na gestação (mais de 20 semanas IG), com proteinúria.

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13
Q

o que é um quadro de pré-eclâmpsia sobreposta?

A

é uma paciente que possui hipertensão essencial crônica pre existente que se agravou na gestação (mais de 20 semanas IG), com proteinúria.

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14
Q

Quais são os valores de referencia para diagnostico de hipertensão gestacional?

A

PAS >=140 mmHg
PAD >= 90 mmHg

duas medições espaçadas por pelo menos 4 horas e não mais que 7 dias; com paciente em repouso.

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15
Q

Quais são os fatores de risco para Pré-eclâmpsia?

A

nuliparidade
extremos da vida reprodutiva
HAS previa
raça negra
HF ou H prévia de PE
gravidez gemelar
gestação molar
DM, obesidade
trombofilia
DR
troca de parceiro
síndrome do anticorpo antifosfolipideo

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16
Q

embora ainda não esteja elucidada, a fisiopatologia da pré-eclâmpsia depende de quais fatores para se desenvolver?

A
  • imunorregulação deficiente para os antígenos paternos
  • indução de tolerância materna inadequada a antígenos fetais e paternos
  • placentação insuficiente
  • remodelamento das artérias espiraladas deficiente
    -estresse oxidativo placentário
  • resposta inflamatória sistêmica materna (vasculite)
  • aumento da pressão para compensar a maior resistência arteriolar placentária com repercussão sistêmica .
17
Q

Considerando as repercussões sistêmicas da pré eclâmpsia quais são as alterações cardiovasculares mais importantes?

A
  • Estado hiperdinâmico do miocárdio (menor rendimento cardíaco pela maior pós-carga) -Hemoconcentração (pela vasoconstrição e maior permeabilidade vascular)
18
Q

Considerando as repercussões sistêmicas da pré eclâmpsia quais são as principais alterações hematológicas?

A
  • Trombocitopenia (formação de microtrombos)
  • Alteração na atividade da antitrombina III e dosagem de fibronectina
19
Q

Considerando as repercussões sistêmicas da pré eclâmpsia quais são as principais alterações renais?

A

Endoteliose capilar glomerular (comprometimento difuso) → proteinúria, ↓TFG e redução do fluxo
plasmático

20
Q

Considerando as repercussões sistêmicas da pré eclâmpsia quais são as principais alterações endócrinas?

A

Retenção de sódio pelos túbulos renais + hipertensão → menor secreção de renina e redução
dos níveis de angiotensina II e de aldosterona

21
Q

Considerando as repercussões sistêmicas da pré eclâmpsia quais são as principais alterações cerebrais?

A

Depósito de fibrina, formação de trombos plaquetários no SNC e vasoespasmo arterial causam
isquemia cerebral → convulsões
- Maior permeabilidade vascular e rotura da parede do vaso → hemorragia cerebral

22
Q

Considerando as repercussões sistêmicas da pré eclâmpsia quais são as principais alterações hepáticas?

A

Hemorragia periportal, lesões isquêmicas e depósito de gordura→ dor em QSD ou epigástrica e
↑transaminases (em casos severos pode ocorrer hemorragia subcapsular ou rotura hepática)

23
Q

Considerando as repercussões sistêmicas da pré eclâmpsia quais são as principais alterações útero placentárias?

A
  • Pode ocasionar grandes infartos placentários, crescimento restrito da placenta e DPP o Redução do estrogênio e do hLP
  • Maior atividade uterina (maior incidência de TPP)
24
Q

Uma gestante com quadro de hipertensão associado a lesão em órgão alvo corre o risco de ter quais complicações?

A

AVC
hemorrágico,
insuficiência renal,
edema agudo de pulmão, CIVD,
síndrome HELLP,
DPP,
óbito

25
Q

Em relação ao feto, quais as principais complicações de uma gestação com pré eclâmpsia?

A

RCIU,
prematuridade,
baixo peso,
hipóxia
anóxia,
sofrimento fetal
óbito

26
Q

Quais os critérios de proteinúria na avaliação diagnóstica de PE?

A

Proteinúria de 24h: ≥ 300mg de proteína em urina de 24h (exame + acurado)

Proteína em fita: ≥ 2+ em 2 amostras quaisquer colhidas com intervalo ≥ 4h

Dosagem de amostra isolada: ≥ 30 mg/dl em amostra urinária única

Relação proteína/creatinina urinária: ≥ 0,3 em amostra urinária única

27
Q

Que alterações são consideradas danos em órgãos alvo em suspeita de PE?

A
  • Trombocitopenia (< 100.000),
  • alteração da função hepática (transaminases 2x basal)
  • piora da função renal (creatinina > 1,1 ou 2x basal)
  • edema pulmonar
  • sintomas visuais ou cerebrais
28
Q

Paciente grávida de 32 semanas chega a emergência com quadro hipertensivo. Que outros exames são necessários para seguir à investigação?

A
  • hemograma (hematócrito, hemoglobina)
  • plaquetas
  • creatinina
  • ac úrico
  • lactato desidrogenase (LDH)
  • TGO
  • relação P/C
29
Q

Paciente grávida de 32 semanas chega a emergência com quadro hipertensivo. Que outros exames são necessários para seguir à investigação?

A
  • hemograma (hematócrito, hemoglobina)
  • plaquetas
  • creatinina
  • ac úrico
  • lactato desidrogenase (LDH)
  • TGO
  • relação P/C
30
Q

O que são considerados sinais de gravidade na PE?

A
  • crise hipertensiva (PAS ≥ 160 ou PAD ≥ 110 mmHg)
  • oligúria (< 500 ml/ 24h)
  • IR aguda (creat >= 1,2)
  • complicação respiratória
31
Q

O que é a síndrome HELLP?

A

É uma complicação de um quadro hipertensivo na gestante, composto por uma tríade de sintomas:

H de hemólise (hemolytic anemia) [ esfregaço de sangue periferico]

EL enzimas hepáticas (elevated liver enzymes) [ aumento de transaminases AST>= 70)

LP baixa contagem de plaquetas (low platelet count) [trombocitopenia <100)

32
Q

Embora a PE seja um quadro de risco para a mãe e o feto, não é necessário fazer exames de rastreamento pois eles não trazem nenhum benefício.
V ou F

A

Verdadeiro.

exames não são indicados de rotina → não alteraram desfecho, não previnem a progressão da doença, não há cura

33
Q

Quais testes podemos fazer para tentar rastrear um quadro de PE?

A
  • Teste de hipotensão supina
  • fundo de olho
  • dopplerfluxometri das artérias uterinas
  • teste da angiotensina 2

> Teste da hipotensão supina ou Roll-over test: IG entre 28-32 semanas
– Teste positivo: PAD ↑ 20 mmHg ao mudar a paciente do decúbito lateral para o dorsal
Fundo de olho
– Identificação de espasmo arteriolar antes da detecção da elevação na PA
Dopplerfluxometria das artérias uterinas
– Alterações associadas a um aumento de 6x nas taxas de PE, porém baixa sensibilidade (20-
60%) e baixo valor preditivo positivo (6-40%)
– Onda patológica: IP > p95, resistência > 0,85 no 1o tri, relação pico sistólico/ponto final
diastólico > 2,6, ou presença de incisura bilateral com mais de 24 semanas
Teste da angiotensina II
– Infusão de angiotensina II até conseguir aumento de 20 mmHg na PAD
– Teste positivo: necessário menos de 8 mg/kg/min → valor preditivo positivo de 20-40%

34
Q

Qual a conduta para uma gestante com PE sem sinais de gravidade?

A

A conduta vai depender da Idade Gestacional

Se >_ 37 semanas = parto

Se 34-36s = interna, pode considerar usar metildopa para evitar pico hipertensivo

Se < 34s = internar, considerar uso de metildopa, uso de corticoide para preparar o bebê caso ache que ele vá nascer

OBS: na internação avaliar mãe: Labs G7 e sinais vitais
Feto: BCF, v líquido amniótico, movimentação fetal, crescimento uterino

35
Q

Qual a conduta para uma gestante com PE com sinais de gravidade?

A

Depende da IG

Se > 34 s = parto
Se < 34s = interna, avaliação a cada 4h, sulfato de magnésio, corticoide
( caso evolua = parto)

36
Q

Pra que é usado sulfato de magnésio em quadros hipertensivos gestacionais?

A
  • Neuroprotecao fetal <32s ate parto
  • Pré eclâmpsia com sinais de gravidade (labs alterados ou sinal premonitório) pra mãe até 24h após parto independente da IG

OBS: usa sulfato quando se pensa em interromper a gravidez

37
Q

O que pode ser usado para previnir pré eclâmpsia?

A

AAS e Ca, começa no início da gestação já

38
Q

O que pode ser usado para manejar um pico hipertensivo em gestante?

A

Nefedipina/ hidralazina

39
Q

O que pode ser usado para manejar a pressão durante a gestação?

A

Metildopa