Dor pelvica Crônica Flashcards

1
Q

O que é DIP?

A

podendo ser caracterizada como dor contínua ou intermitente no abdome inferior, durante um período mínimo de 6 meses, relacio- nada ou não ao período menstrual e/ou relação sexual.

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2
Q

Quanto a etiologia de DPC, qual a causa mais prevalente desse quadro?

A

Um diagnóstico definitivo da causa da DPC não é encontrado em até 61% dos casos.
Provavelmente seja de origem multifatorial entretanto há diversas patologias associadas a DPC

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3
Q

Como é feita a investigação diagnóstica de DPC?

A

Com um bom exame físico, que pode ser muitas vezes inespecífico, associado a exames complementares de sangue e urina, pesquisa de infecções locais, imagem, mas o padrão ouro é a laparoscopia

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4
Q

Qual a patologia ginecológica mais frequente associada a DPC?

A

Endometriose

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5
Q

O que é endometriose?

A

Condição ginecológica crônica caracterizada pela presença de tecido endometrial (glândula e estroma) fora da cavidade uterina → sítios ectópicos

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6
Q

Quais os locais mais acometidos por endometriose?

A

Pelve e peritônio
(Ovário 65%)

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7
Q

Qual a faixa etária de pico de endometriose?

A

25- 35 anos
( prevalência d 10% da pop)

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8
Q

Qual a etiologia da endometriose?

A

Há diversas teorias que tentam explicar:
- Teoria da menstruação retrograda (efluente menstrual com Cel endometriais se implantaria em outros sítios)
- teoria imunológica (imunidade não eliminaria por alguma alteração as Cel endometriais do fluido peritonite )
- metaplasmo celomica ( alteração do mesotélio seroso - transformação tecidual )
- disseminação linfática ( disseminação de Cel endomet por via linfática)

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9
Q

Porque em contexto de amenorreia e menopausa a endometriose não é muito notada?

A

O crescimento das lesões endome- trióticas é estrogênio-dependente, com altera- ção de sua evolução dependendo do grau de atividade estrogênica da paciente. Dessa forma, a supressão ovariana, a menopausa e a amenor- reia estão associadas à diminuição ou inativida- de das lesões, enquanto o aumento dos níveis de estrogênio, muitas vezes, aumenta a ativida- de da lesão e a dor.

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10
Q

De que forma que a endometriose pode causar dor?

A

Por meio de três mecanismos:
1- produção de substâncias mediadoras da resposta inflamatória (fatores de crescimento e citocinas) por macrófagos ativa- dos e outras células associadas aos implantes endometriose
2- efeitos di- retos e indiretos do sangramento dos implantes
3- irritação ou invasão do ple- xo neural pélvico, especialmente em implantes profundos no fundo-de-saco de Douglas

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11
Q

Qual a apresentação clínica mais comum de um quadro de endometriose?

A

Dismenorreia
Dor pélvica
Dispareunia
Infertilidade

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12
Q

O que é um endometrioma?

A

É uma forma de apresentação da endometriose. Ele é uma estrutura cística com conteúdo líquido espesso, cercado de áreas de fibrose,
localizada no interior do ovário

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13
Q

O que é endometriose profunda?

A

É a apresentação infiltrativa da doença, na qual há acometimento maior do que 5mm da superfície peritoneal

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14
Q

Como é feito o diagnóstico de endometriose?

A

Presumível: anm + EF + labs + imagem
Padrão ouro: videolap (visualização direto e biópsia)

O exame físico tem limitada capacidade diag- nóstica em endometriose superficial; os casos de endometrioma ou endometriose profunda apresentam maior chance de apresentar sinais clínicos, mas esses sinais são ainda limitados. Dessa forma, os exa- mes de imagem têm demonstrado avanços na avaliação inicial da paciente com endometriose. Apesar de não realizarem o diagnóstico defini- tivo e muitas vezes carecerem de maior poder diagnóstico, os exames de imagem auxiliam no diagnóstico diferencial

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15
Q

Qual o objetivo do tratamento de endometriose?

A

Melhorar sintomatologia
Evitar que a doença aumente e progrida ( endometriose pode causar dano tecidual se avançada)

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16
Q

Como é feito o tratamento de endometriose?

A

Conduta expectante: apenas para mulheres com doença mínima ou na perimenopausa
“ Abordagem clínica
o Anticoncepcionais combinados orais (ACO): baixa dosagem (20 mcg) ininterrupta
– Indicação: mulheres com doença mínima ou leve que não desejam engravidar
– Mecanismo: hormônios (principalmente estrogênio) diminuem a secreção hipofisária de FSH e LH → supressão da esteroidogênese e gametogênese ovariana → decidualização do
endométrio (pseudogravidez)
o Progestogênios: ↓custo, ↑eficácia, ↓efeitos colaterais
– Acetato de medroxiprogesterona 30mg/dia VO ou 150mg IM a cada 3 meses
– Produzem decidualização e atrofia do tecido endometrioide o Danazol: derivado sintético da 19-nortestosterona
– Inibe secreção de GnRH e esteroidogênese, efeito direto sobre o crescimento endometrial
– Grande número de efeitos colaterais
o Gestrinona: comodidade posológica (2x/semana)
– Mecanismos e efeitos colaterais semelhantes ao danazol o Agonista do GnRH: pacientes com sintomas mais graves
– Administrados pelas vias nasal, subcutânea ou intramuscular
– Ligam-se aos receptores de GnRH → bloqueio do eixo HHO → menopausa medicamentosa
– Efeitos colaterais da menopausa e perda de matriz óssea
– Associado à add-back therapy: estrógeno ou estrógeno + progestógeno
• Quando tratamento > 6 meses ou fator de risco para osteoporose o Inibidores da aromatase (opção promissora)
– Regula formação local de estrogênio nos tecidos endometrióticos e inibe a produção periférica de estrógenos
“ Abordagem cirúrgica
o Indicação: sintomas graves, incapacitantes ou agudos; sem melhora com o tratamento
conservador; doença avançada
o Abordagem conservadora: via videolaparoscópica
– Excisão, fulguração ou vaporização a laser de implantes endometrióticos + remoção de aderências → risco de recorrência: 40% em 10 anos
– Endometriomas: tratamento de 1a linha
• É fundamental e remoção da cápsula do cisto
• Menos recidiva, melhor controle da dor e melhores taxas de gravidez
• Considerar preservação da fertilidade com congelamento de óvulos
o Abordagem definitiva: histerectomia (+ ooforectomia)
o Tratamento clínico pós-cirurgia: continuado por 6 meses

17
Q

O que é DIP?

A

A doença inflamatória pélvica (DIP) é uma sín- drome clínica secundária à ascensão de micror- ganismos da vagina e/ou endocérvice ao trato genital feminino, acometendo útero, tubas uteri- nas, ovários, superfície peritoneal e/ou estruturas contíguas do trato genital superior.

18
Q

Qual o limite anatômico que divide o trato genital superior?

A

Orifício cervical interno

19
Q

Qual a etiologia da DIP?

A

Polimicrobiana

o Agentes mais comuns: Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae

A DIP geralmente inicia com infecção cervi- cal por clamídia ou gonococo e ascende ao trato genital superior, levando à infecção polimicrobiana na maior parte dos casos.

20
Q

Quis são alguns dos fatores de risco para DIP?

A

idade < 25 anos, múltiplos parceiros, história prévia de IST ou DIP, DIU (?)

21
Q

Qual o mecanismo/ sucessão de eventos fisiopatológico do quadro de DIP?

A

infecção inicial (cervicite) → ascensão de MO pelo trato genital → endometrite → endossalpingite (hidrossalpinge ou piossalpinge) → destruição ciliar e muscular → ooforite → abscesso tubo-ovariano → pelveperitonite

22
Q

Como é a apresentação clínica de DIP?

A

o Dor pélvica ou abdominal infraumbilical
o Febre
o Dor à mobilização do colo uterino
o Corrimento vaginal mucopurulento
o Sinais de irritação peritoneal (nos casos de abscessos na cavidade)
o Sintomas atípicos: sangramento uterino anormal, dispareunia, sintomas urinários
“ Síndrome Fitz-Hugh-Curtis: pequenos abscessos na superfície hepática o Na fase crônica, formam aderência do tipo “corda de violino”

23
Q

Como é feito o diagnóstico de DIP?

A

Apesar de todas as limitações, o diagnóstico da maioria dos casos de DIP é feito pela história clí- nica e pelo exame físico, não sendo necessários outros métodos diagnósticos para justificar o início do tratamento

Laparoscopia: considerada o padrão-ouro para o diagnóstico, permite-nos o diagnóstico di- ferencial, a coleta de material para culturais e, muitas vezes, também pode ser terapêuti- ca

  • 3 critérios maiores + 1 critério menor; OU
  • 1 critério elaborado
24
Q

Como é feito o tratamento ambulatorial de DIP?

A

Com ATB de amplo espectro (ceftriaxona + doxiciclina e metronidazol se precisar cobrir anaeróbios neg))

25
Q

Quais são as indicações para tratamento hospitalar de DIP?

A

Dúvida no diagnóstico (emergências cirúrgicas)
– Dificuldade de seguimento do paciente
– Abscesso tubo-ovariano
– Gestantes e pacientes imunocomprometidas
– Doença grave com vômitos, febre alta ou sinais de peritonite
– Falta de resposta clínica ao tratamento ambulatorial nas primeiras 72h

26
Q

Quais indicações para tratamento cirúrgico de DIP?

A

falha do tratamento clínico, massa pélvica que persiste ou aumenta, suspeita de
rotura de abscesso tubo-ovariano, hemoperitônio, abscesso de fundo de saco de Douglas

27
Q

Pra que serve a videolaparoscopia em casos de DIP?

A

permite o diagnóstico e estadiamento da infecção

28
Q

Quando é usado a laparoscopia em contexto de DIP?

A

reservada para casos de emergência com instabilidade hemodinâmica

29
Q

Como pode ser feita a prevenção de DIP?

A

Esclarecimento sobre profilaxia das ISTs
o Cuidados na manipulação do trato genital o Tratar adequadamente o primeiro episódio o Vigilância do parceiro sexual

30
Q

Quais as complicações que uma DIP pode desenvolver?

A

” Infertilidade: oclusão tubário devido à formação de aderências pela inflamação
“ Dor pélvica crônica
“ Gravidez ectópica: risco 7-10x maior
o Suboclusão tubária (traves) e destruição do aparelho ciliar → comprometimento do transporte
do óvulo