Valvopatias Flashcards
Explique a fisiologia valvar básica?
- sístole: aórtica e pulmonar abertas e atrioventriculares fechadas
- diástole: aórtica e pulmonar fechadas e atrioventriculares abertas
- estenose: defeito de abertura
- insuficiência: defeito de fechamento
Quais os focos de ausculta?
- mitral: localizado no ictus cordis, normalmente no 5º EIC esquerdo na LHC
- tricúspide: borda esternal baixa
- aórtico: 2º EIC direito paraesternal
- pulmonar: 2º EIC esquerdo paraesternal
- aórtico acessório: 3º EIC esquerdo, paraesternal
Quais são as bulhas cardíacas e o que significam?
- B1: marca o início da sístole, com fechamento das valvas atrioventriculares simultanemante
- B2: marca o início da diástole, com fechamento das valvas semilunares simultaneamente
- B3: ocorre no início da diástole sangue reverberando em ventrículo com sobrecarga de volume durante o enchimento rápido do ventriculo distendido
- B4: ocorre no final da diástole com contração atrial vigorosa sobre ventrículo pouco complacente (HVE). Não ocorre em doente com FA
Explique os tipos de desdobramento de segunda bulha
- desdobramento fisiológico: ocorre por atraso do componente P2 na inspiração, quando ocorre redução da pressão intratorácica, aumento de retorno venoso e sístole de VD mais demorada
- desdobramento paradoxal: ocorre na expiração. O componente A2 está atrasado (BRE, estonse aórtica), desdobrando na expiração. Na inspiração com o atraso de P2 o dsdobramento some
- desdobramento fixo: ocorre na ins e expiração por atraso do componente P2 devido a BRD ou CIA
Qual o estágio de progressão das valvopatias?
- A: fatores de risco
- B: doença leve e assintomática (em progressão)
- C: doença grave e assintomática
- D: doença grave e sintomática
Qual a indicação de cirurgia valvar classe 1 de recomendação?
- defeito grave ao ECO e sintomático
- associado e disfunção de VE
Qual a maior causa de estenose mitral?
- sequela febre reumática
Qual a história natural da EM?
- ocorre volume residual no AE que culmina em sua dilatação e represamento a montante com congestão pulmonar
Qual o quadro clínico?
- aumento de AE: disfagia (compressão do esôfago), rouquidão (compressão do laríngeo recorrente) e FA
- congestão pulmonar: dispneia, crepitações que pioram com aumento da FC
Quais as alterações ao exame físico?
- sopro: ruflar diastólico
- estalida de abertura
- B1 hiperfonética
- reforço pré-sistólico pela contração atrial (some na FA)
Quais as alterações no ECG?
- onda P > 2,5 quadradinhos (sobrecarga de AE)
- índice de Morris > 1 quadradinho (porção negativa de P em V1)
Quais as alterações no Rx?
- sinal do duplo contorno a direita: AE cresce sob o contorno do AD a direita na silhueta cardíaca
- bronquio principal direito deslocado para cima
- aumento do arco médio a esquerda
- deslocamento posterior do esôfago
Qual a definição de doença grave ao ECO?
- área valvar < 1,5cm2
Como fazer o tratamento?
- clínico: ß-bloqueador para controle de FC
- cirúrgico: valvotomia percutânea com balão se score de Block ≤ 8. Se maior troca valvar
Quais as causas da insufiência mitral?
- crônica: prolapso mitral
- aguda: endocardite infecciosa, surto agudo de febre reumática, e ruptura de cordoalha no IAM
Qual a história natural?
- sangue retorna ao AE e volta ao VE em excesso no próximo ciclo gerando uma sobrecarga de volume e dilatação (IC)
Quais as alterações nos exames complementares?
- ECG: sinais de sobrecarga de AE e de VE
- Rx: aumento AE (duplo contorno) e VE: aumento do ICT e mergulho do ápice no diafragma
Como definir doença grave?
- ECO: fração regurgitante ≥50%
Quais as alterações típicas à ausculta?
- sopro holossistólico
- B3 pela sobrecarga de volume
Como fazer o tratamento?
- trata clinicamente a IC
- reparo ou troca valvar
Quais as causas de insuficência aórtica?
- febre reumática
- aterosclerose aótrica
- marfam
Qual a história natural?
- volume regurgitante tambem faz sobrecarga de volume no VE causado dilatação e IC
Qual a clínica?
- B3 pela sobrecarda
- sopro protodiastólico aspirativo no foco aórtico acessório
- sopro de austin-flint: estenose mitral funcional causada pelo volume, regurgitante, sem hiperfonese de B1 e EAM
- pulso em martelo dàgua (corrigan)
- sinal de Quincke: pulsação do leito ungueal
- sinal de Musset: pulsação da cabeça
- sinal de Muller: pulsação da úvula
- PA divergente com queda acentuada da diastólica e pode ter isquemia coronária
Como caracterizar doença grave?
- ECO: fração regurgitante ≥ 50%
Como fazer o tratamento?
- vasodilatadores para aumentar a ida do sangue e não voltar tanto
- troca valvar
Qual a causa de estenose aórtica?
- degeneração valvar com calcifação no idoso
- valva bicúspide (malformação congênita)
- febre reumática (minoria)
Qual a história natural?
- VE se esforça muito para ejetar sangue pela valva estenosada e ocorre HVE. Com cronicidade pode haver exaustão miocárdica e IC
Quais as manifestações clínicas?
- síncope: manda menos sangue para SNC
- angina: pela HVE e maior demanda
- dispneia disfunção de VE, geralmente é tardio
Quais as alterações a ausculta?
- B4 pela HVE
- sopro mesossistólico em diamante que irradia para carótidas
- pulso parvus e tardus: longo e baixa amplitude
Quais as alterações nos exames complementares?
- ECG: sobrecarga de VE
- Rx: alterado somente na fase avançada com dilatação de VE. Igual de IAo
Como definir doença grave?
- área valvar < 1cm2
Como fazer tratamento?
- evitar ß-bloqueador e BCC pois diminui contratilidade
- troca valvar
- TAVI: em paciente de risco cirúrgico proibitivo