TUTORIA 9 - Diabetes gestacional Flashcards

1
Q

A fase de anabolismo se estende até quais semanas?

A

Se estende da concepção até 24 a 26 semanas de gestação

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Q

Para que é direcionado o aporte energético na fase de anabolismo?

A

O aporte energético é direcionado para reservas maternas.

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3
Q

A fase de catabolismo se estende até quando?

A

SEGUNDA FASE

depois de 24 a 26 semanas até o final da gravidez.

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4
Q

Para que é direcionada o aporte energético na fase catabólica?

A

Tanto o aporte energético ingerido como as reservas maternas são direcionados ao crescimento ponderal do feto.

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5
Q

Na fase anabólica como é o metabolismo dos carboidratos e lipídeos?

A

FASE ANABÓLICA (PRIMEIRA FASE)

A primeira fase, ou fase anabólica, que corresponde à primeira metade da gestação, apresenta alterações que são desencadeadas pelos hormônios sexuais placentários (estrógeno e progesterona).

Observa-se redução da glicemia de jejum e da glicemia basal materna às custas de armazenamento de gordura, glicogênese hepática e transferência de glicose para o feto.

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6
Q

Na fase catabólica o que aconitece?

A
  • A partir da segunda metade da gravidez, inicia-se o período catabólico, com lipólise, neoglicogênese e resistência periférica à insulina.
  • Acredita-se que o hormônio lactogênico placentário, por sua ação somatotrófica, estimule a lipólise com liberação de ácidos graxos na corrente sanguínea materna.
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7
Q

Acredita-se que o hormônio lactogênico placentário, por sua ação somatotrófica, estimule a lipólise com liberação de ácidos graxos na corrente sanguínea materna. Em que isso acarreta?

A

O excesso de ácidos graxos, por sua vez, desencadeia o processo de resistência periférica à insulina, mantendo ambiente de hiperglicemia pós-prandial, com consequente hiperinsulinemia.

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8
Q

Por que há a hiperglicemia?

A

A hiperglicemia resulta da maior necessidade energética do feto no terceiro trimestre, sendo preferencialmente transportada pela placenta por meio de difusão facilitada.

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9
Q

Como se mantem o desvio de glicose para o concepto?

A

Para manter o desvio de glicose para o produto conceptual, a gestante utiliza lípides como fonte de energia. Em jejum, especialmente quando muito prolongado, as concentrações plasmáticas de ácidos graxos, triglicérides e colesterol aumentam, podendo causar cetonemia mais facilmente.

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10
Q

Quando ocorre a redução da sensibilidade à insulina? Por que?

A
  • A redução da sensibilidade à insulina é fenômeno materno observado de forma mais evidente a partir de 26 semanas de gestação, período em que se estabelecem aumentos progressivos dos níveis de hormônio lactogênico placentário.
    • É nesse momento, portanto, que qualquer desequilíbrio no metabolismo de carboidratos pode gerar quadro de diabetes gestacional, em especial se a oferta de glicose no sangue materno ultrapassa a capacidade da insulina de manter a glicemia em níveis desejáveis.
  • Entre outras substâncias que participam desse processo fisiológico, estão a prolactina, o fator de necrose tumoral e a leptina.
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11
Q

Defina diabetes mellitus.

A
  • O termo diabetes mellitus descreve um grupo de doenças em que se observa metabolismo anormal de carboidratos, caracterizado por hiperglicemia.
  • Essa alteração usualmente decorre de defeitos na secreção e/ou na ação da insulina.
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12
Q

Defina diabetes mellitus gestacional (DMG).

A

O diabetes mellitus gestacional (DMG) é definido, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como uma intolerância aos carboidratos de gravidade variável, que se inicia durante a gestação atual, não preenche os critérios diagnósticos de diabetes mellitus franco, e pode ou não persistir após o parto.

OBS: Paciente que engravida já com o diagnóstico de diabetes, tipo I ou tipo II, não é chamada portadora de diabetes gestacional e, sim, de diabetes prévio ou pré-gestacional.

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13
Q

Quais são os fatores de risco para o diabetes gestacional?

A
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14
Q

Qual a patogênese do diabetes mellitus gestacional?

A
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15
Q

A resistência à insulina aumenta durante a gestação em virtude da secreção placentária de alguns hormônios considerados diabetogênicos, como?

A
  • A gestação é caracterizada por um acréscimo na resistência periférica à insulina e por incremento na produção de insulina pelas células-beta do pâncreas.
  • A resistência à insulina aumenta durante a gestação em virtude da secreção placentária de alguns hormônios considerados diabetogênicos, como:
    • Hormônio do crescimento
    • Cortisol
    • Hormônio lactogênico placentário.
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16
Q

O metabolismo energético pode ser dividido em duas fases distintas. Cite e explique.

A
  • FASE ANABÓLICA:
    • A primeira fase é conhecida como fase anabólica, na qual a glicemia das gestantes tende a diminuir, em especial quando ocorre jejum prolongado.
  • FASE CATABÓLICA:
    • A segunda fase é catabólica, com crescente consumo de nutrientes maternos pelo feto.
    • Nela, torna-se evidente o aumento da resistência periférica à insulina

Quando a função pancreática não é suficiente para vencer a resistência à insulina, ocorre o diabetes mellitus gestacional.

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17
Q

Como é feito o rastreamento do DMG?

PRIMEIRA CONSULTA PRÉ-NATAL

A

Na primeira consulta pré-natal, deve ser solicitada glicemia de jejum, com o principal objetivo de detectar o diabetes preexistente.

  • Se a glicemia plasmática em jejum for ≥ 92 mg/dL e < 126 mg/dL → será feito o diagnóstico de DMG.
  • Se o valor encontrado for ≥ 126 mg/dL → será feito o diagnóstico de DM diagnosticado na gestação.
18
Q

Como é feito o rastreamento do DMG?

2º TRIMESTRE (24ª e 28ª semanas)

A

Caso a glicemia antes da 20ª semana seja < 92 mg/dL, a gestante deve realizar um novo TOTG no 2º trimestre, entre a 24ª e 28ª semanas de gestação.

19
Q

Como é feito o teste oral de tolerância a glicose (TOTG)?

A
  • O TTGO ou TOTG compreende a ingestão de 75 g de dextrosol (glicose anidra diluída em 100 a 200 mL de água) e medidas de glicemia em jejum, após 1 e 2 horas da ingestão da glicose.
  • Deve ser realizado entre 24 e 28 semanas para as pacientes que ainda não tiveram o diagnóstico de diabetes mellitus (gestacional ou não) firmado, ou seja, de forma universal.

OBS: há possibilidade do diabetes não desaparecer com o término da gravidez. Por esse motivo, o TOTG 75 g deve ser repetido após 6 semanas do parto.

20
Q

Qual a diferença entre DMG e DM pré-gestacional, considerando valores da glicemia e prognóstico?

A
  • Diabetes mellitus diagnosticado na gestação (overt diabetes): mulher sem diagnóstico prévio de DM, com hiperglicemia detectada na gravidez e com níveis glicêmicos sanguíneos que atingem os critérios da OMS para a DM fora da gestação.
  • Diabetes mellitus gestacional (DMG): mulher com hiperglicemia detectada pela primeira vez durante a gravidez, com níveis glicêmicos sanguíneos que não atingem os critérios diagnósticos para DM
    • O diabetes gestacional seria diagnosticado quando se observassem valores de glicemia de jejum na primeira consulta entre 92 e 125 ou por meio do teste de tolerância à glicose oral (TTGO) de 75 g (ver imagens acima)..
21
Q

Para ser considerada portadora de diabetes (tipo 2) as pacientes deveriam apresentar, na primeira consulta de pré-natal, quais dos seguintes critérios?

A

Seriam, portanto, consideradas portadoras de diabetes (tipo 2) pregresso desconhecido as pacientes que apresentassem diagnóstico pela primeira vez, na primeira consulta de pré-natal, um dos seguintes critérios, utilizados para diagnóstico de diabetes fora da gravidez:

  • Glicemia em jejum ≥ 126 mg/dL.
  • Hemoglobina glicada ≥ 6,5%.
  • Glicemia ocasional ≥ 200 mg/dL.
22
Q

Qual a conduta imediata diante a confirmação diagnóstica de DMG

A

ORIENTAÇÃO ALIMENTAR:

  • A educação dietética, muitas vezes, é terapêutica suficiente para atingir o controle glicêmico em pacientes com diabetes tipo 2 e em pacientes com diabetes mellitus gestacional.
  • Os objetivos dessa terapêutica são atingir a normoglicemia, evitar a cetose, promover ganho adequado de peso e contribuir para o desenvolvimento e o bem-estar fetal.

PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA

  • A prática de atividade física deve fazer parte do tratamento do DMG, respeitando-se as contraindicações obstétricas e optando-se por modalidades que ofereçam maior segurança e conforto para o período gestacional.
23
Q

Em relação a orientação alimentar, o que é indicado?

A
  • Recomenda-se consumo mínimo diário de 175 g de carboidratos, 71 g de proteínas (1,1 g/kg/dia) e 28 g de fibras.
  • Deve-se dar preferência ao consumo de alimentos que contenham carboidratos com baixo índice glicêmico.
  • Orientar a ingestão de água filtrada, pelo menos 2 litros (de 6 a 8 copos) por dia, no intervalo entre as refeições.
  • Fracionar as refeições: pelo menos três refeições (café da manhã, almoço e jantar) e dois ou três lanches saudáveis por dia, evitando intervalos maiores de três horas.
24
Q

Em relação a pratica de atividade física, quando é contraindicado?

A

Ela é contraindicada em casos de hipertensão induzida pela gravidez, ruptura prematura de membranas, trabalho de parto prematuro, sangramento uterino persistente após o segundo trimestre e restrição de crescimento intrauterino.

25
Q

Quando usar insulina?

A

Nas gestações complicadas pelo DMG, a insulina está indicada sempre que a mudança no estilo de vida (dieta individualizada e atividade física) não for suficiente para atingir as metas do controle glicêmico.

26
Q

Qual o tipo de insulina indicada na gestação?

A

No tratamento do DMG, as insulinas mais utilizadas e de melhor disponibilidade são as:

  • insulinas humanas NPH (ação intermediária)
  • Regular (ação rápida) → a insulina humana é sempre preferida pelo menor risco imunogênico e pela sua segurança.
27
Q

Como é feito o cálculo da dose de insulina?

A

Idealmente, a dose e o tipo inicial de insulina devem ser estabelecidos com base no perfil de automonitoramento da glicemia capilar.

  • As insulinas de ação intermediária e longa são indicadas para controle das glicemias de jejum e pré-prandiais;
  • As insulinas de ação rápida e ultrarrápida são indicadas para controle das glicemias pós-prandiais.
28
Q

Como deve ser o fracionamento da dose de insulina?

A

Dependendo da dose diária calculada, esta deverá ser distribuída em múltiplas aplicações diárias (duas a três), com a maior concentração pela manhã, antes do café da manhã, sempre por via subcutânea.

Deve-se informar à gestante o momento recomendado de cada aplicação, observando que a:

  • Insulina Regular deve ser aplicada entre 30 e 40 minutos antes da refeição.
  • Análogos Lispro e Aspart devem ser aplicados na hora de início da refeição ou 15 minutos antes.
29
Q

Como é feito o monitoramento das usuárias de insulina?

A
  • Dentre os diferentes métodos, a automonitorização da glicemia capilar, utilizando fitas reagentes com leitura em um medidor digital de glicose (glicosímetro), é considerado o mais indicado para avaliação do controle glicêmico da mulher com DMG.
  • De um modo geral, para o controle do DMG, considera-se satisfatória a avaliação de valores de jejum e 1 ou 2 horas pós-prandiais. As metas de glicemia capilar a serem atingidas durante a gravidez, independentemente da idade gestacional, estão descritas na quadro 18.
30
Q

Há indicação de hipoglicemiantes orais?

A
  • Considerando-se as evidências científicas atuais, a insulina continua como primeira escolha no tratamento medicamentoso para o controle da hiperglicemia na gestação.
  • Os antidiabéticos orais (ADO), apesar de não serem a droga de primeira escolha, podem ter seu uso considerado como monoterapia nos casos de inviabilidade de adesão ou acesso à insulina ou como adjuvante em casos de hiperglicemia severa que necessitam de altas doses de insulina para controle glicêmico.
  • Dentre os diversos princípios ativos de agentes orais utilizados no controle glicêmico durante a gestação, a metformina e a glibenclamida são os representantes mais estudados
31
Q

Quando há indicações para o uso de metforminas no tratamento de DMG?

A
32
Q

Cite possíveis complicações clínicas maternas do diabetes mellitus gestacional

A
  • Hipertensão arterial:
    • Complicação frequente da DM
  • Retinopatia diabética:
    • Complicação vascular mais específica do diabetes mellitus, sendo sua prevalência fortemente relacionada à duração da doença. O controle glicêmico adequado é a principal forma de prevenir ou ainda retardar o aparecimento da retinopatia diabética
  • Nefropatia diabética: principal causa de insuficiência crônica
    • A nefropatia diabética acomete 20 a 40% do total de pacientes com diabetes, sendo uma das principais causas de insuficiência renal crônica.
  • Glicosúria: aumento progressivo do debito cardíaco → aumento do fluxo plasmático renal → aumento da filtração glomerular → compromete capacidade de reabsorção tubular máxima para glicose → glicosúria (mesmo com glicemia normal)
  • Infecção urinária
  • Candidíase vaginal: acidificação do meio vaginal pelo acúmulo de glicogênio em sua mucosa
33
Q

Cite possíveis complicações clínicas perinatais/fetais do diabetes mellitus gestacional.

A
  • Risco de malformações fetais:
    • Aparelho musculoesquelético.
    • Aparelho genitourinário
    • Sistema digestório
    • Sistema nervoso central (SNC)
    • Aparelho cardiovascular
      • As malformações cardíacas, principalmente do septo interventricular, são as mais incidentes.
  • Aumento da morbidade e mortalidade perinatal
  • Macrossomia, hipoglicemia, policitemia, hipocalcemia → casos que respondem pela maior parte da morbidade neonatal
    • A hiperglicemia materna acarretaria hiperglicemia fetal, estimulando o pâncreas fetal e resultando em hipertrofia e hiperplasia das células-beta, com aumento dos níveis de insulina fetal. Com a separação do binômio materno-fetal no nascimento, a transferência de aporte glicêmico é interrompida, levando à hipoglicemia neonatal → definida como valores de glicemia sérica inferiores a 40 mg/dL no recém-nascido de termo durante as primeiras 12 horas de vida
    • A hiperinsulinemia traz ainda a aceleração do crescimento fetal levando à macrossomia → recém-nascidos com peso superior a 4.000 g.
      • Fetos macrossômicos apresentam aumento das necessidades de oxigênio, hipoxemia crônica e, decorrente dela, aumento do número de hemácias (policitemia) para compensação do transporte de oxigênio.
      • O aumento das taxas de hemoglobina glicada fetal, ávida por oxigênio, favorece a diminuição do oxigênio sanguíneo livre e a hipoxia tecidual e pode acarretar óbito fetal, o que pode explicar o sofrimento do feto.
      • A macrossomia preocupa os obstetras, sobretudo pelos riscos que agrega ao parto vaginal, como distocia de ombro, tocotraumatismos e óbito perinatal.
  • Restrição do crescimento fetal → devido a vasculopatia presente em pacientes com doença de longa evolução
  • Polidrâmnio
    • A hiperglicemia é também responsável pela ocorrência de diurese osmótica fetal e que leva ao aumento do volume de líquido amniótico e, consequentemente, a polidrâmnio.
  • Prematuridade
    • No diabetes, é possível deparar-se com prematuridade espontânea ligada ao mau controle metabólico e a maiores incidências de polidrâmnio, macrossomia e infecções, sobretudo do sistema urinário; e prematuridade eletiva, em que o parto é propositalmente antecipado por necessidade materna ou fetal.
  • Hiperbilirrubinemia neonatal
  • Hipomagnesemia
  • Síndrome do desconforto respiratório
  • Caracterizada por taquipneia, retração da musculatura intercostal, hipoventilação, hipoxia.
  • Ocorre mais frequentemente em casos de diabetes com controle glicêmico irregular.
  • A hiperinsulinemia inibe a ação do cortisol no pulmão fetal, levando à inibição da produção de lecitina pelo pneumócito tipo 2. A lecitina é um fosfolípide presente no surfactante que estabiliza o alvéolo pulmonar durante a expiração, e sua diminuição leva a síndrome do desconforto respiratório.
  • Complicações em longo prazo
    • As crianças nascidas de mães diabéticas têm maiores taxas de obesidade na infância e na vida adulta, e ainda têm descritas maiores frequências de diabetes tipo 2 na vida adulta.
34
Q

Quando deve ser a resolução do parto?

A
  • Diante de paciente com bom controle metabólico, sem repercussões fetais e, que não apresentam antecedentes obstétricos de morte perinatal, macrossomia ou complicações associadas, como hipertensão pode-se permitir a evolução da gravidez até 40 semanas.
  • Situações especiais: como nefropatia diabética franca, retinopatia proliferativa, macrossomia fetal, dificuldade no controle metabólico, associação com hipertensão arterial, restrição do crescimento fetal e sinais de sofrimento fetal podem determinar a antecipação do parto.
    • Mesmo nessas situações consideradas especiais, raramente há necessidade de término da gestação antes de 37 semanas de idade gestacional.
35
Q

Qual a via de parto para pacientes com DMG?

A
  • O diabetes não é uma indicação absoluta de cesariana.
  • Nas gestantes bem controladas, a indicação da via de parto é obstétrica.
  • Não se indica cesariana em razão do DMG, sendo a via de parto uma decisão obstétrica, sendo a via vaginal preferencial, exceto quando existirem contraindicações como peso fetal superior a 4.000 g.
36
Q

Cite orientações no pós-parto.

A

No primeiro dia após o parto, os níveis de glicemia devem ser observados, suspendendo-se a insulina basal.

  • Deve-se reduzir a dose de insulina imediatamente após o parto em mulheres que a utilizavam no período pré-gestacional.
  • Orienta-se também a manutenção de uma dieta saudável.

A maioria das mulheres apresenta normalização das glicemias nos primeiros dias após o parto.

Ainda, deve-se estimular o aleitamento materno que, além dos benefícios ao bebê, está associado à prevenção do diabetes tipo 2 em mulheres com histórico de DMG.

  • Caso ocorra hiperglicemia durante esse período, a insulina é o tratamento indicado.
  • A prescrição de dietas hipocalóricas durante o período de amamentação deve ser evitada.

A incidência de diabetes entre mulheres com história prévia de DMG varia de 3 a 65%.

37
Q

Como é feita a avaliação do estado glicêmico pós–parto para ver se ela tem um risco futuro de desenvolver diabetes mellitus

A

A reclassificação deve ser feita, idealmente, 6 semanas após o parto para todas as mulheres que tiveram DMG, utilizando-se os critérios padronizados para a população em geral.

A realização do TOTG com 75 g de glicose, 6 semanas após o parto, é considerada o padrão-ouro para o diagnóstico de diabetes após a gestação e deve ser a opção em situações de viabilidade financeira e disponibilidade técnica total.

Caso o TOTG com 75g de glicose ou a glicemia de jejum sejam normais, a paciente deverá ser avaliada anualmente por meio de glicemia de jejum e/ou TOTG com 75 g de glicose ou pela medida da HbA1c.

38
Q

Como se avalia a vitalidade fetal dessas pacientes?

DIABETES TIPO 1 E TIPO 2

A

Após avaliação inicial no 1º trimestre que inclui exame ultrassonográfico morfológico do primeiro trimestre com a medida da translucência nucal, deve-se realizar ultrassonografia morfológica entre 18 e 22 semanas e ecocardiografia fetal entre 20 e 24 semanas de idade gestacional.

  • Assim, grande parte das malformações fetais decorrentes do mau controle glicêmico no período periconcepcional pode ser diagnosticada.
39
Q

Como se avalia a vitalidade fetal dessas pacientes?

DIABETES MELLITUS GESTACIONAL

A

Posteriormente à primeira avaliação, preconiza-se a ultrassonografia seriada (mensal) com o objetivo de acompanhar o crescimento fetal.

40
Q

Após o diagnóstico de diabetes mellitus gestacional, que usualmente ocorre depois de 28 semanas, para ava__liação da vitalidade fetal realiza-se semanalmente o perfil biofísico fetal. Explique o que é o perfil biofísico fetal.

A
  • É um método de propedêutica do bem-estar fetal que estuda atividades biofísicas fetais e a estimativa do volume de líquido amniótico.
  • Baseia-se na hipótese de que as atividades biofísicas fetais são um reflexo do grau de oxigenação do SNC e tem por objetivo associar variáveis antes analisadas separadamente para melhorar a predição do sofrimento fetal. Para sua execução, são necessários dois aparelhos que têm se tornado cada vez mais acessíveis: cardiotocógrafo e ultrassom.
41
Q

Tabelinha importante. Deem uma olhada.

A
42
Q
A