TUTORIA 8 - RCIU - Part IV Flashcards
Qual a definição de Restrição de crescimento intrauterino (RCIU)?
A definição de restrição de crescimento fetal (RCF) mais utilizada na literatura é a do crescimento fetal abaixo do percentil 10 para a idade gestacional, empregando-se curvas-padrão específicas de cada população.
A morbidade perinatal é cerca de 5 vezes maior do que nos casos em que o peso do recém-nascido é adequado para a idade gestacional, em consequência da maior frequência de quais fatores?
- Hipóxia
- Aspiração de mecônio
- Insuficiência respiratória
- Hipoglicemia
- Hipocalcemia
- Policitemia
- Hipotermia
- Hemorragia pulmonar
- Prejuízo no desenvolvimento neuropsicomotor
Quais as consequências de RCIU a longo prazo?
- A maioria dos recém-nascidos com crescimento restrito no termo recupera suas medidas de estatura e peso na primeira infância (cerca de 80% deles recuperam suas medidas no primeiro ano de vida).
- Entretanto, entre aqueles que não se recuperam até 2 anos, cerca de 50% mantêm-se pequenos na idade adulta.
- Estudos epidemiológicos e experimentais têm demonstrado associação entre o crescimento fetal reduzido e a presença de fatores de riscos cardiovasculares na vida adulta (p. ex. HA)
Quais as consequências de RCIU a longo prazo?
- Hipertensão arterial
- Níveis séricos elevados de triglicérides
- Baixas concentrações séricas de lipoproteína transportadora de colesterol de alta densidade (HDL)
- Resistência à insulina
Qual a classificação da RCIU?
TIPO 1
TIPO I (SIMÉTRICO)
- Agente agressor: atua precocemente na gravidez, ou seja, durante a embriogênese.
- Ocorre prejuízo do processo de multiplicação celular (hiperplasia), dando origem a recém-nascido com redução proporcional das medidas corporais (peso, estatura e circunferência cefálica).
- Fatores mais frequentemente envolvidos: são genéticos, infecções congênitas, drogas e radiações ionizantes.
- Esse tipo corresponderia a cerca de 10 a 20% dos casos de RCF, com prognóstico geralmente ruim, já que se associam a incidência elevada de malformações fetais.
Qual a classificação da RCIU?
TIPO 2
- Agente agressor: A atuação sobre o feto acontece no 3º trimestre da gestação, isto é, na fase correspondente ao aumento do tamanho das células (hipertrofia).
- Dá origem a recém-nascido com redução desproporcional das medidas corporais.
- O polo cefálico e os ossos longos são pouco atingidos, permanecendo acima do percentil 10, sendo o abdome a região mais comprometida.
- Fatores mais frequentemente envolvidos: ele é típico das insuficiências placentárias.
- Constitui o tipo mais frequente (cerca de 75% dos casos).
- O diagnóstico precoce e a condução adequada do caso revelavam bom prognóstico
Qual classificação da RCIU?
INTERMEDIÁRIO
TIPO INTERMEDIÁRIO
- Agente agressor: atua no 2ª trimestre da gestação, comprometendo tanto a fase de hiperplasia como a de hipertrofia das células.
- Geralmente, nesses casos, o feto se apresenta com comprometimento cefálico e de ossos longos, mas em grau menor do que no tipo I.
- Fatores mais frequentemente envolvidos: são desnutrição, uso de determinados fármacos, tabagismo e alcoolismo.
- Esse tipo é de difícil diagnóstico e corresponderia à minoria dos casos (10%).
Quais os fatores de risco da RCIU?
Cite 5 exemplos de diferentes fatores.
Por exemplo, uma causa de cada um citado abaixo:
- Fetal
- Placentário
- Maternos
- Ambientais
Como é feito o diagnóstico da RCIU?
- O diagnóstico da RCF só é possível diante da determinação exata da idade gestacional.
- A datação da gestação deve levar em conta a certeza da data da última menstruação (DUM), em concordância com a ultrassonografia obstétrica realizada até 12 semanas ou, pelo menos, com duas ultrassonografias compatíveis até 20 semanas.
- A medida da altura uterina menor do que a esperada para a idade gestacional, ou seja, abaixo do percentil 10, constitui sinal clínico suspeito de RCF e deve ser sempre utilizada para o rastreamento desta.
- O diagnóstico provável da RCF é feito pela ultrassonografia, que é mais precisa do que a medida da altura uterina, embora existam relatos na literatura revelando que cerca de 30% dos casos de RCF não são detectados pela ultrassonografia.
- Diante do diagnóstico de RCF, com volume de líquido amniótico normal e sem anomalias congênitas, a Dopplervelocimetria permite diferenciar o feto pequeno por insuficiência placentária do pequeno constitucional, além de proporcionar a avaliação do grau de insuficiência placentária.
Para que serve a corticoterapia na RCIU?
Aconselhável a utilização de um único ciclo de corticosteróide antenatal diante da possibilidade do nascimento prematuro, com o intuito de diminuir as complicações respiratórias e neurológicas.
Quais são as indicações para a corticoterapia?
Indicações:
-
Antes de 34 semanas, na presença de diástole zero no exame Dopplervelocimétrio de artérias umbilicais, interna-se a gestante para controle de vitalidade fetal.
- Se o índice de pulsatilidade para veias do ducto venoso se situar entre 1,0 e 1,5, administra-se um ciclo de corticoterapia (desde que entre 26 e 34 semanas) e interrompe-se a gravidez após 48 horas.
-
Oligoâmnio ou diástole reversa pelo Doppler de artéria umbilical: interrupção da gestação a partir da viabilidade fetal, independentemente da maturidade do feto.
- Corticoterapia antenatal nessas alterações apenas em casos selecionados e com IG entre 26 e 34 semanas.
Qual a avaliação e manejo da RCF (restrição do crescimento fetal)?
PIG
Qual a avaliação e manejo da RCF (restrição do crescimento fetal)?
Alteração anatômica/ anomalia cromossômica/ infecção fetal
Qual a avaliação e manejo da RCF (restrição do crescimento fetal)?
Insuficiência placentária
Como é feita a medida de fundo uterino?
- A paciente deve estar em decúbito dorsal, com os membros em extensão e a bexiga vazia. Faz-se a medida utilizando-se a fita métrica entre a sínfise púbica e o fundo uterino.
- A medida encontrada é colocada na curva de altura uterina de acordo com a idade gestacional. Em seguida, deve-se realizar uma avaliação para verificar se essa medida está normal.