TUTORIA 4 - Vulvovagintes Flashcards

1
Q

Qual aspecto/composição do fluxo fisiológico vaginal?

A
  • Consistência flocular e cor branca, sendo geralmente localizadas na porção da vagina situada em nível inferior (fórnix posterior)
  • pH variando de 3,8 a 4,5
  • Aspecto mucoide.
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2
Q

Qual microbiota que compõe o fluxo fisiológico vaginal?

A

A flora vaginal normal é principalmente aeróbica, com uma média de 6 espécies diferentes de bactérias, sendo as mais comuns os lactobacilos produtores de peróxido de hidrogênio (Lactobacillus acidophilus).

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3
Q

Por que a predominância de lactobacillus é benéfica para o hospedeiro?

A
  • A predominância de Lactobacillus é benéfica para o hospedeiro, já que algumas espécies produzem peróxido de hidrogênio e bacteriocinas, fatores que dificultam a proliferação de outros micro-organismos.
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4
Q

Quais são os fatores predominantes para a microbiota vaginal?

A
  • pH VAGINAL
  • Disponibilidade de glicose para metabolismo das bactérias.
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5
Q

Como é mantido o pH da vagina?

A

O pH da vagina normal é menor que 4,5, mantido pela produção de ácido láctico.

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6
Q

Como é a produção de ácido lático?

A

Microbiota vaginal contribui para o equilíbrio do ambiente vulvovaginal: glicogênio é jogado para dentro da vagina  transforma-se em glicose  flora vaginal a transforma em ácido lático  torna o pH vaginal ácido  impede a entrada de bactérias (coccus) vindas do reto e do ânus e consequentemente infecções na região.

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7
Q

A composição da flora vaginal não é constante, sofrendo variações em resposta a fatores exógenos e endógenos. Dê exemplos desses dois fatores.

A
  • Fatores endógenos: Diferentes fases do ciclo menstrual, gestação,
  • Fatores Exógenos: uso de contraceptivos, frequência de intercurso sexual, uso de duchas ou produtos desodorantes, utilização de antibióticos ou outras medicações com propriedades imunossupressivas.
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8
Q

Quais as situações fisiológicas onde o fluxo vaginal sofre alterações? (volume)

A

Fluxo vaginal fisiológico aumentado: época da ovulação, alguns dias antes da menstruação, durante a gravidez e durante a excitação sexual.

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9
Q

Definir corrimento genital (leucorreia).

A

Também chamado de leucorréia, é a manifestação usual das vulvovaginites, caracterizado pela presença de secreção vulvovaginal em quantidade excessiva, com alterações das suas características fisiológicas, causando desconforto e sendo determinado por diferentes agentes etiológicos.

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10
Q

Quais são as três infecções frequentemente associadas a leucorréias?

A
  • Vaginose bacteriana: desequilíbrio da microbiota vaginal e causada pelo crescimento excessivo de bactérias anaeróbias (Prevotella sp., Gardnerella vaginalis, Ureaplasma sp. e Mycoplasma sp.)
  • Candidíase vulvovaginal: causada por Candida sp. (geralmente C. albicans e por C. glabrata)
  • Tricomoníase: causada por Trichomonas vaginalis.
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11
Q

Quais são as causas não infecciosas do corrimento vaginal?

A
  • Drenagem de material mucoide fisiológico excessivo
  • Vaginite inflamatória descamativa
  • Vaginite atrófica (em mulheres na pós-menopausa)
  • Presença de corpo estranho, entre outros.
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12
Q

Quais as medidas comportamentais são recomendadas para a prevenção de corrimento?

A
  • Ser rigoroso com hábitos de higiene genital;
  • Evitar disseminação de bactérias do reto para a vagina, usando papel higiênico de frente para trás;
  • Não usar duchas de lavagem intravaginal;
  • Preferir calcinhas de algodão e não muito justas;
  • Evitar ficar com roupa de banho molhada;
  • Após a relação sexual se lavar;
  • Trocar frequentemente a roupa íntima .
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13
Q

O que são vulvovaginites? Conceitue.

A

As vulvovaginites são caracterizadas por processo inflamatório e/ou infeccioso que acomete o trato genital inferior, ou seja, envolve a vulva, paredes vaginais e ou epitélio escamoso estratificado do colo uterino (ectocérvice).

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14
Q

Quais são as vulvovaginites infecciosas e não infecciosas?

A
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15
Q

Quais fatores estão associados as vulvovaginites não-infecciosas?

A
  • Uso de contraceptivos
  • Uso de DIU
  • Gestação
  • Antibioticoterapia
  • Vaginose citolítica
  • Uso de irritantes
  • Roupas justas
  • Relações sexuais (são frequentes)
  • Diabetes não controlada.
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16
Q

O que é vaginose bacteriana?

A

A vaginose bacteriana (VB) é uma síndrome polimicrobiana caracterizada pela alteração da flora bacteriana vaginal normal que acarreta o, desaparecimento/ diminuição do número dos Lactobacillus produtores de peróxido de hidrogênio e supercrescimento de bactérias predominantemente anaeróbicas (Gardnerella vaginalis, Mobiluncus, Bacteróides, etc).

OBS: Não é vaginite, pois não tem inflamação!

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17
Q

Qual o agente etiológico associado a vaginose bacteriana?

A
  • Gardnerella vaginalis (é a principal)
  • Mycoplasma hominis
  • Mobiluncus
  • Bacteróides
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18
Q

O que desencadeia a vaginose bacteriana?

A

Não se sabe que fator desencadeia o distúrbio da flora vaginal normal. Supõe-se, no entanto, que haja influência da alcalinização repetida da vagina, decorrente de coitos frequentes ou do uso de duchas vaginais.

Após o desaparecimento dos lactobacilos normais produtores de peróxido de hidrogênio, é difícil restabelecer a flora vaginal normal, e a recorrência de VB é comum.

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19
Q

Qual o quadro clínico associado a vaginose bacteriana?

A
  • Odor desagradável (piora após o coito e no período perimenstrual);
  • Corrimento vaginal (pequena intensidade, homogêneo, branco-acinzentado);

<strong>Atenção</strong>: O quadro <u>não apresenta habitualmente prurido, ardor ou queimação</u> (exceto quando houver infecções concomitantes);

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20
Q

Como é feito o diagnóstico da vaginose bacteriana?

A
  1. Odor vaginal tipo peixe, notável sobretudo após o coito, e corrimento vaginal
  2. As secreções vaginais são cinza e formam uma fina camada de revestimento das paredes vaginais
  3. O pH dessas secreções é maior que 4,5 (em geral, de 4,7 a 5,7);
  4. O exame microscópico das secreções vaginais mostra um número elevado de células-alvo e notável ausência de leucócitos. Em casos avançados de VB, mais de 20% das células epiteliais são células-alvo;
  5. O acréscimo de KOH às secreções vaginais (o teste das aminas) libera um odor de peixe, teste das aminas.
    • Teste das aminas = teste de odor da secreção vaginal = Whiff test
    • Pinga uma gota de KOH e secreção vaginal e libera putrescina + cadaverina + trimetilamina

Os médicos impossibilitados de fazer o exame microscópico devem usar outros exames diagnósticos, como fita de pH e o teste das aminas, detecção de RNA de G. vaginalis ou coloração pelo Gram. No entanto, a cultura de G. vaginalis não é recomendada como método diagnóstico em razão da ausência de especificidade.

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21
Q

O que é o teste de Whiff?

A

Averigua a presença de bactérias anaeróbicas causadoreas da vaginose bacteriana.

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22
Q

Quais os critérios utilizados para o diagnóstico da vaginose? Quais os nomes que recebem?

A
  • CRITÉRIOS DE AMSEL (Considerar 3 critérios dos 4)
  • CRITÉRIOS DE NUGENT
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23
Q

Explique quais são os critérios de Amsel.

A
  • Corrimento vaginal branco-acinzentado em pequena quantidade.
  • pH igual ou maior que 4,5.
  • Presença de “Clue Cells” – células-alvo (células epiteliais recobertas por cocobacilos Gram lábeis, células epiteliais recobertas por Gardnerella vaginalis, dando aspecto de “rendilhado”) ao exame bacterioscópico.
  • Teste de aminas (whiff) positivo (odor semelhante a “peixe podre” ao se adicionar duas gotas de KOH a 10% ao conteúdo vaginal).
24
Q

Qual a localização das Clue Cells?

A
25
Q

Qual o tratamento da vaginose bacteriana?

A
  • Metronidazol – um antibiótico com excelente atividade contra anaeróbios, mas pequena atividade contra lactobacilos – é o fármaco de escolha no tratamento da VB.
    • Deve-se administrar uma dose de 500 mg por via oral (VO), 2 vezes/dia, durante 7 dias.
      • As pacientes devem ser aconselhadas a evitar o consumo de álcool durante o tratamento e nas 24 h subsequentes.
    • Também se pode prescrever metronidazol na forma de gel a 0,75%, um aplicador (5 g) por via intravaginal, 1 vez/ dia durante 5 dias.
  • A clindamicina nos esquemas a seguir também é efetiva no tratamento da VB:
    • Óvulos de clindamicina, 100 mg, por via intravaginal, 1 vez/dia ao se deitar durante 3 dias
    • Creme de clindamicina, 2%, 100 mg por via intravaginal, em dose única
    • Creme de clindamicina a 2%, um aplicador cheio (5 g) por via intravaginal, ao se deitar durante 7 dias
    • Clindamicina, 300 mg, VO, 2 vezes/dia durante 7 dias.
26
Q

Definina Candidíase vulvovaginal.

A

É a infecção da vulva e vagina, causada por um fungo comensal que habita a mucosa vaginal e digestiva, o qual cresce quando o meio se torna favorável ao seu desenvolvimento.

27
Q

Quais os agentes etiológicos associado a Candidíase Vulvaginal?

A

Cerca de 80% a 90% das infecções vaginais por leveduras → são devidos à Candida albicans;

Os outros 10% a 20% são devidos à:

  • Candida glabrata (5-10%)
  • Candida tropicalis (5%)
  • Candida krusei (raramente identificadas)
  • Candida parapsilosis (raramente identificadas)

Essas outras espécies de Candida causam sintomas vulvovaginais e tendem a ser resistentes ao tratamento.

28
Q

Qual a epidemiologia da Candidíase Vulvaginal?

A
  • A candidíase é frequente no menacme, sendo rara em crianças ou na menopausa, sugerindo que a colonização do trato genital por fungos é hormônio dependente.
  • Condições associadas com elevada produção de hormônios como gestação, diabetes, contraceptivos de alta dosagem podem associar-se a candidíase.
29
Q

Existem fatores que predispõem à infecção vaginal por Candida sp. Cite os que se destacam.

A
  • Gravidez;
  • Diabetes mellitus (descompensado);
  • Obesidade;
  • Uso de contraceptivos orais;
  • Uso de antibióticos;
  • Corticoides;
  • Imunossupressores;
  • Quimio/radioterapia;
  • Hábitos de higiene e vestuário que aumentem a umidade e o calor local;
  • Contato com substâncias alergênicas e/ou irritantes (ex.: talcos, perfumes, sabonetes ou desodorantes íntimos);
  • Alterações na resposta imunológica (imunodeficiência), incluindo a infecção pelo HIV.
30
Q

Qual a patogênese da Candidíase Vulvovaginal?

A
  • As extensas áreas de prurido e inflamação frequentemente associadas à i_nvasão mínima das células epiteliais do sistema genital inferior_ sugerem a participação de uma toxina (candidina) ou enzima extracelular na patogenia dessa doença.
  • Fenômeno de hipersensibilidade pode ser responsável pelos sintomas irritativos associados à Candidíase vulvovaginal, sobretudo nas pacientes com doença recorrente -> paciente tem hipersensibilidade devido a candidina.
31
Q

Quais são os fatores que predipõem as mulheres à candidíase vulvovaginal sintomática?

A

Os fatores que predispõem as mulheres à candidíase vulvovaginal sintomática incluem:

  • Uso de antibióticos
  • Gravidez
  • Diabetes.

A gravidez e o diabetes estão associados à diminuição qualitativa da imunidade celular, acarretando maior incidência de candidíase.

Gestação -> aumento da glicemia -> aumento da disponibilidade de glicogênio -> favorece o crescimento fúngico.

32
Q

Qual o quadro clínico associado a Candidíase?

A

Os sintomas de candidíase vulvuvaginal consistem em prurido vulvar associado a corrimento vaginal, em geral semelhante a queijo coalhado (aspecto de “leite coalhado”).

  • Corrimento: varia de aquoso a espesso homogêneo.
    • Pode haver úlceras vaginais, dispareunia, queimação vulvar e irritação.
  • Micção: A disúria pode ocorrer quando a micção expõe à urina o epitélio vulvar e vestibular inflamado.
  • Vulva: O exame mostra eritema e edema da pele da vulva. É possível que haja lesões periféricas pustulopapulares bem-delimitadas.
  • Vagina: A vagina pode apresentar eritema com corrimento esbranquiçado e aderente.
  • *Colo uterino:* O colo tem aparência normal.
33
Q

Como é o pH da vagina em pacientes com candida?

A

Em geral, o pH da vagina em pacientes com candidíase vulvovaginal é normal (< 4,5).

34
Q

Como é o teste das aminas em pacientes com candidíase?

A

O teste das aminas é negativo.

35
Q

Como é feito o diagnóstico da Candidíase?

A
  • Além da anamnese e do exame ginecológico cuidadosos, é necessária a comprovação laboratorial para o correto diagnóstico
  • Pode-se fazer um diagnóstico presuntivo quando não há comprovação da presença de elementos fúngicos ao exame microscópico, se o pH e os resultados do exame da preparação com solução salina forem normais e se a paciente apresentar aumento do eritema ao exame da vagina ou da vulva.
    • É recomendável fazer cultura para fungos a fim de confirmar o diagnóstico.
    • Por outro lado, é improvável que mulheres com achados normais ao exame físico e sem evidência de elementos fúngicos ao exame microscópico tenham Candidíase vulvovaginal, e não se deve administrar tratamento empírico, exceto se a cultura vaginal para leveduras for positiva.
36
Q

Cite quais exames microbiológicos são usados em caso de suspeita de candidíase.

A
  • Bacterioscopia a fresco: Visualizam-se ao microscópio as hifas e/ou esporos, característicos da infecção.
  • Bacterioscopia com coloração pelo método de Gram: permite melhor definição das hifas e esporos.
  • Culturas em meios específicos: os mais utilizados são os de Sabouraud e Nickerson, possibilitando também a identificação das espécies de fungos.
  • PCR: utilizado basicamente para pesquisas
37
Q

Qual o tratamento da Candidíase?

A

Aplicação tópica de fármacos do grupo dos azóis mais frequente e mais eficaz que a nistatina

  • Tratamento com azóis causa alívio dos sintomas e culturas negativas em 80 a 90% das pacientes que concluíram o tratamento.
  • Em geral, os sintomas desaparecem em 2 a 3 dias.
  • Recomendam­se os esquemas de curta duração de até 3 dias. Embora o menor período de terapia implique menor duração do tratamento, as formulações para administração por curto período têm maiores concentrações do antifúngico, causando uma concentração inibitória na vagina que persiste por vários dias

Fluconazol,antifúngico oral, dose única de 150 mg, é recomendado para tratamento da CVV.

  • Parece ter eficácia igual à dos azóis tópicos no tratamento da CVV leve a moderada.
  • As pacientes devem ser advertidas de que os sintomas persistirão por 2 a 3 dias após o início do tratamento para não haver expectativa da necessidade de tratamento adicional.

OBS: Itraconazol -> único que pega os 3 tipos de Candida 4 comprimidos, 2 de manhã e 2 a noite.

38
Q

Qual o agente etiológico associado a Tricomoníase?

A

A tricomoníase é causada pelo parasito flagelado (protozoário), sexualmente transmitido, Trichomonas vaginalis, tendo como reservatório o colo uterino, a vagina e a uretra.

39
Q

Qual o quadro clínico associado a Trichomoníase?

A

A vaginite por Trichomonas é frequentemente assintomática.

  • É possível que a vaginite por Trichomonas esteja associada a corrimento vaginal fétido, purulento e abundante, o qual pode ser acompanhado de prurido vulvar.
    • Corrimento vaginal purulento pode originar da vagina.
    • Clássico corrimento bolhoso, amareloesverdeado com odor desagradável.
  • Em pacientes com altas concentrações de organismos, podem ser observados eritema vaginal focal e colpite macular/ multifocal (colo em “framboesa”).
    • Pequenos pontos hemorrágicos podem ser identificados na vagina e no colo uterino (strawberry cervix).
40
Q

Qual é o pH da vagina infectada por trichomonas?

A

Em geral, o pH das secreções vaginais é maior que 5,0

41
Q

Quais exames podem ser usados para Tricomoníase?

A
  • O exame microscópico das secreções mostra tricomonas móveis e aumento do número de leucócitos
    • Pode haver células-alvo em razão da comum associação com a VB
  • O teste das aminas também pode ser positivo.
    • Geralmente é positivo, devido à associação com outras bactérias anaeróbias.
42
Q

Por que é necessário tratar gestante com trichomoníase?

A

Gestantes com vaginite por Trichomonas estão sob maior risco de ruptura prematura das membranas e de parto pré-termo.

43
Q

Como é feito o diagnóstico da Trichomoníase?

A
  • Em geral, o pH das secreções vaginais é maior que 5,0
  • O exame microscópico das secreções mostra tricomonas móveis e aumento do número de leucócitos
    • Pode haver células-alvo em razão da comum associação com a VB
  • O teste das aminas também pode ser positivo.
    • Geralmente é positivo, devido à associação com outras bactérias anaeróbias.
44
Q

Qual o tratamento da Tricomoníase?

A
  • O metronidazol é o fármaco de escolha para tratamento da tricomoníase vaginal.
    • Os esquemas, tanto em dose única (2 g VO) quanto em múltiplas doses (500 mg 2 vezes/dia durante 7 dias), são muito eficazes e apresentam taxas de cura aproximadas de 95%.
    • O gel de metronidazol, embora seja muito eficaz no tratamento da VB, não deve ser usado no tratamento da tricomoníase vaginal.
45
Q

Em qual vulvovaginite infecciosa o parceiro sexual deve ser tratado?

A

O parceiro sexual deve ser tratado no caso de tricomoníase

46
Q

Defina vaginite atrófica.

A
  • Vaginite atrófica ou síndrome geniturinária da menopausa é uma inflamação da vagina resultante da atrofia dos tecidos causada por insuficiência de estrogênio.
  • Estrogênio desempenha papel importante na manutenção do microambiente vaginal.
47
Q

Quais os sintomas da vaginite atrófica?

A

Podem desenvolver vaginite atrófica, a qual, em determinados casos, é acompanhada de corrimento vaginal purulento intenso. Além disso, pode haver dispareunia e sangramento pós-coito em razão da atrofia do epitélio vaginal e vulvar.

48
Q

O que o exame mostra?

A

O exame mostra atrofia genital externa, assim como perda das pregas vaginais.

  • A mucosa vaginal pode ser um pouco friável em algumas áreas.

O exame microscópico das secreções vaginais revela predomínio de células e piteliais parabasais e aumento do número de leucócitos.

49
Q

Qual é o tratamento da vaginite atrófica?

A

O tratamento em pacientes com vaginite atrófica se dá por meio de creme vaginal de estrogênio tópico.

  • Na maioria dos casos, o uso diário de 1 g de creme de estrogênios conjugados por via intravaginal, durante 1 a 2 semanas, proporciona alívio.
  • Deve-se considerar a terapia de manutenção com estrogênio, tópico ou sistêmico, a fim de que se evite a recorrência do distúrbio.
50
Q

Qual a diferença entre cervicite e colpite?

A

CERVICITE

Cervicite é a inflamação do colo uterino, seja do epitélio escamoso (pelos mesmos microrganismos que causam a vaginite), seja do epitélio glandular (Neisseria gonorrhoeae e Chamydia trachomatis).

COLPITE

Colpite é uma inflamação da mucosa que recobre o colo do útero e as paredes internas da vagina. Ela pode ser assintomática (sem sintomas) ou apresentar corrimento vaginal, odor, coceira e ardência.

51
Q

Quais os agentes que causam cervicite? Por quê?

A

O colo do útero é formado por 2 tipos diferentes de células epiteliais:

  • Epitélio escamoso → ectocérvice
  • Epitélio glandular → endocérvice
52
Q

Como é o corrimento vaginal na vaginose bacteriana?

A
  • Homogêneo
  • Branco acinzentado ou amarelado
  • Pode formar bolhas
  • Odor fétido
53
Q

Como é o corrimento da candidíase?

A
  • Corrimento branco
  • Presença de grumo
  • Aspecto de leite coalhado
  • Prurido vulvar
54
Q

Como é o corrimento da tricomoníase?

A
  • Amarelo esverdeado
  • Podendo ser bolhoso e apresentar odor característico
  • Colo em morango
  • Dispareunia (dor genital durante ou após o sexo)
55
Q
A