TUTORIA 1 - Ciclo Menstrual Flashcards

1
Q

Quando se inicia a puberdade nos meninos e nas meninas?

A
  • Meninos: 9 a 14 anos com o aumento do volume do testiculo
  • Maninas: 8 a 13 anos com o aparecimento do broto mamário
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2
Q

Como ocorre a cronologia puberal da mulher?

A
  1. Brotamento das mamas (telarca – M2 da escala de Tanner)
  2. Surgimento de pelos pubianos (pubarca – em média após 6 meses a 1 ano da telarca)
  3. Velocidade máxima de crescimento
  4. Menarca – primeiro ciclo de menstruação (2 a 2,5 anos após o início da telarca)
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3
Q

Como ocorre a cronologia puberal no homem?

A
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4
Q

Qual a idade esperada para a menarca?

A

A idade média da menarca é de cerca de 12 anos e 9 meses.

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5
Q

Quais os fatores que desencadeiam a puberdade?

A
  • A puberdade se inicia com a reativação do eixo hipotálamo-hipófise-ovariano (HHO), que estava inativa na infancia.
  • Com a reativação desse eixo endócrino, o hipotálamo, por meio do seu fator de liberação, estimula a hipófise a liberar as gonadotrofinas, que são os hormônios folículo-estimulante (FSH) e luteinizante (LH).
  • Essas gonadotrofinas agem, então, nos ovários, que respondem produzindo os esteroides sexuais, estrogênio e progesterona.
  • Com o estímulo do estradiol (E2) produzido pelos ovários, acontecem várias mudanças no organismo feminino; as mais marcantes são o estirão de crescimento e o surgimento dos caracteres sexuais secundários, telarca e pubarca. A axilarca é outro evento dessa fase e pode coincidir com a pubarca. Ambas são mais dependentes da função adrenal, por isso são chamadas de adrenarca.
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6
Q

Como se caracteriza um ciclo menstrual normal? (volume, duração e intervalo)

A

O ciclo menstrual consiste em um evento periódico, em que o corpo da mulher se prepara para a concepção de um embrião.

  • Intervalo do ciclo: 21 a 35 dias (média de 28 dias)
  • Duração de fluxo: 2 a 6 dias
  • Volume de perda sanguínea: 20 a 60 mL
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7
Q

Quais são os hormônios que influenciam diretamente o ciclo menstrual?

A

FSH, LH, estrogênio e progesterona (o GnRH não é considerado parte do ciclo, e sim um hormônio contínuo).

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8
Q

Quem produz o GnRH? Para onde vai?

A
  • Núcleo arqueado do hipotálamo
  • Vai para hipófise anterior
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9
Q

Não é preciso que o GnRH seja liberado de modo pulsátil para ser efetivo, influenciando na liberação de duas gonadotrofinas (LH e FSH).

V ou F

A

FALSO

É preciso que o GnRH seja liberado de modo pulsátil para ser efetivo, influenciando na liberação de duas gonadotrofinas (LH e FSH).

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10
Q

Como funciona a secreção pulsátil de GnRH de acordo com o ciclo?

A

A secreção pulsátil de GnRH varia tanto em frequência quanto em amplitude ao longo do ciclo menstrual e é firmemente regulada.

  • Fase folicular: é caracterizada por pulsos de secreção de GnRH frequentes e de pequena amplitude.
  • Fase folicular tardia: há aumento tanto na frequência quanto na amplitude dos pulsos.
  • Fase lútea: há o alongamento do intervalo entre os pulsos. A amplitude na fase lútea é maior que aquela na fase folicular, mas declina de maneira progressiva durante as 2 semanas.
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11
Q

O que essa modificação na frequência de GnRH possibilita?

A

Essa modificação em frequência de pulso possibilita a variação da secreção de LH e FSH ao longo do ciclo menstrual.

  • Por exemplo, diminuir a frequência de pulsos de GnRH diminui a secreção de LH, mas eleva o FSH, um importante aspecto da intensificação da disponibilidade de FSH na fase lútea tardia.
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12
Q

Quais são as gonodotrofinas?

Onde são produzidas?

Qual a função?

A
  • As gonadotrofinas FSH e LH
  • produzidas por células do gonadotrofo hipofisário anterior
  • responsáveis pela estimulação folicular ovariana.
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13
Q

HORMÔNIO FOLÍCULO-ESTIMULANTE (FSH)

  • Age em qual paret do ciclo?
  • Pelo que é responsável?
  • Onde atua?
A

HORMÔNIO FOLÍCULO-ESTIMULANTE (FSH)

  • Eleva-se no final do ciclo anterior (período pré-menstrual);
  • Responsável pelo crescimento folicular
  • Atuação do FSH:
    • Aumenta o número de receptores de FSH e de LH (quanto maior o número de receptores de LH melhor será o funcionamento do corpo lúteo) nas células da granulosa.
    • Aumenta a síntese e liberação de inibina e ativina (ação inibitória e estimulatória seletiva da liberação do próprio FSH);
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14
Q

O que define o folículo a ser escolhido para crescimento?

A

Cada folículo tem sensibilidade própria ao FSH, sendo que o mais sensível (maior concentração de receptores) crescerá mais e será o folículo dominante, sintetizando inibina e estradiol em maiores concentrações. Os demais folículos sofrem atresia e o dominante é conduzido à ovulação.

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15
Q

HORMÔNIO LUTEINIZANTE (LH)

  • Age em qual parte do ciclo?
  • Onde atua?
  • Pelo que é responsável?
A

HORMÔNIO LUTEINIZANTE (LH)

  • Na fase folicular as concentrações de LH são baixas e com a elevação do estradiol no meio ciclo há incremento da liberação do hormônio luteotrófico, responsável direto pela ovulação (pico no meio ciclo).
  • Ação sobre as células da teca, sintetizando principalmente androgênios, além dos outros esteroides sexuais.
  • Meia-vida: 20 minutos.
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16
Q

Como o ciclo menstrual humano pode ser dividido?

A

O ciclo menstrual humano normal pode ser dividido em dois segmentos de acordo com o órgão examinado:

  • Ciclo ovariano
    • Fase folicular
    • Fase lútea
  • Ciclo uterino
    • Fase proliferativa
    • Fase secretora
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17
Q

Caracterize a fase folicular do ciclo ovariano.

A
  • A retroalimentação hormonal promove o desenvolvimento ordenado de um único folículo dominante, que deve estar maduro na metade do ciclo e preparado para a ovulação.
  • A média de duração da fase folicular humana varia de 10 a 14 dias.
  • A variabilidade nessa duração é responsável pela maioria das alterações na duração total do ciclo
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18
Q

Caracterize a fase lútea do ciclo ovariano.

A
  • O período da ovulação até o início da menstruação dura, em média, 14 dias.
  • Duração ≈ 14 dias -> VALOR FIXO devido ao tempo do corpo lúteo.
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19
Q

Como são as variações hormonais no ciclo ovariano?

A

Ao começo de cada ciclo menstrual mensal, os níveis de esteroides gonadais são baixos e vêm diminuindo desde o final da fase lútea do ciclo anterior.

  1. Com a involução do corpo lúteo (do ciclo antigo), os níveis de FSH começam a se elevar, e uma coorte folicular em crescimento é recrutada. Cada um desses folículos secreta níveis crescentes de estrogênio enquanto se desenvolve na fase folicular.
    • O aumento de estrogênio, por sua vez, é o estímulo para a proliferação endometrial.
  2. A elevação dos níveis de estrogênio provém de uma retroalimentação negativa sobre a secreção de FSH hipofisário, que começa a declinar próximo à metade da fase folicular.
    • Os folículos em crescimento produzem inibina­B, que suprime a secreção de FSH pela hipófise.
    • De maneira oposta, o LH inicialmente diminui em resposta a níveis de estradiol elevados, mas, em um momento mais tardio na fase folicular, o nível de LH é dramaticamente aumentado (resposta bifásica).
  3. Ao final da fase folicular (pouco antes da ovulação), receptores de LH/FSH­induzidos estão presentes na superfície de células da granulosa e, com a estimulação do LH, modulam a secreção de progesterona.
  4. Após um grau suficiente de estimulação estrogênica, o aumento repentino de LH hipofisário é disparado, o que desencadeará a ovulação, que ocorre de 24 a 36h mais tarde.
    • ​​A ovulação anuncia a transição para a fase lútea – secretora.
  5. O nível de estrogênio é reduzido durante a fase lútea inicial, pouco antes da ovulação até o meio da fase lútea, quando começa a se elevar outra vez como resultado da secreção do corpo lúteo.
    • De modo semelhante, a inibina­A é secretada pelo corpo lúteo.
  6. Os níveis de progesterona se elevam após a ovulação e podem ser usados como um sinal presumido de que a ovulação ocorreu.
  7. A progesterona, estrogênio e inibina­A agem centralmente para suprimir a secreção de gonadotrofina e um novo crescimento folicular.
    • Esses hormônios permanecem elevados durante o tempo de vida do corpo lúteo e, diminuem com a sua involução, preparando o caminho, portanto, para o próximo ciclo.
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20
Q
  1. No começo de cada ciclo como estao os níveis de esteroides gonadais?
A

Ao começo de cada ciclo menstrual mensal, os níveis de esteroides gonadais são baixos e vêm diminuindo desde o final da fase lútea do ciclo anterior.

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21
Q

(2)

  • Quando o FSH começa a se elevar?
  • O que acontece depois dessa elevação?
  • Qual é o estimulo para a proliferação endometrial?
A

Com a involução do corpo lúteo (do ciclo antigo), os níveis de FSH começam a se elevar, e uma coorte folicular em crescimento é recrutada. Cada um desses folículos secreta níveis crescentes de estrogênio enquanto se desenvolve na fase folicular.

  • O aumento de estrogênio, por sua vez, é o estímulo para a proliferação endometrial.
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22
Q

(3)

  • De onde vem a elevação dos niveis de estrogênio?
  • Quando o FSH começa a declinar?
  • O que os foliculos em crescimento produzem? Qual a ação
  • O que acontece com o LH?
A
  • A elevação dos níveis de estrogênio provém de uma retroalimentação negativa sobre a secreção de FSH hipofisário, que começa a declinar próximo à metade da fase folicular.
  • Os folículos em crescimento produzem inibina­B, que suprime a secreção de FSH pela hipófise.
  • De maneira oposta, o LH inicialmente diminui em resposta a níveis de estradiol elevados, mas, em um momento mais tardio na fase folicular, o nível de LH é dramaticamente aumentado (resposta bifásica).
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23
Q

(4)

  • O que acontece no final da fase folicular (pouco antes da ovulação)?
A

Ao final da fase folicular (pouco antes da ovulação), receptores de LH/FSH­induzidos estão presentes na superfície de células da granulosa e, com a estimulação do LH, modulam a secreção de progesterona.

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24
Q

(5)

  • O que desencadeia a ovulação?
  • O que anuncia a ovulação?
A

Após um grau suficiente de estimulação estrogênica, o aumento repentino de LH hipofisário é disparado, o que desencadeará a ovulação, que ocorre de 24 a 36h mais tarde.

  • A ovulação anuncia a transição para a fase lútea – secretora.
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25
Q

(6)

  • O que acontece com o nível de estrogênio durante a fase lútea inicial?
  • O que acontece com o estrogênio no meio da fase lútea?
  • O que o corpo lúteo secreta?
A

O nível de estrogênio é reduzido durante a fase lútea inicial, pouco antes da ovulação até o meio da fase lútea, quando começa a se elevar outra vez como resultado da secreção do corpo lúteo.

  • De modo semelhante, a inibina­A é secretada pelo corpo lúteo.
26
Q

(7)

  • O que sinalisa que a ovulação ocorreu?
A

Os níveis de progesterona se elevam após a ovulação e podem ser usados como um sinal presumido de que a ovulação ocorreu.

27
Q

(8)

  • Quais hormonios agem suprimindo a secreção de gonadotrofina e um novo crescimento folicular?
  • Quando que esses hormônios diminuem?
A

A progesterona, estrogênio e inibina­A agem centralmente para suprimir a secreção de gonadotrofina e um novo crescimento folicular.

  • Esses hormônios permanecem elevados durante o tempo de vida do corpo lúteo e, diminuem com a sua involução, preparando o caminho, portanto, para o próximo ciclo.
28
Q

Fases foliculares.

  • Onde ficam distrubuidos?
  • Antes do inicio da puberdade em qual estágio se encontram?
  • Em quanto tempo ocorre esse processo?
A
  • Os folículos ovarianos (ou ováricos) de vários tamanhos, que contêm um único oócito, estão distribuídos no estroma do córtex.
  • Antes do início da puberdade, todos os folículos do córtex do ovário estão no estágio de folículo primordial.
  • Esses processos ocorrem ao longo do espaço de<strong> 10 a 14 dias</strong>, que <u>conduzem o folículo primordial, até os estágios de folículo pré-antral, antral e pré-ovulatório</u>.
29
Q

Quais são as fases foliculares?

A
  • Folículos primordiais
  • FOLÍCULO PRIMÁRIOS UNILAMELARES OU MULTILAMELARES (PRÉ-ANTRAL)
  • FOLÍCULOS SECUNDÁRIOS (ANTRAL)
  • FOLÍCULOS DE GRAAF (PRÉ-OVULATÓRIO)
30
Q

Defina cada etapa das fases foliculares:

Folículo primário

A

Mudanças do folículo primário (resumo)

  • ↑ volume do oócito: Crescimento do oócito
  • Proliferação da granulosa: Expansão de uma única camada de células foliculares da camada granulosa em uma multicamada de células cuboides

________________________________________________________

  • O folículo primordial é constituído por um ovócito primário circundado por uma única camada de células foliculares achatadas.
  • O recrutamento e o crescimento iniciais dos folículos primordiais independem das gonadotrofinas e afetam uma coorte por vários meses.
  • No estágio de folículo primordial, pouco depois do recrutamento inicial, o FSH assume o controle da diferenciação e o crescimento folicular, possibilitando que uma coorte de folículos continue a diferenciação à mudança de um crescimento independente de gonadotrofina para um crescimento dependente de gonadotrofina.
  • As primeiras mudanças observadas são o crescimento do oócito e a expansão de uma única camada de células foliculares da camada granulosa em uma multicamada de células cuboides.
31
Q

Defina cada etapa das fases foliculares

FOLÍCULO PRIMÁRIOS UNILAMELARES OU MULTILAMELARES (PRÉ-ANTRAL)

A

_________________________________________

  • As células foliculares tornam-se cubóides.
  • Células do estroma começam a organizar-se em torno do folículo primário multilamelar formando a teca interna, constituída principalmente por uma camada celular ricamente vascularizada, e a teca externa, constituída principalmente por tecido conjuntivo fibroso.
  • As células que constituem a teca interna possuem receptores para LH em seu plasmalema, e estas células assumem características ultra-estruturais de células produtoras de esteróides. Estas células da teca interna produzem o hormônio sexual masculino, androstenediona, que penetra nas células da granulosa, onde a enzima aromatase o converte no estrógeno estradiol. As células da granulosa estão separadas da teca interna por uma lâmina basal espessada.
32
Q

Defina cada etapa das fases foliculares

FOLÍCULOS SECUNDÁRIOS (ANTRAL)

A
  • O folículo primário multilamelar continua a desenvolver-se e a aumentar de tamanho. Forma-se um grande folículo esférico com numerosas camadas de células da granulosa em torno do ovócito primário.
  • Dentro da massa de células da granulosa, formam-se vários espaços intercelulares, que se tornam preenchidos com um fluido denominado líquido folicular. Uma vez observada a presença do líquido folicular, o folículo passa a constituir um folículo secundário.
  • A continuação da proliferação das células da granulosa do folículo secundário depende do FSH liberado pelas células basófilas da hipófise anterior. Sob a influência do FSH, aumenta o número de camadas de células da granulosa, assim como o número de espaços intercelulares contendo líquido folicular, esse liquido contém os hormônios progesterona, estradiol, inibina, foliostatina (foliculostatina) e ativina, que regulam a liberação de LH e FSH. Por sua vez, o FSH induz as células da granulosa a produzirem receptores para LH, que são incorporados em seu plasmalema.
33
Q

Defina cada etapa das fases foliculares

FOLÍCULOS DE GRAAF (PRÉ-OVULATÓRIO)

A

A elevação dos níveis de estrogênios tem efeito de retroalimentação negativa sobre a secreção de FSH. Por outro lado, o LH sofre uma regulação bifásica pelo estrogênio circulante.

  • Em concentrações mais baixas, o estrogênio inibe a secreção de LH.
  • Em níveis mais altos, ele intensifica a liberação de LH. Essa estimulação precisa de um nível alto e sustentado de estrogênio (200 pg/ml) por mais de 48 h. Uma vez que o nível elevado de estrogênio produz retroalimentação positiva, há o aumento repentino e substancial na secreção de LH.

Em concomitância a esses eventos, as interações locais estrogênio-FSH no folículo dominante induzem receptores LH na superfície de células da granulosa. A exposição a níveis mais altos de LH causa uma resposta específica pelo folículo dominante – e, como consequência, a luteinização das células da granulosa, a produção de progesterona e o início da ovulação.

A ovulação se dará no único folículo maduro, folículo de Graaf, em um período de 10 ou 12 h após o pico de LH, ou de 34 a 36 h após a elevação inicial do LH na metade do ciclo.

34
Q

Os esteroides sexuais não são os únicos reguladores das gonadotrofinas no desenvolvimento folicular. Dois peptídios relacionados, derivados da célula da camada granulosa, foram identificados desempenhando funções opostas na retroalimentação da hipófise.

  • Quais são esses dois?
  • Qual a função de cada um?
A
  • INIBINA: Ambas agem para inibir a síntese e a liberação de FSH.
  • ATIVINA: estimula a liberação de FSH a partir da hipófise e potencializa sua ação no ovário.
35
Q

Fale sobre a inibina.

Quais são esses dois?

E em que fase são secretadas?

Qual a função de cada uma?

A

Conforme sugerido, os esteroides sexuais não são os únicos reguladores das gonadotrofinas no desenvolvimento folicular. Dois peptídios relacionados, derivados da célula da camada granulosa, foram identificados desempenhando funções opostas na retroalimentação da hipófise. O primeiro desses peptídios, a inibina, é secretada em duas maneiras: inibina-A e inibina-B.

  • A inibina-B é secretada sobretudo na fase folicular e estimulada pelo FSH.
  • A inibina-A é principalmente ativa na fase lútea.
  • Ambos os tipos de inibina agem para inibir a síntese e a liberação de FSH.
36
Q

Como ocorre o ato da ovulção?

A

O aumento repentino de LH na metade do ciclo é responsável pela elevação expressiva nas concentrações locais de prostaglandinas e enzimas proteolíticas na parede folicular. Essas substâncias enfraquecem, de modo progressivo, a parede folicular e, por fim, possibilitam que uma abertura se forme.

37
Q

Defina a fase lútea

A
  • Após a ovulação, a periferia folicular é transformada em um regulador primário da fase lútea: o corpo lúteo.
  • Essas células são estruturas secretoras ativas que produzem progesterona, as quais sustentam o endométrio da fase lútea. Além disso, o estrogênio e a inibina-A são produzidos em quantidades significativas.
  • Os esteroides do corpo lúteo (estradiol e progesterona) fornecem retroalimentação central negativa e causam diminuição na secreção de FSH e LH. A secreção continuada de ambos os esteroides diminuirá os estímulos para o recrutamento folicular subsequente.
  • De modo similar, a secreção lútea de inibina também potencializa a diminuição de FSH.
  • A função continuada do corpo lúteo depende da produção continuada de LH. Na ausência desta estimulação, o corpo lúteo invariavelmente regressará após um período de 12 a 16 dias e formará o corpo albicans, semelhante a uma cicatriz.
38
Q

O que acontece com o corpo lúteo se a gravidez não ocorrer?

A

Na ausência de gravidez, o corpo lúteo regride, e os níveis de estrogênio e progesterona diminuem, o que, por sua vez, elimina a inibição central sobre a secreção das gonadotrofinas e possibilita que os níveis de FSH e de LH se elevem outra vez e recrutem outra coorte de folículos.

39
Q

O que acontece com o corpo lúteo se a gravidez ocorrer?

A
  • Se a gravidez realmente ocorrer, o hCG placentário mimetizará a ação do LH e estimulará, de modo contínuo, o corpo lúteo a secretar progesterona. A implantação bem-sucedida resulta em sustentação hormonal para que se possibilite a manutenção continuada do corpo lúteo e do endométrio.
  • Evidência a partir de pacientes submetidas a ciclos de doação de oócitos demonstrou que a função lútea continuada é essencial à manutenção da gravidez até aproximadamente 5 semanas de gestação, quando é produzida progesterona suficiente pela placenta em desenvolvimento. Essa troca na fonte de progesterona regulatória é referida como transição luteoplacentária.
40
Q

Defina a camada superficial do endométrio.

A

Os 2/3 superficiais do endométrio (camada superficial/ camada funcional) correspondem a parte que prolifera e é, por fim, descartada a cada ciclo se não ocorrer gravidez.

  • Essa porção do endométrio que passa pelo ciclo é conhecida como decidua funcionalis ou decídua funcional, a qual é composta de uma zona intermediária situada profundamente (stratum spongiosum) e uma zona compacta superficial (stratum compactum).
41
Q

Defina a camada basal do endométrio.

A

A camada basal (decidua basalis ou decídua basal), região mais profunda do endométrio, não sofre proliferação mensal significativa, mas, em vez disso, é a fonte de regeneração endometrial após cada menstruação.

42
Q

Caracterize a fase proliferativa.

A
  • A fase proliferativa é caracterizada pelo crescimento mitótico progressivo da camada funcional no preparo para a implantação do embrião em resposta à elevação dos níveis circulantes de estrogênio.
43
Q

Caracterize a fase secretora do ciclo uterino.

A
  • Em um ciclo típico de 28 dias, a ovulação ocorre no dia 14.
  • Dentro de 48 a 72h após a ovulação, o início da secreção de progesterona produz uma mudança no aspecto histológico do endométrio ao passar para a fase secretora, assim denominada pela presença evidente de produtos eosinofílicos ricos em proteína e secretados na luz glandular.
  • No 6º ou 7º dia pós-ovulatório, é comum atividade secretora máxima das glândulas e o endométrio está plenamente preparado para a implantação do blastocisto.
  • O estroma da fase secretora permanece sem modificações histológicas até aproximadamente o 17º dia pós-ovulatório, quando há o aumento progressivo do edema.
  • Aproximadamente 2 dias antes da menstruação, há um aumento dramático no número de linfócitos polimorfonucleares que migram a partir do sistema vascular. Essa infiltração leucocitária anuncia o colapso do estroma endometrial e o início do fluxo menstrual.
44
Q

Explique como funciona a mentruação

A

Na ausência de implantação, a secreção glandular cessa, e ocorre o colapso irregular da camada funcional. A descamação resultante dessa camada do endométrio é chamada de menstruação.

A destruição do corpo lúteo com consequente queda da produção de estrogênio e progesterona é a causa presumida da descamação.

Com a retirada dos hormônios sexuais, há profundo espasmo vascular das artérias espiraladas, que, por fim, leva à isquemia endometrial. De maneira simultânea, há um rompimento de lisossomos e a liberação de enzimas proteolíticas, que, depois, promovem destruição tecidual local. Essa camada do endométrio é então descamada, deixando a camada basal como fonte subsequente do crescimento endometrial.

45
Q

Qual a relação das prostaglandinas com a menstruação?

A
  • As prostaglandinas são produzidas ao longo do ciclo menstrual e estão em sua concentração máxima durante a menstruação.
  • A prostaglandina F2α (PGF2α) é um vasoconstritor potente, causando vasoespasmo arteriolar e isquemia endometrial adicionais. A PGF2α produz contrações miometriais que diminuem o fluxo sanguíneo da parede uterina local e podem servir para expelir fisicamente o tecido endometrial descartado do útero.
46
Q

Imagem do ciclo menstrual

(Não tem que responder nada, basta olhar a resposta)

A
47
Q

Explique a teoria das duas células.

A
  • É a teoria da formação estrogênica a nível ovariano
  • O princípio fundamental do desenvolvimento folicular é a teoria das duas células, duas gonadotrofinas, a qual afirma haver uma subdivisão e compartimentalização da atividade de síntese de hormônios esteroides no folículo em desenvolvimento.
  • Uma relação sinergética deve existir: o LH estimula as células da teca a produzirem androgênios (em especial, androstenediona), que, por sua vez, são transferidos às células da granulosa para aromatização estimulada pelo FSH, transformando-se em estrogênio.
  • A maioria das atividades da aromatase (para a produção de estrogênio) é desempenhada pelas células da granulosa.
  • Esse estrogênio produzido localmente cria um microambiente dentro do folículo, o qual é favorável ao crescimento e à nutrição continuados.
  • O FSH e o estrogênio local servem para estimular mais a produção de estrogênios, a síntese e a expressão do receptor de FSH, bem como a proliferação e a diferenciação das células da granulosa.
  • A atividade da aromatase é intensificada pela estimulação de receptores específicos pelo FSH na superfície dessas células.
  • Células da granulosa não possuem várias enzimas que ocorrem antes na via esteroidogênica, e requerem androgênios como substrato para a aromatização.
48
Q

Quais funções os andrógenos desempenham no ovário?

A

Os androgênios desempenham duas funções reguladoras positivas no desenvolvimento folicular. Dentro do ovário, eles promovem:

  1. Proliferação de células da granulosa
  2. Atividade de aromatase
49
Q

O que são esteroides?

Quais os principais sintetizados pelo organismo?

A

Esteroides são um grande grupo de compostos solúveis em gordura (lipossolúveis), que têm uma estrutura básica de 17 átomos de carbono dispostos em quatro anéis ligados entre si, ou seja, possui uma estrutura deriva do anel orgânico Ciclopentanoperidrofenantreno.

  • Estrogênio
  • Progestina/Progesterona
50
Q

Caracterize o estrôgenio

  • Qual a principal função
  • Onde é principalmente produzido?
  • Quais são os três tipos presentes no plasma feminino
  • Qual é o principal?
A
  • Principal função dos estrogênios: Proliferação endometrial
  • O estradiol (estradiol-17β) é o mais abundante e o mais potente estrógeno ovariano, produzido principalmente pelas células da camada granulosa (células foliculares) e pelas células granuloso-luteínicas.
  • 3 estrogênios estão presentes no plasma feminino: beta-estradiol, estrona e estriol.
  • Principal secretado pelo ovário é o estradiol, mais potente, considerado o principal.
51
Q

Quais são as ações do estradiol?

A

Função primária do estradiol: causar proliferação e crescimento tecidual dos órgãos sexuais e outros tecidos relacionados a reprodução.

Além disso, o estradiol promove:

  • Depósito de gordura em tecidos subcutâneos (glúteos, coxas e mamas no sexo feminino)
  • Desenvolvimento de pelos
  • Maior vascularização e macies da pele
  • Retenção de sódio
52
Q

Caracterize a progesterona

  • O que é a progesterona?
  • Quando e por quem é secretada?
A
  • A progesterona, um precursor de andrógenos e de estrógenos, é sintetizada por células foliculares e por células granuloso-Iuteínicas.
  • Sem dúvida a progesterona é a mais importante progestina, portanto, por fins práticos considera-se apenas a progesterona.
  • Na mulher não grávida, a progesterona é secretada em grandes quantidades apenas durante a 2ª metade do ciclo ovariano, pelo corpo lúteo.
53
Q

Quais são as ações da progesterona?

A

A progesterona promove alterações secretórias no útero, preparando o útero para implantação, além de diminuir a frequência e a intensidade das contrações uterinas pelo endométrio, evitando a expulsão de um possível óvulo implantado.

Outras ações:

  • Aumenta a secreção de muco pelas células das trompas para nutrir o óvulo fertilizado
  • Proliferação dos alvéolos das mamas
54
Q

Defina os conceitos de cada uma das palavras:

  • Coitarca
  • Oligomenorreia
  • Polimenorreia
  • Hipomenorreia
  • Hipermenorreia/Menorragia
  • Amenorreia
  • Metrorragia
  • Algomenorreia
A
55
Q

Qual a característica dos ciclos menstruais iniciais?

A

Os extremos da vida reprodutiva (após a menarca e perimenopausa) são caracterizados por uma porcentagem mais alta de ciclos anovulatórios ou ciclos irregulares.

56
Q

O que justifica esses ciclos serem dessa forma (anovulatórios e irregulares)?

A

Se o pico pré-ovulatório de LH não tiver grandeza suficiente (pico de LH não é potente o bastante para causar ovulação), a ovulação não ocorrerá, e diz-se que o ciclo é “anovulatório”.

As fases do ciclo sexual continuam, mas são alteradas das seguintes maneiras:

  • Primeiro, a ausência de ovulação leva ao não desenvolvimento do corpo lúteo, de maneira que não há quase nenhuma secreção de progesterona, durante a última porção do ciclo.
  • Em segundo lugar, o ciclo é encurtado por vários dias, mas o ritmo continua. Por isso, é provável que a progesterona não seja necessária à manutenção do ciclo em si, muito embora possa alterar seu ritmo.

Os primeiros ciclos depois do início da puberdade geralmente são anovulatórios, assim como os ciclos que ocorrem alguns meses a anos antes da menopausa, talvez porque o pico de LH não seja potente o bastante, nessas épocas, para provocar ovulação.

A transição de ciclos anovulatórios para ciclos ovulatórios na adolescência ocorre durante os primeiros anos após a menarca.

É consequência da maturação do eixo hipotalâmico-hipofisário-ovariano, caracterizada por mecanismos de feedback positivos nos quais um nível crescente de estrogênio desencadeia um pico de hormônio luteinizante e ovulação.

57
Q

Resuminho top

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A
  1. O GnRH é produzido no núcleo arqueado do hipotálamo e secretado de modo pulsátil para dentro da circulação porta, por onde viaja para a hipófise anterior.

2. O desenvolvimento folicular ovariano passa de um período de independência para uma fase de dependência de FSH.

3. Enquanto o corpo lúteo do ciclo anterior definha, diminui a produção lútea de progesterona e inibina-A, possibilitando, assim, a elevação dos níveis de FSH.

4. Em resposta ao estímulo de FSH, o folículo cresce, diferencia-se e secreta quantidades aumentadas de estrogênio e inibina-B.

5. O estrogênio estimula o crescimento e a diferenciação da camada funcional do endométrio, que se prepara para a implantação. O estrogênio trabalha concomitante com o FSH ao estimular o desenvolvimento folicular.

6. A teoria da dupla célula, determina que, com a estimulação de LH, as células ovarianas da camada da teca produzam androgênios que serão convertidos em estrogênios pelas células da camada granulosa sob o estímulo de FSH.

7. A elevação dos níveis de estrogênio e inibina retroalimenta negativamente a hipófise e o hipotálamo, além de reduzir a secreção de FSH.

8. O único folículo destinado a ovular a cada ciclo é chamado folículo dominante. Possui relativamente mais receptores de FSH e produz uma concentração maior de estrogênios que os folículos que sofrerão atresia. É capaz de continuar a crescer apesar dos níveis diminuídos de FSH.

9. Altos e sustentados níveis de estrogênio causam o aumento repentino da secreção de LH hipofisária, que desencadeia a ovulação, a produção de progesterona e a evolução para a fase secretora ou lútea.

10. A função lútea depende da presença de LH. O corpo lúteo secreta estrogênio, progesterona e inibina-A, que servem para manter a supressão das gonadotrofinas. Sem a secreção continuada de LH, o corpo lúteo regredirá após um período de 12 a 16 dias. A diminuição resultante de secreção de progesterona resulta na menstruação (progesterona mantem o endométrio).

11. Se a gravidez ocorre, o embrião secreta hCG, que mimetiza a ação de LH ao sustentar o corpo lúteo. Este, por sua vez, continua a secretar progesterona e sustenta o endométrio secretor, possibilitando que a gravidez continue a se desenvolver.

58
Q

Cite os métodos contraceptivos.

A

Reconhecem-se dois grupos principais:

I – Reversíveis

  • Comportamentais
    • Coito interrompido;
  • De barreira
    • Preservativo masculino e feminino;
    • Método de barreira química;
    • Espermaticidas;
    • Esponjas;
    • Método de barreira mista
    • Diafragma;
    • Capuz cervical;
  • Dispositivos intrauterinos
    • DIU;
  • Hormonais
    • Anticoncepcionais orais combinados;
    • Anel vaginal anticoncepcional;
    • Adesivo transdérmico;
  • De emergência
    • Pílula do dia seguinte.

II – Definitivos (cirúrgicos)

  • Esterilização cirúrgica feminina
    • Laqueadura tubária;
  • Esterilização cirúrgica masculina
    • Vasectomia.
59
Q

Quais os contraceptivos disponíveis no SUS?

A
  • Preservativo masculino e feminino;
  • Pílula combinada;
  • Anticoncepcional injetável mensal;
  • Anticoncepcional injetável trimestral;
  • Dispositivo intrauterino com cobre (DIU T Cu);
  • Diafragma;
  • Anticoncepção de emergência;
  • Minipílula.
60
Q

Quais os critérios de elegibilidade para escolha do método contraceptivo de acordo com a OMS?

A

CATEGORIA 1

O método pode ser utilizado sem qualquer restrição.

CATEGORIA 2

O uso do método em apreço pode apresentar algum risco, habitualmente menor do que os benefícios decorrentes de seu uso. Em outras palavras, o método pode ser usado com cautela e mais precauções, especialmente com acompanhamento clínico mais rigoroso.

CATEGORIA 3

O uso do método pode estar associado a um risco, habitualmente considerado superior aos benefícios decorrentes de seu uso.

O método não é o mais apropriado para aquela pessoa, podendo, contudo, ser usado, no caso de não haver outra opção disponível ou no caso de a pessoa não aceitar qualquer alternativa, mas desde que seja bem alertada deste fato e que se submeta a uma vigilância médica muito rigorosa. Aqui estão enquadradas aquelas condições que antigamente se chamavam de contraindicações relativas para o uso do contraceptivo.

CATEGORIA 4

O uso do método em apreço determina um risco à saúde, inaceitável. O método está contraindicado. Compreende todas aquelas situações clínicas que antigamente se chamava de contraindicações absolutas ou formais.

OBS: O quadro abaixo demonstra as principais condições em que preferencialmente não se deve usar o anticoncepcional oral combinado - AOC (categoria 3 da OMS) ou há contraindicação absoluta (categoria 4 da OMS).

61
Q

Quais as contraindicações relativas e absolutas dos métodos hormonais?

A
62
Q

Como a eficácia de um método contraceptivo é avaliada?

A

A eficácia de um método contraceptivo é a capacidade deste método de proteger contra a gravidez não desejada e não programada. é expressa pela taxa de falhas próprias do método, em um período de tempo, geralmente no decorrer de um ano. o escore mais utilizado para este fim é o índice de pearl, que é assim calculado: