TUTORIA 7 - Sífilis na gestação Flashcards

1
Q

O que é a sífilis?

A

A sífilis e uma infecção bacteriana (IST) sistêmica, crônica, curável e exclusiva do ser humano

Quando não tratada, evolui para estágios de gravidade variada, podendo acometer diversos órgãos e sistemas do corpo.

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2
Q

Qual o agente etiológico da sífilis?

A

Treponema pallidum, uma bactéria Gram-negativa do grupo das espiroquetas.

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3
Q

Qual a epidemiologia da sífilis?

A

A incidência de sífilis no Brasil é de aproximadamente 4% na população geral e de 2% em gestantes.

  • A maioria das pessoas com sífilis são assintomáticas; quando apresentam sinais e sintomas, muitas vezes não os percebem ou valorizam, e podem, sem saber, transmitir a infecção as suas parcerias sexuais.
  • Quando não tratada, a sífilis pode evoluir para formas mais graves, comprometendo especialmente os sistemas nervoso e cardiovascular.
  • Na gestação, a sífilis pode apresentar consequências severas, como abortamento, prematuridade, natimortalidade, manifestações congênitas precoces ou tardias e/ou morte do recém-nascido (RN).
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4
Q

Quais as formas de transmissão da sífilis?

A

A transmissão da sífilis se dá principalmente por contato sexual; contudo, pode ser transmitida verticalmente para o feto durante a gestação de uma mulher com sífilis não tratada ou tratada de forma não adequada.

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5
Q

Quando que ocorre a maior transmissibilidade da sífilis?

A

A transmissibilidade da sífilis é maior nos estágios iniciais(sífilis primáriaesecundária), diminuindo gradualmente com o passar do tempo (sífilis latente recente/ tardia).

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6
Q

Em gestantes com é a taxa de transmissào para o feto?

A

Em gestantes, a taxa de transmissão vertical de sífilis para o feto é de até 80% intraútero. Essa forma de transmissão ainda pode ocorrer durante o parto vaginal, se a mãe apresentar alguma lesão sifilítica.

  • A infecção fetal é influenciada pelo estágio da doença na mãe (maior nos estágios primário e secundário) e pelo tempo em que o feto foi exposto.
  • Tal acometimento fetal provoca entre 30% a 50% de morte in útero, parto pré-termo ou morte neonatal.
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7
Q

Qual a classificação da sífilis?

A

A sífilis é dividida em estágios baseados em achados clínicos, que orientam o tratamento e monitoramento (seguimento dos infectados), conforme segue:

  • Sífilis adquirida:
    • Sífilis recente (primária, secundária e latente recente): até um ano de evolução;
    • Sífilis tardia (latente tardia e terciária): mais de um ano de evolução.
  • Sífilis congênita:
    • Sífilis recente (primária, secundária e latente recente): menos de 2 nos de duração;
    • Sífilis tardia (latente tardia e terciária): mais de 2 anos de duração.
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8
Q

Sífilis primária

Qual o tempo de incubação?

A
  • Tempo de incubação: 10 a 90 dias (média de 3 semanas).
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9
Q

Sífilis primária

Quais são as primeiras manifestações?

A
  • A primeira manifestação é caracterizada por uma úlcera rica em treponemas, geralmente única e indolor, com borda bem definida e regular, base endurecida e fundo limpo, que ocorre no local de entrada da bactéria (penis, vulva, vagina, colo uterino, anus, boca, ou outros locais do tegumento), sendo denominada *“cancro duro”.*
  • A lesão primaria é acompanhada de linfadenopatia regional (acometendo linfonodos localizados próximos ao cancro duro).
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10
Q

Sífilis primária

Qual tempo de duração?

A

Sua duração pode variar muito, em geral de 3 a 8 semanas, e seu desaparecimento independe de tratamento.

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11
Q

Sífilis primária

Qual o diagnóstico diferencial?

A
  • Cancro Mole
  • herpes genital
  • Linfogranuloma Venéreo
  • Donovanose
  • câncer
  • leishmaniose
  • trauma.
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12
Q

Sífilis secundária

Quando ocorre?

A

Ocorre em média entre 6 semanas a 6 meses após a cicatrização do cancro, ainda que manifestações iniciais, recorrentes ou subentrantes do secundarismo possam ocorrer em um período de até um ano.

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13
Q

Sífilis secundária

Inicialmente, como começa?

A

Inicialmente, apresenta-se uma erupção macular eritematosa pouco visível (roséola), principalmente no tronco e raiz dos membros.

  • Nessa fase, são comuns as placas mucosas, assim como lesões acinzentadas e pouco visíveis nas mucosas.
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14
Q

Sífilis secundária

Como progride da fase inicial?

A

As lesões cutâneas progridem para lesões mais evidentes, papulosas eritematoacastanhadas, que podem atingir todo o tegumento, sendo frequentes nos genitais.

  • Habitualmente, atingem a região plantar e palmar, com um colarinho de escamação característico, em geral não pruriginosa.
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15
Q

Sífilis secundária

Mais adiante, após as duas primeiras “fases” como ela se apresenta antes de haver o desaparecimento da sintomatologia?

A
  • Mais adiante, podem ser identificados condilomas planos nas dobras mucosas, especialmente na área anogenital.
    • Estas são lesões úmidas e vegetantes que frequentemente são confundidas com as verrugas anogenitais causadas pelo HPV.
  • Alopecia em clareiras e madarose são achados eventuais.
  • O secundarismo é acompanhado de micropoliadenopatia (afeção dos pequenos gânglios linfáticos), sendo característica a identificação dos gânglios epitrocleares.
  • São comuns sintomas inespecíficos como febre baixa, mal-estar, cefaleia e adinamia.
  • Atualmente, tem-se tornado mais frequentes os quadros oculares, especialmente uveítes.

A sintomatologia desaparece em algumas semanas, independentemente de tratamento, trazendo a falsa impressão de cura.

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16
Q

Quando pode haver o aparecimento da neurosífilis?

A

A neurossífilis meningovascular, com acometimento dos pares cranianos, quadros meníngeos e isquêmicos, pode acompanhar essa fase (segunda fase), contrariando a ideia de que a doença neurológica é exclusiva de sífilis tardia. Há que se considerar esse diagnóstico especialmente, mas não exclusivamente, em pacientes com imunodepressão.

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17
Q

Qual a característica da sífilis latênte?

A

Período em que não se observa nenhum sinal ou sintoma.

A sífilis latente é dividida em:

  • Latente recente: até um ano de infecção
  • Latente tardia: mais de um ano de infecção

Aproximadamente 25% dos pacientes não tratados intercalam lesões de secundarismo com os períodos de latência.

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18
Q

Sífilis terciária

Quando ocorre?

A

Ocorre aproximadamente em 15% a 25% das infecções não tratadas, após um período variável de latência, podendo surgir entre 1 e 40 anos depois do início da infecção.

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19
Q

Sífilis terciária

Manifestações clínicas

A

A inflamação causada pela sífilis nesse estágio provoca destruição tecidual.

  • É comum o acometimento do sistema nervoso e do sistema cardiovascular.
  • Além disso, verifica-se a formação de gomas sifilíticas (tumorações com tendência a liquefação) na pele, mucosas, ossos ou qualquer tecido.
  • As lesões podem causar desfiguração, incapacidade e até morte.
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20
Q

Quais são as manifestações clínicas da sífilis em cada estágio da doença?

A
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21
Q

Imagens da sífilis primária

(apenas observe a imagem)

A
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22
Q

Imagens da sífilis secundária

(apenas observe a imagem)

A
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23
Q

Imagens da sífilis terciária

(apenas observe a imagem)

A
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24
Q

Cite as manifestações clínicas características de cada estágio citado.

Sífilis Primária

A
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25
Q

Cite as manifestações clínicas características de cada estágio citado.

Sífilis Secundária

A
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26
Q

Cite as manifestações clínicas características de cada estágio citado.

Sífilis Latente Recente

A
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27
Q

Cite as manifestações clínicas características de cada estágio citado.

Sífilis Latente Tardia

A
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28
Q

Cite as manifestações clínicas características de cada estágio citado.

Sífilis Latente Terciária

A
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29
Q

Qual é o período de incubação e quanto dura cada fase?

A
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30
Q

Como são divididos os métodos diagnósticos de sífilis?

A

Os testes utilizados para o diagnóstico de sífilis são divididos em duas categorias: exames diretos e testes imunológicos.

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31
Q

Quais são os exames diretos para sífilis?

A

Os exames diretos são aqueles em que se realiza a pesquisa ou detecção do Treponema pallidum em amostras coletadas diretamente das lesões primárias ou secundárias ativas:

  • Exame em campo escuro
  • Pesquisa direta com material corado
32
Q

Explique o exame de campo escuro

A
33
Q

Explique a pesquisa direta com material corado para disgnóstico de sífilis

A
34
Q

Como são classificados os testes imunológicos de sífilis?

A
  • Os testes imunológicos são, certamente, os mais utilizados na prática clínica.
  • Caracterizam-se pela realização de pesquisa de anticorpos em amostras de sangue total, soro ou plasma.
  • Esses testes são subdivididos em duas classes:
    • treponêmicos
    • não treponêmicos.
35
Q

Testes treponêmicos

O que detectam?

A

Os testes treponêmicos são testes que detectam anticorpos específicos produzidos contra os antígenos de Treponema pallidum.

36
Q

Testes treponêmicos

Explique o teste rápido (TR)

A
  • Utilizam principalmente a metodologia de imunocromatografia de fluxo lateral ou de plataforma de duplo percurso (DPP). São distribuídos pelo Ministério da Saúde para estados e Distrito Federal, sendo os mais indicados para início de diagnóstico.
  • Os TR são práticos e de fácil execução, com leitura do resultado em, no máximo, 30 minutos. Podem ser realizados com amostras de sangue total colhidas por punção digital ou venosa. Têm a vantagem de serem realizados no momento da consulta, possibilitando tratamento imediato.
37
Q

Testes treponêmicos

  • Testes de hemaglutinação
  • Teste de imunofluorescência indireta
  • Ensaios imunoenzimáticos
A
  • Esses testes são produzidos com antígenos naturais de Treponema pallidum. Esses antígenos são difíceis de obter e, por isso, tornam tais testes mais caros. As metodologias do tipo ELISA, CMIA e os testes rápidos são produzidas com antígenos sintéticos ou recombinantes, fator que favorece sua comercialização por preços menores.
  • Ensaios imunoenzimáticos (como os testes ELISA, do inglês Enzyme-Linked Immunossorbent Assay) e suas variações, como os ensaios de quimiluminescência (CMIA). A vantagem desses ensaios é sua elevada sensibilidade e capacidade de automação.
38
Q

Quais são os testes não treponêmicos?

A

Os testes não treponêmicos mais comumente utilizados no Brasil são:

  • VDRL (do inglês Venereal Disease Research Laboratory)
  • RPR (do inglês Rapid Plasma Reagin)
  • USR (do inglês Unheated-Serum Reagin).
39
Q

O que é detectado nos testes não treponêmicos?

A

Os testes não treponêmicos detectam anticorpos anticardiolipina não específicos para os antígenos do Treponema pallidum.

  • Permitem a análise qualitativa e quantitativa.
  • Sempre que um teste não treponêmico é realizado, é imprescindível analisar a amostra pura e diluída, em virtude do fenômeno prozona.
40
Q

O que é o fenômeno de prozona?

A
  • O fenômeno de prozona consiste na falta de reatividade no teste realizado em uma amostra que, embora contenha anticorpos não treponêmicos, apresenta resultado não reagente quando é testada sem diluir.
  • Trata-se de fenômeno produzido por excesso de anticorpos em relação à quantidade de antígenos, com formação de imunocomplexos solúveis, gerando resultados falso-negativos.
  • Uma vez observada reatividade no teste, a amostra deve ser diluída em um fator dois de diluição, até a última diluição em que não haja mais reatividade no teste.
    • O resultado final dos testes reagentes, portanto, deve ser expresso em títulos (1:2, 1:4, 1:8, etc.).
41
Q

Para que são usados os testes não treponêmicos?

A

Os testes não treponêmicos são utilizados para o diagnóstico (como primeiro teste ou teste complementar) e também para o monitoramento da resposta ao tratamento e controle de cura.

  • A queda adequada dos títulos é o indicativo de sucesso do tratamento.
42
Q

Quanto tempo para os testes treponêmicos tornarem-se reagentes?

A

Os testes não treponêmicos tornam-se reagentes cerca de 1 a 3 semanas após o aparecimento do cancro duro.

43
Q

Se a infecção for detectada nas fases tardias da doença, qual título é esperado nesse teste não treponêmico?

A
  • Se a infecção for detectada nas fases tardias da doença, são esperados títulos baixos nesses testes.
  • Títulos baixos (≤1:4) podem persistir por meses ou anos.
  • Pessoas com títulos baixos em testes não treponêmicos, sem registro de tratamento e sem data de infecção conhecida, são consideradas como portadoras de sífilis latente tardia, devendo ser tratadas.
44
Q

Quando encontramos títulos baixos nos testes não treponêmicos?

A

Há que se incorporar definitivamente a ideia de que títulos altos nos testes não treponêmicos (em queda) podem ser encontrados em pacientes adequadamente tratados.

E de que títulos baixos podem ser encontrados em três situações:

  • Infecção recente;
  • Estágios tardios da infecção (sífilis tardia);
  • Casos de pessoas adequadamente tratadas que não tenham atingido a negativação. Esse fenômeno pode ser temporário ou persistente e é denominado cicatriz sorológica.
45
Q

Os testes treponêmicos permanecem reagentes quase sempre por toda a vida, mesmo com tratamento adequado.

Falso ou verdadeiro?

A

VERDADEIRO

  • Os testes treponêmicos (ex. testes rápidos, FTA-Abs, TPHA), por sua vez, permanecem quase sempre reagentes por toda a vida, apesar de tratamento adequado. Entretanto, frente a achados clínico-epidemiológicos, na ausência de tratamento, são indicativos de doença ativa.
  • Ainda assim, os testes não treponêmicos devem ser solicitados para acompanhamento sorológico.
46
Q

Como é feito o diagnóstico da sífilis?

A

O diagnóstico de sífilis exige uma correlação entre dados clínicos, resultados de testes laboratoriais, histórico de infecções passadas e investigação de exposição recente.

  • Apenas o conjunto de todas essas informações permitirá a correta avaliação diagnóstica de cada caso e, consequentemente, o tratamento adequado.

Portanto, para a confirmação do diagnóstico é necessária a solicitação de testes diagnósticos.

  • Nas fases sintomáticas, é possível a realização de exames diretos.
  • Enquanto os testes imunológicos podem ser utilizados tanto na fase sintomática quanto na fase de latência.
47
Q

Quando ocorre a maior parte dos diagnósticos de sífilis latênte? E como faz esse diagnóstico?

A
  • ### O diagnóstico faz-se exclusivamente pela reatividade dos testes treponêmicos e não treponêmicos. A maioria dos diagnósticos ocorre nesse estágio (inclusive em gestantes).
  • No caso das gestantes, a maior parcela dos casos é diagnosticada por meio dos testes preconizados durante o pré-natal e o parto, e nem sempre a cronologia do tempo de infecção é bem determinada. Dessa forma, diante de uma gestante com diagnóstico confirmado, em que não é possível inferir a duração da infecção (sífilis de duração ignorada), classifica-se e trata-se o caso como sífilis latente tardia.
48
Q

Como confirmar um diagnóstico de sífilis?

A
  • Para o diagnóstico da sífilis, deve ser realizado um teste treponêmico mais um teste não treponêmico. Considerando a sensibilidade dos fluxos diagnósticos, recomenda-se, sempre que possível, iniciar a investigação por um teste treponêmico (teste rápido, FTA-Abs, ELISA etc.).
49
Q

Os profissionais de saúde, tanto da medicina quanto da enfermagem, devem solicitar os testes imunológicos para sífilis, explicitando no formulário de solicitação a finalidade do exame. Quando solicitar cada teste?

A
  • Diagnóstico de sífilis: solicitação para rede laboratorial. Deverá ser solicitado na indisponibilidade do teste rápido no serviço. Quando há suspeita de sífilis, independentemente do estágio específico.
  • Diagnóstico de sífilis após TR reagente: quando foi realizada a testagem rápida no serviço de saúde e com resultado reagente. Nesse momento, o laboratório iniciará a investigação com o teste não treponêmico.
  • Monitoramento do tratamento de sífilis: quando o diagnóstico e tratamento da sífilis já foram realizados e é necessário monitorar os títulos dos anticorpos não treponêmicos.
50
Q
  • Qual a possível interpretação?
  • Qual a conduta perante os resultados apresentados na imagem?
A
51
Q
  • Qual a possível interpretação?
  • Qual a conduta perante os resultados apresentados na imagem?
A
52
Q
  • Qual a possível interpretação?
  • Qual a conduta perante os resultados apresentados na imagem?
A
53
Q
  • Qual a possível interpretação?
  • Qual a conduta perante os resultados apresentados na imagem?
A
54
Q
  • Qual a possível interpretação?
  • Qual a conduta perante os resultados apresentados na imagem?
A
55
Q

Em relação aos principais testes diagnósticos da sífilis, indique:

  • Descrição
  • Vantagens
  • Limitações
A
56
Q

Em relação aos principais testes diagnósticos da sífilis, indique:

  • Descrição
  • Vantagens
  • Limitações
A
57
Q

Em relação aos principais testes diagnósticos da sífilis, indique:

  • Descrição
  • Vantagens
  • Limitações
A
58
Q

Qual o tratamento para sífilis na fase primária?

A
59
Q

Qual o tratamento para sífilis na fase secundária?

A
60
Q

Qual o tratamento para sífilis na fase terciária?

A
61
Q

COMO É A APLICAÇÃO DE BENZILPENICILINA BENZATINA?

A
  • A compra e distribuição tem como base de cálculo os casos notificados de sífilis adquirida e de sífilis em gestantes. A benzilpenicilina benzatina dever ser administrada exclusivamente por via intramuscular (IM). A região ventro-glútea é a via preferencial, por ser livre de vasos e nervos importantes, sendo tecido subcutâneo de menor espessura, com poucos efeitos adversos e dor local (COFEN, 2016). Outros locais alternativos para aplicação são a região do vasto lateral da coxa e o dorso glúteo.
  • A presença de silicone (prótese ou silicone líquido industrial) nos locais recomendados podem impossibilitar a aplicação IM da medicação. Nesses casos, optar pela medicação alternativa.
62
Q

O tratamento para sífilis é modificado quando nos referimos a gestantes?

A
  • A benzilpenicilina benzatina é a única opção segura e eficaz para o tratamento adequado das gestantes
  • O tratamento da sífilis na gestante é feito conforme a fase, sempre com penicilina benzatina. e a sífilis foi diagnosticada apenas laboratorialmente, com duração desconhecida, é tratada como sífilis latente tardia.
  • Monitorar mensalmente o VDRL. Se aumento na titulação ≥ 4x, repetir tratamento e reavaliar tratamento do parceiro.
63
Q

Quando a sífilis é considerada inadequadamente tratada?

A
64
Q

Quais as possíveis intercorrências durantes o tratamento?

A

REAÇÃO DE JARISH-HERXHEIMER

A reação de Jarisch-Herxheimer é um evento que pode ocorrer durante as 24 horas após a primeira dose de penicilina, em especial nas fases primária ou secundária. Caracteriza-se por exacerbação das lesões cutâneas – com eritema, dor ou prurido, mal-estar geral, febre, cefaleia e artralgia, que regridem espontaneamente após 12 a 24 horas (BUTLER, 2017).

65
Q

O que é a reação de Jarish-Herxheimer?

A

A reação de Jarisch-Herxheimer é um evento que pode ocorrer durante as 24 horas após a primeira dose de penicilina, em especial nas fases primária ou secundária. Caracteriza-se por exacerbação das lesões cutâneas – com eritema, dor ou prurido, mal-estar geral, febre, cefaleia e artralgia, que regridem espontaneamente após 12 a 24 horas (BUTLER, 2017).

66
Q

Quais as conduta diante de tais intercorrências (reação de Jarish-Herxheimer)?

A
  • Pode ser controlada com o uso de analgésicos simples, conforme a necessidade, sem ser preciso descontinuar o tratamento. As pessoas com prescrição de tratamento devem ser alertadas quanto à possibilidade de ocorrência dessa reação, em especial para que se faça distinção em relação aos quadros de alergia à penicilina.
  • Gestantes que apresentam essa reação podem ter risco de trabalho de parto prematuro, pela liberação de prostaglandinas em altas doses. Entretanto, caso a gestante não seja tratada adequadamente para sífilis, o risco de abortamento ou morte fetal é maior que os riscos potenciais da reação.
67
Q

Como é feito o acompanhamento após o tratamento?

A

Para o seguimento do paciente, os testes não treponêmicos (ex.: VDRL/ RPR) devem ser realizados mensalmente nas gestantes e, no restante da população (incluindo PVHIV), a cada três meses até o 12º mês do acompanhamento do paciente (3, 6, 9 e 12 meses).

68
Q

Quais são os critérios para ser considerado o tratamento adequado?

A
  • Diminuição da titulação em duas diluições dos testes não treponêmicos em até três meses e quatro diluições até seis meses, com evolução até a sororreversão (teste não treponêmico não reagente) (BROWN et al., 1985).
  • Se a paciente foi tratada com penicilina-benzatina;
  • Se o inicio do tratamento foi realizado 30 dias antes do parto;
  • Se ela fez o esquema terapêutico de acordo com o estadiamento da sífilis (fase clínica da doença);
69
Q

O que significa quando os título diminuem perante as diluições?

A
  • Quando os títulos da amostra diminuem em duas diluições (ex.: de 1:64 para 1:16), isso significa que o título da amostra caiu quatro vezes. Isso porque a amostra é diluída em um fator 2; logo, uma diluição equivale a dois títulos.
  • Para realizar um teste não treponêmico, são feitas várias diluições da amostra. A última diluição que ainda apresenta reatividade permite determinar o título (ex.: amostra reagente até a diluição 1:16 corresponde ao título 16). No Brasil, a maioria dos laboratórios libera o resultado na forma de diluição.
70
Q

Quais são os critérios de retratamento e necessitam de conduta ativa do profissional de saúde?

A
  • Ausência de redução da titulação em duas diluições no intervalo de seis meses (sífilis recente, primária e secundária) ou 12 meses (sífilis tardia) após o tratamento adequado (ex.: de 1:32 para >1:8; ou de 1:128 para >1:32);
  • Aumento da titulação em duas diluições ou mais (ex.: de 1:16 para 1:64; ou de 1:4 para 1:16);
  • Persistência ou recorrência de sinais e sintomas clínicos.

Muitas vezes, é difícil distinguir entre reinfecção, reativação e cicatriz sorológica, sendo fundamental a avaliação da presença de sinais e sintomas clínicos novos, da epidemiologia (reexposição), do histórico de tratamento (duração, adesão e medicação utilizada) e dos exames laboratoriais prévios, para facilitar a elucidação diagnóstica.

71
Q

Em caso de exame de líquido cefalorraquidiano (LCR) compatível com neurossífilis, como tratar?

A
72
Q

Como é feito o seguimento da gestante após o tratamento?

A
  • As gestantes devem ser testadas para sífilis, no mínimo na primeira consulta de pré-natal, no início do terceiro trimestre e na internação para o parto, em caso de aborto/natimorto ou história de exposição de risco/ violência sexual (BRASIL, 2017g).
  • As gestantes com testes rápidos reagentes para sífilis deverão ser consideradas como portadoras de sífilis até prova em contrário;
  • O monitoramento sorológico deve ser mensal até o termo. Após o parto, o seguimento é trimestral até o 12º mês de acompanhamento (3, 6, 9, 12 meses);
  • É fundamental a implementação do pré-natal do parceiro, conforme o “Guia do pré-natal do parceiro para profissionais de saúde”.
73
Q

Como deve ser feito a abordagem do parceiro?

A
  • Um terço das parcerias sexuais de pessoas com sífilis recente desenvolverão sífilis dentro de 30 dias da exposição. Portanto, além da avaliação clínica e do seguimento laboratorial, se houve exposição à pessoa com sífilis (até 90 dias), recomenda-se oferta de tratamento presuntivo a esses parceiros sexuais (independentemente do estágio clínico ou sinais e sintomas), com dose única de benzilpenicilina benzatina 2,4 milhões, UI, IM (1,2 milhão de UI em cada glúteo).
  • Todas as parcerias devem ser testadas. Quando o teste de sífilis for reagente, recomenda-se tratamento de sífilis adquirida no adulto, de acordo com o estágio clínico. A avaliação e tratamento das parcerias sexuais é crucial para interromper a cadeia de transmissão da infecção.
74
Q

O que que é cicatriz sorológica?

A
  • Cicatriz sorológica é o termo utilizado para as situações nas quais o indivíduo, comprovadamente tratado, mas ainda apresenta reatividade nos testes.
  • Nestes casos, os testes treponêmicos tendem a ser reagentes, e os testes não treponêmicos quantitativos apresentam baixos títulos.
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Q

Quais as consequências da sífilis para a gestação?

A

As conseqüências da sífilis materna sem tratamento incluem:

  • Abortamento
  • Natimortalidade
  • Nascimento prematuro
  • Recém-nascido com sinais clínicos de Sífilis congênita ou,
  • Mais freqüentemente, bebê aparentemente saudável que desenvolve sinais clínicos posteriormente
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Q
A