TUTORIA 5 - Colo do Útero Flashcards

1
Q

Qual é a anatomia do útero?

(localização)

A

O útero é um órgão muscular de paredes espessas, localizado na pelve, entre a bexiga urinária e o reto. Pesa 90g.

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2
Q

Qual é a anatomia do útero?

(divisão)

A

O útero é dividido em duas regiões principais: o corpo do útero forma os dois terços superiores e a cérvice forma o terço inferior.

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3
Q

Qual a anatomia do útero?

(corpo do útero)

A

O corpo do útero tem um formato piriforme e se estende do fundo superiormente até a cérvice inferiormente.

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4
Q

Qual a anatomia do útero?

(cérvice do útero)

A

A cérvice de uma mulher adulta e não grávida é mais estreita e mais cilíndrica que o corpo do útero, e tem tipicamente 2,5 de comprimento.

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5
Q

Qual a vascularização do útero?

A

O suprimento arterial para o útero advém da artéria uterina, ramo da divisão anterior da artéria ilíaca interna.

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6
Q

Qual a inervação do útero?

A

O suprimento nervoso para o útero é predominantemente derivado do plexo hipogástrico inferior.

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7
Q

O que é a junção escamo-colunar?

A

A junção escamocolunar (JEC) trata-se de um limite dinâmico, o qual se modifica em resposta à puberdade, gravidez, menopausa e estimulação hormonal.

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8
Q

O que é epitélio metaplásico?

A

A chamada zona de transformação ou zona T é a porção da endocérvice mais próxima do orifício externo do canal cervical e, portanto, limítrofe com a ectocérvice. Nesta região é comum a ocorrência de metaplasia escamosa.

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9
Q

O que é zona de transformação?

A

É uma abrupta transição epitelial entre a endocérvice e a ectocérvice.

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10
Q

O que é câncer de colo de útero?

A

O câncer do colo do útero é caracterizado pela replicação desordenada do epitélio de revestimento do órgão, comprometendo o tecido subjacente (estroma) e podendo invadir estruturas e órgãos contíguos ou à distância.

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11
Q

Quais os fatores de risco do câncer de colo de útero?

A

Verificou-se que a infecção pelo papilomavírus humano (HPV) é o evento causador do câncer do colo do útero.

  • primeira relação sexual em idade jovem (menos de 16 anos),
  • múltiplos parceiros sexuais,
  • tabagismo,
  • raça,
  • paridade elevada,
  • baixa condição socioeconômica,
  • imunossupressão crônica.
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12
Q

Qual o quadro clínico do câncer de colo de útero?

A

O câncer do colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas em fase inicial. Por apresentar sinais e sintomas apenas em fases mais avançadas, o diagnóstico precoce desse tipo de câncer é de difícil realização, mas deve ser buscado por meio da investigação de sinais e sintomas mais comuns como:

  • Corrimento vaginal anormal, às vezes fétido
  • Sangramento irregular em mulheres em idade reprodutiva (sangramento vaginal intermitente).
  • Dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais.
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13
Q

Qual os possíveis tratamentos para o câncer de colo de útero?

A
  • Crioterapia
  • Excisão eletrocirúrgica por alça
  • Conização
  • Histerectomia
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14
Q

Como é a transmissão do HPV?

A

A infecção pelo HPV é sexualmente transmitida.

  • Aumento da promiscuidade sexual, diminuição da idade da primeira relação sexual e abolição do uso de condom a favor da contracepção oral aumenta a frequência de infecção por HPV.

O HPV é transmitido pelo contato direto ou indireto com o indivíduo que tem a lesão. Disfunções na barreira epitelial por traumatismos, pequenas agressões ou macerações provocam perda de solução de continuidade na pele, possibilitando a infecção viral.

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15
Q

Cite os fatores capazes de influenciar a persistência e o avanço do HPV.

A
  • Tabagismo,
  • Uso de contraceptivos,
  • Infecção por outras doenças sexualmente transmissíveis (DST) e
  • Nutrição.
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16
Q

Qual a patogênese do HPV?

A

O HPV afeta o crescimento e a diferenciação celular por meio de interações das proteínas virais E6 e E7 com os genes supressores tumorais p53 e Rb, respectivamente.

  • A inibição de p53 impede a interrupção do ciclo celular e a apoptose celular, que normalmente ocorrem quando há lesão do DNA.
  • A inibição de Rb interrompe o fator de transcrição E2F e resulta em proliferação celular descontrolada.
17
Q

Explique a ação da oncoproteína E6.

A

Oncoproteína E6:

  • Proteína E6 associa-se à proteína p53 (regula a passagem pelas fases G1/S e G2/M)
  • E6 recruta as proteínas celulares, como as proteínas da família AP1 (E6-AP) que funcionam como uma ubiquitina ligase; atuando no complexo p53, podendo impedir o efeito supressor da proteína no ciclo celular (leva à degradação de p53).
  • Além de reprimir a ação de p53, também tem como função a atividade de telomerase;
18
Q

Explique a acão da oncoproteína E7.

A

Oncoproteína E7:

  • O gene E7 dos HPV de alto risco desregula a maquinária do ciclo celular da célula infectada, principalmente pela indução da transição da fase Go/S.
  • E7 se liga às proteínas da família pRb: libera E2F, que atue na ativação constitutiva dos fatores transcricionais, o que levaria à progressão do ciclo celular.
    • E7 atua na pRb, ela tem afinidade pela pRb, ao se ligar em pRb ela muda a conformação de pRb e pRb passa a não ter mais afinidade por E2F. Ela mimetiza os efeitos de fosforilação de pRb.
  • E7 forma complexos com ciclinas A e E, bem como provoca inativação de p21 e p27.
19
Q

Quais são as vacinas disponíveis para o HPV?

A

A vacina disponível pelo MS é a quadrivalente, oferecendo proteção contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV.

20
Q

Quais os métodos de rastreamento de do câncer de colo de útero?

A
  • SISTEMA DE BETHESDA
  • ACURÁCIA DO EXAME DE PAPANICOLAU
21
Q

Qual a periodicidade que se faz o rastreamento de do câncer de colo de útero?

A

No Brasil, o exame citopatológico deveria ser realizado em mulheres de 25 a 60 anos de idade, uma vez por ano e, após dois exames anuais consecutivos negativos, a cada três anos.

22
Q

Quais são as mulheres que são elegíveis rastreamento de do câncer de colo de úteros?

A
  • O início da coleta deve ser aos 25 anos de idade para as mulheres que já tiveram ou têm atividade sexual. O rastreamento antes dos 25 anos deve ser evitado.
  • Os exames periódicos devem seguir até os 64 anos de idade e, naquelas mulheres sem história prévia de doença neoplásica pré-invasiva, interrompidos quando essas mulheres tiverem pelo menos dois exames negativos consecutivos nos últimos cinco anos.
  • Para mulheres com mais 64 anos de idade e que nunca se submeteram ao exame citopatológico, deve-se realizar dois exames com intervalo de um a três anos. Se ambos os exames forem negativos, essas mulheres podem ser dispensadas de exames adicionais.
23
Q

Quais são as situações especiais em que deve-se fazer o rastreio de câncer de colo de útero?

A
  • Gestantes: seguir as recomendações de periodicidade e faixa etária como das demais mulheres.
  • Puérperas: aguardar 6 a 8 semanas, para colo uterino voltar ao normal.
  • Pós-menopausadas: rastrear de acordo com as orientações para as demais mulheres. Se necessário, proceder à estrogenização previamente à realização da coleta.
  • Histerectomizadas:histerectomia total por lesões benignas, sem história prévia de diagnóstico ou tratamento de lesões cervicais de alto grau,podem ser excluídas do rastreamento, desde que apresentem exames anteriores normais. Em casos de histerectomia por lesão precursora ou câncer do colo do útero, a mulher deverá ser acompanhada de acordo com a lesão tratada.
  • Mulheres sem história de atividade sexual: não devem ser submetidas ao rastreamento do câncer do colo do útero.
  • Imunossuprimidas: realizar após o início da atividade sexual com intervalos semestrais no primeiro ano e, se normais, manter seguimento anual enquanto se mantiver o fator de imunossupressão.
24
Q

Quais são os exames que se faz rastreamento de do câncer de colo de útero?

A

O método de rastreamento do câncer do colo do útero e de suas lesões precursoras é o exame citopatológico.

25
Q

O que é coilocitose?

A

As alterações citológicas provocadas pelo papilomavírus humano (HPV) foram identificadas pela primeira vez por Koss e Durfee em 1956 e designadas coilocitose.

26
Q

Qual é a nomeclatura patológica e histopatológica utilizada desde o início do uso do exame citopatológico para o diagnósticodas lesões cervcais e suas equivalências?

A
27
Q

O que é colposcopia?

A

A colposcopia é uma técnica baseada na exploração amplificada dos epitélios do colo do útero, vagina e vulva, cujo objetivo fundamental é diagnosticar as lesões invasivas ou percussoras de cancro.

28
Q

Quando vai encaminhar a paciente para realizar a colposcopia?

A
  • As Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero recomendam encaminhar para investigação colposcópica todas as mulheres que apresentem exame citopatológico de rastreamento com resultado de células escamosas atípicas de significado indeterminado, quando não se pode excluir lesão intraepitelial de alto grau (ASC-H), células glandulares atípicas de significado indeterminado (AGC), células atípicas de origem indefinida (AOI), lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL), adenocarcinoma in situ e invasivo e carcinoma epidermoide.
  • As mulheres com resultado de LSIL e ASC-US devem ser encaminhas para colposcopia caso, na repetição do exame citopatológico, mantenham o resultado inicial ou lesão mais grave (alterações persistentes).
29
Q

O que é o teste de Schiller?

A

O teste de Schiller consiste na aplicação de Lugol (solução iodada a 1%, formada por 2g de iodo e 4g de iodeto de potássio, diluídos em 200ml de água destilada), que provoca uma coloração acastanhada escura no epitélio escamoso normal. A intensidade da coloração é proporcional à concentração em glicogênio das camadas superficiais da mucosa.

30
Q

Como é feito a prevenção primária, secundária e terciária contra o HPV?

A
  • Prevenção primária: a vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) visa meninas de 9 a 13 anos, com o objetivo de imunizá-las antes de se tornarem sexualmente ativas.
  • Prevenção secundária: acesso a tecnologias para mulheres como a citologia, a inspeção visual do colo do útero com ácido acético, ou HPV para triagem, seguido de tratamento de lesões pré-cancerosas detectadas, que podem se desenvolver em um câncer do colo do útero.
  • Prevenção terciária: acesso ao tratamento e gerenciamento do câncer para mulheres de qualquer idade, incluindo cirurgia, quimioterapia e radioterapia.