Tuberculose Flashcards
DEFINIÇÃO
- doença infecciosa grave, com alta taxa de mortalidade
- notificação obrigatória
MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS
੦ bacilo imóvel não esporulado
੦ ácido-álcool resistente
੦ aeróbio (transmissão aerógena)
੦ parasita intracelular
੦ crescimento lento
੦ dormência por longo tempo
TRANSMISSÃO
Aerógena
FOCO (forma pulmonar bacilífera -baar + // tosse) –> CONTATO (proximidade, continuidade, ambiente)
FATORES DO HOSPEDEIRO RELACIONADO A PATOGENIA
faixa etária, etnia, status imunológico
FATORES DO MICRO-ORGANISMO RELACIONADO A PATOGENIA
carga total de bacilos, virulência da cepa
PATOGENIA DA TB PRIMÁRIA
Implante do bacilo –> Reação granulomatosa –>
1 DEFICIENCIA DA IMUNIDADE // CARGA INFECTANTE –> TB primária
2 Cicatrização, Calcificação, Latência
PATOGENIA DA TB SECUNDÁRIA
Implante do bacilo –> Reação granulomatosa –>
1 Foco latente –> reativação endógena // reinfecção exógena –> doença ativa
2 TNF (neop, quimio, AIDS) –> reativação endógena –> dç ativa
LOCAIS DE TB EXTRAPULMONAR
੦ TB pleural
੦ TB ganglionar
੦ TB do pericárdio
੦ TB peritoneal
੦ TB de laringe
੦ TB intestinal
੦ TB renal
੦ TB osteoarticular
੦ TB genital
੦ TB ocular
੦ TB cutânea
੦ TB do SNC
TUBERCULOSE PLEURAL
forma mais comum de tuberculose extrapulmonar
SINTOMATOLOGIA DA TUBERCULOSE PLEURAL
- febre, sudorese, perda de peso podem acompanhar o quadro clínico = subagudo
CARACTERÍSTICAS DA TB PLEURAL
੦ líquido pleural: exsudato linfocítico
੦ BAAR positivo < 5% casos
੦ cultura positiva < 15% dos casos
੦ ADA (adenosina deaminase > 40 U/L = DX em país de alta prevalência, sem a identificação da micobatéria
੦ mesoteliócitos < 5%
** Falso-positivo: linfomas, artrite reumatoide, lúpus e empiema
Define-se como sintomático respiratório (SR) na busca ativa na população geral, a pessoa que apresenta tosse por tempo igual ou superior a:
três semanas
QUADRO CLÍNICO
TOSSE + sintomas constitucionais
(febre, falta de apetite, emagrecimento, sudorese noturna)
FATORES DE RISCO PARA TB
੦ diabetes mellitus
੦ infecção pelo HIV
੦ neoplasias
੦ etilismo
੦ usuários de corticoide
FORMA MAIS FREQUENTE NO RX DE TÓRAX DIANTE UMA TB
padrão heterogêneo, com cavitações (mais frequentes nos segmentos apicoposteriores dos lobos superiores ou superiores dos lobos inferiores)
** cavidades com paredes espessas (> 3 mm) sugerem atividade da dç (baar +)
O QUE CATACTERIZA A TUBERCULOSE MILIAR?
Opacidades retículo-micronodulares difusas decorrentes da disseminação hematogênica do M. tuberculosis
pelo parênquima pulmonar
** pode associar a TB no SNC
** imunodeprimidos
** mais grave, mas baixo baar +
OBJETIVO DA BACILOSCOPIA NA TB
- diagnóstico de casos novos e retratamento
- identifica a maioria dos bacilíferos
- controle do tratamento da TB (sucesso ou falência)
- simples - baixo custo
- existe há mais de 100 anos
TESTE RÁPIDO MOLECULAR – TB
- diagnóstico de casos novos
- diagnóstico de resistência a rifampicina
- detecta DNA do M. tuberculosis
- tempo de execução: 2 horas no laboratório
- rendimento superior BAAR (preferível nos locais que há os 2)
- usa uma amostra de escarro
O QUE É BAAR?
Pesquisa de bacilos álcool-ácido resistentes (BAAR) em
esfregaços de amostras
AMOSTRAS DO BAAR
- escarro
- lavados brônquico e broncoalveolar
- urina e outros líquidos
- secreções ganglionares
EXAME OBRIGATÓRIO DIANTE TB
BAAR
**pq identifcia a maioria dos casso bacilíferos (fonte de transmissão da dç)
FLUXOGRAMA DIANTE SUSPEITA DE TB
SUSPEITA –> TRM-TB –>
1. DETECTADO –> TB
- RESISTENTE À RIFAMPICINA = TRM-TB + CULTURA + TS, ENCAMINHAR P/ REFERÊNCIA
- Ñ RESISTENTE = CULTURA + TS, INICIAR TTO COM EB
2. Ñ DETECTADO = COM SINTOMAS (CULTURA, TS, INVESTIGAÇÃO) // SEM SINTOMAS (EXCLUE TB)
INDICAÇÕES DE CULTURA
੦ locais COM acesso ao TRM-TB
੦ todo caso com diagnóstico de TB por meio de tRM-TB (cultura e TS)
੦ todo caso com suspeita de TB com tRM-TB negativo,
com persistência do quadro clínico (cultura e TS)
੦ locais sem acesso ao TRM-TB: BAAR + cultura para
todos
3 REGRAS BÁSICAS DO TRATAMENTO DA TUBERCULOSE
Associação medicamentosa
੦ objetivo: proteção cruzada para evitar a resistência bacilar
Regime prolongado e bifásico
੦ fase de ataque – redução da população bacilar
੦ fase de manutenção – eliminação de persistentes
Tratamento regular (adesão)
੦ proteção da resistência adquirida
੦ garantia de cura duradoura da doença
INDICAÇÃO DO TTO
Todos os casos novos de todas as formas de TB pulmonar e extrapulmonar (exceção: forma meningoencefálica)
COMO É FEITO O TTO
Esquema básico: 2RHZE/4RH
150/75/400/275 mg /// 150/75 mg
Rifampicina = R
Isoniazida = H
Pirazinamida = Z
Etambutol = E
DURAÇÃO DO TTO
RHZE = 2 MESES (FASE INTENSIVA)
RH = 4 MESES (FASE DE MANUTENÇÃO
DURAÇÃO DO ESQUEMA BÁSICO PARA O TRATAMENTO DA TB MENINGOENCEFÁLICA E OSTEOARTICULAR
RHZE = 2 meses (fase intensiva)
RH = 10 meses (fase de manutenção)
O QUE SIGNIFICA CASO NOVO OU VIRGEM DE TTO?
paciente nunca submetido ao tratamento anti-TB ou realização de tratamento por menos de 30 dias
O QUE É O RETRATEMENTO?
paciente que já fez o tratamento anti-TB por mais de 30 dias e necessita de novo tratamento após abandono ou por recidiva (após a cura ou tratamento completo)
O QUE É CLASSIFICADO COMO FALÊNCIA TERAPÊUTICA?
- Pct com persistência de baar + no fim do tto
- inicio de baar 2+/3+ e mantém + até o 4º mês de tto
- baar +, seguida de baar - e nova baar +, por 2 meses consecutivos, a partir do quarto mês de tto
COMPLICAÇÕES DO TTO COM ISONIAZIDA
neuropatia periférica = piridoxina (deficiência de vitamina B6)
COMPLICAÇÕES DO TTO COM RIFAMPICINA
urina avermelhada
COMPLICAÇÕES DO TTO COM PIRAZIMIDA
hiperuricemia e o mais hepatotóxico
COMPLICAÇÕES DO TTO COM ESTREPTOMICINA
ototoxicidade, nefrotoxicidade
COMPLICAÇÕES DO TTO COM ETAMBUTOL
alterações visuais, não hepatotóxico
CONDUTA DIANTE COMPLICAÇÃO COM DISPEPSIA
੦ tomar fármacos após desjejum
੦ associar IBP/procinético
CONDUTA DIANTE COMPLICAÇÃO HEPATOTOXICA
੦ suspender até redução de transaminases (até
2xLSN)
੦ reintrodução dos fármacos progressiva, a cada semana
R/E – I - P
FATORES DE RISCO PARA A OCORRÊNCIA DE REAÇÕES ADVERSAS MAIORES
੦ idade (a partir da quarta década)
੦ dependência química ao álcool (ingestão diária
de álcool > 80 g)
੦ desnutrição (perda de mais de 15% do peso)
੦ história de doença hepática prévia
੦ coinfecção pelo vírus HIV
QUANDO OCORRE A INFECÇÃO LATENTE DA TUBERCULOSE
Quando uma pessoa encontra-se infectada pelo bacilo que permanece viável sem causar doença no organismo
** Saudável por anos, com imunidade variável à doença
** ñ induz resistência (só há se tb ativa ñ foi afastada)
** IGRA: Ensaios de liberação do interferon-gama (interferonGamma Release assays): + ou -
EXAMES NA INFECÇÃO LATENTE DA TB
੦ → exame bacteriológico + raios X de tórax em sintomáticos
੦ → raios X de tórax em assintomáticos
FLUXOGRAMA ILTB - SINTOMÁTICO
- EXCLUÍDA TB ATIVA = CONTINUAR INVESTIGAÇÃO
- INVESTIGAR TB –> TB ATIVA –> TRATAR
FLUXOGRAMA ILTB - ASSINTOMÁTICO
PT
1. < 5 MM
** Repetir em 8 sem = sem conversão (alta) // com conversão (rx de tórax normal = tratar ILTB // rx alterado = continua investigação)
- > OU = 5MM
** RX de tórax = normal (tto ILTB) // alterado (continuar investigação)
TTO DA ILTB
- Isoniazida 5-10mg/kg até dose max 300mg/dia por 9 meses
- Rifampicina 10mg/kg até dose max 60mg/dia por 4 meses
*** 180 doses (seis a nove meses) ou 270 doses (nove a doze meses)
INDICAÇÃO DA ISONIAZDIA NA ILTB
** Preferencial
exceto hepatopatas e idosos (>50 anos)
INDICAÇÃO DO TTO COM RIFAMPICINA NA ILTB
Primeira escolha em indivíduos com mais de 50
anos, hepatopatas, em contatos de monorresistentes à isoniazida e intolerância à isoniazida
TUBERCULOSE E HIV
Sempre fazer teste de hiv em pct com TB
** pode ter sintomas atípicos
** maior risoc de forma extrapulmonar
** maior falha tto, recidiva e resistência
a rifabutina está recomendada em substituição à rifampicina, nos esquemas terapêuticos de TB, quando for necessário associar ou manter o inibidor de protease (IP/r) ou dolutegravir
Recomendações diante sinais de imunodeficiência avançada ou LT-CD4+ < 50céls/mm³
Iniciar TARV em até 2 semanas após o início do tratamento de TB
Recomendações diante ausência de sinais de imunodeficiência ou LT-CD4+ ≥50 céls/mm³
Iniciar TARV na 8ª semana após início do tratamento de TB (final da fase intensiva e início da fase de manutenção)
esquema de tratamento correto para Meningite Tuberculosa e Osteoarticular em adultos
2 RHZE + 7 a 10 RH
** tuberculosa = corticoide por 4-8 sem