Testículo Flashcards

1
Q

Quão prevalente é o cancro testicular?

A

O cancro testicular é uma neoplasia relativamente rara e representa, no sexo masculino, cerca de 1% de todos os tumores malignos.

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2
Q

Qual é a idade na qual o cancro do testículo é mais frequente?

A

É mais frequente nos jovens, em pleno pico de fertilidade, sendo inclusive o tumor sólido mais frequente entre os 15 e 35 anos.

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3
Q

Qual é a taxa de sobrevivência aos 5 anos do tumor do testículo?

A

> 97%.

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4
Q

Como tem evoluído a incidência do cancro testicular nas últimas décadas?

A

Aumento da taxa de incidência.

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5
Q

Em que países é mais incidente o cancro testicular?

A

Nos países desenvolvidos&raquo_space; ++ Norte da Europa

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6
Q

Em que etnia é mais frequente o cancro testicular?

A

Mais frequente em caucasianos (caucasianos > raça negra > asiáticos).

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7
Q

Em qual dos testículos é mais provável desenvolver-se neoplasia?

A

Testículo direito (2% dos casos são bilaterais).

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8
Q

Quais são os fatores de risco para se desenvolver cancro testicular?

A
  • Criptorquidia (++ se testículos no abdómen), hipospádias, disgenésia testicular (O risco diminui com orquidopexia antes da puberdade);
  • Antecedentes pessoais ou familiares de tumor de células germinativas testicular;
  • Síndrome de Klinefelter (XXY);
  • Infeção por HIV (tumores seminomatosos).
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9
Q

Qual é o tipo histológico mais prevalente nas neoplasias do testículo?

A

Mais de 95% das neoplasias do testículo são de células germinais.

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10
Q

Quais são os tipos de neoplasias do testículo?

A
  • De células germinais (95%);
  • Linfoma - sobretudo em doentes com > 50 anos;
  • Do estroma gonadal (células de Sertoli, Leydig e da Granulomatosa);
  • Adenocarcinomas.
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11
Q

Como se classificam os tumores testiculares germinativos de acordo com a lesão percursora?

A
o Seminomas (50%);
o Não seminomas:
▪ Teratoma pós puberdade;
▪ Coriocarcinoma;
▪ Tumor do saco vitelino pós puberdade;
▪ Carcinoma de células embrionárias.
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12
Q

Diferenças entre seminomas e não seminomas?

A
Produção de AFP e BhCG: 
- Não nos seminomas (S). 
- Sim nos não seminomas (NS).
Curso: 
- É mais indolente nos seminomas. 80% dos seminomas são estadio I ao diagnóstico.
Metástases: 
- Raras nos seminomas;
- Os NS metastizam mais cedo (gg retroperitoneais e pulmão).
Idade: 
- 4ª década (seminomas);
- 3ª década (NS).
Tratamento:
- Seminomas são sensíveis a QT e RT.
- NS são mais radiorresistentes.
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13
Q

Quais são os carcinomas testiculares germinativos não seminomas?

A
  • Seminoma (histologia não é 100% seminoma);
  • Carcinoma de células embrionárias;
  • Teratoma;
  • Saco-vitelino;
  • Coriocarcinoma.
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14
Q

Como se podem descrever os seminomas histologicamente?

A

Proliferação clonal de células germinativas neoplásicas que apresentammargens citoplasmáticas bem definidas, núcleos com nucléolo proeminente, e citoplasma claro secundário ao glicogénio intracitoplasmático (padrão frequentemente descrito como ovo estrelado).

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15
Q

Descreve os Carcinoma de células embrionárias.

A
  • Normalmente não produzem AFP e há elevação modesta da B-hCG.
  • Células que são imunohistoquimicamente positivas para citoqueratina.
  • As células tendem a surgir com uma atipia citológica marcada, que pode ser útil para distinguir dos tumores do saco vitelino.
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16
Q

Descreve os Coriocarcinomas.

A
  • Tipo mais agressivo e também o menos comum.
  • B-hCG ↑↑ e ∅ AFP.
  • Caracteriza-se pela presença de áreas de hemorragia e necrose; contudo, a característica diagnóstica mais importante é a coexistência e associação íntima entre as células do sinciciotrofoblasto e do citotrofoblasto.
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17
Q

Descreve os Tumores do saco vitelino.

A
  • mais comum em crianças pré-púberes;
  • AFP> 100 e sem BhCG;
  • variável microscopicamente podendo surgir com vários padrões.
  • Os glóbulos tipo hialino e corpos de Duvall-Schiller são mais característicos dos tumores do saco vitelino, mas apenas estão presentes numa minoria dos casos.
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18
Q

Descreve os Teratomas.

A
  • Grupo variado de tumores que derivam de 2 ou mais camadas de células germinativas;
  • São benignos nas crianças;
  • Aumento de AFP e β-HCG apenas em tumores mistos.
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19
Q

Quais são os sinais e sintomas de tumor do testículo?

A

→ Massa testicular em jovem adulto (<40 anos): não dolorosa, firme, dura e fixa à túnica albugínea.
→ Desconforto testicular e edema testicular indolor.
→ Sintomas mais raros incluem:
- Queixas de dor ligeira ou sensação de peso nos quadrantes abdominais inferiores, períneo ou escroto;
- Ginecomastia e/ou hipertiroidismo (deve-se à produção de hCG).

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20
Q

Sintomas de tumor testicular relacionadas com doença metastática?

A
  • Alterações neurológicas;
  • Dispneia ou tosse;
  • Dor lombar;
  • Dor óssea;
  • Massa cervical;
  • Atrofia testicular;
  • TVP/TEP (Edema unilateral ou bilateral dos MIs);
  • Anorexia, náuseas, vómitos ou hemorragia gastrointestinal.
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21
Q

O que fazer após palpação de uma massa testicular suspeita?

A

Ecografia testicular + AFP, 𝜷-hCG e LDH + TC TAP ou TC AP.
Orquidectomia radical inguinal para tratamento e diagnóstico definitivo e histológico (Pode-se fazer disseção dos gânglios linfáticos retroperitoneais).

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22
Q

Devemos realizar Orquidectomia transescrotal ou biósia testicular?

A

Não, estão contraindicadas porque alteram a drenagem linfática e aumentam o risco de semear o tumor.

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23
Q

Apresentação dos seminomas e não seminomas na ecografia testicular.

A

Seminomas: lesões hipoecogénicas de limites bem definidos e sem áreas quísticas.
NSGCTs: heterogéneos, com calcificações, áreas quísticas e sem margens bem definidas.

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24
Q

Quais são os marcadores tumorais úteis no carcinoma testicular e qual é a sua utilidade?

A

AFP, B-hCG e LDH.

  • Úteis no diagnóstico: A AFT é exclusiva das neoplasias NSGCT, pelo que se for detetado na presença de um tumor com histologia de seminoma pura temos obrigatoriamente de procurar por um NSGCT oculto e tratar esta neoplasia como um NSGCT;
  • Usados na monitorização da resposta à terapêutica.
25
Q

Descreve a doença em estadio I.

A
  • Doença localizada exclusivamente aos testículos;

- Ausência de envolvimento ganglionar retroperitoneal.

26
Q

Tumor localizado exclusivamente aos testículos, sem envolvimento ganglionar:
Qual é o estadio?

A

Estadio I.

27
Q

Descreve a doença em estadio II.

A

Doença locorregional:

  • Doença localizada nos testículos;
  • Envolvimento ganglionar retroperitoneal;
  • Ausência de metastização à distância.
28
Q

Tumor localizado nos testículos, com envolvimento ganglionar, sem metástases à distância:
Qual é o estadio?

A

Estadio II.

29
Q

Descreve a doença em estadio III.

A

Doença disseminada - Metastização à distância

30
Q

Tumor disseminado, com metástases à distância:

Qual é o estadio?

A

Estadio III.

31
Q

Como se subdivide o estadio III (doença disseminada)?

A

Divide-se de acordo com o seu risco, em alto risco, risco intermédio e baixo risco.

32
Q

Descreve o NSGCT em estadio III de alto risco.

A
  • Tumor primário mediastínico;
  • Metástases viscerais não pulmonares;
  • Valores dos marcadores tumorais muito elevados.
33
Q

Descreve o seminoma em estadio III de alto risco.

A

NENHUM seminoma é classificado como doença de alto risco.

34
Q

Descreve o NSGCT em estadio III de risco intermédio.

A
  • Tumor primário gonodal ou retroperitoneal;
  • Ausência de metastização visceral não pulmonar;
  • Valores dos marcadores tumorais intermédios.
35
Q

Descreve o seminoma em estadio III de risco intermédio.

A
  • Qualquer tumor primário;
  • Metástases viscerais não pulmonares;
  • Qualquer valor de marcadores tumorais.
36
Q

Descreve o NSGCT em estadio III de baixo risco.

A
  • Tumor primário gonodal ou retroperitoneal;
  • Ausência de metastização visceral não pulmonar;
  • Valores de marcadores tumorais baixos.
37
Q

Descreve o seminoma em estadio III de baixo risco.

A
  • Qualquer tumor primário;
  • Ausência de metastização visceral não-pulmonar;
  • Qualquer valor de marcadores tumorais.
38
Q

Importância de valores elevados de AFP(B-hCG)?

A

Na prática, considera-se os tumores de estadio I e II com níveis elevados de AFP/B-hCG e de estadio II com grande volume de doença como tumores estadio III. Tratam-se como estadio III.

39
Q

Como se realiza o tratamento de doença localizada?

A

Orquiectomia radical.

40
Q

O que se deve fazer antes do tratamento de um tumor com doença avançada?

A

A cirurgia não é possível antes da quimioterapia. Nestes doentes, o diagnóstico exige a realização de biópsia de uma metástase.

41
Q

Tratamento dos seminomas em estadio I?

A

A orquiectomia geralmente é curativa.
Opções tratamento subsequente:
- Vigilância ativa: em doentes de baixo risco (tumor com <4cm de maior diâmetro e ausência de invasão da rede testis). Consiste em follow-up intenso com exames imagiológicos dos gg retroperitoneais.
- QT adjuvante: doentes que não concordam com vigilância ativa ou são doentes de maior risco (tumor com >4cm e invasão da rede testis). 1 ciclo de carboplatina.
- RT adjuvante: doentes de maior risco em que a QT adjuvante não é possível.

42
Q

Consequências da RT face à QT?

A

A RT está associada a maior morbilidade do que a QT (ex: risco de infertilidade).

43
Q

Tratamento dos NSGCT em estadio IA e IB?

A

Orquiectomia.
Opções tratamento subsequente:
- Vigilância ativa;
- QT adjuvante (1 ciclo BEP - Bleomicina, Etoposide e Cisplatina);
- Resseção dos gânglios linfáticos retroperitoneais.

44
Q

O que influencia o tratamento dos NSGCT em estadio IA e IB?

A

3 fatores de risco para recaídas durante a vigilância:
- Invasão linfo-vascular;
- Predominância na histologia de características de carcinoma embrionário;
- Tumor primário T3 ou T4.
Considera-se a presença de alto risco de recaída se o doente apresentar 1 ou mais fatores de risco.

45
Q

O que significa NSGCT em Estadio IS.

A

Tumor localizado ao testículo, mas elevação persistente dos marcadores séricos, o que nos indica doença metastática, ou seja estadio III.

46
Q

Tratamento dos seminomas em estadio IIA?

A

RT de baixa dose. Ou se doente não pode realizar RT, realizar QT.

47
Q

Tratamento dos seminomas em estadio IIB e IIC?

A

QT com 3 ciclos de BEP (Bleomicina, Etoposide e Cisplatina). Se doente não pode realizar QT, realizar RT.

48
Q

Diferença entre seminoma em estadio IIA e IIB/C?

A

Diâmetro dos gânglios envolvidos:

  • IIA: < 2cm;
  • IIB/C: > 2cm.
49
Q

Tratamento dos NSGCT em estadio II com marcadores séricos negativos?

A

IIA – resseção ganglionar retroperitoneal ou esperar 6 semanas por regressão do tumor.
IIB/C – QT primária (3x BEP - Bleomicina, Etoposide e Cisplatina; ou 4x EP - Etoposide + Cisplatina).

50
Q

Tratamento dos NSGCT em estadio II com marcadores séricos positivos?

A

QT primária (3x BEP - Bleomicina, Etoposide e Cisplatina; ou 4x EP - Etoposide + Cisplatina).

51
Q

Tratamento dos seminomas em estadio III de baixo risco?

A

QT (3x BEP - Bleomicina, Etoposide e Cisplatina; ou 4x EP - Etoposide + Cisplatina).

52
Q

Tratamento dos seminomas em estadio III de risco intermédio?

A

QT (4x BEP - Bleomicina, Etoposide e Cisplatina; ou VIP - Etoposide, Ifosfamida e Cisplatina)

53
Q

Tratamento dos NSGCT em estadio III de baixo risco?

A

QT (3x BEP - Bleomicina, Etoposide e Cisplatina; ou 4x EP - Etoposide + Cisplatina).

54
Q

Tratamento dos NSGCT em estadio III de risco intermédio?

A

QT (4x BEP - Bleomicina, Etoposide e Cisplatina; ou VIP - Etoposide, Ifosfamida e Cisplatina)

55
Q

Tratamento dos NSGCT em estadio III de alto risco?

A

QT (4x BEP - Bleomicina, Etoposide e Cisplatina; ou VIP - Etoposide, Ifosfamida e Cisplatina)

56
Q

Sobrevida aos 5 anos de acordo com o estadiamento?

A
  • Estadio I: > 99%:
  • Estadio II: 96%:
  • Seminoma, Estadio III, Baixo risco: 99%;
  • Seminoma, Estadio III, Risco intermédio: 87%;
  • NSGCT, Estadio III, Baixo risco: 92%;
  • NSGCT, Estadio III, Risco intermédio: 80-90%:
  • NSGCT, Estadio III, Alto risco: 45-50%.
57
Q

Follow up dos seminomas em estadio I?

A
Clínico + marcadores + TC/RM.
Clínico + marcadores: 
- 2 vezes ao ano, nos primeiros 3 anos;
- 1 vez ao ano no 4º e 5º ano.
TC/RM:
- 2 vezes ao ano, nos primeiros 2 anos;
- depois passado 36 e 60 meses.
58
Q

Follow up dos NSCGT em estadio I?

A

Clínico + marcadores + raioX tórax + TC/RM.
Clínico + marcadores:
- 4 vezes ao ano, nos primeiros 2 anos;
- 2 vezes ao ano até ao 5º ano.
Raiox: anualmente durante 5 anos.
TC/RM:
- 1 vez no 1º ano, depois aos 24, 36 e 60 meses.

59
Q

Follow up da doença avançada?

A

Clínico + marcadores + raioX tórax + TC/RM.
Clínico + marcadores:
- 4 vezes ao ano, nos primeiros 2 anos;
- 2 vezes ao ano até ao 5º ano.
Raiox: 2 vezes ao ano nos primeiros 2 anos.
TC/RM:
- 2 vezes no 1º ano, depois aos 24, 36 e 60 meses.