Pulmão Flashcards

1
Q

Qual é o principal fator de risco para carcinoma do Pulmão?

A

Tabagismo – risco 10x superior em comparação com não fumadores.

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2
Q

Para além do tabaco, que outros fatores de risco existem?

A

Exposição Ocupacional:
- Asbestos/amianto (materiais de construção, armazéns);
- Arsénio (conservante de couro e madeira);
- Radiação ionizante.
Patologias Concomitantes:
- DPOC (bronquite crónica e enfisema);
- Tuberculose;
- Infeção VIH.
Pré-disposição Genética:
- Familiares em 1ª grau têm maior probabilidade de desenvolver Cancro do Pulmão.

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3
Q

Quais são as mutações importantes para as terapêuticas alvo existentes?

A

Mutações no EGFR e rearranjo ALK-EML4.

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4
Q

As mutações no EGFR e rearranjo ALK-EML4 são mais comuns em que tipos de doentes?

A
  • Adenocarcinomas (ADC) do pulmão;
  • Doentes mais jovens;
  • Sexo feminino;
  • Não fumadores.
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5
Q

Diferenças entre adenocarcinomas e CPPC e CPC?

A

Adenocarcinoma:
- Mais prevalente em adultos jovens (< 60 anos), não fumadores ou tabagismo leve (< 10 UMA) e sexo feminino;
- Localização mais periférica.
CPPC e Carcinoma Pavimentocelular (CPC):
- Mais prevalente em grandes fumadores e adultos mais velhos;
- Localização mais central.

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6
Q

Quão recomendado é o rastreio do cancro do pulmão?

A

O rastreio do Cancro do Pulmão é uma área controversa.
Pode levar a um elevado número de exame invasivos com eventuais complicações e um elevado custo.
Posto isto, na prática clínica corrente não está recomendado o rastreio de Cancro do Pulmão.

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7
Q

Em que doentes poderia ser útil o rastreio do cancro do pulmão?

A

Doentes de alto risco: idade entre 55-74 anos, carga tabágica > 30 UMA (Unidades Maço/Ano), fumadores ou ex-fumadores há < 15 anos).

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8
Q

Qual é o exame recomendado para o rastreio do cancro no pulmão?

A

Tomografia Computorizada (TC) torácica de baixa dose.

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9
Q

Nos doentes que, por qualquer outro motivo, fizeram um exame de imagem do tórax e apresentam um nódulo pulmonar, quais são os fatores que aumentam a probabilidade de malignidade?

A
  • Nódulo único;
  • Tamanho;
  • Localização no lobo superior;
  • Bordos irregulares ou nódulo espiculado;
  • Calcificação: Periférica ou excêntrica aponta para malignidade.
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10
Q

Como se faz a vigilância dos doentes com nódulo incidental?

A

Probabilidade de malignidade baixa:
- Vigilância com TC seriada dentro de 6 meses.
Probabilidade de malignidade alta:
- Colheita de material histológico para análise.

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11
Q

Quando suspeitar de Neoplasia do Pulmão?

A
  • DPOC com hemoptises;
  • Pneumonia que não responde à antibioterapia;
  • Pneumonias de repetição no mesmo segmento pulmonar;
  • Atelectasia pulmonar;
  • Cavitação ou abcesso de paredes espessadas;
  • Disfonia, disfagia ou estridor;
  • Subida diafragmática unilateral (compressão do frénico);
  • Derrame pleural unilateral extenso em doente de risco.
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12
Q

MCDTs utilizados no diagnóstico do tumor?

A
  • TC Torácica;
  • Videobroncofibroscopia/broncofibroscopia (BFO);
  • Punção Aspirativa Transtorácica (PATT);
  • Fine-Needle Aspiration with Endobronchial Ultrassound (FNA-EBUS);
  • Biópsia Cirúrgica (último recurso);
  • Ecoendoscopia Brônquica Radial;
  • Broncoscopia por Navegação Eletromagnética (muito cara).
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13
Q

MCDTs preferíveis para lesões centrais?

A

BFO ou EBUS

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14
Q

MCDTs preferíveis para lesões periféricas?

A

PATT

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15
Q

O que fazer se houver derrame pleural?

A

Toracocentese, com ou sem biópsia pleural, poderá dar o diagnóstico.
Geralmente são exsudados com predomínio linfocítico, amarelo ou hemático.

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16
Q

Como avaliar as adenopatias?

A

PET-CT, confirmar com EBUS, e confirmar EBUS com VAM.

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17
Q

Como avaliar as metástases?

A

Peça Histológica:

Pode ser obtida através de biópsia de metástases ósseas, pleurais, hepáticas, etc., e não só do tumor.

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18
Q

O que é o Estadiamento Fisiológico, e que MCDTs devem ser realizados?

A

capacidade de o doente tolerar o tratamento (cirurgia, QT e RT). Deve ter em conta Performance status do doente; ecocardiograma; estudo funcional respiratório; e comorbilidades.
Se FEV1 ou DLCO previstos no pós-operatório forem < 60%, o doente tem indicação para realizar Prova de Esforço Cardiopulmonar.

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19
Q

Quais são os locais para onde os tumores do pulmão metastizam mais frequentemente?

A
  • Pleura;
  • Osso;
  • Cérebro.
20
Q

Quais são os tumores que frequentemente metastizam para o pulmão?

A

São muito frequentes as metástases de melanomas,
sarcomas, tumores germinativos, coriocarcinomas e
linfoma.
Localizações: Cólon; Rim; Ovário; Próstata; Mama.

21
Q

MCDTs utilizados no estadiamento?

A
  • TC Torácica ou TC Toracoabdominal.
  • PET-TC (pesquisa de adenopatias mediastínicas).
  • Mediastinoscopia (reservado apenas em casos selecionados → candidatos a tratamento curativo).
  • TC/RM-CE (Exclui metastização do SNC).
  • Cintigrafia Óssea (geralmente PET é suficiente para excluir metastização óssea).
22
Q

O que são Tumores de Pancoast (Tumores do Sulco Superior)?

A
  • Subtipo específico de Cancro do Pulmão estadio III;
  • Tumores que nascem do ápice do pulmão e podem invadir a 2ª e 3ª costelas, o plexo braquial, os vasos subclávios, o gânglio estrelado e os corpos vertebrais adjacentes.
23
Q

O que é o que os tumores do sulco superior podem causar?

A

Síndrome de Pancoast:
- Omalgia, dormência no cotovelo e antebraço, fraqueza e atrofia muscular.
Síndrome de Horner:
- Há acometimento do gânglio estrelado, clinicamente manifesta-se por miose e ptose palpebral, enoftalmia e anidrose.

24
Q

Tratamento dos tumor de Pancoast.

A
  • Sem envolvimento N2: QT neoadjuvante ou QT+RT seguida de cirurgia.
  • Com envolvimento N2: quimiorradioterapia.
  • Metastático: RT (com ou sem QT) com intuito paliativo.
25
Q

Quando realizar Irradiação Craniana Profilática (ICP)?

A
  • Deve ser considerada em todos os doentes com CPPC que tenham respondido bem à terapia inicial/de indução.
26
Q

Como realizar o seguimento do carcinoma do pulmão?

A
  • Na doença disseminada com possibilidade de tratamento posteriores, recomenda-se vigilância clínica e imagiológica (TC torácica) de 3/3 meses;
  • Na doença limitada submetida a tratamento potencialmente curativo, recomenda-se a vigilância clínica, laboratorial e imagiológica (TC torácica) em intervalos de 3 a 6 meses;
  • Nos casos com sobrevidas longas (≥ 5 anos) é de considerar a realização de TC anual.
27
Q

Qual a importância global do Cancro do Pulmão na Saúde?

A
  • Um dos tumores mais comuns mundialmente;
  • A principal causa de cancro evitável dada a sua íntima relação com o tabagismo;
  • Atualmente a principal causa de morte oncológica em ambos os sexos;
  • Sobrevida global aos 5 anos é muito baixa, cerca de 18%, e este valor diminui drasticamente para 4% nos casos de doença metastizada.
28
Q

Evolução da incidência dos diferentes tipos histológicos.

A
  • Tumores antigamente mais encontrados a nível central na via aérea (Carcinoma idermoides/Pavimentocelulares) têm vindo a diminuir a sua frequência ao longo dos anos;
  • Os ADC têm vindo a aumentar exponencialmente a sua frequência e tornaram-se tumores de localização cada vez mais periférica.
29
Q

Quais são os mecanismos pelos quais o tabaco induze a carcinogénese?

A

Genotóxico (ou Multistep);

  • Epigenético (ou Contínuo);
  • Imunológico (ou Estímulo Co-Carcinogénico).
30
Q

Influência do padrão de inalação dos fumadores nas neoplasias do pulmão.

A

A mortalidade em fumadores está diretamente relacionada com os seus padrões de inalação (se “travam” mais profundamente ou menos profundamente) e com o número de cigarros fumados por dia.

31
Q

Relação dos E-Cigarettes (vaping e tabaco aquecido) com carcinoma do pulmão.

A
  • 20 puffs (“passas”) de E-Cigarette corresponde aproximadamente a fumar um cigarro normal;
  • No líquido utilizado no cigarro eletrónico existem potencialmente centenas de substâncias químicas suscetíveis de provocar alterações no DNA celular.
32
Q

Como é a evolução do crescimento de um tumor com crescimento rápido?

A
  • 1 ano: 2mm;
  • 2 anos: 8-40mm;
  • 3 anos: 40-100mm.
33
Q

Como é a evolução do crescimento de um tumor com crescimento lento?

A
  • 4 anos: 2mm;
  • 8 anos: 8-40mm;
  • 12 anos: 40-100mm.
34
Q

Como se divide a apresentação clínica?

A

Assintomáticos: 7-10%;
Doença localizada: 20%;
Metastização regional: 25%;
Doença disseminada: 55%.

35
Q

Quais são os principais sintomas inaugurais?

A

Atualmente a tosse e a dispneia são os principais sintomas inaugurais. A anorexia e a perda de peso (quadros consumptivos) e as hemoptises têm vindo a diminuir como sintomas inaugurais devido à maior consciencialização em saúde.

36
Q

Sintomas no Tumor central.

A

Tosse, Hemoptises, Dispneia, Pieira, Pneumonia obstrutiva.

37
Q

Sintomas no Tumor periférico.

A

Dor, Cansaço, Derrame pleural, Tosse.

38
Q

Sintomas relacionados com a Disseminação locorregional.

A

Síndrome da veia cava superior, paralisia do nervo recorrente, compressão do plexo braquial, disfagia, estridor.

39
Q

Síndromes paraneoplásicos comuns.

A

Hipercalcémia, Hipocratismo digital, Osteartropatia hipertrófica (dores difusas nos membros; espessamento do periósteo), SIADH (hiponatrémia grave).

40
Q

Sinais diretos de neoplasia na BFO.

A

Massa tumoral, necrose;
Ingurgitamento vascular, Irregularidade da mucosa, apagamento do relevo cartilagíneo;
Obstrução.

41
Q

Sinais indiretos de neoplasia na BFO.

A

Estenose, Compressão, Edema, Hiperémia, Esteira hemática

42
Q

O que é a Biopsia Líquida?

A
  • Feita através da colheita de sangue;

- Detetam-se diferentes biomarcadores circulantes;

43
Q

Utilidade da Biópsia líquida?

A

Rastreio e monitorização evolutiva do Cancro do Pulmão em tratamento, podendo detetar resistências adquiridas à terapia instituída.

44
Q

Sobrevivência tendo em conta o estadio (no CPNPC)

A
IA - 49%
IB - 45%
IIA - 30%
IIB - 31%
IIIA - 14%
IIIB - 5%
IV - 1%
45
Q

Sobrevivência tendo em conta o estadio (no CPPC)

A

I - 31%
II - 19%
III - 8%
IV - 2%

46
Q

Como é realizada a avaliação inicial do carcinoma de pequenas células?

A
  • TAC torácica e abdominal com contraste endovenoso (ev);
  • TC ou RM do crânio;
  • Cintigrafia óssea.
47
Q

Quando realizar exames de imagem cranioencefálicos e da coluna vertebral?

A

Se há suspeita clínica de metastização central ou em tumores a partir do Estadio II (inclusive).