Técnicas Cirúrgicas Flashcards

1
Q

Diferença de contaminado e infectado

A

Contaminado = Presença de germes
Infectado = Presença de germes c/ processo patológico

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2
Q

Técnica operatória

Ao que o termo “estéril” se refere?

A

Aquilo que é livre de pelo menos 99,5% dos microrganismos

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3
Q

Diferença da lavagem de mão simples e cirúrgica

A

Lavagem de mão simples
• 20 a 30s, visa reduzir a flora bacteriana transitória.

Lavagem de mão cirúrgica
• Mínimo de 2min., visa reduzir a flora bacteriana permanente

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4
Q

Verdadeiro ou falso

Com 10 min. De lavagem de mãos cirúrgica, zera a quantidade de germes?

A

Falso

2 min - Reduz 30%
5 min- Reduz 50%
Porém nunca vai zerar a quantidade

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5
Q

Quais etapas ocorrem para o preparo do paciente para cirurgia?

A

1 - Degermação/assepsia (Torna limpo)
2 - Antiassepsia (Torna estéril)
3 - Campos ou adesivos estéreis

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6
Q

Cite dois agentes degermantes e três antissépticos

A

Degermantes
• PVPI Degermante á 10%
• Clorherxidine a 4%

Antissépticos
• Álcool iodado 2%
• PVPI tópico a 10% (aquoso)
• Álcool etílico a 70%
• Clorherxidina 0,5 a 1% (70% álcool)

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7
Q

Não deve ser usado substância alcoólica em quais tecidos?

A

• Mucosa
• Face
• Genitálias

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8
Q

Qual mecanismo de ação do Álcool, Clorexidina e iodo respectivamente nos micro-organismos

A

• Álcool - Desnatura proteínas
• Clorexidina - Ruptura da membrana celular
• Iodo - Oxidação

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9
Q

Técnica operatória

Qual nome deste instrumento? Para o que é utilizado?

A

Backhaus

é utilizado para prender os campos estéreis

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10
Q

Defina “Diérese”

A

Separação de dois tecidos com fins cirúrgicos

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11
Q

Técnicas operatórias

Como devem ser feitas as incisões?

A

Às incisões devem ser feitas seguindo as linhas de langer(linhas de força, perpendicular as fibras musculares)

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12
Q

Cite as duas principais empunhaduras do bisturi e suas respectivas características

A

• Tipo lápis - Maior precisão
• Tipo arco de violino - Incisões longas

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13
Q

Cite os tipos de hemostasia referentes a prática cirúrgica

A

• Preventiva
• Corretiva
• Temporária
• Definitiva

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14
Q

Qual a função da manobra de Pringle?

A

Oclusão da tríade portal, usado geralmente durante ressecções hepáticas

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15
Q

Cite os tempos cirúrgicos fundamentais e suas características

A

• Diérese- Separa tecidos
• Hemostasia - Controle do sangue
• Síntese - Reconstituição anatômica

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16
Q

Diferencia as agulhas traumáticas e atraumáticas

A

Traumática - Agulha e fios separados
Atraumáticas - Fio integrado a agulha

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17
Q

Quais exames se pede para o paciente saudável no pré operatório? quando se pede cada exame?

A

I - Hemograma
- Pedir P/ todos os pacientes

II - Função Renal
- Pedir para:
• >50anos
• HAS e DM
• Insuficiência cardíaca
• Usuários de IECA e AINES

III - Glicemia
- Pedir para:
• DM
• Obesos
• Diagnóstico prévio de DM

IV - Urina 1 / EAS
- Pedir para:
• Avaliar clínica (clínica soberana)

V - ECG
- Pedir para:
• >40 anos Homem e >50 mulher
• Fatores de risco para Angina (Lembrar da aterosclerose)

VI - RaioX de tórax
- Pedir para:
• >50 anos
• Doença pulmonar prévia
• Doença cardíaca prévia
• Câncer
• Imunossupremidos
• Tabagismo

VII - B-HCG
- Pedir para:
• Mulher em idade fértil
• Suspeita de gravidez (DUM >4 semanas)
- Não pedir:
• Menopausa
• Histerectomia prévia

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18
Q

O que deve-se observar no hemograma no paciente no pré-operatório? Porquê?

A

• Hematócrito e hg (anemia)

• Leucograma (Infecção e doenças de série branca)

•Plaqueta (TAP (Tempo de pró-trombina) e PTT (Tempo de Tromboplastina Parcial)
* Tempo de coagulação

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19
Q

O que deve-se observar na função renal do paciente no pré-operatório? Porquê?

A

• Ureia e creatinina, podem indicar possível complicação

• K+ (Pode gerar arritmia intra-operatória)

Fator de risco semelhante a DM, HAS, Angina, e IC compensada

Ps. Ureia se altera agudamente, enquanto a Cratinina se altera cronicamente

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20
Q

O que deve-se observar na glicemia no paciente no pré-operatório? Porquê?

A

Nível glicêmico - Hiperglicemia (Representa complicações no pós operatório, cardiovascular e infecções)

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21
Q

O que deve-se observar no ECG do paciente no pré-operatório? Porquê?

A

Ondas Q aumentadas podem representar aumento de risco no pós operatório

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22
Q

O que deve-se observar na radiografia de tórax do paciente no pré-operatório? Porquê?

A

Parênquima pulmonar, Pleura, Mediastino e Coração (Podem mostrar complicações prévias e infecções)

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23
Q

O que é considerado o perioperatório?

A

Do período de pré-cirúrgico até 30 dias após a cirurgia

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24
Q

Quando pressão arterial se torna fator de risco para procedimento cirúrgico? E qual o protocolo?

A

PA severa
• Pressão sistólica > 180mmhg
• Pressão diastólica > 110mmhg
- Deve-se controlar a PA no pré-operatório

Ou

HAS durante o cirúrgico
- Deve-se controlar durante o procedimento

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25
Q

Paciente com insuficiência cardíaca, você como cirurgião, qual exame pede?

A

Ecocardiograma

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26
Q

Qual o procedimento para pacientes com doenças valvares no pré-operatório?

A

Deve-se corrigir c/ medicação ou cirurgia antes

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27
Q

Paciente com arritmia cardíaca, com taquicardia supra ventricular, o que deve ser realizado no pré-operatório? Qual o risco operatório?

A

• Deve-se controlar antes do procedimento

• Taquicardia ventricular e extra-sístole não aumenta o risco operatório

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28
Q

Paciente com marca-passo, no pré-operatório, o que deve ser feito?

A

• Deve-se levantar a história clínica
• Tanto marca-passo quanto desfibrilador devem ter avaliação da máquina até 6 meses antes

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29
Q

Quais os riscos de paciente com DM frente a um procedimento cirúrgico?

A

• Risco de infecção e alteração cardiovascular aumentados no PÓS OPERATÓRIO

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30
Q

Pacientes com asma e/ou DPOC, devem tomar os remédios antes de realizar cirurgia? Quando se adia a cirurgia?

A

• Devem tomar os remédios
• A cirurgia deve ser adiada se houver sibilo

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31
Q

Técnica Operatória

Paciente com sinais e sintomas de infecção área, se adia a cirurgia? Por quanto tempo?

A

• Deve-se buscar adiar a cirurgia, sendo recomendado aguardar 4 a 6 semanas após a resolução da infecção

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32
Q

Paciente com descompensação tireoidea (Hipotireoidismo), no pré operatório, deve-se fazer reposição hormonal? Quais os principais riscos?

A

• Sim, deve-se fazer a reposição hormonal
• Pode gerar hipotensão, ICC e morte

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33
Q

Paciente com descompensação tireoidea (hipertireoidismo), no pré operatório, qual o principal risco?

A

Hipotensão intra-operatório, gerada por taquicardia

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34
Q

Paciente com artrite reumatoide, no pré operatório, qual exame pedir? Quais os principais riscos?

A

• Radiografia
• Quando envolvimento cervical ou da ATM, pode dificultar IOT

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35
Q

Até qual período é considerado infecção cirúrgica?

A

• Até os 30 primeiros dias ou 1 ano para materiais sintéticos

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36
Q

Qual a principal causa de mortalidade operatório?

A

77% da mortalidade ocorre por infecção cirúrgica

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37
Q

Quais fatores de risco para infecção cirúrgica?

A

• Procedimentos longos
• Procedimentos complicados
• Paciente idosos
• Implante de material sintético
• Doenças prévias
• Alto tempo hospitalizado
• Transplantados
• Negligência operatória
• Uso indiscriminado de antiobioticos

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38
Q

Quais são os tipos de feridas? Fale sobre elas e cite exemplos.

A

• Ferida Limpa
- Sem contato c/ cavidade corporal
- Não traumática
- Cirurgia eletiva
- Fechamento por primeira intenção
- Ex: Herniografia, tireoidectomia e safenectomia

• Ferida potencialmente contaminada
- Não traumática
- Penetra na cavidade corporal (passa peritônio)
- Sem inflamação
- Quando ocorre mínimo desvio de técnica (Ex: perfura luva durante procedimento)
- Qualquer reoperação em 7 dias
- Ex: Gastrectomias, Colecistectomias, Histerectomias

• Ferida contaminada
- Lesão por trauma até 6h
- Contaminação da cavidade corporal
- Grande desvio de técnica cirúrgica
- Presença de inflamação
- Feridas crônicas abertas (úlceras)
Ex: Colecistite, Colectomia e úlceras

• Ferida infectada (suja)
- Presença de abcesso ou supuração
- Qualquer perfuração pré-operatório (tiro ou facada)
Ex: Perfuração de colon, Drenagem de abcesso

E

• Ferida profunda (Chega na aponeurose e peritônio)
• Ferida superficial (pele e subcutâneo)

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39
Q

Quando e porque é realizado a tricotomia

A

Tricotomia é o ato de raspar os pêlos do paciente, assim diminuindo o risco de infecções

É realizado no ato cirúrgico, onde diminui possíveis inflamações
Ex: paciente se barbeia no dia anterior, pode inflamar e acabar impedindo a cirurgia.

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40
Q

Quando deve-se usar antibióticoterapia profilática? E quando deve-se aplicar no perioperatório?

A

SOMENTE quando existir risco de infecção, deve-se usar 30min antes do procedimento

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41
Q

Quais fatores levam ao uso de antibióticoterapia profilática?

A

• Procedimento potencialmente contaminados
• Acidentes com > 6 horas
• Não consegue retirar tecido infectado
• Grande perda tecidual
• Lesão valvar cardíaca
• Próteses e enxertos
• Fratura aberta ou penetrante
• Amputação de membro
• Úlcera
•Imunossuprimidos

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42
Q

Quais critérios deve ter uma infecção de campo cirúrgico incisional superficial

A

Ao menos 1 de 3 (Até 30 dias após op)
• Drenagem com pus superficial (Acima da aponeurose ou peritônio)
• Isolamento de microorganismo (cultura)
• Sinais inflamatórios associados a incisão

Não são:
• Abcesso em sutura nos pontos
• Queimadura superficial
• Infecções de ipsiotomia

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43
Q

Técnicas operatórias

Quais critérios deve ter uma infecção de campo cirúrgico incisional profundo

A

Ao menos 1 de 2 (Até 30 dias após op)
• Abcesso profundo localizado por imagem
• Deiscência espontânea na camada profunda (Deve apresentar pelo menos 1 dos seguintes: febre, dor localizada, edema e rubor exceto se cultura negativa)

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44
Q

Quais critérios deve ter uma infecção em espaço intracavitário

A

Ao menos 1 de 3 (Até 30 dias após op)
• Abscesso ou outra evidência de infecção envolvendo órgão ou cavidade achada ao exame direto, reoperação, histopatológico ou radiológico
• Microrganismo isolado de maneira asséptica de secreção ou tecido de órgão ou cavidade;
• Drenagem purulenta por dreno locado em órgão ou cavidade

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45
Q

Cite a tríade relacionada a instalação de infecção cirúrgica

A

• Inócuo patogênico (patógeno)
- Quanto mais virulento, necessita menos quantidade
• Meio ambiente
- Hipóxia local (Reduz imunidade)
- Necrose
- Hematoma
- Corpo estranho
- Acidose
- Pouca vascularização
• Resistência do hospedeiro
- Desnutrição
- Imunidade

Ps. Em casos de hipóxia, corrigir O2, aumenta o aporte energético para a imunidade

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46
Q

Cite as fases da cicatrização e quanto tempo em média ocorre cada uma

A

Fase inflamatória (4 a 15 dias)
Fase de proliferação (4 a 15 dias)
Fase de remodelamento (meses a anos)

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47
Q

Cite ás principais células envolvidas na fase inflamatória e os mediadores liberados nesta fase

A

Neutrófilo e Mastocitos
• Heparina (anti coagulante)
• Histamina (Vasodilatação)
- Aumenta a permeabilidade vascular, permitindo a diapedese

Também ocorre a cascata de coagulação
- Fator de Von Willebrand é exposto e dá início a cascata, aumentando a adesão plaquetária, lembrar que a via é dependente de cálcio, cálcio ativa o fator X, no encontro das duas vias (extrínseca e intrínseca) que ativam l fator II, que ativa a troponina que converte fibrinogênio em fibrina

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48
Q

Cite ás principais células envolvidas na fase proliferativa da cicatrização e os mediadores liberados nesta fase

A

Fibroblastos e macrófagos (M2)
• TGF
• EGF
• PDGF
• TNFa (Angiogenese e epitelização)
• TNFb (Síntese proteica)

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49
Q

Cite ás etapas da fase de proliferação de cicatrizes

A

São 4 etapas:
I - Epitelização
• Leva cerca de 3 dias, desde que membrana basal esteja intacta
II - Angiogênese (Depende de TNFa)
III - Tecido granular
IV - Depósito de colágeno

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50
Q

O que ocorre na fase de remodelamento de cicatrizes?

A

Ocorre remodelação tecidual, realizada por fibroblastos, onde ocorre a substituição de colágeno III por Colágeno I de forma organizada, assim aumentando a força tênsil, a etapa é dependente de um equilíbrio degradação/síntese

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51
Q

Em quanto tempo o tecido cicatrizado leva para recuperar 100% de sua força tênsil?

A

Nunca, os tecidos cicatriciais nunca vão recuperar toda sua força tênsil, podendo alcançar em média de 80%

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52
Q

Cite fatores que interferem no processo cicatricial

A

• Isquemia
• Infecção
• Edema
•(…)

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53
Q

Cite a principal diferença de queloide e cicatriz hipertrófica

A

Ambas são processos onde ocorreu cicatrização excessiva, devido a um desequilíbrio entre síntese e degradação ocasionado por resposta inflamatória excessiva

A principal diferença é que a queloide ultrapassa os limites da incisão, enquanto a hipertrófica cresce em altura respeitando os limites da incisão

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54
Q

Cite formas que podem ser usadas para evitar queloides

A

• Uso de fios monofilamentar
• Evitar procedimentos desnecessários
• Laser
• Infiltração de corticoide
• Resecção

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55
Q

Diferencia ferida aguda de ferida crônica

A

Ferida aguda respeita o tempo fisiológico de cicatrização enquanto a ferida crônica possui um retardo no processo de cicatrização pode ocorrer por disfunção imune ou metabólica (Ex: úlcera venosa)

56
Q

Diferencia úlcera venosa de úlcera arterial

A

Úlcera venosa:
A - Acima do maléolo medial
B - Borda irregular
C - Coceira
D - Dor noturna
E - Edema
F - Fétido
Possui varizes
Ps. Ocorre principalmente por disfunção valvar das veias

Úlcera arterial
A - Aonde? Pé e dedos
B - Bordas regulares
C - Claudicação intermitente
D - + Doloroso
E - Escuro
F - Fraca pulsação
Ps. Ocorre principalmente por aterosclerose (trombose)

57
Q

Cite tipos de feridas e os diferencie
Dica: LEPCC

A

Laceração - Tecido esmagado
Escoriação - Lesão epiderme (ralou)
Perfuração - perfura o tecido
Corte ou incisão - Lâmina
Contusão - Trauma ou choque

58
Q

Cite características que devem ser observadas em feridas

A

• Localização
• Tamanho
• Número de feridas (a cada 2cm)
• Profundidade

59
Q

Quais tamanhos uma cicatriz pode ser classificada?

A

Pequena - <50cm²
Média - 50 a 150cm²
Grande - 150 a 250cm²
Extensa - >250cm²

60
Q

Quais são as classificações da profundidade de feridas

A

• Plana ou superficial (epiderme, derme e subcutâneo)
• Profunda (fáscia e músculos)
• Cavitária (forma cavidade c/envolvimento de órgãos)

61
Q

Cite quais tecidos são viáveis e quais não são, os diferencie.

A

Tecido viável:
• Tecido granular (vermelho vivo)
• Tecido de epitelização (novo tecido)

Tecido inviável:
• Necrose de coagulação
- Forma crosta preta
• Necrose liquefata
- Amolecido
- Amarelo
- Com infecção ou pus
- Fétido
• Tec. desvitalizado ou fibrinoso
- Tecido com alto teor proteico
- Amarelado

Ps. Deve-se desbridar os tecidos inviáveis

62
Q

Diferencie transudato de exsudato

A

Transudato possui poucas proteínas e células, enquanto o exsuldato possui grande concentração

63
Q

Cite os tipos de exsudatos

A

Exsudato seroso - Inflamação aguda
Exsudato sanguinolento - Ruptura de vasos
Exsudato purulento - Infecção
Exsudato fibrinoso - proteico

64
Q

Cite a classificação e as principais diferenças das feridas de 1ª, 2ª e 3ª intenção

A

• Primeira intenção
- Não ocorre granulação, apenas epitelização
- Lesões pequenas, superficiais
- Sem perda de tecidos
- Queimaduras de 1° grau
- 4 a 14 dias para fechar

• Segunda intenção
- Não pode suturar
- Houve perda de tecidos
- Elevado risco de infecção
- Traumas >6 horas
- Usar antibiótico
Ex: úlceras e feridas infectadas

• Terceira intenção
- Mantém aberta para melhorar cicatrização
- Dar ponto frouxo para aproximar bordas
- Feridas infectadas, drenos ou muito profunda

65
Q

Cite complicações que interferem no processo de cicatrização

A

• Hemorragia
• Deiscência
• Eviscerações
• Fístulas
• Infecção
• (…)

66
Q

Verdadeiro ou falso

Tanto curativos quanto incisões devem respeitar ás linhas de força (linhas de langer)

A

Verdadeiro

67
Q

Cite os quatro tipos de curativos

A

• Curativo oclusivo
• Curativo semi-oclusivo (Permite entrada de ar)
• Curativo Compressivo (semelhante ao torniquete)
• Curativo aberto (Queimadura e pequenos cortes)

68
Q

Explique o mecanismo pelo qual infecções alteram as propriedades dos anestésicos

A

Infecções levam a uma acidose tecidual, que retarda o início de ação e intensidade

69
Q

Técnicas operatórias

Cite fatores que influenciam nos anestésicos

A

• Natureza da droga
•Concentração da droga
• Espessura das fibras
- Bloqueia 1° fibras finas
- Fibras grossas voltam antes da anestesia
(Simpática < sensitiva < motor < propriocepção)

70
Q

Cite os principais efeitos sistêmicos que drogas anestésicas podem causar

A

• SNC: Sedação e sonolência
• Cardio: Antiarritmico e vasodilatação
• Respiratório: depressão respiratória

71
Q

Quais os dois principais grupos de anestésicos?

A

Esteres
• Procaína
• Tetracaína

Amidas
• Lidocaína 2%
- Dose máxima 5mg/kg (S/vasocon)
- Dose máxima 7mg/kg (C/vascons)
• Bupivacaina (0,25% ou 0,5%)
- 0,25% Anestésico local
- 0,50% Anestésico plexo nervoso
- Dose máxima 2mg/kg
• Etidocaína

72
Q

Quais fatores tornam um anestésico perigoso?

A

• Toxicidade
• Concentração no sangue
• Velocidade de acúmulo no SNC

73
Q

Qual o principal vasoconstritor usado e qual seu efeito quando associado a um anestésico?

A

Adrenalina
• Reduz absorção
• Aumenta analgesia
• Reduz toxicidade

Ps. Nunca usar circulação terminal
Ex: mais ou pés

74
Q

Quais os principais efeitos colaterais de anestésicos?

A

Aumento do simpático
• Taquicardia
• Aumento de PA
• Palidez
• Sudorese

75
Q

Quais os principais tipos de uso para anestésicos?

A

• Tópica
• Infiltrativa local (Técnica antisséptica)
• Bloqueio digital
• Bloqueio de plexo
• Bloqueio de nervo específico
• Pentabloqueio (bloqueia cinco nervos, evita fazer ráqui-anestesia)

76
Q

Verdadeiro ou falso

A força tênsil do fio de sutura é proporcional ao tecido cicatrizado

A

Falso

A força tênsil do fio de sutura é inversamente proporcional ao tecido cicatrizado

77
Q

Quais as principais características que o cirurgião deve se atentar ao escolher o fio para sutura?

A

Origem
• Biológico (Animal ou vegetal)
• Sintético
Absorção
• Absorvíveis
• Não absorvíveis
Propriedades físicas
• Monofilamentar
• Multifilamentar
Calibre
• 12.0 a 3

78
Q

Quais tipos de fios devemos evitar usar em cavidades com contato com líquidos? Porquê?

A

Devemos evitar usar fios não absorvíveis, pois podem acabar se tornando sítios de infecção ou criar cálculos

79
Q

O tempo de absorção do fio deve ser superior ao tempo de ___________ do organismo

A

Cicatrização da ferida

80
Q

Técnica operatória

Cite ás características gerais dos fios monofilamentares

A

• Difícil dar nó
• Baixa taxa de infecção
• Memória alta
• Difícil trabalhar
• Gera menor reação inflamatória tecidual (Melhor para a pele, pior para tendões. Com menor fibrose, menor força)

81
Q

Cite ás características principais dos fios multifilamentares

A

• Mais flexíveis
• Fácil utilização
• Alta capilaridade
• Baixa memória
• Alta taxa de infecção
• Gera maior reação tecidual (melhor para locais que precisam de força, gera uma fibrose maior, ruim para a pele)

82
Q

Qual principal fio usado em mucosa e pele?

A

Categuete e Nylon respectivamente

83
Q

Qual principal fio usado para hemostasia em ligadura de vasos? E para vascular?

A

Fios de algodão para ligadura e prolene (polipropileno) para vascularização

84
Q

Qual principal fio usado para sutura óssea?

A

Fio de aço

85
Q

Quais as principais utilizações do fio de poliglactina (Vicryl)

A

Sutura de aponeurose e fechamento de órgãos ocos (TGI, Rim, …)

86
Q

Quais as características de um fio perfeito para força tênsil e onde poderia ser usado?

A

Fio não absorvível ou absorvível de longa duração de preferência multifilamentar

Pode ser usado em fáscia, aponeurose e tendões que levam um tempo maior para cicatrização além de necessitar uma força maior

87
Q

Todo nó tem três sub-nós, quais são eles e quais características

A

I - Nó de contenção (Nó duplo)
II - Nó fixador (Nó simples)
III - Nó de segurança (Nó simples)

88
Q

Fale sobre as principais características do fio de Categuete

A

Origem: Biológica (animal)
Absorção: Sim (Rápida 7 a 20 dias)
Estrutura: monofilamentar
Força tênsil: baixa
Força dos nós: baixa
Memória: baixa
Capilaridade: Alta (maior chance de infecção
Visualização do campo: ruim
Reação tecidual: alta
Custo: baixo

89
Q

Fale sobre as principais características do fio de Poliglactina (Vycril)

A

Origem: Sintético
Absorção: Sim (Média 50 a 70 dias)
Estrutura: multifilamentar
Força tênsil: boa
Força dos nós: boa
• Memória: regular
Capilaridade: baixa (menor chance de infecção)
Visualização do campo: boa
Reação tecidual: mínima
• Custo: moderado

• Significa ponto negativo

90
Q

Fale sobre as principais características do fio de polipropileno (Prolene)

A

Origem: sintético
Absorção: Não
Estrutura: monofilamentar
Força tênsil: boa
• Força dos nós: ruim
• Memória: alta
Capilaridade: baixa (menor chance de infecção
Visualização do campo: boa
Reação tecidual: baixa
Custo: baixo (porém maior que do nylon)

• Significa ponto negativo

91
Q

Técnicas operatórias

Fale sobre as principais características do fio de Nylon

A

Origem: sintético
Absorção: Não
Estrutura: monofilamentar
Força tênsil: boa
• Força dos nós: ruim
• Memória: alta
Capilaridade: baixa (menor chance de infecção
Visualização do campo: boa
Reação tecidual: baixa
Custo: baixo

• Significa ponto negativo

92
Q

Técnica operatória

Fale sobre as principais características do fio de Algodão

A

Origem: biológico (vegetal)
Absorção: Não
Estrutura: multifilamentar
Força tênsil: regular
Força dos nós: boa
Memória: baixa
• Capilaridade: alta (maior chance de infecção
Visualização do campo: boa
• Reação tecidual: alta
Custo: baixo (porém maior que do nylon)

• Significa ponto negativo

93
Q

Fale sobre as principais características do fio de Polidioxanona (PDS)

A

Origem: sintético
Absorção: Sim (Médio 90 a 180 dias)
Estrutura: monofilamentar
Força tênsil: boa
Força dos nós: baixa
Memória: baixa
Capilaridade: baixa (menor chance de infecção
Visualização do campo: boa
Reação tecidual: mínima
• Custo: alto

• Significa ponto negativo

94
Q

Cite pontos negativos do fio de Polidioxanona (PDS)

A

Custo: alto

95
Q

Cite pontos negativos do fio de aço

A

Força de nós: ruim
Memória: alta

96
Q

Cite pontos negativos do fio de polipropileno (Prolene)

A

Força de nós: ruim
Memória: alta

97
Q

Cite pontos negativos do fio de naylon

A

Força de nós: ruim
Memória: alta

98
Q

Cite pontos negativos do fio de algodão

A

Capilaridade: alta
Reação tecidual: alta

99
Q

Cite pontos negativos do fio de poliglactina (Vicryl)

A

Memória: regular
Custo: moderado

100
Q

Cite pontos negativos do fio de categute

A

Rápida absorção (pode ser ou não)
Capilaridade: alta
Força tênsil: baixa
Visualização de campo: baixa
Reação tecidual: alta

101
Q

Quais fios são absorvíveis?
Dica: tríade

A

Fio de categute (7 a 20 dias)
Poliglactina (Vicryl) (50 a 70 dias)
Polidioxanona (PDS) (90 a 180 dias)

102
Q

Quais fios são multifilamentar?

A

Algodão
Poliglactina (Vicryl)

103
Q

Quais fios tem força inferior aos demais?

A

Categute: Baixa
Algodão: Regular

Dica: fios de origem biológico (que foram estudados em aula)

104
Q

Cite a indicação de uso para cada tipo de fio cirúrgico

A

Polidioxanona (PDS) - aponeurose e vascular
Nylon - sutura de pele
Polipropileno (prolene) - sutura vascular
Aço - sutura óssea
Algodão - Hemostasia vascular
Poliglactina (Victril) - TGI, órgãos ocos, aponeurose
Categute - Mucosa

105
Q

Verdadeiro ou falso

O colágeno tem importante papel na cicatrização sendo o tipo I mais comum em tecidos moles, vasos sanguíneos, derme e fáscia

A

Falso.

O colágeno tipo III é o mais comum em tecidos moles, vasos sanguíneos, derme e fáscia

106
Q

A sutura da parede abdominal
utilizando cola biológica não permite a mesma
segurança que a dos fios de sutura.

A

Verdadeiro

107
Q

Grampo ou cola são métodos de síntese utilizados em quais casos?

A

Casos especiais (feridas difíceis de suturar, tecidos delicados, casos de urgência e emergência, onde grampos podem ser usados para fechar rapidamente)

108
Q

Considerando todos os passos sendo feitos pelo mesmo indivíduo, cite em ordem correta todos os passos para preservação da técnica asséptica de uma laparotomia.

A

I - Degermação do paciente
II - Lavagem de mãos do cirurgião
III - Colocação do avental estéril
IV - Colocação das luvas estéreis
V - Antissepsia do paciente
VI - Colocação dos campos cirúrgicos estéreis no paciente

109
Q

Paciente do sexo masculino, 45 anos, apresenta ferida lacerante irregular, com perda de tecido em região tibial, distal, lateral a direita devido a um acidente de moto há 3 dias. Ao exame físico, nota-se presença de tecido necrótico, edema, eritema e secreção purulenta. A ferida apresenta bordas irregulares e fundo de ferida com tecido de granulação visível. O paciente apresenta histórico de tabagismo e diabetes mellitus tipo 2 mal controlada. Sobre esse caso clínico e conforme foi discutido em aula, assinale a alternativa que melhor descreve a cicatrização do paciente.

A

A cicatrização por terceira intenção ocorre quando a ferida é inicialmente deixada aberta para permitir a formação de tecido de granulação e, em seguida, é fechada cirurgicamente apos alguns dias. Isso geralmente é feito em feridas contaminadas ou infectadas, onde é necessário permitir um período inicial de limpeza e drenagem antes do fechamento.

No caso descrito, embora a ferida apresente sinais de infecção, como a presença de secreção purulenta, também exibe tecido de granulação visível, o que indica que o processo de cicatrização já começou. Além disso, a ferida é descrita como tendo bordas irregulares, o que sugere que não seria possível fechá-la diretamente sem comprometer a vascularização e a cicatrização adequada.

Portanto, é mais apropriado considerar a cicatrização por segunda intenção, onde a ferida é deixada aberta para cicatrizar naturalmente, em vez de tentar fecha-la cirurgicamente. A terceira intenção seria uma opção se a ferida inicialmente fosse deixada aberta para permitir a drenagem
e a limpeza, e depois fechada cirurgicamente após alguns dias.

110
Q

Fios para ligadura vascular definitiva

A

Algodão, seda e linho

111
Q

(ENARE 2023)

Um paciente será submetido a uma tireoidectomia total. Qual das alternativas a seguir apresenta uma complicação que pode ocorrer em consequência desse tipo de cirurgia e sua justificativa?

A) Hiperparatireoidismo por lesão das paratireoides.

B) Paralisia de prega vocal por lesão do nervo laríngeo recorrente.

C) Hipertireoidismo por liberação de grande quantidade de hormônios tireoideanos.

D) Rouquidão por lesão do nervo glossofaríngeo.

E) Hipercalcemia por paratireoidectomia acidental.

78% DE ACERTOS (FÁCIL)

A

RESPOSTA LETRA B

A, E) O que pode decorrer da lesão das paratireoides é uma HIPOcalcemia e não uma HIPERcalcemia.
Esta alteração é decorrente da queda dos níveis de PTH.

C) Esta complicação pode ocorrer mas apenas em casos específicos: pacientes com Doença de Graves.
Nesta situações os pacientes já se encontram em um estado de hipertireoidismo com uma tireoide geralmente volumosa e com um excesso de hormônios pré-fabricados já armazenados.
Assim, a manipulação cirúrgico durante a cirurgia pode levar a uma eliminação destes hormônios na corrente sanguínea desencadeando a famosa tempestade tireoidiana.
Conduto, mesmo nestas situações está não é uma ocorrência comum, sendo também improvável na maioria das situações de indicação da tireoidectomia onde os pacientes encontram-se com a função tireoidiana normal ou hipofuncionante.

D) O nervo glossofaríngeo é o famoso IX par craniano, sai da base do crânio através do forame jugular e irá dar inervação sensitiva e motora para a faringe, ficando longe do campo cirúrgico da tireoidectomia e não tendo relação com a movimentação das pregas vocais.

112
Q

Técnicas Operatórias

Defina trauma

A

Lesão fisica causada por fonte externa

113
Q

Técnicas Operatórias

Em traumas, o que acontece mais, invalidez ou mortes?

A

Invalidez > Mortes

114
Q

Técnicas Operatórias

Quais tempos estão associados a maiores mortes nos trumas? Quais ás principais causas?

A

50% morrem nos primeiros minutos.
- Rompimento vascular e ferimentos letais

30% vai a óbito nas primeiras horas (golden hours)
- Hemorragia intensa, lesões faciais que obstroem via aerea (hemotorax, pneumotorax

20% vai a óbito dentro de dias
- Sepese, falência de orgãos (…)

115
Q

Técnicas Operatórias

Segundo o ATLS, é necessário o diagnóstico prévio, para iniciar o protocolo?

A

Não é necessário diagnóstico para iniciar o protocolo

116
Q

Técnicas Operatórias

ATLS, qual o fluxograma?

A
  1. Avaliação primária (Em 1min)
  2. Reanimação (Se necessário)
  3. Reavaliação (Se necessário)
  4. Avaliação secundária (MARCH)
  5. Reavaliação
  6. Reavaliação
  7. Estabilização do paciente
  8. Transfere o paciente
117
Q

Técnicas Operatórias

Qual o XACBDE?

A

X - eXsanguinação
* Torniquetes se necessário
* Maior mortalidade
* Controlar sangramentos
A - AirWay (Via aérea)
* Colocar colar cervical
* Colocar headblock
B - Breathing
* Inspeção
* Palpação
* Enfisema subcutâneo
* Percussão
* Ausculta
* Sempre entubar
* Se em uso de MM. Acessória -> Taquipneia
* Ver se não tem hemotorax, pneumotorax
C - Circulação
* Palpar pulsos centrais
* Evitar choque hipovolêmico
* Puncionar acesso venoso
D - Incapacidade (Neurológico)
* Fazer GlassGow
* Hérnia inguinal
* Sinais de lesão medular
E - Exposição
* Cuidar com hipertemia
* Despir o paciente

118
Q

Técnicas Operatórias

Como ocorre a avaliação de choque cardiogênico?

A

Investigar queda de PA (Nem sempre)
Investigar baixo Débito e Frequência Cardíaca

119
Q

Técnicas Operatórias

Quais os grauas de choque?

A

Grau 1
* Perda de < 15% volemia
* FC < 100BPM
* FR normal
* Repor Lactacto
* Estado Normal
Grau 2
* Perda de 15-30% volemia
* FC 100-120BPM
* FR 20-30IPM
* Repor Lactacto
* Estado agitado
Grau 3
* Perda de 30-40% volemia
* FC 120-140BPM
* FR 30-35IPM
* Repor Lactacto e SF
* Estado Confuso
Grau 4
* Perda de > 40% volemia
* FC > 140BPM
* FR >35IPM
* Repor Lactacto e SF
* Estado Obnubilado

120
Q

Técnicas Operatórias

Quais são os tipos de choque?

A

Choque cardiogênico (Reduz DC)
Choque hipovolêmico (Reduz volemia)
- Mata nas primeiras 24h
Choque Distributivo (Neurogênico, vasodilata)
- Mata no hospital
Choque obstrutivo ( Pneumotorax…)
- Mata nas golden hours

121
Q

Técnicas Operatórias

Qual a incidência de radiográfia mais útil no trauma?

A

Perfil. Devido a mecânica das lesões

122
Q

Técnicas Operatórias

O que deve ser feito,
* Reanimação primária
* Avaliação secundária
* Reavaliação

A

Reanimação primária
- 2 Acessos venosos
- Terapia de choque
- ECG
- Amostra de sangue
- Sondas nasogastrica e vesical
- Aferir sinais vitais
Avaliação secundária
- Exame neurológico completo
- Radiografia
Reavaliação
- Novas descobertas
- Alivio da dor

123
Q

Técnicas Operatórias

Quais os níveis de prevenção de trauma?

A
  1. Promoção (Não depende da vitima)
    • Radar, fiscalização (…)
  2. Medidas que a vitima pode tomar
    • Colocar cinto (…)
  3. Tratamento
124
Q

Cirúrgia plástica

Quais são os eixos principais?

A
  • Estética
  • Segurança
  • Funcionabilidade
125
Q

Cirúrgia plástica

Quais são ás técnicas usadas na reconstrução? Em nível de complexidade

A
  1. Aproximação primária
    • Mais simples
    • Áreas menores
    • Via sutura
    • Pode-se tornar as bordas simetricas
  2. Enxerto
    • Via pele parcial (Epiderme e pouca derme)
      - Sem anexos cutâneos (Glândulas…)
      - +Fino, precisa de menos vasculatura
      - + Fraco
    • Via pele total (Epiderme com derme)
      - Com anexos cutâneos (Glândulas…)
      - +Grosso, precisa de mais vasculatura
      - + Resistênte
  3. Retalho Local
    • Usa-se exansor de pele
    • Vasculatura é mantida
    • Retira de locais adjacentes
    • Vasos desconhecidos
  4. Retalho Pendiculado
    • Retira um pedaço e ele mantém a vasculatura
    • Área próxima para outra
  5. Retalho microvascular
    - Retira de uma área distante, e anastomosa os vasos
    - Tempo pode matar o tecido doador (2h para mm, 4h para cutâneo)
126
Q

Cirúrgia plástica

Quais ás fases de cicatrização do enxerto de pele?

A

Embebimento
* 1as 48h
* Enxerto é nutrito por difusão de nutrientes

Insculação
* 48-72h
* Novos vasos são formados

Revascularização
* 3-7 dia
* Aumenta ás ramificações

Organização e integração
* Maturação vascular e integração do enxerto (Aumenta colágeno)

127
Q

Cirúrgia plástica

Qual indicação de enxerto?

A

Áreas sem possibilidade de fechamento primário

128
Q

Cirúrgia plástica

Complicações do enxerto?

A
  • Hematoma
  • Infecção
  • Necrose
129
Q

Cirúrgia plástica

Contra indicação de reatalhos?

A
  • Pele com radioterapia
  • Tecido de cicatriz
  • Vasculopatia importate (DM…)
130
Q

Queimaduras

Defina queimadura 1,2,3,4

A

Queimadura primária
Epiderme
Queimadura secundária
Derme (Forma bolhas rosas)
Queimadura terciária
Hipoderme
Não sente dor (Queimou os nocireceptores)
Queimadura quaternária
Músculos

131
Q

Queimaduras

Qual a fisiologia das queimaduras?

A

Induz inflamação
1. Aumenta permeabilidade vascular e metabolismo
2. Extravasa o plasma
3. Gera edema
4. Hipoperfusão tecidual e hipoxia (Gera hipotensão e taquicardia reflexa)
5. Morte por desidratação

132
Q

Queimaduras

Quais os tipos de traumas?

A
  • Trauma térmico
    • Calor (seco e úmido)
    • Chama
    • Liquido fervendo
    • Frio
    • Fricção
  • Trauma Quimico
    • Ácido ou base
  • Trauma Elétrico
  • Trauma Radioativo
    • Solar ou radioterapia
  • Trauma inalatório
    • Monoxido de carbono
133
Q

Queimaduras

Qual a fisiologia da morte por trauma inalatório?

A
  1. Ocorrem broncoespamos
  2. Reduz a hematose e complacência
  3. Gera edema
  4. Morre po traqueobronquite e pneumonia
134
Q

Queimaduras

Qual o nível de complexidade de queimaduras?

A

Pequeno Queimado: queimaduras 1º grau (qualquer percentagem), 2º grau até 5% SCQ em crianças e 10% SCQ adultos.

Médio Queimado: 2º grau 5-15% SCQ em crianças e 10-20 SCQ em adultos, qualquer queimadura de 2º grau em mão, pé, face, pescoço, axila ou grande articulação.

Grande Queimado
2º grau > 15% SCQ em crianças e >20% SCQ em adultos.
Queimadura de 3º grau >5% SCQ em crianças e >10% SCQ em adultos. 2º ou 3º grau acometendo períneo, 3º grau atingindo mão, pé, face, pescoço ou axila. Queimadura elétrica, qualquer acometimento de via aérea, politrauma, paciente com outras comorbidades.

135
Q

Queimadura

Qual o manejo inicial?

A

Queimadura é considerada um Trauma devendo-se, portanto, tratá-lo como tal. (Realizar o ABCDE do Trauma)

A: Visualizar via aérea, se houver indícios de inalação ou de queimadura de via aérea SEMPRE intubar, mesmo estando o paciente ventilando bem. Lembrar de transferir para Centro de Queimados.

B: Observar padrão respiratório e sempre que alterado proceder a Intubação.

C: Qualquer vítima com mais de 20% de SCQ necessita de reposição volêmica. Como todo trauma deve-se estabelecer 2 acessos calibrosos e infundir Ringer lactato usando a fórmula de Parkland de 2-4 ml/kg /%SCQ desse total metade deve ser infundido nas primeiras 8 horas da queimadura e o restante nas outras 16 horas.
Lembrar que deve-se monitorar diurese para que permaneça entre 0,5-1 ml/kg/h.
Em pacientes com queimadura elétrica sempre monitorizar atividade
cardíaca.
Se o paciente tem várias áreas queimadas, variando em profundidade, as de primeiro grau não entram na contagem para reposição.

D: estado neurológico. Avaliar pela escala de Glasgow

E:exposição de toda superfície corporal. Este passo é muito importante, uma vez que permite identificar o tipo de queimadura e a profundidade da lesão.

136
Q

Queimaduras

Qual o tratamento?

A
  • Analgesia (Dipirona e morfina)
  • Lavar abundamente com SF
  • Desbridar pas lesões 2 e 3 grau
  • Usar ATB somente se necessário
  • Em pacientes com queimaduras de 2º grau orientar a troca diária de curativos.
  • Dosar mioglobina em trauma elétrico
137
Q

Queimaduras

Quando encaminhar para centro de referência?

A
  • Queimaduras de 2º grau > 10% SCQ;
  • Queimaduras envolvendo face, extremidades, períneo, pescoço e axilas;
  • Queimaduras de 3º grau;
  • Queimaduras elétricas;
  • Lesão por inalação;
  • Queimaduras químicas;
  • Queimados com politrauma ou patologias prévias.