T9 - Urgências em ORL (2) Flashcards
Corpos estranhos?
- Crianças pequenas
- Variedade de objetos orgânicos e inorgânicos
- Cuidado especial com as baterias em botão (perfuração em 4 horas)
Apresentação Clínica de Corpos Estranhos?
- Rinorreia unilateral mucopurulenta fétida (especialmente quando os corpos estranhos ficam alojados na cavidade nasal por longos períodos de tempo)
- Epistaxe unilateral
- Obstrução nasal unilateral
Diagnóstico de Corpos Estranhos?
- Rinoscopia anterios
- Endoscopia flexível ou rígida
- Rx não é necessário
Remoção de CE intranasais?
- Técnicas de pressão positiva (CE mole, oclusao total, colaborantes, >3 anos)
- Instrumentação direta (porção anterior nasal, equipamento apropriado)
- Anestesia geral (Proteção da VA)
Traumatismos e fraturas nasais?
- As fraturas dos ossos nasais são as fraturas faciais mais frequentes
- Quedas, de desportos de contacto ou acidentes de viação
- Concomitantes com obstrução nasal, epistaxes e deformidade cosmética
Inspeção nasale das estruturas faciais?
- Equimose peri-orbitária
- Deformidade nasal extrema
- Edema
- Epistáxis
Palapação do OPN?
- Dor, deformidade
- - Mobilidade, crepitaçao, afundamento
Rinoscopia anterior?
- Laceração da mucosa
- - Exclusão de lesão septal - hematoma
Hematoma/abcesso septal?
- Obstruçao nasal progressiva
- Agrasveamento ou persistencia da dor
- Febre
A pressão provocada pela o hematoma leva a necrose avascular da cartilagem septal, com perfuração em 3-4 dias de isquemia. O abcesso aparece caso haja infeção do hematoma.
A reabsorção da cartilagem necrótica leva a saddle nose (depressão do dorso nasal), retração da columela e alargamento do dorso nasal.
Fratura complicada - TC
Tratamento de Hematoma/abcesso septal??
- O seu tratamento é urgente, e é feito por incisão e drenagem do hematoma seguido de tamponamento nasal
- Também é feito antibioterapia sistémica com clindamicina
Tratamento de fraturas nasais?
- Desvio e fratura - Gelo e AINEs, Redução dentro de 3 a 5 dias
- Anestesia local - reduçao fechada, compressao digital, instrumentaçao intranasal
- Anestesia geral - dismorifa significativa, lesao >2 semanas
- Evitar todas as atividades desportivas - 2 semanas
- Desporto de contacto - 6 semanas
Complicações rinossinusite?
- Na grande maioria das vezes são secundárias a rinossinusite aguda
- Apesar de raras (3/1 000 000 anos), podem ser bastante graves, principalmente quando não detetadas e tratadas precocemente
- Mais frequente nos meses de inverno
- Afetando mais crianças e adultos jovens do sexo masculino
- Orbitárias (60-75%)
- Intracranianas (15-20%)
- Ósseas (5-10%)
Complicações orbitárias?
- Celulite pré-septal – caracterizada por dor ocular, edema e eritema da pálpebra, que se trata com antibioterapia oral.
- Celulite orbitária – caracterizada por dor ocular, edema conjuntival, proptose, limitação e dor à mobilidade ocular, que se trata com antibioterapia endovenosa.
- Abcessos subperiósteo ou orbitário – caracterizado por edema palpebral e conjuntival, proptose, oftalmoplegia e diminuição da acuidade visual, que se trata com etmoidectomia com drenagem do abcesso e antibioterapia endovenosa
Complicações intracranianas?
- Podem ser abcessos epidurais, subdurais ou cerebrais, meningite/encefalite e tromboses do seio sagital superior ou do seio cavernoso
- Mais frequentes na 2a e 3a décadas de vida
- Febre, cefaleias, letargia, redução do estado consciência, sinais neurológicos focais e/ou aumento da pressão intracraniana
- Tratamento consiste em antibioterapia endovenosa de longo termo e alta dose e drenagem cirúrgica
Complicações ósseas – osteomielite?
- Mais comuns nos ossos maxilar e frontal
- Pott’s puffy tumour - osteomielite da tabua externa do seio frontal com edema de face
- Diagnóstico é feito por TC
– Tratamento consiste em drenagem e antibioterapia