Rotura prematura das membranas Flashcards
Rotura prematura das membranas > Definição
- É a rotura das membranas ovulares no pré-termo, antes do início do trabalho de parto, independente da IG.
- Amniorrexe prematura
- 3 % de incidência
- Se antes de 37s > Amniorrexe pré-termo
- Latência - período entre a roptura e o parto
- Em RPMP termo, 90% evoluem para parto em 24h/ Nas pré-termo o tempo de latência é tanto maior quanto menor a IG
- Entre 20-26s > Latência de 12 dias
- Entre 32-34s > Latência de 4 dias
Rotura prematura das membranas > Complicações
- Infecção intra-amniótica
- Compressão do cordão pelo oligoidrâmnio
- DPP
- Infecção neonatal
- Parto pré termo e seus riscos:
- Síndrome angústia respiratória
- Enterocolite necrotizante
- Hemorragia intraventricular
- Sepse
Rotura prematura das membranas > Etiologia
- Completa não é conhecida
- ESPONTÂNEA X IATROGÊNICA
> IATROGÊNICA > cirurgias cervicais/ procedimentos invasivos intrauterinos como amniocentese, biópsia,etc;
> ESPONTÂNEA:
- Sabe-se que alterações das membranas ovulares como diminuição da [colágeno], a modificação na sua estrutura e o aumento na atividade colagenolítica estão associados a RPMP (explica a associação da Sd de Ehlers-Danlos)
- Tabagismo guarda associação
- Infecção intrauterina tem papel relevante em 50% dos casos
- RPMP é doença autotóxica e sua patogenia envolve a ativação/interação de citocinas pró-inflamatórias, metaloproteinases da matriz e apoptose;
- Produção de prostaglandinas (tanto por bact quant pela resposta inflamatória) causa irritabilidade uterina e degradação de colágeno (aumenta risco de roptura)
- Polidrâmnio e gestação múltipla induz estiramento das membranas (aumenta risco de roptura)
Rotura prematura das membranas > Papel das membranas e do líquido amniótico
- Barreira protetora, gerando ambiente estéril (princ em relação à flora bact vaginal)
- Funções essenciais para proteção, crescimento e desenvolvimento fetal
- Integridade da membrana gera pressão correta sobre tórax fetal que garante perfeito desenvolvimento dos pulmões
Rotura prematura das membranas > Sequencia semiológica a ser seguida diante de suspeita de RPMP
- Confirmação diagnostica
- Determinar IG
- Avaliar presença de infecção materna e/ou fetal
- Avaliar vitabilidade fetal
- Hospitalização
Rotura prematura das membranas > Confirmação diagnóstica
- Clinicamente em 90%
- Relato de perda de líquido pela gestante + visualização de perda de líquido ao exame especular (passivo ou após compressão/ manobra Valsalva)
- Toque vaginal não indicado pelo risco de infecção
- Dúvidas diagnósticas > testes que referem mudança do Ph vaginal de ácido (4,5 a 6) para alcalino (7,1 a 7,3)
> Papel de nitrazina
> Teste do fenol vermelho
> Avaliação direta do PH
> Teste da diaminoxidase
> IGFPB-1
> Detecção de alfamicroglobulina-1 placentária - USG demonstrando redução de volume de líquido
Rotura prematura das membranas > Determinação da IG
- Pela DUM e USG de primeiro trimestre
Rotura prematura das membranas > Avaliação da presença de infecção materna/fetal
- Se infecção encontrada > conduta é resolutiva independente da IG
- Vias de infecção: ascendente ou hematogênica
- Principais agentes envolvidos na corioamnionite são estrepto do grupo B, Gartlenerellll vaginallis, peptoestreptococos, fusobactérias, Escheriohia coli, bacteroides e Neisseria goriorrhoea;
- Afastando-se outros focos de infecção, diagnóstico de corioamnionite baseia-se na presença de febre + pelo menos dois:
> Taquicardia materna (> 100)
> Taquicardia fetal (> 160)
> útero irritável (contrações irregulares)
> secreção purulenta pelo orifício ext do colo
> leucocitose > 15 mil ou aumento de 20% com desvio esq
> diminuição abrupta quant líq amniótico
> diminuição de mov fetais, ausência de mov resp no perfil biofísico fetal
> aumento maior que 20% na PCR
Rotura prematura das membranas > Avaliação da Vitalidade Fetal
- Cardiotocografia
- Perfil biofísico fetal
Rotura prematura das membranas > Hospitalização
- Diagnóstico de RPMO com feto viável deve ser internada até o parto;
- Avaliações de perfil biofísico e vitabilidades fetal/ Monitorização/ Avaliação laboratorial de infecção
Rotura prematura das membranas > CONDUTA
- Depende da IG e vitalidades materna e fetal
- Uso de tocolíticos (inibidor de trabalho de parto) não recomendado
- Corticoterapia pela USP apenas nas IG inferior a 32 semanas (de 32 a 34 aumenta-se risco de infecção)
- Antibioticoprofilaxia contra Estrepto grupo B (Penicilina cristalina ou ampicilina)
- Neuroproteção com Sulfato De Mg
- Conduta menos intervencionista quando à interrupção até 36s (controle rigoroso sinais vitais, vitabilidade, infecção/ contextualizar com realidade do seu serviço);
- Diante de corioamnionite > Interromper independente da IG (via vaginal preferencial e iniciar antibioticoterapia)
- Conduta após 36s > Ativa (induzindo ou cesárea)
obs; MEDcurso sugere parto após 34s