Modificações no organismo materno Flashcards

1
Q

MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS > Postura e deambulação

A
  • Postura se altera precedendo a expansão do útero
  • Quando o útero se expande apoiando-se na parede abdominal e as mamas engrandecidas pesam no tórax o centro de gravidade se desvia para diante (todo o corpo, em compensação projeta-se para trás)
  • Quando de pé - lordose da lombar (equilibrar peso do ventre)
  • Amplia-se base (pés se afastam) e escápulas se projetam para trás
  • Dores cervicais e lombares são queixas comuns/ dores MMII ou formigamentos/ compressões nervos, ligamentos etc
  • Marcha anserina
  • Articulações apresentam maior mobilidade (princ a sacroilíaca e a sínfise púbica)(frouxidão ligamentar atribuída à relaxina)
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2
Q

MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS > Metabolismo > Metabolismo glicídico

A
  • Em situações de jejum prolongado materno o concepto continua a extrair aminoac e glicose da gestante em taxas idênticas ao período alimentação (parasitismo verdadeiro)
  • Espécie de resistência insulínica (princ nos últimos meses) visando polpar glicose pela gestante e Hormônios contrainsulares produzidos pela placenta
  • Glicose transferida ao feto por difusão facilitada;
  • Efeito diabetogênico do hPL (lactogênio placentário) mobiliza lipídios a forma de ác graxos livres que servem como fonte de energia (poupando glicose e aminoac para o feto)
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3
Q

MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS > Metabolismo > Metabolismo lipídico

A
  • Glicose e aminoac são os nutrientes mais abundantes que atravessam placenta;
  • Placenta praticamente impermeável a lipídios (exceto ác graxos livres e corpos cetônicos)
  • As duas maiores alterações são:
    > Acúmulo de lipídios nos tecidos da gestante
    > Hiperlipidemia gestacional

obs: mais discutidos nos próximos flashs

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4
Q

MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS > Metabolismo > Metabolismo lipídico > Metabolismo do tecido adiposo materno

A

-Acúmulo de lipídios nos depósitos de gordura é fenômeno que ocorre nos primeiros 2/3 da gestação
- Decorre especialmente da lipogênese aumentada; Síntese de ác graxos, glicerol e TG aumentadas
- No último trimestre cessa a tendência de acúmulo de gordura; Metabolismo lipídico se altera para estado catabólico devido ao:
>Diminuição rápida da atividade lipogênica
>Atividade lipolítica torna-se exaltada (talvez comandada pela hpL) > Leva a liberação de AGL e glicerol > aumenta índices plasmáticos > fígado materno principal receptor >esterificação em VLDL
- Outros produtos são gerados no fígado a partir de elementos da lipolise > Corpos cetônicos cruzam livremente a placenta;
- Produtos de lipólise também utilizados pelo organismo materno como energia no final da gestação (especialmente AGLe corpos cetônicos) (dada a grande resistência insulínica)

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5
Q

MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS > Metabolismo > Metabolismo lipídico > Hiperlipidemia materna

A
  • Durante gravidez normal > Aumento constante nos TG plasmáticos e pequeno acréscimo no Colesterol
  • Enriquecimento proporcional de TG nas frações lipoproteicas como LDL, HDL e principalmente VLDL
  • Essas lipoproteínas são utilizadas no fígado, e os TG que elas carregam são derivados do AGL e do glicerol (que são também sintetizados no fígado ou o alcançam à partir da lipólise já descrita)
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6
Q

MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS > Metabolismo > Metabolismo lipídico > Hiperlipidemia materna > Quais são os principais fatores que geram aumento de VLDL

A
  • Produção acentuada de VLDL
  • Diminuição da circulação de VLDL em decorrência da menor atividade da lipoproteína lipase (LPL) no tec adiposo
  • Tal acúmulo de VLDL junto com outros fatores contribuem para o acúmulo de TG nas outras lipoproteínas
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7
Q

MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS > Metabolismo > Metabolismo lipídico > Benefícios da HiperTG materna para o feto

A
  • Embora TG não cruze placenta, o feto se beneficia de HiperTG materna por:

> Sob condições de jejum - Fígado materno utiliza TG circulantes para síntese de corpos cetônicos que se difundem para o feto
Atividade da lipase na placenta torna ácidos graxos provenientes dos TG disponíveis para o feto; No feto os AGL são reconvertidos em TG
Indução de LPL nas mamas por volta do parto dirige os TG para essa glândula visando lactação. Assim, ác graxos essenciais circulantes em forma de TG na mãe são passados ao RN na lactação

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8
Q

MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS > Metabolismo > Metabolismo proteico

A
  • Proteínas totais aumentadas em valores absolutos (devido a hemodiluição plasmática) têm suas concentrações diminuídas
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9
Q

MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS > Metabolismo > Metabolismo hidroeletrolítico

A
  • Retenção de líquido (8 a 10l) intra e extracel > grande responsável pelo aumento de volume plasmática
  • Alteração essencial para que ocorra aumento do DC e do fluxo plasmático renal
  • Acréscimo de volume plasmático maior na gravidez gemelar
  • Mecanismo: retenção de sódio (pela maior secreção de aldosterona pela suprarrenal - Hiperaldosteronismo sec a gravidez - a despeito do efeito natriurético da progesterona)
  • A diminuição da pressão oncótica plasmática gera aumento da TFG além de contribuir para edema periférico
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10
Q

MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS > Metabolismo > Metabolismo hidroeletrolítico >Os 4 fatores responsáveis pela retenção de liq

A
  • Retenção de Na
  • Novo nível de osmolaridade
  • Diminuição do limiar da sede
  • Redução da P oncótica
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11
Q

MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS > Metabolismo > Metabolismo hidroeletrolítico > Consequências da retenção de liq

A
  • Redução da [hemoglobina]
  • Redução do hematócrito
  • Diminuição [albumina]
  • Aumento do DC
  • Elevação do fluxo plasmático renal
  • Edema periférico
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12
Q

MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS > Metabolismo > Metabolismo Cálcio

A
  • Grande quantidade de Ca é transportado para feto por transporte ativo
  • Para isso a absorção de Ca no intestino dobra na gravidez
  • Na lactação a perda de Ca diário é de 220 a 340mg; Níveis de peptídeo relacionado com a paratireoide (PTHrP) de origem mamária significativamente aumentados na lactante e responsável pela desmineralização do seu esqueleto, pelo estímulo à reabsorção tubular de Ca e por supressão do paratormônio
  • Metabolismo do Ca controlado rigorosamente pela vit D e PTH
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13
Q

Indicações dosagem Vitamina D

A
  • > = 35 anos
  • História de trabalho de parto prematuro
  • Se deficiência presente, repor quando abaixo de 30
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14
Q

Indicações para avaliação tireoidiana

A
  • Abortos passados

- Idade > 35

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15
Q

MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS > Sistema CV

A
  • Início da gravidez caracterizada por vasodilatação periférica (pelo aumento de NO)
  • Aumento 20% FC (5 semana em diante)
  • Aumento da FC > Contribui para aumento do DC
  • Aumento do Volume sistólico durante 1° metade (em razão do aumento do volume plasmático em 30-50%)
  • 2° a 3° trimestre > útero gravídico impede retorno venoso quando em posição supina > Sd da hipotensão supina (sugere-se adotar dec lat esq)
  • Grande parte das gestantes exibe Diminuição da PA (pois há queda na RVP) (P diastólica regride mais que sistólica)
  • P venosa em MMII aumenta 3x em virtude da compressão da VCI e V. pélvicas pelo útero gravídico; Há tendência a hipotensão, lipotimia ortostática, edema MMII, varicosidades e homorroidas
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16
Q

Resumo das alterações CV mais importantes

A
  • Aumento FC (10 a 20%)
  • Aumento volume sistólico (10%)
  • Aumento DC (30 a 50%)
  • Diminuição PAM (10%)
  • Diminuição RVP (35%)
17
Q

MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS > Sistema Sanguíneo

A
  • Aumento do volume plasm dilui fatores circulantes
  • Diminuição [hemáceas] (hemodiluição)
  • Diminuição > Hematócrito/ [Hb]
  • [Hb] reduz de 13,3 para 11 no termo (anemia fisiológica da gravidez)
  • É usual a utilização de suplementação de Fe na gestação (recomenda-se repor com Fe da dieta/ medicamentoso só recomendado de Hb < 10 dados os efeitos de RGE e constipação)
  • Suplementação de ácido fólico também preconizada (necessidades maternas na gravidez passam de 50 para 400mg/dia)
  • Aumento [glóbulos brancos (3° trimestre valor de leuco de 9mil e no termo próximo de 20mil) (principalmente por aumento de PMN)
  • [plaquetas] exibe peq decréscimo (75 a 320mil)
  • Hipercoagulabilidade gestacional por aumento de fat de coagulação (fibrinogênio) (redução atv fibrinolítica no plasma) (fat V e IX inalterados)
18
Q

MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS > Sistema Sanguíneo > RESUMO DE ALTERAÇÕES

A
- DIMINUEM:
> Hemácias
> [Hb]
> Ht
> [folato] plasmático
  • AUMENTAM
    > leuco
    > veloc de sedimentação
    > [fibrinogênio]
19
Q

MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS > Sistema Urinário > Modificações anatômicas

A
  • Rins se deslocam para cima pelo aumento volume uterino
  • Rins aumentam 1cm (acréscimo do volume vascular renal e intersticial)
  • Dilatação da porção superior do sistema urinário (Hidronefrose fisiológica/ À partir de 7 semanas persistindo até 6 semanas pós parto) (pode aumentar estase urinária predispondo a ITUs, pielonefrites e nefrolitíase)
  • No sistema urinário inferior a anatomia da bexiga está distendida por compressão do útero
20
Q

MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS > Sistema urinário > Modificações fisiológicas

A
  • Aumento do fluxo plasmático renal e da TFG (devido ao aumento do DC e a diminuição da RVP)
  • Elevação da TFG > Diminuição da creatinina plasmática (0,5 a 0,8). Pode alterar excreção renal de medicamentos
  • Hipercalciúria comum na gravidez (pelo aumento de absorção do Ca intestinal) (não interfere na produção de cálculos renais)
  • Glicosúria fisiológica (TGF aumentado excede limite de reabsorção tubular de glicose)
  • Proteinúria fisiológica (até 300mg/24h) (adulto normal abaixo de 150)
  • Freq urinária aumenta, porém volume urinário fica inalterado (Explicado por > compressão uterina na bexiga/ aumento TFG/ reflexo vesical próprio aumentado como proteção)
21
Q

MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS > Sistema Respiratório

A
  • Hiperemia e edema de mucosa (resultam da expansão do volume sanguíneo e vasodilatação geral) (Predispõe a congestão nasal, epistaxe, alterações de voz)
  • Alterações marcantes na caixa torácica e no diafragma
  • Diâmetros AP e transverso do tórax aumentam cada um 2cm (expansão circunferência torácica totaliza 5 a 7cm)
  • Elevação diafragma (que não compromete sua atv)
  • Complacência da parede torácica dimiui com evoluir da gestação dificultando resp
  • Aumenta-se consumo de O2 (20%) > Gera Alcalose resp compensada (diminuição PCO2 compensada pelo aumento excreção urinária de bicarbonato, logo, PH arterial não se altera)
  • FR não se altera
  • 70% gestantes sem doenças resp experimentam dispneia (pode decorrer da percepção da pcte da hiperventilação)
22
Q

MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS > Sistema Digestivo

A
  • 1° trimestre > náuseas/ vômitos (princ início da manhã devido aos picos de hCG e estrogênios)
  • 2 primeiros trimestres - redução secreção gástrica de ácidos
  • Gengivite
  • TGI atônico durante toda a gestação (piroses, constipação)
23
Q

MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS > Sistema Endócrino

A
  • Visto em endocrinologia da gravidez;
24
Q

MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS > Pele e Fâneros

A
  • Estrias gravídicas ou víbices - no abdome e nos seios
  • Aumento pigmentação linha alba > linha nigra
  • Cloasma - aumento pigmentação face
  • Sinal de Hunter (aréola secundária)
  • Rede venosa de Haller (mama)
  • Tubérculos Montgomery
  • Habitual aparecimento de teliangiectasias (altos níveis estrogênicos)
  • Hipertricose (pelos nas faces e em outras regiões, no cabelo)
  • Unhas quebradiças
  • Surgimento eritema palmar
  • Hipertrofia das glândulas sudoríparas e sebáceas
25
Q

MODIFICAÇÕES DOS ÓRGÃOS GENITAIS > Vulva e Vagina

A
  • Maior secreção vaginal (ept se espessa e se descama mais facilmente)/ Secreção com pH mais ácido do que na mulher não gestante (proteger contra infecção ascendente)
  • Hipertrofia grandes lábios
  • Sinal de Jacquemier - pigmentação da vulva (cor vermelho-vinhosa substitui róseo característico)
  • Conteúdo da vagina torna-se mais básico (propicia proliferação de Candida)
  • Sinal kluge (coloração arroxeada do colo uterino)
26
Q

MODIFICAÇÕES DOS ÓRGÃOS GENITAIS > Útero > útero na gravidez

A
  • Sinal Hegar (avaliação ao toque) Amolecimento na região do local de implantação, princ no istmo
  • Sinal Piskacek - Inicialmente há desproporção no crescimento do órgão, desigual, favorecendo lado de implantação
  • Sinal Nobile-Budin - Matriz passa de piriforme a globosa e o toque dos fundos de saco laterais revela essa morfologia
  • Forma esférica até 5° mês, daí em diante forma cilindrica
  • Istmo se expande e sua cavidade se incorpora ao corpo
  • Primeiros 2 meses > útero exclusivamente pélvico
  • 12 semanas > perceptível à palpação abdominal
  • Modificações na circulação uterina visando atender placenta
  • No in´ciio da gestação > avigora-se a anteversoflexão (motiva polaciúria)
27
Q

MODIFICAÇÕES DOS ÓRGÃOS GENITAIS > Útero > Miometrio > Aumento da massa do miométrio se deve a :

A
  • Hipertrofia dos elementos musculares
  • Hiperplasia dos elementos musculares
  • Aumento TC