Questões - Administração Geral - Governança, accountability... Flashcards

1
Q

Por que a transparência e a accountability são importantes?

A

Por que fortalecem a democracia e ajuda a:
* atacar diretamente o problema da corrupção; e
* propiciar o melhoramento contínuo das ações do estado.

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2
Q

Fale da importância da Lei de Responsabilidade Fiscal:

A

A Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF foi um marco no que tange à transparência das contas públicas no Brasil. Seu advento exigiu dos governos a elaboração de novos instrumentos de transparência, tais como o Relatório de Gestão Fiscal e o Relatório Resumido de Execução Orçamentária.

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3
Q

Como a LAI, Lei nº 12.527/2011, alterou a LRF?

A

Com relação à LC nº 131, de 2009, vale lembrar que ela alterou a LRF para estabelecer o seguinte:
* A transparência será assegurada também mediante:
▪ incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e
orçamentos;
▪ liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em
meios eletrônicos de acesso público; e
▪ adoção de sistema integrado de administração financeira e controle.

“governo aberto” - Open Government Partnership (OGP)

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4
Q

Importante sobre a ACCOUNTABILITY:

A

Accountability se relaciona às ideias de obrigação de prestar contas e de responsabilização por parte dos agentes públicos pelos seus atos e pela gestão dos recursos públicos.
Nos remete, assim, à noção de “transparência”, pois tem como premissa o conhecimento por parte dos cidadãos do que está sendo feito no âmbito da administração pública, o que, por sua
vez, permite a sua participação no processo de formulação de políticas públicas (controle social).

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5
Q

Quais são os 3 tipos de accountability?

A

Saiba diferenciar os 3 tipos de accountability, sabendo a quem compete cada uma delas:

  • Accountability Horizontal:
    É aquele que pressupõe um equilíbrio nos lados, exercida por meio do controle mútuo
    (“check and balances”) entre os Poderes da República (que são “iguais”, em status
    constitucional) ou por meio de órgãos autônomos, tais como as controladorias e os tribunais
    de contas.
  • Accountability Vertical:
    É o controle exercido pela população sobre os políticos e governos, ou seja, pressupõe uma ação entre desiguais. Seus principais mecanismos são o voto e a ação popular, de modo que também é conhecido como accountability democrático ou eleitoral.
  • Accountability Societal:
    É o controle exercido pela sociedade civil, sendo representada por ONGs, sindicatos,
    associações. Estas instituições buscam, por meio de pressões e denúncias, impulsionar os órgãos de controle a fim de que sejam apuradas possíveis irregularidades detectadas
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6
Q

Atenção:

A

O processo de fortalecimento do accountability no Brasil ainda não se encontra em estágio consolidado.

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7
Q

O que é o governo eletrônico?

A

Lembre-se que o Governo Eletrônico prioriza o uso das tecnologias da informação e comunicação
para democratizar o acesso à informação, visando ampliar o debate e a participação popular na construção das políticas públicas, bem como também aprimorar a qualidade dos serviços e
informações públicas prestadas.
A política de Governo Eletrônico do Estado brasileiro segue um conjunto de diretrizes baseado em três ideias fundamentais:

  • participação cidadã;
  • melhoria do gerenciamento interno do Estado; e
  • integração com parceiros e fornecedores.
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8
Q

Fique atento!

A

O governo eletrônico está intimamente ligado aos conceitos de transparência e accountability. Saiba que de acordo com a definição da ONU, o e-gov, ou governo eletrônico, é a forma pelo qual os
governos podem utilizar a internet e a web para disponibilizar informações e serviços públicos à população. O governo eletrônico não engloba somente as tecnologias de informação ou a internet, mas também abrange tecnologias de comunicação, como o rádio e a televisão, relacionando-se a temas como accountability, controle social e transparência.

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9
Q

Qual a diferença entre e-governance e governo eletrônico (e-gov)?

A

Saiba que o conceito de e-governance é mais amplo quando comparado ao conceito de governo eletrônico (e-gov)

  • A e-governança pode ser entendida como a atuação da governança por meio eletrônico de modo a facilitar um processo de disseminação das informações ao público e outros órgãos de
    maneira eficiente, rápida e transparente, além de desenvolver as atividades administrativas do governo.

Engloba a administração eletrônica (e-administration), serviços eletrônicos à população (e-services) e democracia eletrônica (e-democracy).

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9
Q

O que é GOVERNANÇA PÚBLICA?

A

Por sua vez, a governança pública é associada a uma mudança no papel do Estado, que passa a ser mais pluralista e aumenta a participação da sociedade na formulação das políticas públicas. Dessa
forma, torna as decisões menos técnicas e mais políticas.

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10
Q

O que é capacidade governativa?

A

Entenda o que vem a ser capacidade governativa, que surge da crítica em se classificar separadamente a capacidade de se governar do Estado pelos pontos de vista político (governabilidade) e gerencial (governança).
Nesse sentido, a capacidade de governar deveria ser integrada em conceito único, englobando tanto os aspectos políticos quanto os de gestão, e, assim, seria chamada de capacidade governativa.

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11
Q

Qual a diferença entre o corporativismo do neocorporativismo?

A
  • Neocorporativismo (ou corporativismo societal) é o fenômeno de intermediação de interesses característico de sociedades democráticas no qual as organizações representativas de interesses privados passam a decidir com o Estado as políticas públicas. Expressa uma
    articulação entre Estado, sindicatos, empresariado e grupos sociais na formulação de políticas públicas.
  • No corporativismo (ou corporativismo estatal), é o Estado quem escolhe seus interlocutores. As entidades de representação de interesses muitas vezes são compulsórias, não competitivas, hierarquicamente ordenadas e funcionalmente diferenciadas, reconhecidas ou licenciadas (quando não criadas) pelo Estado, às quais é concedido monopólio de representação dentro de sua respectiva categoria em troca da observância de certos
    controles na seleção de seus líderes e na articulação de demandas e suporte.
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12
Q

O que é Clientelismo?

A

O clientelismo se caracteriza pela relação entre atores políticos e grupos
organizados, em que são concedidos benefícios públicos (empregos, repasses orçamentários, benefícios fiscais etc.) em troca de apoio político, sobretudo na forma de voto.

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13
Q

Atenção!

A

Controle e participação social podem ocorrer tanto no planejamento quanto na execução das ações de governo

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14
Q

Fique atento!!!

A

A participação social se refere ao envolvimento dos cidadão no processo de tomada de decisão, enquanto o controle social representa a prerrogativa dos cidadãos em fiscalizar a ação do Estado.

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15
Q
  1. (CESPE / TRE-RS – AJAA - 2015)
    Assinale a opção correta de acordo com a Lei de Acesso à Informação — Lei n.º 12.527/2011.

a) O requerimento de informação de interesse público deve ser acompanhado de exposição simples dos motivos da solicitação.
b) Às informações pessoais relativas à intimidade de indivíduos é garantido sigilo perpétuo, que somente
pode ceder por decisão judicial transitada em julgado.
c) Os documentos classificados como ultrassecretos devem constar de rol público com identificação para
referência futura.
d) As disposições da Lei de Acesso à Informação não se aplicam às empresas públicas.
e) Findo o prazo de classificação de informações restritas, a sua publicidade dependerá de requerimento do interessado.

A

Comentários

a) Errada. Conforme vimos anteriormente, são vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação de informações de interesse público.
b) Errada. Às informações pessoais relativas à intimidade de indivíduos é assegurada a restrição de acesso pelo prazo máximo de 100 anos.
Esse sigilo pode ser excetuado não só por decisão judicial (não necessariamente transitada em julgado), mas
também em diversas hipóteses previstas no art. 31 da LAI:
Art. 31. O tratamento das informações pessoais deve ser feito de forma transparente e com
respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais.
§ 1º As informações pessoais, a que se refere este artigo, relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem:
I - terão seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo prazo máximo
de 100 (cem) anos a contar da sua data de produção, a agentes públicos legalmente autorizados e à pessoa a que elas se referirem; e
II - poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso por terceiros diante de previsão legal ou consentimento expresso da pessoa a que elas se referirem.
§ 2º Aquele que obtiver acesso às informações de que trata este artigo será responsabilizado por seu uso indevido.
§ 3º O consentimento referido no inciso II do § 1º não será exigido quando as informações forem
necessárias:
I - à prevenção e diagnóstico médico, quando a pessoa estiver física ou legalmente incapaz, e
para utilização única e exclusivamente para o tratamento médico;
II - à realização de estatísticas e pesquisas científicas de evidente interesse público ou geral, previstos em lei, sendo vedada a identificação da pessoa a que as informações se referirem;
III - ao cumprimento de ordem judicial;
IV - à defesa de direitos humanos; ou
V - à proteção do interesse público e geral preponderante.
(…)
c) Correta. Cada órgão deverá publicar, anualmente, na internet, rol de documentos classificados em cada
grau de sigilo, com identificação para referência futura, nos termos do art. 30, II, da LAI:
Art. 30. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade publicará, anualmente, em sítio à
disposição na internet e destinado à veiculação de dados e informações administrativas, nos
termos de regulamento:
I - rol das informações que tenham sido desclassificadas nos últimos 12 (doze) meses;
II - rol de documentos classificados em cada grau de sigilo, com identificação para referência
futura;
III - relatório estatístico contendo a quantidade de pedidos de informação recebidos, atendidos e
indeferidos, bem como informações genéricas sobre os solicitantes.
d) Errada. As disposições da LAI se aplicam sim às empresas públicas. Vejamos como é amplo o alcance da
Lei:
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre os procedimentos a serem observados pela União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, com o fim de garantir o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal.
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei:
I - os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo,
incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público;
II - as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista
e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Art. 2º Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, às entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres.
Parágrafo único. A publicidade a que estão submetidas as entidades citadas no caput refere-se à parcela dos recursos públicos recebidos e à sua destinação, sem prejuízo das prestações de
contas a que estejam legalmente obrigadas.
e) Errada. Findo o prazo de classificação, a informação tornar-se-á, automaticamente, de acesso público,
nos termos do art. 24, § 4º, da LAI.

Gabarito: C

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15
Q
  1. (CESPE / TCU – Auditor Federal de Controle Externo - 2013)

O governo eletrônico associa-se ao conceito de accountability, por proporcionar transparência aos atos do
governo e publicidade às informações governamentais.

A

Comentários
O Governo Eletrônico prioriza o uso das tecnologias da informação e comunicação para democratizar o acesso à informação, visando ampliar o debate e a participação popular na construção das políticas públicas, bem como também aprimorar a qualidade dos serviços e informações públicas prestadas.

A política de Governo Eletrônico do Estado brasileiro segue um conjunto de diretrizes baseado em três ideias fundamentais: participação cidadã; melhoria do gerenciamento interno do Estado; e integração com parceiros e fornecedores.

O Governo Eletrônico, portanto, está intimamente ligado aos conceitos de transparência e accountability.

Gabarito: certa

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15
Q
  1. (CESPE / ANVISA – Técnico - 2015)
    De acordo com a Lei de Acesso à Informação, o acesso a dados contidos em documento classificado como
    reservado poderá ser restringido por até cinco anos.
A

Comentários
Esses prazos devem ser memorizados! O grau de sigilo deve ser determinado em razão da imprescindibilidade da informação à segurança da sociedade ou do Estado. Os prazos máximos de restrição de acesso à informação, que vigoram a partir da data de sua produção, são:

  • Ultrassecreta: 25 anos
  • Secreta: 15 anos
  • Reservada: 5 anos

Gabarito: certa.

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16
Q
  1. (CESPE / TRE-RS – TJAA - 2015)
    Assinale a opção correta de acordo com o disposto na Lei nº 12.527/2011.

a) Documento é a retratação de fato realizada necessariamente por escrito.
b) Resultados de auditorias não se incluem entre as informações franqueadas à coletividade em geral, por
subsidiarem investigações em curso.
c) A administração dispõe, em regra, de prazo mínimo e considerável para garantir o acesso à informação
pública disponível em órgão da administração federal.
d) Autêntico é o documento sobre cuja autoria não há dúvidas.
e) Entidades privadas sem fins lucrativos que recebam recursos para a realização de ações de interesse
público somente estão submetidas à publicidade na parcela relativa aos recursos públicos recebidos e à
sua destinação.

A

Comentários

a) Errada. Segundo a LAI, documento é uma unidade de registro de informações, qualquer que seja o
suporte ou formato. Vamos aproveitar para repassar mais algumas definições trazidas pela Lei:

Art. 4º Para os efeitos desta Lei, considera-se:
I - informação: dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e transmissão
de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato;
II - documento: unidade de registro de informações, qualquer que seja o suporte ou formato;
III - informação sigilosa: aquela submetida temporariamente à restrição de acesso público em
razão de sua imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado;
IV - informação pessoal: aquela relacionada à pessoa natural identificada ou identificável;
V - tratamento da informação: conjunto de ações referentes à produção, recepção, classificação,
utilização, acesso, reprodução, transporte, transmissão, distribuição, arquivamento,
armazenamento, eliminação, avaliação, destinação ou controle da informação;
VI - disponibilidade: qualidade da informação que pode ser conhecida e utilizada por indivíduos,
equipamentos ou sistemas autorizados;
VII - autenticidade: qualidade da informação que tenha sido produzida, expedida, recebida ou modificada por determinado indivíduo, equipamento ou sistema;
VIII - integridade: qualidade da informação não modificada, inclusive quanto à origem, trânsito e destino;
IX - primariedade: qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo de detalhamento
possível, sem modificações.
b) Errada. O direito ao acesso aos resultados de auditorias é expressamente previsto no art. 7º, VII, b, da LAI
c) Errada. Em regra, a Administração deverá autorizar ou conceder o acesso imediato à informação disponível.
d) Errada. Como vimos acima, a autenticidade é a qualidade da informação que tenha sido produzida,
expedida, recebida ou modificada por determinado indivíduo, equipamento ou sistema. Percebam que essa
definição vai além do significado do termo autêntico, que se refere a algo cuja autoria é atestada.
e) Correta. É o que determina o parágrafo único do art. 2º da LAI.

Gabarito: E

17
Q
  1. Qual a importância da transparência na Administração Pública?
A

Segundo Vieira, a promoção da transparência e do acesso à informação é considerada medida indispensável
para o fortalecimento da democracia, uma vez que possibilita que o poder público seja exercido de forma aberta e às vistas dos cidadãos, os quais podem, então, acompanhar, avaliar e controlar a gestão do interesse público. É, portanto, um atributo da gestão pública associado ao conceito de accountability.

18
Q
  1. Quais são os principais objetivos da implementação de medidas que aumentem a transparência de
    um governo?
A

A implementação de medidas que aumentem a transparência tem dois importantes objetivos: atacar
diretamente o problema da corrupção e propiciar o melhoramento contínuo das ações do estado.

19
Q
  1. Como a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) está relacionada com a transparência governamental no Brasil?
A

A LRF foi um marco no que tange à transparência das contas públicas no Brasil. Seu advento exigiu dos
governos a elaboração de novos instrumentos de transparência, tais como o Relatório de Gestão Fiscal e o
Relatório Resumido de Execução Orçamentária. Vale dizer que as iniciativas de transparência da gestão fiscal não se limitam aos instrumentos acima e estão
elencadas nos art. 48 a 49 da LRF.

19
Q
  1. O que significa a expressão Governo Aberto?
A

Governo aberto refere-se a uma nova visão da Administração Pública, que promove projetos e ações voltados ao aumento da transparência, à luta contra a corrupção, ao incentivo à participação social e ao desenvolvimento de novas tecnologias que tornem os governos mais responsáveis por suas ações e preparados para atender às necessidades dos cidadãos.

20
Q
  1. É correto dizer que o processo de fortalecimento do accountability no Brasil já se encontra em estágio consolidado?
A

Não. Há certo consenso de que o accountability no Brasil ainda é fraco. Isso porque há carência de
consciência e organização por parte da sociedade civil, bem como pouca pressão por transparência e
prestação de contas.

20
Q
  1. Quais seriam as duas principais dimensões ligadas à implementação do Governo Eletrônico?
A

As duas principais dimensões ligadas à implementação do governo eletrônico são:

  • a modernização da administração pública por meio da utilização dessas novas tecnologias de informação e comunicação (TIC), com a melhoria dos processos administrativos;
  • a prestação de serviços públicos eletrônicos de forma eficiente e eficaz.
21
Q
  1. Segundo a OGP, qual a definição de governo aberto?
A

A OGP define o conceito de governo aberto por meio de quatro princípios estabelecidos, a saber:
Transparência: As informações sobre as atividades de governo são abertas, compreensíveis, tempestivas,
livremente acessíveis e atendem ao padrão básico de dados abertos.
Prestação de Contas e Responsabilização (Accountability): Existem regras e mecanismos que estabelecem
como os atores justificam suas ações, atuam sobre críticas e exigências e aceitam as responsabilidades que
lhes são incumbidas.
Participação Cidadã: O governo procura mobilizar a sociedade para debater, colaborar e propor
contribuições que levam a um governo mais efetivo e responsivo.
Tecnologia e Inovação: O governo reconhece a importância das novas tecnologias no fomento à inovação
provendo acesso à tecnologia e ampliando a capacidade da sociedade de utilizá-la.

22
Q
  1. Qual o significado das siglas G2C, G2B e G2G dentro do contexto do Governo Eletrônico?
A

As siglas G2C, G2B e G2G são tipos de relacionamentos existentes dentro do uso das TIC. Cada sigla significa
a interação de dois grupos diferentes:
- G2C: Government to Citizen – Na tradução, “Do Governo para Cidadãos”; são as relações por meio das TIC
em que o GOVERNO interage diretamente com os CIDADÃOS. Alguns exemplos: pedido de declarações
online; declaração do imposto de renda por meio de aplicativo exclusivo utilizando a internet.
- G2B: Government to Business – Na tradução, “Do Governo para Empresas”; são as relações por meio das
TIC em que o GOVERNO interage com as EMPRESAS. Tem como exemplo o portal de cadastro de fornecedores (produtos ou serviços) para a participação do pregão eletrônico.
- G2G: Government to Government – Na tradução, “Do Governo para o Governo”; são as relações por meio
das TIC em que um setor/ente do GOVERNO interage com outro setor/ente do GOVERNO. Um exemplo de
relacionamento G2G é o portal de convênios do governo federal, que tem como principais usuários os demais
entes da federação.

23
Q
  1. O que significa e-governance?
A

O e-governance é um conceito mais amplo quando comparado ao conceito de governo eletrônico (e-gov). A
e-governança pode ser entendida como a atuação da governança por meio eletrônico de modo a facilitar
um processo de disseminação das informações ao público e outros órgãos de maneira eficiente, rápida e
transparente, além de desenvolver as atividades administrativas do governo.
Engloba a administração eletrônica (e-administration), serviços eletrônicos à população (e-services) e
democracia eletrônica (e-democracy).

24
Q
  1. A Lei de Acesso à Informação aplica-se aos órgãos públicos integrantes da administração direta e
    indireta do Poder Executivo, ao Ministério Público e aos Poderes Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário, bem como, no que couber, às entidades privadas sem fins lucrativos que
    recebam, para realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento
    ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres.
A

Correto. A LAI tem aplicação nacional. Todos os órgãos públicos de todos os Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, assim como o Ministério Público, sujeitam-se ao seu regime.
Vale ressaltar que, no que concerne às entidades privadas sem fins lucrativos, nos casos em que a Lei
especifica, a publicidade a que estão submetidas refere-se à parcela dos recursos públicos recebidos e à sua
destinação, sem prejuízo das prestações de contas a que estejam legalmente obrigadas

24
Q
  1. A pessoa física ou entidade privada que, em razão de qualquer vínculo com o poder público, executar atividades de tratamento de informações sigilosas adotará as providências necessárias para que seus empregados, prepostos ou representantes observem as medidas e procedimentos de segurança das informações resultantes da aplicação da Lei de Acesso à Informação.
A

Correto. As autoridades públicas adotarão as providências necessárias para que o pessoal a elas subordinado
hierarquicamente conheça as normas e observe as medidas e procedimentos de segurança para tratamento
de informações sigilosas.
Esse dever se estende à pessoa física ou entidade privada que, em razão de qualquer vínculo com o poder
público, executar atividades de tratamento de informações sigilosas.

25
Q
  1. O acesso à informação de que trata a LAI compreende, entre outros, os direitos de obter informação
    contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados por seus órgãos ou entidades,
    quando recolhidos ou não a arquivos públicos, e informação sobre atividades exercidas pelos órgãos
    e entidades, inclusive as relativas à sua política, organização e serviços, porém não compreende as
    informações referentes a projetos de pesquisa e desenvolvimento científicos ou tecnológicos cujo
    sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
A

Correto

26
Q
  1. (CESPE / TCU – Auditor Federal de Controle Externo - 2013)

Resultante da relação de legitimidade do Estado e do seu governo com a sociedade, a governança implica
a capacidade governamental de realizar políticas e a promoção da accountability.

A

Comentários

O que resulta da relação de legitimidade do Estado e do seu governo com a sociedade é a governabilidade,
e não a governança.
De fato, a governança implica a capacidade governamental de realizar políticas e a promoção da
accountability.

Gabarito: errada.

26
Q
  1. (CESPE – TCE-PE – Auditor de Controle Externo - 2017)

O neocorporativismo materializa-se na atuação de sindicatos fortes, com interesses bem definidos e
colocados acima dos interesses dos demais atores envolvidos nas relações de trabalho.

A

Comentários
Neocorporativismo (ou corporativismo societal) é o fenômeno de intermediação de interesses
característico de sociedades democráticas no qual as organizações representativas de interesses privados
passam a decidir com o Estado as políticas públicas. Expressa uma articulação entre Estado, sindicatos,
empresariado e grupos sociais na formulação de políticas públicas.
A principal diferença entre o Neocorporativismo e o Corporativismo tradicional é que, no novo modelo, o
direito de participar do processo decisório foi conquistado como resultado do reconhecimento, pelo Estado,
da legitimidade das organizações, representantes tanto do trabalho quanto do capital.
No corporativismo (ou corporativismo estatal), é o Estado quem escolhe seus interlocutores. As entidades
de representação de interesses muitas vezes são compulsórias, não competitivas, hierarquicamente
ordenadas e funcionalmente diferenciadas, reconhecidas ou licenciadas (quando não criadas) pelo Estado,
às quais é concedido monopólio de representação dentro de sua respectiva categoria em troca da
observância de certos controles na seleção de seus líderes e na articulação de demandas e suporte.
Portanto, a atuação de sindicatos fortes é mais característica do corporativismo, e não do
neocorporativismo, como afirma a questão, e, além disso, não se pode falar que seus interesses são
colocados acima dos demais atores envolvidos nas relações de trabalho.

Gabarito: errada.

27
Q
  1. Quais são as ideias associadas ao conceito de governabilidade?
A
  • A governabilidade é a capacidade política de se governar, é o poder de governar;
  • É vinculada às condições de legitimidade de um governo perante a sociedade;
  • É associada ao próprio exercício do poder e às condições materiais e sistêmicas que devem existir
    para que esse governo exerça suas funções;
  • Tem como fonte os cidadãos;
  • Está inserida nos aspectos políticos de se governar;
  • Opera no campo estatal do exercício do poder.
28
Q
  1. Quais são as ideias associadas ao conceito de governança?
A
  • A governança é a capacidade de governo do Estado ou a capacidade de o governo implementar as
    políticas públicas e gerir seus recursos;
  • Indica a capacidade gerencial, técnica e financeira do Estado, ou seja, a capacidade administrativa e
    gerencial do Estado;
  • Tem como fonte os agentes e servidores públicos;
  • No entanto, não se limita a isso, envolve também padrões de articulação e cooperação entre atores
    sociais e políticos, ou seja, engloba a sociedade como um todo;
  • A governança opera num plano mais amplo que o da governabilidade;
  • Abrange as instituições governamentais, mas implica também mecanismos informais, de caráter nãogovernamental.
29
Q
  1. É correto dizer que uma boa governabilidade garante uma boa governança?
A

Não. A governabilidade está associada às condições de legitimidade política, do poder de governar, o que
não é garantia da capacidade administrativa e gerencial do Estado.
No PDRAE, Bresser afirma que:
“Um governo pode ter governabilidade, na medida em que seus dirigentes contem com os necessários apoios
políticos para governar, e no entanto pode governar mal por lhe faltar a capacidade da governança.”

30
Q
  1. Há uma interligação entre os conceitos de governança e governabilidade?
A

Sim. A governabilidade de uma gestão (sua legitimidade e consequente aceitação) é normalmente premissa
para que o governo consiga colocar implementar as suas políticas públicas e oferecer adequadamente os
serviços à população. Assim, a ausência de governabilidade pode acarretar dificuldade em implementar as
políticas públicas, o que afeta diretamente a governança.
Por outro lado, a incapacidade de implementar e gerir as políticas públicas, ou seja, uma baixa governança
pode acarretar uma queda de aprovação do governo, o que, por sua vez, tem reflexos negativos na sua
governabilidade.

31
Q
  1. O que o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE) diz sobre Governança e
    Governabilidade no Brasil da década de 90?
A

Segundo o PDRAE, o Brasil (na década de 90) não carecia de governabilidade, pois era um país com uma
democracia funcional, com seus governantes escolhidos democraticamente, portanto com legitimidade. Na
verdade, o Brasil carecia de governança, pois não apresentava a capacidade técnica/gerencial para
promover os serviços públicos do Estado à população. Era uma máquina estatal limitada pela rigidez e
ineficiência da administração de caráter burocrático.

32
Q
  1. O que significa o termo governança pública?
A

A governança pública é associada a uma mudança no papel do Estado, que passa a ser mais pluralista e
aumenta a participação da sociedade na formulação das políticas públicas. Dessa forma, torna as decisões
menos técnicas e mais políticas.

33
Q
  1. Quais fatores influenciam a nossa deficiência em matéria de governança?
A
  • A dificuldade na relação do Estado com a sociedade civil e com o setor privado;
  • A falta de participação da sociedade civil na formulação e no acompanhamento das políticas
    públicas;
  • A existência de dificuldade no acesso às informações públicas.
33
Q
  1. O que seriam os termos governança interna e governança externa?
A

Para Kooiman, governança é “um modelo horizontal de relação entre atores públicos e privados no processo
de elaboração de políticas públicas”. Dessa forma, a governança poderia ser interna e externa.

A gestão dos diversos recursos públicos (como as pessoas, os recursos financeiros e os recursos materiais)
estaria relacionada com a governança interna.
Já a coordenação com diversas entidades governamentais e não governamentais na implementação das
políticas públicas estaria ligada a governança externa.

33
Q
  1. Qual a relação existente entre accountability e governança?
A

Tendo em vista que a governança também pode ser entendida como um modelo horizontal de relação entre
atores públicos e privados no processo de elaboração de políticas públicas, o maior engajamento social na
gestão pública decorrente do accountability fortalece, nessa acepção, a governança.

34
Q

Decore!!!!!!!!

A

A participação social se refere ao envolvimento dos cidadão no processo de tomada de decisão, enquanto o controle social representa a prerrogativa dos cidadãos em fiscalizar a ação do Estado.

35
Q
  1. (CESPE / TCE-SC – Auditor Fiscal de Controle Externo - 2016)
    Controle e participação social podem ocorrer tanto no planejamento quanto na execução das ações de
    governo.
A

Comentários

Ainda que sejam conceitos diferentes e possuam diferentes formas de efetivação, quanto ao aspecto
temporal, de fato o controle e a participação social podem ocorrer tanto no planejamento quanto na
execução das ações de governo.

Gabarito: certa.

36
Q
  1. (CESPE / TCE-PE – Analista de Controle Externo - 2017)
    A composição dos conselhos de gestão não é definida pela Constituição Federal de 1988, mas por lei
    complementar, podendo variar de caso a caso e receber características próprias.
A

Comentários

Primeiramente, vale frisar que nem todos os conselhos de gestão têm a composição definida por lei
complementar, mas sim por lei ordinária, de modo que a questão poderia ter sido anulada por esse motivo.

No entanto, no que concerne à transparência da gestão fiscal, é a LC 101/2000 – Lei de Responsabilidade
Fiscal (LRF) que regula os conselhos de gestão fiscal, constituídos por representantes de todos os Poderes e
esferas de Governo, do Ministério Público e de entidades técnicas representativas da sociedade, sendo
responsáveis pelo acompanhamento e a avaliação da política e da operacionalidade da gestão fiscal.

Gabarito: certa.

37
Q
  1. O que são os Conselhos Gestores de Políticas Públicas?
A

Os Conselhos Gestores de Políticas Públicas são canais institucionais formados por representantes da
sociedade civil e poder público em composição paritária, cuja atribuição é a de propor diretrizes, fiscalizar,
controlar e deliberar sobre políticas públicas. São instâncias deliberativas e de controle social
(accountability societal). Embora ligados à estrutura do Poder Executivo, não são a ele subordinados, sendo
autônomos nas suas decisões.