Propedêutica física do AC II Flashcards
Qual a definição de sopros cardíacos?
Trata-se da vibração prolongada gerada a partir do turbilhonamento do fluxo sanguíneo, podendo também estar associado ao aumento desproporcional as estruturas do fluxo sanguíneo.
Quais os 9 caracteres propedêuticos dos sopros e suas especificidades?
- Fase do ciclo em que ocorrem
- Sistólico;
- Diastólico;
- Contínuo - Duração
- Proto (começo)
- Meso (meio)
-Tele (fim)
- Holo (completo) sistólico ou diastólico - Intensidade
- Presença de fatores relacionados, como gordura corporal, tórax enfisematoso, fluxo sanguíneo, frequência e etc - Frequência (tonalidade)
-Sopro grave ou agudo - Timbre
- Rude, áspero, suave, musical, pio de gaivota, em ruflar - Configuração
-Em crescendo: Intensidade aumenta progressivamente
-Em decrescendo (aspirativo): Intensidade diminui progressivamente
-Em crescendo-decrescendo (diamante): Intensidade aumenta no início, atinge um pico e depois reduz progressivamente
- Plateau (em barra): Intensidade constante - Localização e 8. Irradiação
-Em qual ponto de ausculta é mais alto?
-Não auscultar somente nos focos, mas sim no tórax todo - Relação com respiração
- A intensidade dos sopros geradas no VD sofrem influência da respiração
- Sinal de Riveiro-Carvalho ocasiona no aumento do sopro de insuficiência tricúspide, enquanto o mitral permanece igual ou diminui
IBS, 39 anos, homem, branco…
Apresentou-se em consulta para check-up onde foi notada a presença de um sopro em formato de diamante.
- Qual a configuração desse sopro?
- Fica em que momento da ritmicidade cardíaca?
- Sugere quais patologias?
- É ocasionada por que movimentação sanguínea?
- Ocorre em que fase do ciclo?
- Em crescendo-decrescendo
- Entre B1 e B2
- Estenose aórtica ou pulmonar
- Ejeção
- Sistólico
Paciente encontra-se com sopro do tipo ruflar.
- Fica em que momento da ritmicidade cardíaca?
- Sugere quais patologias?
- É ocasionada por que movimentação sanguínea?
- Ocorre em que fase do ciclo?
- Entre B2 e B1
- Estenose mitral ou tricúspide
- Enchimento
- Diastólico
Paciente encontra-se com sopro em plateau.
- Qual a configuração desse sopro?
- Em que momento da ritmicidade cardíaca ocorre?
- Sugere quais patologias?
- É ocasionada por que movimentação sanguínea?
- Ocorre em que fase do ciclo?
- Em barra
- Entre B1 e B2
- Insuficiência mitral ou tricúspide
- Regurgitação
- Sistólico
Paciente encontra-se com sopro aspirativo.
- Qual a configuração desse sopro?
- Em que momento da ritmicidade cardíaca ocorre?
- Sugere quais patologias?
- É ocasionada por que movimentação sanguínea?
- Ocorre em que fase do ciclo?
- Em decrescendo
- Entre B2 e B1
- Insuficiência aórtica ou pulmonar
- Refluxo sanguíneo
- Diastólico
Defina atrito pericárdico
Trata-se do ruído ocasionado pelo atrito entre as camadas parietal e visceral do pericárdio (envolvidas por processo inflamatório), com duração relativamente prolongada, que podem ocorrer tanta na sístole quanto na diástole, concomitantemente ou isolados, sendo descritos como sons rudes ou ásperos à ausculta
FGR, 54 anos, homem, pardo, agnóstico, casado, heterossexual, natural e procedente de Campinas relata que sua filha que estuda medicina o auscultou e notou um sopro.
O sopro sistólica em focos da base possui alta frequência, configuração em diamante e rude.
Sobre isso, responda:
- Quais são os focos da base?
- O que está causando a presença do sopro e qual a patologia?
- O pico do sopro está relacionado a gravidade da valvopatia?
- O que é fenômeno de Gallavardin e manobra de Handgrip?
- Aórtico e pulmonar
- Ejeção pelas válvulas semilunares com obstrução, podendo tratar-se de estenose aórtica ou pulmonar
- Sim, quanto mais tardio indica maior a obstrução e piora do quadro
- Fenômeno de Gallavardin ocorre quando paciente com sopro de EAo importante e calcificada irradia para foco mitral.
Manobra de Handgrip aumenta a resistência vascular periférica. Dessa forma, caso o sopro mitral suma, não há lesão mitral; Caso não, há lesão mitral concomitante.
Sopro sistólica em focos da base
Dê as características
Alta frequência
Rude
Configuração em diamante
Relacionado a EAo ou EP
IRH, 33 anos, negro, casado… Apresentou-se no PS com dispneia aos esforços, ortopneia, dispneia paroxística noturna, palpitação e dor torácica. Foi diagnosticado com insuficiência aórtica.
Sobre o diagnóstico, responda:
1. Qual a fase e focos que o sopro desse paciente vai apresentar?
2. Qual a configuração
3. Qual a frequência?
4. A duração do sopro está relacionado com a gravidade?
5. Qual outra causa possível para esse tipo de sopro?
- Sopro diastólico em focos da base
- Em decrescendo (aspirativo)
- Alta frequência
- Sim. Quanto maior a duração durante a diástole, pior o quadro
- Insuficiência pulmonar
Explique o sopro de Austin-Flint
Como diferenciar presença de lesão mitral?
Em casos de IAo importante, pode ocorrer sopro mesossistólico Ao por hiperfluxo e sopro mesodiastólico mitral por fluxo direcionado para VM, deixando-a semifechada durante a diástole ventricular.
Ou seja, o refluxo sanguíneo (esbarra) na valva mitral e não permite sua abertura plena, ocasionando no sopro.
Para verificar presença de lesão mitral, se houver estalido de abertura da valva endurecida e B1 hiperfonética, há lesão mitral. Caso negativo, não há.
Sopro diastólico em focos de base. Dê as características.
Alta frequência
Em crescendo-decrescendo (Ruflar)
Indica EM ou ET
INAS, 46 anos, branco, homem…..
Foi ao PS com palpitação e dispneia. Foi realizado o diagnóstico de insuficiência mitral.
Sobre o diagnóstico, responda:
1. Qual a fase do ciclo e focos desse sopro?
2. Qual a configuração?
3. Qual a frequência?
4. É ocasionado por qual movimentação sanguínea?
5. Em caso de sopro mesotelessistólico rude. Indica o que?
6. Qual outra causa possível para esse tipo de sopro?
- Sopro sistólico em focos de ápice
- Em platô
- Alta frequência
- Regurgitação
- Regurgitação por prolapso de valva mitral
- Insuficiência tricúspide
Sopro sistólico em focos de ápice
Dê as características
Alta frequência
Em barra (platô)
Indica regurgitação secundária a insuficiência mitral ou tricúspide
HGB, 45 anos, mulher, branca… Apresentou-se ao ambulatório de cardiologia com dispneia aos esforços. Foi diagnosticada com estenose mitral.
Sobre o diagnóstico, responda:
1. Qual a fase do ciclo e focos desse sopro?
2. Qual a configuração?
3. Qual a frequência?
4. O que está causando a presença do sopro e qual o movimento sanguíneo?
5. Qual o sinal patognomônico mais importante?
6. A duração do sinal e início do sopro está relacionada com a gravidade?
7. Qual outra causa para esse tipo de sopro?
- Sopro diastólico em focos de ápice
- Em decrescendo-crescendo (ruflar)
- Baixa frequência
- Obstrução pelas valvas atrioventricular - Enchimento
- Estalido (sinal patognomônico reumatismal)
- Sim. Quanto mais cedo, pior
- Estenose tricúspide
Defina estenose mitral e quais os principais achados anatomopatológicos
Caracteriza-se pela resistência ao fluxo sanguíneo transmita em razão do espessamento e da imobilidade dos folhetos valvares
Espessamento dos folhetos valvares, áreas de calcificação, fusão comissuras e encurtamento de cordoalhas.
Quais as causas para estenose mitral?
Sequela reumática, doenças infiltrativas (mucopolissacarídoses), lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatóide e estados serotoninérgicos.
Quais os principais marcadores de mau prognóstico da estenose mitral?
- Desenvolvimento de sintomas;
- Presença de fibrilação atrial associada;
- Evolução para hipertensão pulmonar (PSAP - acima de 80 mmHg)
Qual a área valvar mitral normal e quando acometida por estenose mitral? Relacionando com os estágios e grad. pressão médio.
Normal = 4-6 cm2
Leve = 1,5-2,5 cm2 (Grad. pressão = 5-10mmHg)
Moderada = 1-1,5 cm2 (Grad. pressão = 10-15mmHg)
Severa = < 1 cm2 (Grad. pressão > 15mmHg)
Quais os sinais e sintomas da estenose mitral? Relacionando com estágios
Leve: Paciente assintomático, estalido de abertura
Moderada: Dispnéia, palpitações aos esforços, FM1 hiperfonética, estalido de abertura, sopro diastólico em ruflar, FP2 hiperfonética
Severa: Dispnéia aos mínimos esforços; ortopnéia; Dispnéia paroxística noturna; Tosse seca; Hemoptise; Estalido de abertura mais precoce e sopro mais duradouro; Cianose; Abaulamento paraesternal esq.; Ictus impalpável ou normal
Caracterize insuficiência mitral
Trata-se de regurgitação sanguínea para AE durante sístole ventricular, devido mau fechamento da valva.
Qual a classificação de causa para insuficiência mitral? Dê exemplos de cada
Primária: Resultante de deformidade da estrutura valvar
Ex: Prolapso valvar mitral, endocardite infecciosa, FR, traumas e deformidades congênitas
Secundária: Quando relacionada a outra doença cardíaca
Ex: Isquemia miocárdica; Cardiomiopatia hipertrófica; Disfunção ventricular esquerda do tipo sistólica
Quais os sinais e sintomas de insuficiência mitral?
- Ictus Cordis não deslocado, mas com maior intensidade; Com a piora = globoso
- SS de regurgitação em FM com irradiação para axila, com ou sem frêmito
- 4° bulha
- Dispnéia tardia
- Fibrilação atrial
ABCDEF, 49 anos, mulher, top de linha…
Apresenta-se no PS com dispnéia tardia.
Ao exame físico foi constatado:
- Ictus cordis não deslocado, mas com maior intensidade
- Sopro sistólico em foco mitral com irradiação para axila, sem frêmito
- Presença de 4° bulha
Ao eletrocardiograma apresenta:
- Fibrilação atrial
Qual o diagnóstico?
Insuficiência mitral
GHIJ, 52 anos, homem tóxico…
Apresenta-se no ambulatório de cardiologia com dispnéia e palpitações aos esforços.
No exame físico foi constatado:
- Sopro diastólico em foco mitral
- Estalido de abertura
- FM1 hiperfonética
- FP2 hiperfonética
Qual o diagnóstico e configuração do sopro?
Estenose mitral - Ruflar
Caracterize estenose aórtica
É caracterizada como a obstrução de saída do sangue do VE para Aorta devido calcificação das estruturas valvares.
HBF, 33 anos, homem, cardiopata.
Foi realizado diagnóstico de estenose aórtica derivada de complicação reumática.
A qual outra patologia esse paciente está invariavelmente associado?
Estenose aórtica é invariavelmente associada a estenose mitral