Propedêutica física do AC II Flashcards

1
Q

Qual a definição de sopros cardíacos?

A

Trata-se da vibração prolongada gerada a partir do turbilhonamento do fluxo sanguíneo, podendo também estar associado ao aumento desproporcional as estruturas do fluxo sanguíneo.

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2
Q

Quais os 9 caracteres propedêuticos dos sopros e suas especificidades?

A
  1. Fase do ciclo em que ocorrem
    - Sistólico;
    - Diastólico;
    - Contínuo
  2. Duração
    - Proto (começo)
    - Meso (meio)
    -Tele (fim)
    - Holo (completo) sistólico ou diastólico
  3. Intensidade
    - Presença de fatores relacionados, como gordura corporal, tórax enfisematoso, fluxo sanguíneo, frequência e etc
  4. Frequência (tonalidade)
    -Sopro grave ou agudo
  5. Timbre
    - Rude, áspero, suave, musical, pio de gaivota, em ruflar
  6. Configuração
    -Em crescendo: Intensidade aumenta progressivamente
    -Em decrescendo (aspirativo): Intensidade diminui progressivamente
    -Em crescendo-decrescendo (diamante): Intensidade aumenta no início, atinge um pico e depois reduz progressivamente
    - Plateau (em barra): Intensidade constante
  7. Localização e 8. Irradiação
    -Em qual ponto de ausculta é mais alto?
    -Não auscultar somente nos focos, mas sim no tórax todo
  8. Relação com respiração
    - A intensidade dos sopros geradas no VD sofrem influência da respiração
    - Sinal de Riveiro-Carvalho ocasiona no aumento do sopro de insuficiência tricúspide, enquanto o mitral permanece igual ou diminui
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3
Q

IBS, 39 anos, homem, branco…
Apresentou-se em consulta para check-up onde foi notada a presença de um sopro em formato de diamante.

  1. Qual a configuração desse sopro?
  2. Fica em que momento da ritmicidade cardíaca?
  3. Sugere quais patologias?
  4. É ocasionada por que movimentação sanguínea?
  5. Ocorre em que fase do ciclo?
A
  1. Em crescendo-decrescendo
  2. Entre B1 e B2
  3. Estenose aórtica ou pulmonar
  4. Ejeção
  5. Sistólico
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4
Q

Paciente encontra-se com sopro do tipo ruflar.

  1. Fica em que momento da ritmicidade cardíaca?
  2. Sugere quais patologias?
  3. É ocasionada por que movimentação sanguínea?
  4. Ocorre em que fase do ciclo?
A
  1. Entre B2 e B1
  2. Estenose mitral ou tricúspide
  3. Enchimento
  4. Diastólico
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5
Q

Paciente encontra-se com sopro em plateau.

  1. Qual a configuração desse sopro?
  2. Em que momento da ritmicidade cardíaca ocorre?
  3. Sugere quais patologias?
  4. É ocasionada por que movimentação sanguínea?
  5. Ocorre em que fase do ciclo?
A
  1. Em barra
  2. Entre B1 e B2
  3. Insuficiência mitral ou tricúspide
  4. Regurgitação
  5. Sistólico
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6
Q

Paciente encontra-se com sopro aspirativo.

  1. Qual a configuração desse sopro?
  2. Em que momento da ritmicidade cardíaca ocorre?
  3. Sugere quais patologias?
  4. É ocasionada por que movimentação sanguínea?
  5. Ocorre em que fase do ciclo?
A
  1. Em decrescendo
  2. Entre B2 e B1
  3. Insuficiência aórtica ou pulmonar
  4. Refluxo sanguíneo
  5. Diastólico
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7
Q

Defina atrito pericárdico

A

Trata-se do ruído ocasionado pelo atrito entre as camadas parietal e visceral do pericárdio (envolvidas por processo inflamatório), com duração relativamente prolongada, que podem ocorrer tanta na sístole quanto na diástole, concomitantemente ou isolados, sendo descritos como sons rudes ou ásperos à ausculta

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8
Q

FGR, 54 anos, homem, pardo, agnóstico, casado, heterossexual, natural e procedente de Campinas relata que sua filha que estuda medicina o auscultou e notou um sopro.
O sopro sistólica em focos da base possui alta frequência, configuração em diamante e rude.
Sobre isso, responda:

  1. Quais são os focos da base?
  2. O que está causando a presença do sopro e qual a patologia?
  3. O pico do sopro está relacionado a gravidade da valvopatia?
  4. O que é fenômeno de Gallavardin e manobra de Handgrip?
A
  1. Aórtico e pulmonar
  2. Ejeção pelas válvulas semilunares com obstrução, podendo tratar-se de estenose aórtica ou pulmonar
  3. Sim, quanto mais tardio indica maior a obstrução e piora do quadro
  4. Fenômeno de Gallavardin ocorre quando paciente com sopro de EAo importante e calcificada irradia para foco mitral.
    Manobra de Handgrip aumenta a resistência vascular periférica. Dessa forma, caso o sopro mitral suma, não há lesão mitral; Caso não, há lesão mitral concomitante.
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9
Q

Sopro sistólica em focos da base
Dê as características

A

Alta frequência
Rude
Configuração em diamante
Relacionado a EAo ou EP

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10
Q

IRH, 33 anos, negro, casado… Apresentou-se no PS com dispneia aos esforços, ortopneia, dispneia paroxística noturna, palpitação e dor torácica. Foi diagnosticado com insuficiência aórtica.

Sobre o diagnóstico, responda:
1. Qual a fase e focos que o sopro desse paciente vai apresentar?
2. Qual a configuração
3. Qual a frequência?
4. A duração do sopro está relacionado com a gravidade?
5. Qual outra causa possível para esse tipo de sopro?

A
  1. Sopro diastólico em focos da base
  2. Em decrescendo (aspirativo)
  3. Alta frequência
  4. Sim. Quanto maior a duração durante a diástole, pior o quadro
  5. Insuficiência pulmonar
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11
Q

Explique o sopro de Austin-Flint
Como diferenciar presença de lesão mitral?

A

Em casos de IAo importante, pode ocorrer sopro mesossistólico Ao por hiperfluxo e sopro mesodiastólico mitral por fluxo direcionado para VM, deixando-a semifechada durante a diástole ventricular.
Ou seja, o refluxo sanguíneo (esbarra) na valva mitral e não permite sua abertura plena, ocasionando no sopro.

Para verificar presença de lesão mitral, se houver estalido de abertura da valva endurecida e B1 hiperfonética, há lesão mitral. Caso negativo, não há.

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12
Q

Sopro diastólico em focos de base. Dê as características.

A

Alta frequência
Em crescendo-decrescendo (Ruflar)
Indica EM ou ET

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13
Q

INAS, 46 anos, branco, homem…..
Foi ao PS com palpitação e dispneia. Foi realizado o diagnóstico de insuficiência mitral.

Sobre o diagnóstico, responda:
1. Qual a fase do ciclo e focos desse sopro?
2. Qual a configuração?
3. Qual a frequência?
4. É ocasionado por qual movimentação sanguínea?
5. Em caso de sopro mesotelessistólico rude. Indica o que?
6. Qual outra causa possível para esse tipo de sopro?

A
  1. Sopro sistólico em focos de ápice
  2. Em platô
  3. Alta frequência
  4. Regurgitação
  5. Regurgitação por prolapso de valva mitral
  6. Insuficiência tricúspide
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14
Q

Sopro sistólico em focos de ápice
Dê as características

A

Alta frequência
Em barra (platô)
Indica regurgitação secundária a insuficiência mitral ou tricúspide

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15
Q

HGB, 45 anos, mulher, branca… Apresentou-se ao ambulatório de cardiologia com dispneia aos esforços. Foi diagnosticada com estenose mitral.

Sobre o diagnóstico, responda:
1. Qual a fase do ciclo e focos desse sopro?
2. Qual a configuração?
3. Qual a frequência?
4. O que está causando a presença do sopro e qual o movimento sanguíneo?
5. Qual o sinal patognomônico mais importante?
6. A duração do sinal e início do sopro está relacionada com a gravidade?
7. Qual outra causa para esse tipo de sopro?

A
  1. Sopro diastólico em focos de ápice
  2. Em decrescendo-crescendo (ruflar)
  3. Baixa frequência
  4. Obstrução pelas valvas atrioventricular - Enchimento
  5. Estalido (sinal patognomônico reumatismal)
  6. Sim. Quanto mais cedo, pior
  7. Estenose tricúspide
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16
Q

Defina estenose mitral e quais os principais achados anatomopatológicos

A

Caracteriza-se pela resistência ao fluxo sanguíneo transmita em razão do espessamento e da imobilidade dos folhetos valvares
Espessamento dos folhetos valvares, áreas de calcificação, fusão comissuras e encurtamento de cordoalhas.

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17
Q

Quais as causas para estenose mitral?

A

Sequela reumática, doenças infiltrativas (mucopolissacarídoses), lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatóide e estados serotoninérgicos.

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18
Q

Quais os principais marcadores de mau prognóstico da estenose mitral?

A
  • Desenvolvimento de sintomas;
  • Presença de fibrilação atrial associada;
  • Evolução para hipertensão pulmonar (PSAP - acima de 80 mmHg)
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19
Q

Qual a área valvar mitral normal e quando acometida por estenose mitral? Relacionando com os estágios e grad. pressão médio.

A

Normal = 4-6 cm2
Leve = 1,5-2,5 cm2 (Grad. pressão = 5-10mmHg)
Moderada = 1-1,5 cm2 (Grad. pressão = 10-15mmHg)
Severa = < 1 cm2 (Grad. pressão > 15mmHg)

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20
Q

Quais os sinais e sintomas da estenose mitral? Relacionando com estágios

A

Leve: Paciente assintomático, estalido de abertura

Moderada: Dispnéia, palpitações aos esforços, FM1 hiperfonética, estalido de abertura, sopro diastólico em ruflar, FP2 hiperfonética

Severa: Dispnéia aos mínimos esforços; ortopnéia; Dispnéia paroxística noturna; Tosse seca; Hemoptise; Estalido de abertura mais precoce e sopro mais duradouro; Cianose; Abaulamento paraesternal esq.; Ictus impalpável ou normal

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21
Q

Caracterize insuficiência mitral

A

Trata-se de regurgitação sanguínea para AE durante sístole ventricular, devido mau fechamento da valva.

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22
Q

Qual a classificação de causa para insuficiência mitral? Dê exemplos de cada

A

Primária: Resultante de deformidade da estrutura valvar
Ex: Prolapso valvar mitral, endocardite infecciosa, FR, traumas e deformidades congênitas

Secundária: Quando relacionada a outra doença cardíaca
Ex: Isquemia miocárdica; Cardiomiopatia hipertrófica; Disfunção ventricular esquerda do tipo sistólica

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23
Q

Quais os sinais e sintomas de insuficiência mitral?

A
  • Ictus Cordis não deslocado, mas com maior intensidade; Com a piora = globoso
  • SS de regurgitação em FM com irradiação para axila, com ou sem frêmito
  • 4° bulha
  • Dispnéia tardia
  • Fibrilação atrial
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24
Q

ABCDEF, 49 anos, mulher, top de linha…
Apresenta-se no PS com dispnéia tardia.
Ao exame físico foi constatado:
- Ictus cordis não deslocado, mas com maior intensidade
- Sopro sistólico em foco mitral com irradiação para axila, sem frêmito
- Presença de 4° bulha

Ao eletrocardiograma apresenta:
- Fibrilação atrial

Qual o diagnóstico?

A

Insuficiência mitral

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25
Q

GHIJ, 52 anos, homem tóxico…
Apresenta-se no ambulatório de cardiologia com dispnéia e palpitações aos esforços.
No exame físico foi constatado:
- Sopro diastólico em foco mitral
- Estalido de abertura
- FM1 hiperfonética
- FP2 hiperfonética

Qual o diagnóstico e configuração do sopro?

A

Estenose mitral - Ruflar

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26
Q

Caracterize estenose aórtica

A

É caracterizada como a obstrução de saída do sangue do VE para Aorta devido calcificação das estruturas valvares.

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27
Q

HBF, 33 anos, homem, cardiopata.
Foi realizado diagnóstico de estenose aórtica derivada de complicação reumática.
A qual outra patologia esse paciente está invariavelmente associado?

A

Estenose aórtica é invariavelmente associada a estenose mitral

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28
Q

Cite as causas de estenose aórtica

A

Causa congênita; calcificação de uma valva aórtica bicúspide; calcificação de uma valva aórtica tricúspide; EAo degenerativa; FR

29
Q

Estenose aórtica pode ocasionar em qual miocardiopatia?

A

Miocardiopatia hipertrófica de VE

30
Q

Como a estenose aórtica pode se relacionar com angina e possivelmente infarto?

A

Estenose aórtica –> Miocardiopatia hipertrófica de VE –> Aumento do consumo de O2 –> Não cumprimento da demanda –> Isquemia (Angina) –> Degeneração das miofibrilas –> Falência funcional de VE –> Infarto

31
Q

BBG, 68 anos, branco, modelo e gatão…
Apresentou-se ao ambulatório de cardiologia com dor na região torácica aos esforços, podendo chegar a síncope.
No exame físico foi constatado:
- Ictus cordis intenso, pouco deslocado para baixo e esq.
- Frêmito sistólico

Sabe-se que esse paciente não apresenta dislipidemia nem trombose como causa de angina. Sobre o caso, responda:
1. Qual o diagnóstico?
2. Qual o pulso esperado para esse paciente?
3. O que causa a angina deste paciente?
4. Qual o achado propedêutico a ausculta?

A
  1. Estenose aórtica
  2. Filiforme
  3. Aumento de demanda de O2 pelo miocárdio devido hipertrofia –> descoberta pelo ictus cordis intenso
  4. SS de ejeção, rude, com irradiação para lateral dir. do pescoço
32
Q

Caracterize insuficiência aórtica

A

Trata-se de regurgitação sanguínea da Aorta durante sístole ventricular, devido mal fechamento das valvas semilunares aórticas.

33
Q

ABC, 49 anos, feio que dói…
Paciente apresenta-se ao PS devido falta de ar (dispnéia), especialmente ao se deitar para dormir (ortopnéia). Além disso, também apresenta dor torácica ao realizar esforços (angina estável).
No exame físico foi constatado:
- Ictus cordis deslocado para baixo e esquerda, intenso
- Pressão sistólica alta; Pressão diastólica normal
- Sinal Pistol shot na ausculta da artéria femoral

Sobre o caso, responda:
1. Qual o diagnóstico e qual disfunção está ocasionando-o?
2. Qual o estado do coração?
3. Como é esperado o pulso desse paciente?
4. Quais sinais podem estar associados a esse diagnóstico?
5. Como deve estar o sopro desse paciente? Qual outra possibilidade?

A
  1. Insuficiência cardíaca esquerda, ocasionada por insuficiência aórtica.
  2. Dilatado e hipertrofiado
  3. Pulso em martelo d’agua
  4. Serão 4 sinais
    - Sinal de Musset (oscilações da cabeça acompanhando bpm)
    - Sinal de Minervini (Pulsação em base de língua)
    - Sinal de Duroziez (duplo sopro auscultado a compressão da A. Femoral)
    - Pistol shot auscultado a A. Femoral
  5. Sopro diastólico, em decrescendo (aspirativo), audível no foco aórtico ou aórtico acessório com irradiação para ponta. Pode se tratar de um sopro de Austin-Flint também.
34
Q

Defina estenose tricúspide

A

Trata-se da calcificação valvar tricúspide, ocasionando numa obstrução para passagem do sangue do AD para VD.

35
Q

Quando a estenose tricúspide é considerada importante?

A

Geralmente, é considerada importante quando a área valvar é menor que 1cm2 e o gradiente pressórico médio é maior que 5mmHg

36
Q

Caracterize insuficiência tricúspide

A

Trata-se da regurgitação tricúspide para o AD durante a sístole do VD, devido mal fechamento da valva tricúspide

37
Q

Quais as causas primárias para insuficiência tricúspide?

A

Doenças reumáticas, endocardite infecciosa, degeneração mixomatosa e doença congênitas (anomalia de Ebstein)

38
Q

Quais as causas secundárias para insuficiência tricúspide?

A

Sobrecarga ventricular direita decorrente de hipertensão pulmonar, a insuficiência cardíaca esq. (relacionada a valvopatia mitral) e isquemia de câmaras direitas.

39
Q

UDBFB, 54 anos, branco…
Apresenta-se no PS com queixa de linha no pescoço inchada, além de pernas inchadas.
Os achados do exame físico foram:
- Edema de MMII
- Estase jugular
- Hepatoesplenomegalia
- Ascite

Sobre o caso, responda:
1. Qual o diagnóstico?
2. Como encontra-se o coração dessa paciente?
3. Qual o achado propedêutico a ausculta? É amplificado por alguma manobra?

A
  1. Insuficiência tricúspide
  2. Hipertrofia de VD
  3. Sopro holossistólico de alta frequência que aumenta com manobra de Ribero-Carvalho
40
Q

Defina insuficiência pulmonar

A

Trata-se da regurgitação do sangue da Artéria Pulmonar durante a diástole do VD devido mal fechamento das valvas semilunares pulmonares.

41
Q

Cite causas para insuficiência pulmonar

A

A principal etiologia é hipertensão pulmonar.
Endocardite infecciosa, sequela reumática, síndrome carcinoide, pós-operatório de tetralogia de Fallot e após valvuloplastia pulmonar por cateter-balão

42
Q

O que pode ocasionar a síndrome de Marfan e o qual estrutura é comprometida? Além, qual outra possível consequência pela mesma etiologia?

A

Insuficiência pulmonar pode resultar na dilatação do anel valvar, como na síndrome de Marfan.
Diltação idiopática do tronco pulmonar.

43
Q

Como quantificar a gravidade da insuficiência pulmonar?

A

grav./mmHg PSAP PMAP

Leve 40-50 25-34
Moderada 51-60 35-45
Grave >60 >45

PSAP = pressão sistólica da AP
PMAP = pressão média da AP

44
Q

Caracterize prolapso mitral

A

Trata-se da regurgitação sanguínea para AE durante sistóle VE devido protrusão valvar de uma ou ambas cúspides valvares para dentro do AE.

45
Q

Em qual faixa etária e sexual ocorre arritmia de forma mais frequente?

A

Arritmia em jovens e mulheres

46
Q

Paciente é diagnósticado com prolapso mitral, qual o achado propedêutico a ausculta?

A

Clique mesossitólico em FM com ou sem sopro

47
Q

Paciente apresenta prolapso mitral. Quais as causas mais comuns?

A

FR e degeneração mixomatosa

48
Q

Caracteriza comunicação interatrial (CIA) e qual sua forma mais comum?

A

Comunicação entre átrio dir. e esq. ocasionando no turbilhonamento de sangue
Sua forma mais comum é osmium secundem (orifício na fossa oval)

49
Q

Hiperfluxo pulmonar por causa atrial. Qual a patologia e fisiopatologia?

A

CIA
A comunicação ocasiona no turbilhonamento de sangue, passando do AE para AD devido diferença de pressão. Dessa forma, ocorre maior enchimento do VD e por fim hiperfluxo pulmonar.

50
Q

Quais os sintomas da CIA? Em que período da vida?

A

Bronquite de repetição e dispnéia de esforço
Só na vida adulta, exceto quando CIA muito ampla

51
Q

NVHF, 33 anos, mulher, branca…
Apresenta-se no PS com queixa de dispnéia de esforço. Após pesquisa, é notada bronquite de repetição.
Foi diagnosticado comunicação interatrial.
Quais os achados propedêuticos?

A

Desdobramento fixo de FP2, SS de ejeção de pequena intensidade, localizado na área pulmonar.

52
Q

NVHF, 33 anos, mulher, branca…
Apresenta-se no PS com queixa de dispnéia de esforço. Após pesquisa, é notada bronquite de repetição.
Ao exame físico, constatou-se desdobramento fixo de FP2, SS de ejeção de pequena intensidade, localizado na área pulmonar e ausência de frêmito.

Qual a patologia?

A

Comunicação interatrial

53
Q

Caracterize comunicação interventricular (CIV)

A

Trata-se de passagem de sangue do VE para VD devido comunicação entre os mesmo.
Normalmente, se estabelece na porção membranosa.

54
Q

Como se dá o hiperfluxo pulmonar derivado de CIV?

A

A comunicação ocasiona no turbilhonamento de sangue, passando do VE para VD devido diferença de pressão. Dessa forma, ocorre maior enchimento do VD e por fim hiperfluxo pulmonar.

55
Q

Qual o fator dependente para magnitude das manifestações clínicas de CIV e como se dão em cada estágio?

A

Dependem da magnitude do oríficio
1. Pequeno: Sem repercussão hemodinâmica
2. Mediano: Dispnéia ao mamar; Demora no ganho de peso; Propensa a infecções respiratórias
3. Grande: Desenvolvimento precoce de insuficiência cardíaca

56
Q

IRB, 2 meses, apresenta-se ao ambulatório de pediatria com dispnéia ao mamar e demora no ganho de peso.
Ao exame físico, foi constatado:
- Hiperfonese de P2,
- Sopro holossistólico em regurgitação, mais intenso em 4° e 5° EIC, irradiação para hemitórax dir.
- Frêmito mesocárdico

Qual o diagnóstico e magnitude da doença e defeito?

A

CIV; moderado

57
Q

Quais os achados propedêuticos para CIV?

A
  • Hiperfonese de P2,
  • Sopro holossistólico em regurgitação, mais intenso em 4° e 5° EIC, irradiação para hemitórax dir.
  • Frêmito mesocárdico
58
Q

Caracterize persistência do canal arterial (PCA)

A

Conduto que conecta a AP a Ao durante a vida fetal. Se persistente, cardiopatia congênita

59
Q

INFR, 32 anos, branca, grávida de menina…
Apresenta-se ao GO devido caso de rubéola e preocupação com gravidez.

Devido ao sexo do bebê e patologia adquirida pela mãe, qual a patologia com chance para o bebê?

A

Persistência do canal arterial

60
Q

Em caso de PCA, quais os achados propedêuticos?

A

Sopro em maquinaria no 1° e 2° EIC, diminui a inspiração

61
Q

Caracterize coarctação de Aorta

A

Caracteriza-se como uma alteração obstrutiva na união do arco com a Aorta descendente

62
Q

Coarctação de aorta é uma lesão isolada ou está associada a outras anomalias? Quais?

A

Depende. Ela pode ser uma lesão isolada ou estar associada a outras anomalias.
Como valva aórtica bivalvular, PCA, CIV, Estenose Ao valvar ou subvalvar.

63
Q

Qual a relação da coarctação de Aorta com a síndrome de Turner?

A

Trata-se da malformação cardiovascular mais frequente

64
Q

Questão difícil, quero ver quem acerta de primeira! Depois me fala hehe - Bruno

IASNE, pardo, homem, 44 anos etc
Apresentou-se ao ambulatório de cardiologia com dor na região torácica aos esforços, podendo chegar a síncope.
No exame físico foi constatado:
- Ictus cordis intenso, pouco deslocado para baixo e esq.
- Frêmito sistólico
- Ausência de pulsos dos MMII, associado a presença de pulsos amplos e HA nos MMSS
- Hiperfonese FA2 e FM2
- Estalido proto-sistólico aórtico, principalmente na área mitral

Sabe-se que este paciente apresenta 2 patologias, uma associada a outra.
1. Quais são os diagnósticos?
2. O que a hiperfonese de B2 indica?
3. O que o estalido proto-sistólico aórtico indica?
4. Esse paciente apresentará 2 sopros. Um posterior e outro geral. Quais são eles?

A
  1. Estenose aórtica valvar associada a coarctação de Aorta
  2. Tradução de regime de hipertensão no território sistêmico
  3. Dilatação da Aorta na porção ascendente
  4. SS de ejeção, rude com irradiação para lat. dir. do pescoço.
    Sopro ocupando meso-telessístole e se estendendo até proto-mesodiastóle na região do dorso esq. (turbulência no local da CoA)
65
Q

Quais os 4 defeitos congênitos da tetralogia de Fallot?

A

CIV + estenose pulmonar infundibular + dextroposição de Aorta + HVD = tetralogia de Fallot

66
Q

CIV + estenose pulmonar infundibular + dextroposição de Aorta + HVD = ?

A

Tetralogia de Fallot

67
Q

Qual defeito congênito define a gravidade da tetralogia de Fallot?

A

Estenose pulmonar (cianose permanente ou apenas após esforço)

68
Q

Como se dá o alívio dos sintomas na tetralogia de Fallot? Explique a fisiologia.

A

Posição de cocóras
Aumento da RAP que se transmite a raiz de Aorta e VE –> diminuição do shunt D –> E –> Aumento do fluxo pulmonar

69
Q

ABC, 2 meses, sexo feminino, negra…
Encontra-se na UTI.
Achados do exame físico:
- Cianose central
- 2° bulha cardíaca única, de alta intensidade, metálica, mais audível no FT
- SS de ejeção na área pulmonar

Sobre o caso, responda
1. Qual o diagnóstico?
2. O que causa a B2?
3. Em caso da cianose permanente, qual o prognóstico?

A
  1. Tetralogia de Fallot
  2. Fechamento da aórtica que está interiorizada pela sua dextroposição
  3. Muito ruim (provavelmente incompatível com a vida)