Propedêutica do Casal Infértil Flashcards

1
Q

O que é a infertilidade?

A

É a ausência de gravidez após 1 ano de relações sexuais sem uso de métodos contraceptivos

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2
Q

O que é a infertilidade primária?

A

É a infertilidade quando não houver gestação anterior

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3
Q

O que é a esterelidade?

A

É a incapacidade total, do casal, de gerar filhos

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4
Q

O que é a fecundidade?

A

É a probabilidade de conseguir uma gestação num só ciclo menstrual (Sendo que, estatisticamente, é de 20%)

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5
Q

O que é a infertilidade secundária?

A

É a infertilidade quando já houve gestação anterior

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6
Q

Quais os principais fatores de risco para a infertilidade?

A

1) Idade
2) Tabagismo
3) Obesidade (IMC>27)
4) Desnutrição/Baixo peso (IMC<17)
5) Doença inflamatória pélvica
6) Endometriose
7) Fatores ambientais ou ocupacionais

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7
Q

Quais as principais causas de infertilidade nas mulheres?

A

1) Desordens ovulatórias (a exemplo de SOP, hiperprolactinemia, transtorno da tireoide e doenças da adrenal)
2) Obstrução tubária (Fator tubo-ovariano e, uma grande parte, causada pela DIP - Doença inflamatória pélvica)
3) Endometriose (É uma causa isolada, pois pode ser causa de infertilidade por obstrução tubária ou por desordem ovulatória)
4) Outras causas idiopáticas

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8
Q

Qual o objetivo da realização de uma propedêutica da infertilidade?

A

Individualizar os possíveis fatores responsáveis pela infertilidade e orientar uma conduta terapêutica.

OBS.: É preciso enfatizar que a infertilidade é um problema do casal.

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9
Q

Qual a relação entre a idade e a infertilidade?

A

Há uma baixa produção de gametas, e da qualidade dessas células. Além disso, quando a paciente com útero possui mais de 30 anos, se classifica o casal como infértil a partir de 6 meses e deve-se iniciar a investigação.

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10
Q

Quais os fatores masculinas que podem ser causas de infertilidade?

A

1) Ausência total ou parcial de espermatozoides
2) Alteração na motilidade
3) Forma
4) Anticorpos anti-espermáticos
5) Varicocele

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11
Q

Qual o passo a passo da investigação da infertilidade?

A

A) Anamnese detalhada
B) Exame físico minucioso
C) Exames complementares inespecíficos
D) Investigação com exames específicos

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12
Q

Quais aspectos devem ser pesquisados na anamnese da paciente feminina?

A

1) Idade da mulher
2) Tempo de exposição à infertilidade e tratamentos já realizados
3) História ginecológica e regularidade do ciclo menstrual
4) Gestações anteriores e problemas obstétricos (ex.Sd Asherman)
5) Vida sexual e uso de lubrificantes e duchas vaginais
6) Presença de dispaurenia e/ou dismenorreia
7) Hábitos de vida: etilismo, tabagismo e uso de drogas ilícitas
8) Cirurgias abdominais prévias
9) Antecedentes de DST (DIP) e infecções recorrentes do trato urinário
10) Atividade profissional e exposições ambientais e ocupacionais
11) Uso de medicamentos e métodos contraceptivos
12) Doenças sistêmicas: autoimunes, endócrinas, infectocontagiosas,
neoplasias, etc

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13
Q

Quais os aspectos avaliados no exame físico da paciente feminina?

A

1) Peso, altura, IMC, biótipo, distribuição dos pelos (para saber se tem síndrome
hiperandrogênica), galactorreia, PA, palpação da tireoide
2) Exame ginecológico completo: avaliar posição e mobilidade do útero, bem como presença de dor a sua manipulação; pesquisar nódulos nos ligamentos uterossacrais e septo vaginal

OBS.: O exame físico ginecológico é normal na maioria das mulheres inférteis.

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14
Q

Quais os exames complementares que devem ser solicitados na investigação feminina?

A

1) Hemograma e glicemia
2) Sorologias para: hepatites virais, HIV, sífilis, clamídia, toxoplasmose, rubéola e citomegalovírus.
3) Dosagens hormonais: FSH, LH, estradiol, prolactina, TSH, T4 livre, testosterona, S-DHE e 17-0H-progesterona.

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15
Q

Na investigação específica masculina, o que deve ser feito para observar o fator masculino?

A

O espermograma, que devem seguir as orientações de coleta e análise, para padronizar os resultados:
A) Amostra colhida após masturbação
B) Amostra colhida após abstinência de 3-5 dias
C) Amostra examinada em, no máximo, 2-3 horas.
OBS.: É necessário que existam o mínimo de 2 coletas espaçadas por 4 semanas.

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16
Q

Quais os parâmetros avaliados no espermograma?

A

1) Cor: opaca (alterações sugerem infecções)
2) pH: pH elevado – sugere obstrução ou agenesia dos ductos ejaculatórios, vesículas seminíferas e/ou ductos deferentes
3) Volume: maior ou igual 2ml
A) <2 ml= HIPOESPERMIA, sugere obstrução de vias
eferentes, ejaculação retrógrada
B) > ou = 5ml=HIPERESPERMIA sugere infecção da próstata e/ou vesículas seminíferas
4) Concentração: > 20 milhões/ml
A) OLIGOZOOSPERMIA <20milhões/ml
B) OLIGOZOOSPERMIA SEVERA <5 milhões/ml
C) AZOOSPERMIA: ausência de espermatozoides
5) Motilidade: A> ou igual 25%, A+B> ou igual 50%
A) movimento progressivo linear rápido
B) movimento progressivo linear lento ou não linear
C) movimento não progressivo
D) imóvel
*ASTENOZOOSPERMIA: <50% de espermatozoides
móveis graus A e B – disfunção testicular
6) Vitalidade > 50% vivos (normal)
A) NECROZOOSPERMIA < 50% de espermatozoides vivos
7) Morfologia: >14% (Kruger,1986) ou >15% (OMS,1999) não
apresentam pequenas normalidades
A) Teratozoospermia <14-15% de formas normais – indicação de ICSI, pelo baixo índice de sucesso da FIV.

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17
Q

Onde são, de forma mais expressiva, observadas alterações no espermograma?

A

A) Cabeça: sugere processo tóxico, como na varicocele
B) Peça intermediária: sugere causa genética ou distúrbio da
capacitação espermática no epidídimo
C) Anomalias na cauda: sugere processo infecciosoinflamatório ou problemas genéticos
D) Leucócitos: são anormais ejaculados com > 1 milhão de leucócitos/mL – processos inflamatórios ou presença de células
germinativas imaturas (OMS)

18
Q

Quais são as alterações mais comuns encontradas no espermograma?

A

1) Diminuição do número de espermatozoides
2) Pouca mobilidade dos espermatozoides
3) Espermatozoide anormais
4) Ausência de produção de espermatozoides

19
Q

Quais são os fatores que interferem na produção e motilidade dos espermatozoides (IPP)?

A

1) Idade
2) Temperatura
3) Uso de drogas entorpecentes ou terapêuticas
4) Álcool
5) Atividade sexual
6) Nutrição
7) Stress

20
Q

Quais são as doenças mais comuns observadas na investigação masculina?

A

A) Varicocele
B) Infecções (a exemplo de Clamídia, que pode causar obstrução dos ductos deferentes)
C) Problemas cromossômicos/genéticos
D) Malformações

21
Q

No que se baseia a pesquisa de problemas hormonais da mulher e da ovulação?

A

Na pesquisa da reserva folicular ovariana, na presença de ovulação/anovulação e defeitos da mesma (a exemplo de disovulias/insuficiência do corpo lúteo).

22
Q

Como se avalia o potencial ovariano?

A

1) Dosagem do FSH no 3º dia do ciclo menstrual, que é o melhor para refletir a reserva ovariana.
OBS.1: Quanto MAIOR o FSH basal, menor é a reserva folicular (e vice-versa).
2) Teste de clomifeno
3) Dosagem de inibina B
4) Dosagem de AMH (hormônio antimulleriano)

23
Q

O que é a dosagem do FSH no 3º dia do ciclo menstrual?

A

É um exame clássico para avaliar o potencial ovariano, feito muito em mulheres com mais de 35 anos (com menos não espera que essa reserva esteja baixa).

VALORES:
<15mUI/ml = boa reserva.
>25mUI/ml = baixa reserva, com pior prognóstico de tratamento.

24
Q

Qual a importância do FSH na infertilidade?

A

Já que o FSH é um hormônio folículo
estimulante, aumenta de acordo com o ciclo menstrual para aumentar a produção de folículos, o folículo crescendo produz
estrogênio, que vai diminuir o FSH por feedback negativo. No
decorrer da vida, a mulher vai perdendo os óvulos e precisa cada
vez de mais FSH para estimular esses óvulos, logo, quanto mais
alto o FSH pior a reserva dela, logo produz menos estrogênio.

25
Q

Na prática clínica, quais exames são solicitados para avaliar o potencial ovariano?

A

É o FSH, primordialmente, que é coberto pelo SUS. Sendo que, quando o resultado é alterado, é solicitado o exame de dosagem do AMH (hormônio antimulleriano) - porém este é mais caro, e muitas vezes não é coberto pela rede privada de saúde.

26
Q

O que é o teste do clomifeno?

A

É um teste de avaliação do potencial ovariano, no qual dosa-se o FSH no 3º dia do ciclo e, em seguida, prescreve-se o citrato de clomifeno do 5º ao 9º dia do ciclo. No 10º dia dosa-se novamente o FSH.

VALORES > 26mUI/mL = baixa reserva.

27
Q

O que é a dosagem de inibina B?

A

É um exame complementar para avaliar o potencial ovariano, na qual se dosa um marcador produzido pelo folículo ovariano, que realiza um feedback negativo no FSH.

Logo, quanto mais baixa a inibina B, pior é o resultado.

28
Q

O que é a dosagem de AMH?

A

É um exame complementar para avaliar o potencial ovariano, na qual se dosa o hormônio antimulleriano, que é produzido em pequenas quantidades pelos folículos ovarianos.
Logo, quanto menor a [AMH], menor a reserva ovariana.

A vantagem desse exame é que o AMH tem uma produção constante, podendo ser dosado em qualquer fase do ciclo.

29
Q

Quando realizar exames para avaliar a ovulação e a fase lútea?

A

Em geral, para pacientes que possuem problemas na ovulação com sintomas clássicos como menstruações irregulares e oligomenorréia (intervalos muito longos).

30
Q

Quais são os exames que avaliam a ovulação e a fase lútea?

A

1) USG transvaginal seriada
2) Dosagem de progesterona na segunda fase do ciclo
3) Biópsia de endométrio

31
Q

O que se observa na USG transvaginal seriada na pesquisa de ovulação e da fase lútea?

A

No período periovulatório, se visualiza o crescimento do folículo e o seu desaparecimento após a ovulação.

32
Q

Como é feita a dosagem de progesterona na segunda fase do ciclo menstrual?

A

A coleta de sangue deve ser feita entre o 19º e 22º dia do ciclo menstrual.

Os valores <2ng/ml são compatíveis com anovulação, e valores >10 ng/ml são sugestivos de fase lútea equilibrada.

OBS.: Quando ovula tem aumento da progesterona, e se não ovula, não há progesterona.

33
Q

O que se procura nos exames complementares do fator anatômico/tubo-peritoneal?

A

A integridade anatômica do útero, das tubas e do colo uterino.

34
Q

Quais são os exames complementares do fator anatômico/tubo-peritoneal?

A

1) USG transvaginal
2) Histerossalpingografia
3) Sorologia para clamídia
4) Histeroscopia

35
Q

O que é o USG transvaginal, e quais os seus potenciais diagnósticos para questões do fator anatômico/tubo-peritoneal?

A

É um exame simples e pouco invasivo, que é importante na avaliação inicial da mulher infértil, fornecendo informações importantes sobre a anatomia dos órgãos pélvicos e deve ser realizado na fase folicular tardia, para melhor visualização do endométrio, miométrio e ovários.

Os potenciais diagnósticos são:
1) Do útero: miomas uterinos (tamanho e localização); pólipos;
anomalias estruturais, como alterações do formato do útero
(útero bicorno ou didelfo); alterações anatômicas do endométrio
2) Dos ovários: cistos, tumores e aspecto policístico

36
Q

O que é a histerossalpingografia para avaliação dos fatores anatômicos/tubo-peritoneal?

A

É um exame contrastado do aparelho genital feminino, que é essencial na avaliação da infertilidade pois informa as condições de permeabilidade das tubas e traz informações sobre a integridade da cavidade uterina.

37
Q

O que deve ser avaliado nas chapas dos exames de histerossalpingografia na avaliação dos fatores anatômicos/tubo-peritoneal?

A

Estenoses, sinéquias (aderências), septos, pólipos, malformações uterinas, obstruções tubárias e lesões mínimas tubárias.

OBS.: Quando a prova de COT é positiva, indica trompas pérvias com passagem do contraste.

38
Q

Qual a razão de realizar sorologia para clamídia (por imunotestes) para avaliação dos fatores anatômicos/tubo-peritoneal?

A

A bactéria, que é transmissível sexualmente, pode causar obstrução das trompas, alterações do colo uterino e é ruim para fertilidade.

39
Q

Qual a razão de realizar Histeroscopia para avaliação dos fatores anatômicos/tubo-peritoneal?

A

É o melhor exame para avaliar a cavidade endometrial, podendo servir como terapêutica; sendo que, geralmente, só é indicada quando há alterações na USG transvaginal ou na histerossalpingografia.

OBS.: Esse exame informa pouco sobre as tubas uterinas.

40
Q

Quais o exame complementar solicitado para avaliar o fator endometriose?

A

Videolaparoscopia, que é o padrão-ouro para avaliar a cavidade pélvica.
Geralmente, é indicada quando há obstrução tubária na Histerossalpingografia ou na suspeita de endometriose.

OBS.: As alterações na
permeabilidade tubária, aderências e endometriose são diagnosticadas e podem, ao mesmo tempo, ser tratadas cirurgicamente.

41
Q

Qual a razão de buscar fatores imunológicos nos exames complementares da infertilidade?

A

Realizar uma pesquisa da incompatibilidade entre o muco cervical e o espermatozoide, o embrião e o útero, ou entre os gametas femininos e masculinos, causada pela hostilidade, a mulher pode rejeitar esse feto.

42
Q

O que se procura realizar no tratamento da infertilidade?

A

Basicamente, trata-se a causa, tenta também meios alternativos, entre elas:
1) Técnicas de reprodução assistida, fertilização in vitro (os melhores espermatozoides são
escolhidos, captados)
2) Injeção intracitoplasmática de espermatozoides (pega-se um espermatozoide, um óvulo, unindo-os no microscópio, é muito usada nos homens que
tem a produção muito baixa de sptz).