Pneumonias e Suas Complicações Flashcards

1
Q

Qual a importância da pnm?

A

É a 3a maior causa de morte no Brasil, apesar de sua mortalidade ter diminuído.

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2
Q

Por que é dito que hoje nós criamos um ambiente para a pnm ocorrer?

A

Pois hoje a medicina permite que muitos pacientes vivam mais tempo com condições que predispõem à pnm (idosos, IMSP, uso de drogas IMSP, DPOC, DM, ICC) e o uso de técnicas invasivas que servem como porta de entrada para a pnm (IOT e acesso venoso profundo).

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3
Q

O que é a pnm do ponto de vista histopatológico?

A

É o preenchimento do alvéolo por infiltrado necroinflamatório (neutrófilos, debris, exsudato, bactérias). É diferente de pneumonite (inflamação predominante no interstício - septos alveolares).

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4
Q

O que é a pnm do ponto de vista clínico?

A

A infecção aguda do pulmão.

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5
Q

O que é a pneumonia adquirida na comunidade (PAC)?

A

Pnm em:

  • Sem hx de internação > 48h nos últimos 90 dias.
  • Sem hx de ATB EV, QT ou úlcera de pressão nos últimos 30 dias.
  • Não oriundos de unidades especiais de internação prolongada (asilos).
  • Não estão sob tratamento em clínica de diálise.
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6
Q

Uma pessoa que está internada e desenvolve pnm possui pnm hospitalar?

A

NÃO NECESSARIAMENTE: PAC se antes de 48h de internação.

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7
Q

Qual a definição de PAH e PAVM?

A

PAH: pnm iniciada após 48h de internação.
PAVM: pnm iniciada após 48h de IOT + VM.

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8
Q

Quais os tipos histopatológicos da pnm?

A

Lobar ou broncopnm.

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9
Q

Qual o protótipo da pnm lobar?

A

A pnm pelo PNEUMOCOCO.

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10
Q

Quais as características microbiológicas do pneumococo?

A

Coco gram positivo.

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11
Q

Quais as formas de aquisição de pnm?

A

Aspiração (microaspiração - diminuição do sistema imunológico ou germe muito virulento), hematogênica, inalação e extensão direta.

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12
Q

Qual a fisiopatologia da pnm pelo pneumococo?

A

Ao atingir os alvéolos de um indivíduo suscetível, desencadeira uma resposta inflamatória rápida e agressiva. Ele se multiplica nos alvéolos e liberam substâncias vasodilatadoras e quimiotáxicas, promovendo a evolução da pnm em 4 fases distintas. A ocupação do alvéolo em uma grande área do parênquima é a consolidação/condensação alveolar.

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13
Q

Como os alvéolos se comunicam?

A

Através dos poros de Kohn.

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14
Q

Quais as fases evolutivas da pnm lobar?

A

Congestão, hepatização vermelha, hepatização cinzenda e resolução/organização.

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15
Q

O que ocorre na fase de congestão da pnm pneumocócica?

A

Há intensa multiplicação bacteriana com grande liberação de vasodilatadores, promovendo congestão venosa e exsudação de fibrina com poucos neutrófilos.

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16
Q

O que ocorre na fase de hepatização da pnm pneumocócica?

A

Vermelha: o exsudato contém hemácias e neutrófilos em grande quantidade, ocupando totalmente o alvéolo e mudando a composição do pulmão de ar para líquido (hepatização). Por conter hemácias, é vermelha.
Branca: hcs se desintegram e o exsudato contém basicamente neutrófilos e debris, sendo a fase supurativa da pnm. A cor torna-se cinza.

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17
Q

O que ocorre na fase de organização/resolução da pnm pneumocócica?

A

O exsudato é substituído por um material semifluido de debris celulares, que são consumidos por macrófagos até a resolução. Na maioria, o parênquima volta ao normal. Pode haver ou não (mais comum por outras bactérias) a destruição dos septos alveolares (pneumococo não é comum).

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18
Q

Quando é dita pnm lobar?

A

Quando todo um lobo pulmonar é consolidado.

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19
Q

Qual o tipo mais comum de pnm e por quem é causada?

A

A broncopnm, sendo causada, principalmente, pelo pneumococo.

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20
Q

Qual a principal causa da pnm lobar?

A

O pneumococo (95%!!!).

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21
Q

O que caracteriza a broncopnm?

A

A presença de múltiplos focos coalescentes de consolidação alveolar, distribuindo-se na região peribrônquica.

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22
Q

Quais os tipos de pnm de acordo com a clínica? Explique.

A

Típica: quadro hiperagudo e mais evidente - febre alta com calafrios, dor pleurítica, queda no estado geral, tosse com expectoração e imagens+.
Atípica: quadro subagudo, febre não tão alta, calafrios infrequentes, tosse seca.

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23
Q

Qual o principal agente da pnm típica e atípica?

A

Típica: pneumococo.

Atípica: Mycoplasma pneumoniae.

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24
Q

Qual o fator que mais influencia na apresentação clínica da pnm?

A

O estado imunológico do paciente, pois não é infrequente pacientes IMSP apresentarem quadros atípicos sendo causados por pneumococo, como AIDS e idosos.

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25
Q

Quais os tipos de germes que causam a pnm?

A

Típicos: pneumococo, S. aureus, Pseudomonas, Klebsiella, Haemophilus influenzae, Moraxella catarrhalis.
Atípicos: Mycoplasma pneumoniar, Chlamydia pneumonia e psitacii e Legionella pneumophila.

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26
Q

Qual tipo clínico de pnm os vírus promovem e quem são eles?

A

Atípica. Influenza (p), parainfluenza e adenovírus.

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27
Q

Qual a relação do tipo de germe causador da pnm com o ATB para tratar?

A

Típicos: beta-lactâmicos.

Atípicos: macrolídeos.

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28
Q

Quais os FR para resistência do pneumococo aos beta-lactâmicos?

A

Uso de ATB há menos de 3 meses, comorbidades ou IMSP.

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29
Q

Como fazer dx do pneumococo na beira do leito?

A

Através da pesquisa do antígeno urinário!!!

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30
Q

Quais as características microbiológicas do Mycoplasma pneumoniae?

A

NÃO cora com GRAM.

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31
Q

Qual a peculiaridade do QC do Mycoplasma pneumoniae?

A

Gripão e pode causar: otalgia, miringite bolhosa (vesículas na membrana timpânica - MUITO sugestiva desse agente), anemia hemolítica por crioaglutininas, elevação de IgM, Stevens-Johnson (eritema multiforme major: lesões eritematovesiculares em alvo e bolhas com predomínio em junções mucocutâneas), Guillain-Barré e Raynaud.

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32
Q

Quais as características microbiológicas e clínicas da Chalmydia pneumoniae?

A

Não cora com gram, o quadro é leve de febre, tosse, IVAS (faringite, laringite, sinusite).

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33
Q

Quais as peculiaridades das C. trachomatis e psitacci?

A

Trachomatis: não faz pnm, mas sim IST (linfogranuloma venéreo).
Psitacci: faz pnm e está associado a pássaros.

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34
Q

Qual o QC e tto da pnm por influenza?

A

QC: febre + tosse seca + fadiga + algias, podendo evoluir com SDRA.
Tto: oseltamivir SE: SDRA ou risco alto (> 60a, IMSP, IMC > 40, gestantes.

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35
Q

Qual a microbiologia do Haemophilus influenzae e sua epidemiologia?

A

Cocobacilo GN. Mais comum em DPOCíticos.

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36
Q

Qual a microbiologia da Moraxella catarrhalis e sua epidemiologia?

A

DPOC (grande fator de descompensação desses paceintes), diplococo GN.

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37
Q

Qual a microbiologia da Klebsiella pneumoniae e sua epidemiologia?

A

Alcoólatra, diabético. BGN. Faz a pnm do “lobo pesado”. O quadro geralmente é grave.

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38
Q

Qual a microbiologia do S. aureus e sua epidemiologia?

A

CGP em cachos. Drogaditos IV, pneumopatia estrutural (FC, bronquiectasias), pós-influenza. Pneumatoceles, DP, abcesso (> 2 cm), pneumonia necrosante (< 2 cm).

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39
Q

Qual a microbiologia da Pseudomonas aeruginosa e sua epidemiologia?

A

Pneumopatia estrutural (FC, bronquiectasia) e neutropênico. Bastonete GN.

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40
Q

Quando pensar em pnm por anaeróbios?

A

Quando houver macroaspiração, geralmente em pacientes com dentes em má conservação. A flora geralmente é mista (aeróbios + anaeróbios).

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41
Q

Qual a microbiologia da Legionella pneumophila e sua epidemiologia?

A

Germe atípico, cocobacilo GN (difícil). Faz um quadro grave e está relacionado com ar condicionado.

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42
Q

Quais as peculiaridades do QC da Legionella?

A

Pode fazer o sinal de Faget (febre sem taquicardia), alterações GI, SIADH (hiponatremia) e elevação de transaminases. Assim como o pneumococo, existe antígeno urinário para dx.

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43
Q

Qual a fisiopatologia da pnm?

A

Na grande maioria das vezes o patógeno atinge os alvéolos por MICROASPIRAÇÃO do materia das VAS, sendo que primeiro há a colinização delas pelo patógeno (menos comum: hematogênica - SA - ou aerossol - Legionella). No entanto, a ocorrência da pnm depende da quebra do equilíbrio com a defesa do hospedeiro (muco, cílios, TOSSE, IgA), do agente apresentar alta virulência ou do inóculo ter muitas bactérias.

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44
Q

Quais os FR para pnm que deprimem a defesa do hospedeiro?

A

Idade avançada, tabagismo, DPOC, alcoolismo, DM, ICC, uremia, infecções virais, queda no NC, doença cerebrovascular.

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45
Q

Qual os principais agentes etiológicos da PAC em ordem decrescente?

A

Pneumococo > M. pneumonias > C. pneumoniae > vírus > HI > Legionella.

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46
Q

Quais os agentes típicos da PAC? E atípicos?

A

Típicos: coram pelo gram e respondem à beta-lactâmicos. Pneumococo (diplococo GP), HI (cocobacilo GN), Klebsiella pneumoniae (BGN), S. aureus (CGP)
Atípicos: não respondem a beta-lactâmicos e não coram pelo gram. M. pneumoniae, Legionella pneumophila

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47
Q

Qual o QC típico da pnm?

A

Hiperaguda (2-3d), calafrios, febrão, dor pleurítica, tosse com expectoração. EF: prostração, taquipneia, traquicardia, estertores inspiratórios, sd de consolidação (som bronquial, aumento do FTV, submacicez, broncofonia e pectorilóquia fônica) e sd do DP (abolição do MV e FTV, submacicez e egofonia).

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48
Q

O que é a broncofonia, pectorilóquia fônica e a egofonia?

A

Broncofonia: ausculta nítida do “33” (o normal é ser abafado).
Pectorilóquia fônica: ausculta nítida do “33” sussurrado (normalmente não é audível).
Egofonia: ausculta anasalada do “33”.

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49
Q

Qual o laboratório da pnm típica?

A

Leucocitose com desvio à esquerda. As outras séries geralmente estão normais. Pode ocorrer leucopenia (sinal de mau prognóstico). Pode haver alteração de natremia (Legionella), elevação de escórias N (sepse, NIA), alterações na PGA (hipoxemia, alcalose respiratória).

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50
Q

Qual a peculiaridade do QC em idosos?

A

Muitas vezes, os únicos sinais de pnm podem ser a prostração, desorientação e taquicardia!!! Sem nenhum outro comemorativo da pnm.

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51
Q

Em quais casos a pnm pode apresentar rx normal?

A

Infiltrado retrocárdico, infiltrado muito tênue (só pode ser visto na TC) e técnica incorreta.

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52
Q

O que é visto no rx da pnm típica?

A

INFILTRADO PULMONAR: geralmente são múltiplas condensações coalescentes, havendo broncograma aéreo. Pode identificar complicações: DP, atelectasias.

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53
Q

Como a radiografia pode auxiliar a definir o agente etiológico?

A

Pneumococo: lobar.
Klebsiella: pnm do “lobo pesado” (abaulamento da cisura).
S. aureus: pneumatoceles (lesões císticas com paredes finas e contendo ar).
Cavitações (< 2 cm pnm necrosante e > 2 cm com nível é abcesso): Klebsiella, S. aureus e anaeróbios.

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54
Q

Qual o QC atípico da pnm?

A

Semelhante a uma virose respiratória: subagudo (10d), sd gripal (dor de garganta, mialgia, mal estar, cefaleia, tosse seca, febre baixa), com piora da tosse e podendo se tornar produtiva.

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55
Q

Qual o laboratório e imagem da pnm atípica?

A

Maioria (80%) sem leucocitose, dissociação clinicoradiológica (EF normal ou discretamente alterado com estertores/sibilos e rx com infiltrado maior que o esperado).

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56
Q

Como fazer o dx da PAC?

A

Clinicolaboratorial + RX tórax PA e perfil (SEMPRE).

  • USG pode ser usado (linhas B e C), com S e E > RX.
  • *TC: S > USG.
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57
Q

Devo investigar a etiologia da pnm em todos os pacientes? Explique.

A

Não, pois é desnecessário no paciente que será tratado ambulatorialmente. Eu irei investigar em casos de refratariedade ao tto, internação, paciente grave ou em UTI.
*MRSA e Pseudomonas aeruginosa se: hx de infecção por eles ou hospitalização + ATB EV há < 90d.

58
Q

Como pode ser feito o rastreio etiológico da PAC?

A

HMC, escarro (GRAM, cultura), antígenos urinários (pneumococo e legionella), testes moleculares.

59
Q

Qual o principal patógeno envolvido na pnm no paciente com DPOC?

A

O HI, seguido do pneumococo e da Moraxella.

60
Q

Quais agentes pensar nas seguites condições: alcoolismo, drogas EV, DM e queda no NC?

A

Alcoolismo: Klebsiella e anaeróbios.
Drogas EV: S. aureus.
DM: GN.
Queda no NC: anaeróbios.

61
Q

Quais agentes pensar nas seguites condições: neutropenia e pneumopatias estruturais?

A

Neutropenia: enterobactérias, Pseudomonas.

Pneumopatias estruturais: HI, S. aureus, Pseudomonas.

62
Q

Como decidir onde será o tto da pnm?

A

Deve ser guiado por escores de gravidade (CURB-65 e o IDSA/ATS para UTI).

63
Q

Como é feito o escore do CURB-65?

A

Confusão mental: 1 ponto.
Ureia ≥ 50: 1 ponto.
Respiração ≥ 30 irpm: 1 ponto.
Blood pressure PAS ≤ 90 ou PAD ≤ 60: 1 ponto.
65 anos ou mais: 1 ponto.
0-1 ponto: mortalidade baixa, tto ambulatorial.
2 pontos: mortalidade intermediária, considerar internação.
3+ pontos: mortalidade alta, internação, sendo que 4-5 considera-se UTI.
*CURB maior igual a 3 = UTI.

64
Q

Comente sobre o CRB-65.

A

É uma forma de fazer o CURB porém sem ureia, usando-se os mesmos parâmetros:
0 pontos: ambulatorial.
1-2 pontos: considerar internação.
3+ pontos: internação.

65
Q

Explique o critério do IDSA/ATS para internação em UTI para tto da PAC.

A

São 2 critérios maiores, sendo necessário apenas 1 para internação: choque séptico (necessidade de DVA) e VM invasiva.
Os menos são 9: FR ≥ 30, PaO2/FiO2 ≤ 250, infiltrado multilobar, confusão/desorientação, ureia ≥ 50, PAS < 90, leucopenia (< 4k), trombocitopenia (< 100k) e hipotermia (< 36°).

66
Q

Qual a antibioticoterapia no tto da PAC ambulatorialmente no paciente hígido e sem risco para pneumococo resistente?

A

Betalactâmico (penicilinas - amoxi ± clav -, cefalosporinas, carbapenêmicos e monobactâmicos) por 5 dias OU macrolídeo (azitromicina, claritromicina por 5d) OU doxiciclina (pneumococo no Br é resistente a doxi).

67
Q

Qual a antibioticoterapia no tto da PAC ambulatorialmente no paciente com comorbidades ou que fez uso de ATB < 90 dias?

A

Betalactâmico + macrolídeo (eu uso OS DOIS!!! - escolha) por 5-7 dias ou quinolona respiratória (moxi, gemi ou levo).

68
Q

Qual a antibioticoterapia no tto da PAC ambulatorialmente no paciente com comorbidades ou que fez uso de ATB < 30 dias que é alérgico ao betalactâmico e macrolídeo?

A

Uso as quinolonas respiratórias: levofloxacino ou moxifloxacino por 5-7d.

69
Q

Quais os possíveis efeitos adversos das quinolonas?

A

Tendinite, neuropatia, alterações psíquicas, aneurisma de aorta.

70
Q

Qual a antibioticoterapia no tto da PAC no paciente internado mas não em UTI?

A

Betalactâmico (ceftriaxona ou ampi/sulbactan) + macrolídeo OU quinolona respiratória (moxi/levofloxacino) por pelo menos 7 dias.

71
Q

Qual a antibioticoterapia no tto da PAC no paciente internado em UTI?

A

Betalactâmico (cefotaxima, ceftriaxona, ceftarolima ou ampi/sulbactan) + macrolídeo (pref azitro) ou fluoroquinolona (não precisa ser respiratória) por 7-14 dias (sempre associar beta-lactâmico cou macro OU quinolona respiratória).

  • Pensando em Pseudomonas: betalactâmico anti-pseudomonas (tazocin, cefepima, ceftazidima, imipenem, meropenem, aztreonam) + fluoroquinolona (levo ou cipro - boa concentração plasmática).
  • *Pensando em MRSA (endocardite, DRC, CVC, ATB prévio): adicionar vancomicina ou linezolida.
72
Q

Qual ATB pode ser usado para MRSA porém não para infecções pulmonares?

A

A daptomicina, pois é inativada por surfactante pulmonar.

73
Q

Quando eu posso passar o ATB para VO e dar alta para o paciente tomar em casa na PAC?

A

Para converter para VO: deglutição adequada e sinais vitais estáveis por mais de 24h (T° < 38°, FC < 100, FR < 24 e PAS ≥ 90).
Para alta hospitalar: conversão para VO, estado mental basal, sem evidência de necessidade de continuar internado (TEP, SCA, HDA/HDB, etc) e oxigenação adequada em AA ou menos de 2 L/min (PaO2 > 60 ou SaO2 > 92%).

74
Q

Quais dados laboratoriais estão relacionados com o prognóstico da PAC?

A

Procalcitonina (quanto maior, maior o risco de a causa ser bacteriana), PCRQ (quanto maior, maior a resposta inflamatória e maior o benefício do uso de GCs).

75
Q

Quando usar GC no tto da PAC?

A

PCRQ > 150 mg/dl. Um exemplo é usar metilprednisolona 0,5 mg/kg EV 12/12h nos primeiros 5 dias.

76
Q

Quais as possíveis complicações da pnm?

A

DP (p - sendo mais comum na por S. aureus e anaeróbios), pnm necrosante, abcessos, bronquiectasias, sepse, atelectasia por rolha de secreção e pneumotórax.

77
Q

Quando eu considero um fracasso ao tratamento da PAC e quais as principais causas?

A

Quando não há melhora ou há piora clínica/radiológica em 48-72h (fracasso precoce) ou > 72h (fracasso tardio). As principais causas são: ATB errado, não era pnm (TEP, vasculite), pnm por agentes pouco usuais (fungos, pneumocisto, nocardia, leptospirose, psitacose) ou aconteceram complicações (DP, abcesso, empiema).

78
Q

Em quanto tempo eu espero uma resposta boa do paciente ao tto da PAC?

A

Eu espero que ele esteja afebril em 72h.

79
Q

Qual a conduta quando o paciente com PAC não resposta aos ATBs?

A

Realizar um exame de imagem (pref TC), indicar broncofibroscopia para coleta de material (LBA ou ECP) para cultura quantitativa, BAAR, coloeração para P. jiroveci e fungos (prata). O anti-HIV deve ser pesquisado. Caso mesmo assim sem resposta ou sem esclarecimento: bx toracoscópica guiada ou a céu aberto.

80
Q

Qual ATB usar para: pneumococo, HI e Klebsiella?

A

Pneumococo: penicilina G, amoxi/clav, ampi, amoxi, cefuroxima, ceftriaxona, cefotaxima, macrolídeos, doxicilina e fluoroquinolonas respiratórias.
HI: cef 2a (cefuroxima) ou 3a (ceftriaxona ou cefotaxima) ou amoxi/clav.
Klebsiella: cef 3a (ceftriaxona ou cefotaxima) ou 4a (cefepima) ou fluoroquinolonas.

81
Q

Qual ATB usar para: S. aureus, anaeróbios e Legionella?

A

S. aureus (PAC): oxacilina.
Anaeróbios: clindamicina ou clavulim.
Legionella: macrolídeo (claritromicina) ou fluoroquinolona respiratória ou rifampicina.

82
Q

Qual a principal faixa etária acometida pela pnm por S. aureus?

A

70% de todas as pnm estafilocócias ocorrem em MENORES DE 1 ANO!!!

83
Q

Quais as peculiaridades do QC da PAC por S. aureus?

A

Quadro de evolução rápida, tendendo a acometer mais o pulmão direito ou ao bilateralismo, sendo frequente DP, que quase sempre é complicado ou empiematoso. É comum o piopneumotórax e pneumoatoceles.

84
Q

Como ocorre a PAC por anaeróbios?

A

Ocorre por uma MACROASPIRAÇÃO em pacientes com dentes em mau estado de conservação. Pacientes em risco de macroaspirar: alcoólatras, rebaixados (NC) e com distúrbios de deglutição. É a pneumonia por broncoaspiração!!!

85
Q

Qual pulmão é mais acometido na PAC por anaeróbios?

A

O pulmão direito (segmento posterior do lobo superior seguido pelo segmento superior do lobo inferior).

86
Q

Qual a peculiaridade do QC e da microbiologia da PAC por anaeróbios?

A

É um QC que faz FREQUENTEMENTE abcessos e é de evolução lenta. A microbiologia geralmente é POLIMICROBIANA, contendo aneróbrios e aeróbios (aspiro tudo junto).

87
Q

Qual a diferença da PAC por anaeróbios e por aspiração de vômitos?

A

A broncoaspiração de vômitos (suco gástrico) provoca uma pneumonite química aspirativa, a sd de Mendelson. A diferença é que esta se manifesta horas após a broncoaspiração, enquanto que a por anaeróbios dias após.

88
Q

Qual o tto para a PAC por anaeróbios?

A

Tenho que usar um ATB que penetre bem nos pulmões e pegue aeróbio e anaróbio: clindamicina ou clavulim por 3 semanas.
Cirurgia se: abcesso + sem resposta ao ATB em 7-10 dias ou um abcesso muito grande (> 6-8 cm).
*O metronidazol NÃO penetra bem nos pulmões.

89
Q

Qual ATB usar para: M. pneumoniae, C. pneumoniae e psitacose.

A

M. pneumoniae: macrolídeos ou doxicilina.
C. pneumoniae: idem.
C. psittaci: doxiciclina (escolha) ou macrolídeos.

90
Q

Quais as peculiaridades do QC da psitacose?

A

Quadro variável (hiperagudo ou subagudo), dissociação clinicoradiológica e HEPATOESPLENOMEGALIA.

91
Q

O que é a pneumonia nosocomial (PN) e a associada à ventilação mecânica (PAVM)?

A

PN: pnm que se instala após 48h ou mais da internação hospitalar.
PAVM: pnm que se instala 48-72h após IOT.

92
Q

Qual a fisiopatologia da PN e PAVM?

A

A via de aquisição geralmente é semelhante à PAC, ocorrendo colonização e posterior microaspiração do microrganismo, porém nos pacientes internados há mais microaspiração e a defesa está comprometida, aumentando sobremaneira o risco de pnm. Uma das principais fontes de contaminação são as MÃOS DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE (contaminação cruzada horizontal)!!! Outro fator que contribui é o aumento do pH gástrico (profilaxia de úlceras).

93
Q

Quais as peculiaridades da fisiopatologia da PAVM?

A

Há o acúmulo de secreção acima do cuff em região subglótica, sendo que, com a manipulação diária, essa secreção passe o cuff e alcance os pulmões. Outro fator importante é a posição, sendo que supina a 0° aumenta muito o risco, sendo que todos os pacientes em IOT devem ficar com cabeceira elevada à 30-45°/semirecumbente (exceto se CI, como TRM).

94
Q

Quais os principais patógenos relacionados à PN e à PAVM?

A

Os principais são BGNs e CGPs de PADRÃO NOSOCOMIAL (depende do hospital), sendo, geralmente, MDR. É importante lembrar que infecções polimicrobianas são frequentes nesses pacientes (BGN + CGP).

95
Q

Quais os principais BGNs envolvidos na pnm hospitalar?

A

E. coli, Klebsiella, Enterobacter, Pseudomonas (não fermentador de glicose oxidase positivo, é o principal agente etiológico entre os BGNs), Acinetobacter e Stenotrophomonas.

96
Q

Quais os principais CGPs envolvidos na pnm hospitalar?

A

S. aureus (MSSA ou MRSA).

97
Q

Quais os FR para germes MDR na PN?

A

Para todos: ATB IV nos últimos 90 dias.
Pseudomonas MDR e BGN MDR: doença estrutural pulmonar e gram do escarro com predomínio de BGN.
Para MRSA: local onde > 20% dos S. aureus são MRSA ou a prevalência do MRSA é desconhecida.

98
Q

Quais os FR para germes MDR na PAVM?

A

Todos: ATB EV < 90 dias, SDRA antes da PAVM, choque séptico antes da PAVM, diálise antes da PAVM.
MRSA: tto em CTI onde > 10-20% dos S. aureus são MRSA ou desconhecido.

99
Q

Como dx a pnm hospitalar?

A

Presença de infiltrado radiográfico NOVO ou PIOR + evidência de que é infeccioso (pelo menos 2 sinais de infecção: febre ou hipotermia, leuco > 12k ou < 4k, escarro purulento ou queda na relação PaO2/FiO2).
*É INDEPENDENTE DE QUALQUER MARCADOR INFLAMATÓRIO!!!

100
Q

Qual a conduta após suspeita de pnm hospitalar?

A

Coleta de amostras para HMC e cultura de escarro (PN) ou de secreção respiratória invasiva (LBA ou EBP) ou não invasiva, que é o aspirado endotraqueal (PAVM).

101
Q

Comente sobre a LBA, EBP, mini-lavado e o aspirado endotraqueal.

A

LBA (lavado broncoalveolar): broncofibroscópio entra até a provável região acometida, joga soro e aspira.
EBP (escovado brônquico protegido): broncofibroscópio até a região, passo uma escova, fricção e coleta do material.
Mini-LBA: feito sem broncofibroscopia (insiro um cateter até encontrar resistência, jogo soro e aspiro).
Aspirado endotraqueal: cateter estéril dentro do tubo até encontrar resistência e aspiro sem jogar líquido. É o método de ESCOLHA!!!

102
Q

Como deve ser o tto da pneumonia hospitalar?

A

EMPÍRICO, sendo, então, orientado (amplicado, mantido ou de-escalonado) de acordo com o resultado da cultura e antibiograma.

103
Q

Quais ATBs usados como padrão no tto da PN e PAVM?

A

Cefepima ou meropenêmico ou tazocim.

104
Q

Qual o tto da pneumonia hospitalar no paciente sem risco de BGN MDR, Pseudomonas, MRSA ou de morte?

A

1 dos seguintes: beta-lactâmico (cefepime, tazocim, carbapenêmico) ou monobactâmico (aztreonam).

105
Q

Qual o tto da pneumonia hospitalar no paciente sem fatores de risco de alta mortalidade, porém com FR para Pseudomonas ou BGN MDR ou MRSA )ef, fibrose cística)?

A

BGN MDR: o esquema anterior + 1 droga das seguintes: aminoglicosídeo, quinolona (cipro ou levo) ou aztreonam (monobactâmico).
MRSA: vancomicina ou linezolida.

106
Q

Quais os FR para GN MDR e MRSA juntos? Qual ATB usar?

A

VM +: ATB EV nos últimos 90 dias OU diálise OU choque séptico OU SDRA OU > 5 dias de internação. Um de cada grupo acima (eg, cefepima, levo e vanco).

107
Q

Qual o tto da pneumonia hospitalar no paciente com fatores de risco para alta mortalidade?

A

Escolher 2 dos seguintes (evitar 2 betalactâmicos): tazocin, cefepima, ceftazidima, levo, cipro, carbapenêmico, amicacina, aztreonam, genta; associado a vanco ou linezolida.
*Para PAVM: polimixina B ou colistina.

108
Q

Quais os FR de alto risco de mortalidade por pnm hospitalar?

A

Choque séptico, VM por pneumonia hospitalar, ATB EV < 90 dias, 5 dias ou mais de internação antes da PAVM, SDRA.

109
Q

Qual a relação do S. aureus com as culturas?

A

Geralmente é uma bactéria que costuma crescer na cultura, fazendo com que a ausência de seu crescimento possa fazer com que eu retire os ATBs para ele (vanco ou linezolida).

110
Q

O que é o abcesso pulmonar?

A

Uma lesão cavitária > 2 cm contendo pus localizada no parênquima pulmonar. Geralmente contém nível hidroaéreo.
*Lesão cavitária < 2 cm contendo pus é dita pneumonia necrosante (é a fase inicial do abcesso pulmonar).

111
Q

Por que ocorre o abcesso pulmonar?

A

Pela necrose de uma área do parênquima decorrente da infecção de um germe “destrutivo”.

112
Q

Quais os tipos de abcessos pulmonares de acordo com a duração?

A

Agudo (< 1 mês) e crônico (> 1 mês).

113
Q

Quais os agentes etiológicos mais comuns do abcesso pulmonar? E outros?

A

Os anaeróbios, seguidos de polimicrobiana (anaeróbios + aeróbios), S. aureus e Klebsiella.

114
Q

Qual o QC do abcesso pulmonar por anaeróbios? Labs e rx?

A

Sintomas há mais de 1 mês de febre vespertina, sudorese noturna, perda ponderal, tosse produtiva (semelhante à TB) de material PURULENTO e FÉTIDO. Geralmente há dentes em mau estado de conservação. Os labs podem ter anemai de doença crônica e o radiograma é característico (1 ou mais lesões cavitárias de parede espessada contendo nível hidroaéreo em seu interio).

115
Q

Qual o QC do abcesso pulmonar por aeróbios? Labs e rx?

A

Idêntico a uma pnm bacteriana típica que evolui com a formação de cavitação e abcesso.

116
Q

Qual o tto do abcesso pulmonar?

A

ATB!!! A escolha para o primário crônico é a clindamicina 600 mg EV 8/8h até defervescência seguido de clinda 150-300 mg VO 6/6h por pelo menos 3s.
Cirurgia se: refratário, empiema ou neoplasia maligna. O procedimento é a lobectomia ou pneumonectomia.
*Pode-se considerar o abcesso pulmonar como drenado, pois está em contato com a árvore brônquica drenando seu conteúdo.

117
Q

Em quanto tempo eu espero defervescência no tto do abcesso pulmonar e o que pode ter acontecido caso ela não aconteça?

A

Em até 7-10 dias, porém se permanecer com febrão após 72h, devo pensar em: obstrução à drenagem brônquica do abcesso (neoplasia?), empiema, infecção por algum germe não coberto. Deve ser feita TC tórax para afastar as 2 primeiras e trocar o esquema ATB.

118
Q

O que é o DP parapneumônico?

A

É o DP associado à pneumonia.

119
Q

Qual a frequência do DP na pnm?

A

Até 40% das pnms apresentam DP.

120
Q

Como identificar o DP na radiografia de tórax?

A

Através do velamento do seio costofrênico (do seio posterior na incidência de perfil é o mais sensível).

121
Q

Quando o DP é puncionável?

A

Quando ele está correndo livre na cavidade e, na incidência de Lawrell (decúbito lateral com raios no sentido PA) forma uma camada > 1 cm de espessura ou > 5 cm em ortostase.

122
Q

Qual a conduta no DP?

A

TODO derrame pleural deve ser PUNCIONADO!!!

123
Q

Como é a toracocentese diagnóstica no DP?

A

Paciente sentado, introduzir o intracath às cegas no 6° EIC (no plano do apêndice xifoide) na LAM ou LAP, tangenciando a borda superior da costela inferior.

124
Q

Qual outra forma de o DP aparecer na radiografia?

A

Loculado, sendo uma massa adjacente à pleura.

125
Q

Qual o melhor exame para dx o DP loculado?

A

A TC de tórax con contraste venoso (impregna nas pleuras visceral e parietal - sugestiva de empiema pleural).

126
Q

Como definir o tipo do DP entre exsudato ou transudato?

A

Pelos critérios de Light (pelo menos 1 = exsudato):

  • Ptn pleural/ptn plasmática > 0,5.
  • LDH pleural/LDH plasmática > 0,6.
  • LDH pleural > 2/3 do LSN do soro.
127
Q

Quais os tipos de DP?

A

Simples (p): exsudato ESTÉRIL (apenas líquido, sem bactérias). Ocorre pela extensão da inflamação para a pleura visceral.
Complicado: exsudato CONTAMINADO com bactérias. Pelo menos 1 critério: pH < 7,2, glicose < 40-60, LDH pleural > 1000, bactéria no gram, pus (empiema).
Empiema: exsudato PURULENTO ou com bactérias pelo GRAM.

128
Q

Qual a conduta em cada tipo de DP?

A

Simples: ATB (tratando a pnm o DP irá se resolver).
Complicado: ATB + drenagem SEMPRE (toracostomia com dreno em selo d’água).
Empiema: ATB + drenagem.

129
Q

O que pensar quando o DP complicado não melhorou com drenagem e ATB?

A

Primeiro devo verificar se o dreno está correto e o ATB também. Caso estejam, pode ter se formado uma trave dentro da pleura com coleção, devendo ser feita videotoracoscopia ou liberado quimicamente (tPA + dornasialfa + novo dreno).

130
Q

Qual a bioquímica de cada DP?

A

Simples: amarelo citrino, relação ptn líquido/ptn sérica> 0,5, LDH líq/sérico > 0,6 (confirma ser um exsudato), aumento de celularidade com predomínio de PMN, pH normal, glicose > 40 e LDH < 1000.
Complicado: baixa glicose (< 60), baixo pH (< 7,2) e aumento do LDH (> 1000).

131
Q

O que acompanha o empiema?

A

A formação de septos e espessamento das pleuras.

132
Q

Quais as principais bactérias envolvidas no empiema?

A

Pneumococo, Klebsiella, S. aureus e os anaeróbios.

133
Q

Qual a evolução clínica do empiema?

A

São 3 fases sucessivas: exsudativa (o acúmulo de debris e bactérias formará o pus), fibrinopurulenta (formação de septos de fibrina na cavidade pleural, transformando o empiema livre em septado) e organizante (forma-se uma carapaça fibrosa em volta do pulmão - é o encarceramento pulmonar -, correspondendo ao espessamento da pleura por tecido cicatricial).

134
Q

Quando eu posso retirar o dreno no DP?

A

Quando a drenagem ficar inferior a 50 ml/dia e o pulmão afetado estiver totalmente reexpandido.

135
Q

Qual a conduta caso haja encarceramento pulmonar?

A

Decorticação cirúrgica (se o pulmão não estiver destruído) ou drenagem aberta prolongada (alto risco operatório ou importante destruição parenquimatosa).

136
Q

Quando eu digo que formou um abcesso pulmonar?

A

Quando a coleção de pus é ≥ 2 cm(< 2 cm é pnm necrosante - Klebsiella e S. aureus).

137
Q

Como o abcesso aparece na radiografia?

A

Nível hidroaéreo.

138
Q

Quais as principais bactérias envolvidas no abcesso pulmonar? Quais os FR para elas?

A

Anareóbios!!! O FR é a macroaspiração.

139
Q

Qual o QC do abcesso pulmonar?

A

Evolução arrastada e escarro muito fétido.

140
Q

Um paciente que vomita e macroaspirou e após algumas horas desenvolve febre, tem pnm?

A

Não, pois há um período de incubação de cerca de 48h. O QC mais provável é a sd de Mendelson (pneumonite química).

141
Q

Qual o tto do abcesso pulmonar?

A

Amoxi-clav ou clindamicina.

142
Q

É necessário drenar um abcesso pulmonar?

A

Não, pois ele já está drenado. O que ajuda a eliminar a secreção é a fisioterapia respiratória.