Outras doenças febris Flashcards

1
Q

Qual a etiologia da hantavirose?

A

Vírus (hantavírus).

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2
Q

Quais os reservatórios naturais do hantavírus?

A

Roedores silvestres (no roedor, a infecção pelo hantavírus NÃO é letal - reservatório por toda vida), sendo eliminados na saliva, urina e fezes.

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3
Q

Como é a transmissão da hantavirose?

A

Aerossois do ressecamento de saliva, urina ou fezes de roedores infectados. Menos comum: contato direto.

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4
Q

Qual a incubação da hantavirose?

A

1-5s.

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5
Q

Quais as principais formas clínicas da hantavirose?

A

Doença febril aguda inespecífica, síndrome cardiopulmonar por hantavírus (SCPH - Brasil) e febre hemorrágica com síndrome renal (FHSR - Ásia)

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6
Q

Qual a letalidade da infecção por hantavírus?

A

40-50% no Brasil.

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7
Q

Qual a fisiopatologia da hantavirose?

A

Infecção de células endoteliais - capilarite com extravasamento de líquido para os alvéoloso (~lepto), podendo evoluir para SDRA.

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8
Q

Qual o órgão mais acometido na hantavirose?

A

Os pulmões.

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9
Q

Qual o QC da SCPH?

A

Pródromo de resposta imune, evoluindo para tosse seca, taquicardia, taquidispneia, hipoxemia, sinais radiográficos de DP e congestão pulmonar. Não estão presentes sinais cutâneos de vasculite. Pode evoluir para insuficiência respiratória e choque. Após a fase CP, evolui para a fase diurética (aumento da diurese espontânea) e depois de convalescença.

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10
Q

Qual a CD na SCPH?

A

Na fase CP, O2 e IOT + VM s/n e cautela na infusão de líquidos (pela disfunção miocárdica que acompanha o quadro).

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11
Q

Quais os labs da hantavirose?

A

Aumento do HT (grande aumento da permeabilidade vascular), trombocitopenia (< 150k), leuco > 12k com neutrofilia e desvio, linfócitos atípicos.

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12
Q

Como dx hantavirose?

A

IgM por ELISA.

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13
Q

O que é um caso suspeito de hantavirose?

A

Quadro febril e sistêmico + insuficiência respiratória aguda de etiologia não determinada na primeira semana da doença OU quadro febril + sistêmico associado a exposição a situação de risco (contato com roedores silvestres).

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14
Q

Qual o tto da hantavirose?

A

Suporte apenas (geralmente UTI) +/- GC +/- ATB.

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15
Q

Qual a epidemiologia, transmissão e QC típico da doença de Lyme (DL)?

A

Trasmitida por picada de carrapato, com QC típico de lesão cutânea em expansão (eritema migratório), seguido de manifestações neurológicas, cardíacas ou articulares.

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16
Q

Qual a etiologia da DL?

A

Espiroqueta Borrelia burgdorferi.

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17
Q

Qual o carrapato que transmite a DL e onde ele parasita?

A

Parasita roedores, aves, capivara. O carrapato é o Ixodes scapularis. No Brasil é o Amblyomma cajannenses

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18
Q

Qual o QC da DL?

A

3 fases:

  • Eritema migratório (mácula ou pápula com branqueamento central - anelar, alvo), sendo quente e indolor.
  • Disseminação: disseminação das lesões (semelhante à inicial), manifestações sistêmicas (febre, mal-estar, mialgia, prostração, linfadenomegalia, etc), podendo haver envolvimento neurológico (classicamente = meningoencefalite flutuante com paralisia de NC, geralmente o facial, e radiculoneuropatia periférica). Pode haver alterações cardíacas (BAV, disfunções ventriculares, etc).
  • Infecção persistente - artrite: artrite FRANCA.
19
Q

Como dx a DL?

A

QC + hx de exposição a carrapatos. O dx é feito com a cultura no meio BSK ou sorologia.

20
Q

Quais os labs inespecíficos da DL?

A

Leucocitose com desvio à esquerda, elevação de AST e VHS e anemia discreta.

21
Q

Qual o tto da DL?

A

Depende da fase de infecção:

  • Doxi 100 mg 12/12h por 14d.
  • Doxi ou amoxi 500 mg 6/6h por 3-4s. EV se manifestações neurológicas ou BAV 3° grau = pen G cristalina ou ceftriaxona 1g 12/12h.
  • Idem, mas por 30 dias.
22
Q

O que é a febre maculosa (FM)? Qual o agente etiológico?

A

É uma infecção febril aguda com elevada letalidade que ocorre pela infecção por rickétsia (Rickettsia rickettsii - BGN).

23
Q

Qual a epidemiologia da FM?

A

Sul e Sudeste do Brasil, com história de exposição a carrapatos e/ou animais silvestres ou frequentaram ambienta da mata/rio.

24
Q

Qual a letalidade da FM?

A

Até 50%.

25
Q

Qual o reservatório da Rickettsia rickettsii?

A

O carrapato, especialmente do gênero Amblyomma (eg, cajannense - carrapato estrela).

26
Q

Como os humanos adquirem a FM?

A

Através da picada do carrapato estrela infectado (o risco de infecção está relacionado ao tempo de ancoramento do carrapato, sendo 4-6h o tempo mínimo).

27
Q

Qual a incubação da FM?

A

Cerca de 7 dias (2-14d).

28
Q

Qual o QC da FM?

A

Espectro clínico variável: iniciam-se como pródromo inespecífico e hiperagudo de febrão, cefaleia, mialgia, mal-estar, vômitos, evoluindo, em alguns dias, com o aparecimento do exantema MP (principalmente em membros - centrípeto). As formas graves evoluem com edema, hipovolemia, hipoalbuminemia e choque pelo aumento da permeabilidade vascular exacerbado.

*Tríade clássica: febre + cefaleia + rash.

29
Q

Quais os labs da FM?

A

Leucometria normal porém com elevação das formas imaturas de neutrófilos, podendo haver plaquetopenia, hipoalbuminemia, PCRQ aumentado

30
Q

Como dx a FM?

A

Critérios sorológicos (pois o IgM apresenta muitas reações cruzadas com dengue e lepto) ou detecção direta das bactérias (PCR ou cultura - a melhor amostra é a bx da pele).

31
Q

Qual o tto da FM?

A

Doxiciclina 100 mg 12/12h por até 03 dias após apirexia. Caso gestação (CI doxi) a única alternativa é o cloranfenicol.

32
Q

Um paciente com hx de picada de carrapato porém assintomático, qual a CD?

A

Não devo prescrever doxiciclina de forma rotineira como profilaxia, pois pode prolongar o período de incubação da doença.

33
Q

Qual o vínculo mental da babesiose?

A

A malária do clima temperado.

34
Q

O que é a babesiose? Qual o agente etiológico?

A

Doença causada pelo protozoário Babesia spp que infecta e destroi as células vermelhas do sangue (~malária), porém em menor intensidade.

35
Q

Qual o vetor da babesiose?

A

Carrapato (Ixodes).

36
Q

Comente sobre a infecção pela babesiose.

A

Rato é o reservatório dos carrapatos > carrapato pica o humano > ptz entra nas hcs e as destroem para se replicar.

37
Q

Qual o achado da babesiose no esfregaço de sangue periférico?

A

Merozoítos em brotamento (em cruz de malta).

38
Q

Qual o QC da babesiose?

A

O sinal mais comum é febrão + sintomas inespecíficos. Pode haver hepatoesplenomegalia, icterícia e hemorragias retinianas.

39
Q

Quais os labs da babesiose?

A

Anemia hemolítica (anemia + reticulocitose + LDH aumentado).

40
Q

Como dx e tratar a babesiose?

A
  • Dx: esfregaço de sangue periférico, PCR, ELISA (suspeitar no paciente com DL por ser o mesmo vetor).
  • Tto: azitromicina + atovaquona por 7-10 dias. Se grave, usar azitro + quinina.
41
Q

Qual o agente etiológico, o reservatório, a transmissão e a epidemiologia do ebola?

A

Filovírus Ebola (causador de febre hemorrágica de alta letalidade), com reservatório desconhecido (acredita-se que seja o morcego; macacos não são reservatórios pois morrem), a transmissão é de pessoa-pessoa por contato direto com fluidos (sangue, fezes, vômito, urina, sour, lágrimas, etc), com surtos na Guiné e hoje controlada.

42
Q

Qual o QC e lab do ebola?

A
  • QC: inespecífico inicialmente (febre, cefaleia, mialgia, mal-estar, tosse seca, sinal de Faget) evoluindo com alterações dermatológicas (rash MP não pruriginoso), GI (diarreia, vômitos, dor abdominal) e hemorrágicas (CIVD).
  • Labs: leucocitose com DE, plaquetopenia, coagulopatia, aumento de transaminases. Evolui com IRA e proteinúria.
43
Q

Como dx e tratar a ebola?

A

Dx por ELISA ou PCR. Tto com suporte (manter estabilidade hemodinâmica e DHE) ou com antivirais (inmazeb ou ansuvimab).