PERIOPERATÓRIO E REMIT Flashcards
QUAIS EXAMES SOLICITAR EM PROCEDIMENTOS AMBULATORIAIS SEM RISCO DE SANGRAMENTO EM PACIENTES ASA I OU ASA II?
DEPENDE DO SEXO E IDADE
-
< 40 ANOS:
mulheres: teste de gravidez
homens: nenhum
-
40 A 49 ANOS:
mulheres: hb/ht + teste de gravidez
homens: ECG
-
50 A 64 ANOS:
mulheres: hb/ht + ECG
homens: ECG
-
>65 ANOS:
todos: hb/ht, uréia, creatinina, glicemia, RX de tórax
QUAIS EXAMES SOLICITAR EM PROCEDIMENTOS AMBULATORIAIS SEM RISCO DE SANGRAMENTO EM PACIENTES ASA I OU ASA II COM MENOS DE 40 ANOS?
- mulheres: teste de gravidez
- homens: nenhum
QUAIS EXAMES SOLICITAR EM PROCEDIMENTOS AMBULATORIAIS SEM RISCO DE SANGRAMENTO EM PACIENTES ASA I OU ASA II COM IDADE DE 40 A 49 ANOS?
-mulheres: hb/ht, teste de gravidez
- homem: ECG
QUAIS EXAMES SOLICITAR EM PROCEDIMENTOS AMBULATORIAIS SEM RISCO DE SANGRAMENTO EM PACIENTES ASA I OU ASA II COM IDADE DE 50 A 64 ANOS?
- mulheres: hb/ht, ECG
- homem: ECG
QUAIS EXAMES SOLICITAR EM PROCEDIMENTOS AMBULATORIAIS SEM RISCO DE SANGRAMENTO EM PACIENTES ASA I OU ASA II COM IDADE ACIMA DE 65 ANOS?
- todos: hb/ht, ECG, creatinina, uréia, glicemia e RX DE TÓRAX
QUAIS EXAMES SOLICITAR EM PACIENTES COM COMORBIDADES E QUE REALIZARÃO PROCEDIMENTOS MAIORES E COM RISCO DE SANGRAMENTO?
- hemograma
- coagulograma
- tipagem sanguínea
- glicemia (de jejum, não hb glicada)
- uréia e creatinina
- urocultura
- RX de tórax
- ECG
- eletrólitos
QUAIS MEDICAMENTOS DE USO CONTÍNUO SUSPENDER NO PÓS OP?
- Anticoagulantes orais
- Antiagregantes plaquetários
- Antidepressivos
- AINES
- Diuréticos
- Diuréticos inibidores de K
- Hipoglivemiantes orais
ANTICOAGULANTES ORAIS
(quando suspender e quando reintroduzir?)
- suspender 7 dias antes do procedimento e iniciar heparina ou enoxaparina.
- suspender heparina ou enoxa 12h antes do procedimento
- reintroduzir 24 a 48h após procediemnto
ANTIAGREGANTES PLAQUETÁRIOS
(quando suspender e quando reintroduzir?)
AAS E CLOPIDOGREL
- suspender de 7 a 10 dias antes do procedimento
- analisar risco benefício em pacientes com AVCi ou IAM
- reintroduzir de 5 a 7 dias após o procedimento
PACIENTES DIABÉTICOS
COMO MANEJAR OS HIPOGLICEMIANTES ORAIS E INSULINA NO PRÉ OP?
- hipoglicemiantes orais podem ser suspensos na véspera.
trocar por insulina e controlar dextro - SG 5% conforme necessidade
- insulina NPH –> 1/2 ou 1/3 da dose na manhã da cirurgia
QUAIS MEDICAMENTOS POSSO MANTER NO PRÉ OP?
- antihipertensivos
- betabloqueadores
- cardiotônicos
- broncodilatadores
- corticóide*
- insulina
- psiquiátricos e todos os demais.
CRISE ADDISONIANA NO PÓS OP
QUAIS OS FATORES DE RISCO?
- uso de > 5mg de prednisona por mais de 2 semanas
- redução prévia do corticóide em 02/04 semanas
- adrenelectomia prévia
CRISE ADDISONIANA NO PÓS OP
QUAL O QUADRO CLÍNICO?
- letargia/ mal estar
- náuseas e vômitos
- hipotensão
- hipoglicemia
- hiponatremia
- coma
CRISE ADDISONIANA NO PÓS OP
COMO PREVENIR E TRATAR?
- aumentar dose de corticóide via oral
- fazer dose de corticóide EV no pré-op
- na crise HIDROCORTISONA 1000 MG EV de 8 em 8h
EM PROCEDIMENTO ELETIVO QUAL O TEMPO DE JEJUM?
O TEMPO DE JEJUM VARIA DE ACORDO COM A CONSISTÊNCIA DO ALIMENTO.
- líquidos leves: 2 horas
- leite materno: 4 horas
- dieta leve, leite normal, fórmulas: 6 horas
- comida sólida, carne, gorduras: 8 horas
NUTRIÇÃO NO PRÉ - OPERATÓRIO
(quando otimizar?)
- em pacientes desnutridos de alto risco
- IMC baixo
- obesidade mórbida
- doenças consumptivas
- doenças do TGI que afetem a absorção.
- perda ponderal >5% nos últimos 30 dias.
- albumina <3,5G/DL
- linfopenia < 1500 MM³
- anemia
ANTIBIOTICOPROFILAXIA NO PRÉ-OPERATÓRIO
(qual a finalidade?)
- diminuir o risco de infecção da ferida operatória
QUAIS PACIENTES (e cirurgias) SE BENEFICIAM DA ANTIBOTICOTERAPIA PROFILÁTICA?
- pacientes ASA III-IV-V
- cirurgias potencialmente contaminadas, contaminadas e de longa duração
CIRURGIAS LIMPAS
- qual o germe mais prevalente?
staphilococcus aureus
CIRURGIAS LIMPAS
- qual o antibiótico deve ser administrado?
CEFALOSPORINA de 1ª geração
CIRURGIAS POTENCIALMENTE CONTAMINADAS
- qual o antibiótico deve ser administrado?
(DE ACORDO COM O SÍTIO CIRÚRGICO?)
árvore traqueobrônquica/ duodeno/ jeuno/ vias biliares:
- CEFALOSPORINA de 1ª geração
próstata e vias urinárias com urocultura pré-op negativa:
- CIPROFLOXAXINO
CIRURGIAS POTENCIALMENTE CONTAMINADAS
- qual o germe mais prevalente?
enterobactérias
CIRURGIAS CONTAMINADAS
qual o antibiótico deve ser administrado
- gentamicina + clindamicina ou metronidazol
- clavulin
- bactrim
- cefoxitima
QUAIS OS PASSOS DE UMA CIRURGIA SEGURA?
- preparo pré operatório
- equipe treinada
- planejamento
- protocolo institucional
- seguir recomendações gerais
- comunicação efetiva
- cuidados no pós operatório
CHECK LIST DA CIRURGIA SEGURA OMS
quais são os tempos?
(tabela)
- check-in: antes da indução anestésica
- time-out: antes do início da cirurgia
- check-out: antes do paciente sair da sala
CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE CONTAMINAÇÃO DA CIRURGIA?
(tabela)
CHECK-IN
quando deve ser feito?
antes da indução anestésica
TIME-OUT
quando deve ser feito?
antes da incisão da pele
CHECK-OUT
quando deve ser feito?
no fechamento da ferida, antes do paciente sair da sala
REMIT O QUE É E QUAIS SÃO AS FASES?
Resposta Endócrino, Metabólica e Imunológica ao Trauma
O REMIT tem 4 fases:
1- fase CORTICO-ADRENÉRGICA: onde acontece o catabolismo e hipermetabolismo.
2- TRANSIÇÃO: redução do catabolismo
3- ANABOLISMO PRECOCE: inicia-se a síntese de proteínas e deposição de gorduras.
4- ANABOLISMO TARDIO: balanço energético positivo.
O QUE ACONTECE NA FASE CORTICOADRENÉRGICA DO REMIT?
acontece o catabolismo e hipermetabolismo.
O QUE ACONTECE NA FASE DE TRANSIÇÃO DO REMIT?
redução do catabolismo
O QUE ACONTECE NA FASE ANABÓLICA PRECOCE DO REMIT?
inicia-se a síntese de proteínas e deposição de gorduras.
O QUE ACONTECE NA FASE ANABÓLICA TARDIA DO REMIT?
balanço energético positivo.
TROMBOPROFILAXIA
COMO É DIVIDIDA A CLASSIFICAÇÃO DE FATORES DE RISCO?
- RISCO BAIXO
- < 40 anos
- cirurgia não ortopédica
- cirurgia com duração <60 min
- pacientes sem fatores de risco
- RISCO MODERADO
- cirurgias menores em pacientes >40 anos e ou com fatores de risco
- cirurgias maiores em <40 anos sem fatores de risco
- RISCO ALTO
-cirurgias maiores em pacientes com > 40 anos ou com fatores de risco
CLASSIFICAÇÃO DE FATORES DE RISCO PARA TROMBOSE PÓS-OPERATÓRIA - RISCO BAIXO:
- cirurgia não ortopédica com duração menor que 60 minutos em pacientes com menos de 40 anos e sem fatores de risco
CLASSIFICAÇÃO DE FATORES DE RISCO PARA TROMBOSE PÓS-OPERATÓRIA - RISCO MODERADO:
- cirurgias menores em pacientes acima de 40 anos ou com fatores de risco.
- cirurgias maiores em pacientes abaixo de 40 anos sem fatores de risco
CLASSIFICAÇÃO DE FATORES DE RISCO PARA TROMBOSE PÓS-OPERATÓRIA - RISCO ALTO:
- cirurgias maiores em pacientes acima de 40 anos ou com fatores de risco
QUAIS OS FATORES DE RISCO PARA TEP/TVP?
- obesidade
- uso de anticoncepcionais orais
- cirurgias ortopédicas
- TEP/ TVP prévio
- neoplasias
- doenças cardiovasculares
- cirurgias longas
- restrição no leito
PACIENTE DE MODERADO A ALTO RISCO QUAL O TRATAMENTO PROFILÁTICO PARA TEP/TVP DEVE SER INSTITUÍDO?
tratamento farmacológico
+
tratamento não farmacológico
PACIENTE DE BAIXO RISCO QUAL O TRATAMENTO PROFILÁTICO PARA TEP/TVP DEVE SER INSTITUÍDO?
tratamento não farmacológico
ULCEROPROFILAXIA ESTRESSE QUANDO INICIAR?
e qual a definição de alto risco para úlcera de estresse?
INICIAR EM PACIENTES DE ALTO RISCO
Definição de alto risco:
- presença de um dos critérios MAIORES ou dois ou mais critérios MENORES
CRITÉRIOS MAIORES DA ULCEROPROFILAXIA
- ventilação mecânica (VM) por mais de 48h;
- discrasia sanguínea (plaquetas < 50.000; RNI > 1,5; PTTA > 2x o valor de referência) ou risco por medicamentos (antiagregantes plaquetários ou anticoagulantes em dose plena);
- trauma cranioencefálico (TCE) ou raquimedular;
- grande queimado
- passado de úlcera gástrica (no último ano).
CRITÉRIOS MENORES DA ULCEROPROFILAXIA
- sepse/choque séptico;
- hipotensão;
- insuficiência renal;
- insuficiência hepática;
- corticoide em dose maior que 250mg de hidrocortisona ou equivalente;
- tempo de permanência em UTI maior que 1 semana.
QUAL O MEDICAMENTO USADO NA ULCEROPROFILAXIA?
- bloqueador de bomba de prótons (VO>EV)
COMPLICAÇÕES PÓS OPERATÓRIA
FEBRE IMEDIATA
(causas)
- causas pré-cirúrgicas
- reação adversa a medicamento
- hipertermia maligna
- REMIT
COMPLICAÇÕES PÓS OPERATÓRIA
FEBRE PRECOCE (1-5 DIAS)
(causas)
- **ATELECTASIA **(principal causa)
- flebites
- IAM/ pericardite
- pneumonia
- infecção fulminante de sítio cirúrgico
COMPLICAÇÕES PÓS OPERATÓRIA
FEBRE TARDIA (7-30 DIAS)
(causas)
- infecção de sítio cirúrgico (mais comum)
- infecções gerais, complicações, outras doenças
SEROMA
QUAL A CONDUTA?
- assintomáticos:
observação - sintomáticos:
DRENAR, se grande e em coleção: ASPIRAR
DEISCÊNCIA DE FERIDA
QUAL A CONDUTA?
reabordagem
INFECÇÕES SUPERFICIAIS DO SÍTIO CIRÚRGICO
(definição, sinais e sintomas, sítio de acometimento e conduta)
DEFINIÇÃO:
- pode ocorrer até 30 dias do procedimento cirúrgico
- ocorre drenagem purulenta e sinais flogísticos locais
SÍTIO DE ACOMETIMENTO:
- acomete pele e subcutâneo
CONDUTA:
- abrir e lavar
- sem necessidade de antibioticoterapia
INFECÇÕES PROFUNDA DO SÍTIO CIRÚRGICO
(definição, sinais e sintomas, sítio de acometimento e conduta)
DEFINIÇÃO:
- até 30 dias em procedimento sem implante (prótese)
- até 1 ano em procedimento com implante
SINAIS E SINTOMAS
- febre alta
- dor intensa
- sinais sistêmicos (sepse)
SÍTIO DE ACOMETIMENTO:
- fáscia e músculo
TRATAMENTO:
- drenagem e antibioticoterapia
INFECÇÕES INTRACAVITÁRIAS
(definição, sinais e sintomas, sítio de acometimento e conduta)
DEFINIÇÃO:
- até 30 dias em procedimento sem implante (prótese)
- até 1 ano em procedimento com implante
SINAIS E SINTOMAS
- febre alta
- sinais sistêmicos (sepse)
SÍTIO DE ACOMETIMENTO:
- fáscia, músculo e cavidade
TRATAMENTO:
- drenagem ou cirurgia e antibioticoterapia
ÍLEO PÓS-OPERATÓRIO (ílio paralítico)
DEFINIÇÃO
- pseudo obstrução intestinal
- atonia de alças intestinais
ÍLEO PÓS-OPERATÓRIO (ílio paralítico)
QUANDO OCORRE?
- SEMPRE ocorre em algum grau após maniulação abdominal
ÍLEO PÓS-OPERATÓRIO (ílio paralítico)
QUADRO CLÍNICO:
- reduçaõ dos ruídos hidroaéreos
- distensão abdominal
- náuseas
- vômitos
ÍLEO PÓS-OPERATÓRIO (ílio paralítico)
QUAL O TRATAMENTO?
- jejum
- observação
- deambulação precoce
- analgesia multimodal
- cirurgias menos invasivas
- anestesia peridural
- mascar chicletes*
- cafeína*
ÍLEO PÓS-OPERATÓRIO (ílio paralítico)
QUAIS AS CAUSAS REVERSÍVEIS?
- DHE
- anemia
- uso de opióides
- desidratação
- infecção
RETORNO DO TRÂNSITO INTESTINAL
QUAL A SEQUÊNCIA?
- DELGADO: 0 a 24 h –> ruídos hidroaéreos.
- ESTÔMAGO: 24 a 48H –> fome
- CÓLON: 48 a 72H –> eliminação de flatus e fezes
DEC
PROJETO ACERTO
(tabela)
QUANDO INVESTIGAR E OU REOPERAR PACIENTE NÓ PÓS OPERATÓRIO?
- PROVA CLÍNICA:
- taquicardia
- hipotensão
- peritonite
- EVOLUÇÃO NÃO ESPERADA:
- vômitos
- febre persistente
- dreno saíndo algo não esperado