Parte Geral 1 - introdução e princípios Flashcards

1
Q

A Constitucionalização do Direito Civil é um movimento que estabelece que o Direito
Civil deve ser submetido ao Direito Constitucional, o que implica a despatrimonialização, a repersonalização e a eficácia horizontal dos direitos fundamentais.

Certo ou Errado?

A

Certo.

Constitucionalização do Direito Civil-> Direito Civil deve ser submetido ao Direito Constitucional

Despatrimonialização-> a pessoa humana é mais importante do que o patrimônio no Direito Civil.

Repersonalização-> pessoa não é mero agente econômico, e sim alguém com direito à dignidade.

Eficácia horizontal dos direitos fundamentais-> possibilidade de aplicação de normas e princípios constitucionais diretamente em relações de Direito Civil.

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2
Q

O CC foi elaborado com 3 diretrizes teóricas:

1- ___________;
2- socialidade;
3- operabilidade.

A

1- eticidade-> valorização da boa-fé objetiva;

2- socialidade-> valorização da função social;

3- operabilidade-> texto didático e aberto a diversas interpretações.

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3
Q

O CC foi elaborado com 3 diretrizes teóricas:

1- eticidade;
2- ___________;
3- operabilidade.

A

1- eticidade-> valorização da boa-fé objetiva;

2- socialidade-> valorização da função social;

3- operabilidade-> texto didático e aberto a diversas interpretações.

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4
Q

O CC foi elaborado com 3 diretrizes teóricas:

1- eticidade;
2- socialidade;
3- ______________.

A

1- eticidade-> valorização da boa-fé objetiva;

2- socialidade-> valorização da função social;

3- operabilidade-> texto didático e aberto a diversas interpretações.

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5
Q

São os 4 corolários da boa-fé objetiva:

1- __________________________________________;

2- supressio;

3- surrectio;

4- tu quoque.

A

São os 4 corolários da boa-fé objetiva:

1- proibição da venire contra factum proprium -> proibição de agir contra o próprio comportamento;

2- supressio-> deixar de valer um direito por período prolongado;

3- surrectio-> a atitude de uma parte ao longo do tempo faz surgir para a outra um direito não pactuado originariamente;

4- tu quoque-> o contratante que violou uma norma não poderá se aproveitar disso.

MM: lembrar em 3 grupos -> proibição da venire contra factum proprium; supressio e surrectio; tu quoque.

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6
Q

São os 4 corolários da boa-fé objetiva:

1- proibição da venire contra factum proprium;

2- ___________;

3- surrectio;

4- tu quoque.

A

São os 4 corolários da boa-fé objetiva:

1- proibição da venire contra factum proprium -> proibição de agir contra o próprio comportamento;

2- supressio-> deixar de valer um direito por período prolongado;

3- surrectio-> a atitude de uma parte ao longo do tempo faz surgir para a outra um direito não pactuado originariamente;

4- tu quoque-> o contratante que violou uma norma não poderá se aproveitar disso.

MM: lembrar em 3 grupos -> proibição da venire contra factum proprium; supressio e surrectio; tu quoque.

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7
Q

São os 4 corolários da boa-fé objetiva:

1- proibição da venire contra factum proprium;

2- supressio;

3- ___________;

4- tu quoque.

A

São os 4 corolários da boa-fé objetiva:

1- proibição da venire contra factum proprium -> proibição de agir contra o próprio comportamento;

2- supressio-> deixar de valer um direito por período prolongado;

3- surrectio-> a atitude de uma parte ao longo do tempo faz surgir para a outra um direito não pactuado originariamente;

4- tu quoque-> o contratante que violou uma norma não poderá se aproveitar disso.

DICA: lembrar em 3 grupos -> proibição da venire contra factum proprium; supressio e surrectio; tu quoque.

MM:

Supressio -> é “deixar pra lá”.

SURrectio -> é uma SURpresa que SURge ao longo do tempo” (algo novo que faz surgir um direito nao pactuado originalmente).

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8
Q

São os 4 corolários da boa-fé objetiva:

1- proibição da venire contra factum proprium;

2- supressio;

3- surrectio;

4- ___________.

A

São os 4 corolários da boa-fé objetiva:

1- proibição da venire contra factum proprium -> proibição de agir contra o próprio comportamento;

2- supressio-> deixar de valer um direito por período prolongado;

3- surrectio-> a atitude de uma parte ao longo do tempo faz surgir para a outra um direito não pactuado originariamente;

4- tu quoque-> o contratante que violou uma norma não poderá se aproveitar disso.

MM: lembrar em 3 grupos -> proibição da venire contra factum proprium; supressio e surrectio; tu quoque.

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9
Q

São os 4 corolários da boa-fé objetiva:

A

São os 4 corolários da boa-fé objetiva:

1- proibição da venire contra factum proprium;

2- supressio;

3- surrectio;

4- tu quoque.

Obs.:

COROLÁRIOS DA BOA-FÉ OBJETIVA

1- proibição da venire contra factum proprium -> proibição de agir contra o próprio comportamento;

2- supressio-> deixar de valer um direito por período prolongado;

3- surrectio-> a atitude de uma parte ao longo do tempo faz surgir para a outra um direito não pactuado originariamente;

4- tu quoque-> o contratante que violou uma norma não poderá se aproveitar disso.

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10
Q

Se o devedor cumpriu parcela substancial da dívida, ainda assim cabe a resolução do contrato?

A

Não. Se o devedor cumpriu parcela substancial da dívida, não cabe a resolução do contrato em nome da teoria do adimplemento substancial (= teoria do inadimplemento mínimo).

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11
Q

O credor não pode adotar conduta oportunista que aumente o valor da dívida em razão da duty to mitigate the loss.

Certo ou Errado?

A

Certo.

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12
Q

Antes da prisão civil por alimentos, é necessário notificar o devedor?

A

Sim (Princípio do aviso prévio a uma sanção).

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13
Q

O possuidor de boa-fé pode exigir indenização por benfeitorias voluptuárias?

A

Não! Possuidor de boa-fé NÃO pode exigir indenização por benfeitorias voluptuárias. Direito Civil NÃO dá prestígio ao luxo.

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14
Q

Móveis suntuosos que guarnecem bem de família podem ser penhorados?

A

Sim. Direito Civil NÃO dá prestígio ao luxo.

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15
Q

Benfeitorias voluptuárias são indenizáveis em desapropriação?

A

Não! Benfeitorias voluptuárias NÃO são indenizáveis em desapropriação. Direito Civil NÃO dá prestígio ao luxo.

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16
Q

Os contornos do Direito Civil Constitucional foram bem resumidos no documento
conhecido como “Carta de Curitiba”, que, em suma, realça a aplicação dos direitos fundamentais entre particulares, a rejeição do método de subsunção, a supremacia do paradigma principiológico, a mudança do ensino jurídico e a sobrevalorização da dignidade da pessoa humana.

Certo ou Errado?

A

Certo.

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17
Q

De acordo com a venire contra factum proprium, também batizada como princípio
da proibição do comportamento contraditório, em nome da boa-fé objetiva, devem ser consideradas ilícitas condutas que frustrem a legítima expectativa criada por uma conduta anterior.

Certo ou Errado?

A

Certo.

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18
Q

A _________________(supressio ou surrectio?) consiste na perda de um direito em razão de inércia capaz de criar uma legítima expectativa em terceiro.

A

supressio

Obs.:

COROLÁRIOS DA BOA-FÉ OBJETIVA

1- proibição da venire contra factum proprium -> proibição de agir contra o próprio comportamento;

2- supressio-> deixar de valer um direito por período prolongado;

3- surrectio-> a atitude de uma parte ao longo do tempo faz surgir para a outra um direito não pactuado originariamente;

4- tu quoque-> o contratante que violou uma norma não poderá se aproveitar disso.

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19
Q

Na Alemanha, um credor perdeu o direito à correção monetária por ter-se mantido inerte em exigi-la durante o período de dois meses em uma época de vertiginosa espiral inflacionária.

Dentre os corolários da boa-fé, qual foi o aplicado?

A

supressio

DICA: SUPRESSIO é DEIXAR PRÁ LÁ.

Obs.:

COROLÁRIOS DA BOA-FÉ OBJETIVA

1- proibição da venire contra factum proprium -> proibição de agir contra o próprio comportamento;

2- supressio-> deixar de valer um direito por período prolongado;

3- surrectio-> a atitude de uma parte ao longo do tempo faz surgir para a outra um direito não pactuado originariamente;

4- tu quoque-> o contratante que violou uma norma não poderá se aproveitar disso.

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20
Q

O STJ condenou um proprietário de uma padaria a pagar indenização de R$ 15.000,00 a uma moradora do mesmo prédio em razão dos barulhos provocados pelos maquinários durante a madrugada. Nesse caso, a padaria havia alegado que a convenção do condomínio previa apenas
a destinação comercial das unidades autônomas. Todavia, o STJ entendeu que o condomínio e, consequentemente, os demais condôminos perderam o direito de exigir essa destinação exclusivamente comercial, por terem sido omissos durante muitos anos diante da ostensiva
ocupação residencial de uma moradora.

Dentre os corolários da boa-fé, quais foram os aplicados?

A

Supressio e surrectio.

Houve Supressio porque o direito em questão deixou de ser exigível, pelo decurso do tempo (deixou de ser exigível que só houvesse unidades comerciais no condomínio).

Houve Surrectio na medida em que a moradora adquiriu o direito de imprimir destinação residêncial à sua unidade autônoma, em razão de sua conduta reiterada de descumprir a
convenção condominial.

Obs.: Maria Helena Diniz afirma que surrectio e supressio são faces da mesma moeda

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21
Q

Em um contrato de compra e venda de combustível, há cláusula exigindo um volume mínimo de aquisição mensal.

Suponha que, nesse caso, o comprador realize, sem qualquer insurreição do vendedor, pedidos mensais em volume
inferior ao mínimo contratual durante todo o tempo de vigência contratual.

Ao final do contrato, o vendedor poderá pleitear a multa contratual estabelecida pelo descumprimento do consumo mínimo?

A

Não (supressio).

Obs.: A supressio nada tem a ver com a prescrição. Os institutos coexistem. No exemplo citado, ainda que não esteja prescrita a pretensão de cobrança da multa pelo descumprimento do consumo mínimo, operou-se a supressio contra o vendedor

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22
Q

Supressio é igual a prescrição?

A

Não. A supressio nada tem a ver com a prescrição. Os institutos coexistem.

DICA: SUPRESSIO é DEIXAR PRÁ LÁ.

Obs.: A supressio trata-se de uma supressão de um direito contratual estabelecida diante de uma posição jurídica que transfigura uma verdadeira renúncia tácita daquele direito. Ou seja, é a posição do contratante frente determinada obrigação que acaba por suprimir a disposição contratual tendo como base a boa-fé objetiva.

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23
Q

A ________________(supressio ou surrectio?) consiste na aquisição de um direito em razão de condutas antijurídicas
reiteradas com a capacidade de criar a legítima expectativa no autor dessas condutas.

A

surrectio

Obs.:

COROLÁRIOS DA BOA-FÉ OBJETIVA

1- proibição da venire contra factum proprium -> proibição de agir contra o próprio comportamento;

2- supressio-> deixar de valer um direito por período prolongado;

3- surrectio-> a atitude de uma parte ao longo do tempo faz surgir para a outra um direito não pactuado originariamente;

4- tu quoque-> o contratante que violou uma norma não poderá se aproveitar disso.

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24
Q

O Tu quoque veda que alguém se aproveite da própria torpeza, exigindo direitos
com base em uma norma que ele violou.

Certo?

A

Certo.

Obs.:

COROLÁRIOS DA BOA-FÉ OBJETIVA

1- proibição da venire contra factum proprium -> proibição de agir contra o próprio comportamento;

2- supressio-> deixar de valer um direito por período prolongado;

3- surrectio-> a atitude de uma parte ao longo do tempo faz surgir para a outra um direito não pactuado originariamente;

4- tu quoque-> o contratante que violou uma norma não poderá se aproveitar disso.

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25
Q

A corte lusitana entendeu que era incabível a alegação de inexistência de um contrato de compra e venda de veículo por parte do comprador, pois este, anteriormente, havia retido dolosamente o contrato que lhe fora enviado para assinatura.

Há aí aplicação de que corolário da boa-fé?

A

Tu quoque.

Obs.:

COROLÁRIOS DA BOA-FÉ OBJETIVA

1- proibição da venire contra factum proprium -> proibição de agir contra o próprio comportamento;

2- supressio-> deixar de valer um direito por período prolongado;

3- surrectio-> a atitude de uma parte ao longo do tempo faz surgir para a outra um direito não pactuado originariamente;

4- tu quoque-> o contratante que violou uma norma não poderá se aproveitar disso.

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26
Q

A teoria do Inadimplemento mínimo (teoria do Adimplemento substancial) condena/afasta a medida drástica da resolução do negócio jurídico quando a parte tiver descumprido apenas uma parcela pequena do contrato, após ter honrado uma parcela substancial da dívida.

Certo?

A

Certo.

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27
Q

A teoria do Inadimplemento mínimo (teoria do Adimplemento substancial) condena/afasta a medida drástica da resolução do negócio jurídico quando a parte tiver descumprido apenas uma parcela pequena do contrato, após ter honrado uma parcela substancial da dívida.

A teoria do Inadimplemento mínimo (teoria do Adimplemento substancial) tem como fundamentos a função social do contrato e a boa-fé.

Certo?

A

Certo.

Obs.:

FUNDAMENTOS DA T. DO INADIMPLEMENTO MÍNIMO

1- vedação do enriquecimento sem causa e do abuso de direito;

2- boa-fé;

3- função social.

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28
Q

A teoria do Inadimplemento mínimo (teoria do Adimplemento substancial) condena/afasta a medida drástica da resolução do negócio jurídico quando a parte tiver descumprido apenas uma parcela pequena do contrato, após ter honrado uma parcela substancial da dívida.

A teoria do Inadimplemento mínimo (teoria do Adimplemento substancial) tem como fundamentos a vedação do enriquecimento sem causa e do abuso de direito.

Certo?

A

Certo.

Obs.:

FUNDAMENTOS DA T. DO INADIMPLEMENTO MÍNIMO

1- vedação do enriquecimento sem causa e do abuso de direito;

2- boa-fé;

3- função social.

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29
Q

A teoria do Inadimplemento mínimo (teoria do Adimplemento substancial) condena/afasta a medida drástica da resolução do negócio jurídico quando a parte tiver descumprido apenas uma parcela pequena do contrato, após ter honrado uma parcela substancial da dívida.

Para fins de aplicação da T. do Inadimplemento mínimo, a aferição da expressividade do adimplemento deve levar em conta aspectos não apenas quantitativos, mas também qualitativos.

Certo?

Obs.: Resolução é uma hipótese de extinção do contrato por inadimplemento. O verbete “resolver” também significa “acabar”. Por isso, é usual a frase “vamos resolver o problema” com o significado acabar com o problema. Resolver o contrato é extinguir o contrato.

A

Certo.

Obs.: deve-se atentar para a dimensão da consequência do inadimplemento no caso concreto e para o grau de importância da parte inadimplida.

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30
Q

A teoria do Inadimplemento mínimo (teoria do Adimplemento substancial) condena/afasta a medida drástica da resolução do negócio jurídico quando a parte tiver descumprido apenas uma parcela pequena do contrato, após ter honrado uma parcela substancial da dívida.

Para fins de aplicação da T. do Inadimplemento mínimo, a aferição da expressividade do adimplemento deve levar em conta tão somente aspectos quantitativos..

Certo?

A

Errado.

Para fins de aplicação da T. do Inadimplemento mínimo, a aferição da expressividade do adimplemento deve levar em conta aspectos não apenas quantitativos, mas também qualitativos.

Obs.: deve-se atentar para a dimensão da consequência do inadimplemento no caso concreto e para o grau de importância da parte inadimplida.

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31
Q

Será que uma empreiteira tem o direito de receber o valor dos seus serviços se, diante de um projeto arquitetônico apresentado pelo dono da obra para a construção de uma casa, somente cometeu uma falha: deixou de instalar as maçanetas de duas portas na forma indicada no projeto? Ou se poderia apenas partir para a resolução do contrato por inadimplemento da obrigação pactuada?

A

A empreiteira tem o direito de receber o valor correspondente (T. do Inadimplemento mínimo).

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32
Q

Uma empreiteira tem o direito de receber o valor dos seus serviços se, diante de um projeto arquitetônico apresentado pelo dono da obra para a construção de uma casa, somente cometeu uma falha: deixou de instalar as maçanetas de duas portas na forma indicada no projeto. Isso, em aplicação da T. do Inadimplemento mínimo.

Mas, nesse caso, tal empresa pode responder pelos prejuízos causados? Do valor que tem a receber podem ser reduzidos os custos da instalação das maçanetas faltantes?

A

Sim. Sim.

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33
Q

A teoria do Inadimplemento mínimo (teoria do Adimplemento substancial) impede que o devedor seja cobrado?

A

Não (STJ).

A teoria do inadimplemento substancial não pode infertilizar nenhuma garantia das obrigações, como propriedades fiduciárias, hipotecas, penhores etc. A teoria apenas impede a resolução do contrato, mas não a cobrança da dívida por todos os meios coercitivos disponíveis, com execução das garantias da dívida.

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34
Q

Não é apenas o devedor, mas também o credor quem deve observar a boa-fé objetiva.

O duty to mitigate the loss, também chamado de dever de mitigar as próprias perdas, estabelece que o credor não pode adotar conduta oportunista que estimule o aumento da dívida com o objetivo de obter proveitos.

Certo?

A

Certo.

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35
Q

Viola o duty to mitigate the loss quem, esperando obter um proveito econômico considerável, aguarda dois anos para executar uma multa diária de R$ 1.000,00 fixada por um juiz?

A

Sim. O juiz, diante disso, pode reduzir o valor total das astreintes diante da sua exorbitância por força da boa-fé objetiva e do art. 814, parágrafo único, CPC.

O duty to mitigate the loss, também chamado de dever de mitigar as próprias perdas, estabelece que o credor não pode adotar conduta oportunista que estimule o aumento da dívida com o objetivo de obter proveitos.

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36
Q

Em nome do duty to mitigate the loss, é cabível a redução dos juros excessivos
cobrados por uma instituição financeira por uma dívida de cheque especial?

A

Sim.

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37
Q

Um determinado banco deixa de notificar o devedor de cheque especial para que sua dívida aumente. Os juros do cheque especial são de 500% ao ano, enquanto os de um empréstimo pessoal são de 60% ao ano. Nesse caso, seria cabível a redução da dívida para o montante equivalente ao da taxa de juros de um empréstimo pessoal?

A

Sim (duty to mitigate the loss).

Obs.: em outras situações de mútuos bancários, como naqueles em que alguém
contrai um empréstimo e posteriormente incorre em inadimplência, não se pode invocar o duty to mitigate the loss para reduzir o valor dos encargos decorrentes da mora. “O estado de inadimplência e o crescimento da dívida é de responsabilidade exclusiva do mutuário e não de um comportamento omissivo do mutuante”.

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38
Q

Em regra, antes de infligir qualquer sanção a um pessoa, deve-se notifica-la previamente a fim de que ela possa se defender, se justificar ou simplesmente se preparar.

Certo?

A

Certo (Princípio do AVISO PRÉVIO a uma sanção).

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39
Q

É necessário citar pessoalmente o devedor de alimentos previamente para pagar a dívida ou justificar sua inadimplência, antes que haja sua prisão civil?

A

Sim.

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40
Q

É necessário citar pessoalmente o devedor de alimentos para, em ___ dias, pagar a dívida ou justificar sua inadimplência, antes que haja sua prisão civil.

A

3

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41
Q

A ação de busca e apreensão de veículo alienado fiduciariamente ou objeto de leasing só pode ser ajuizada se, antes, o devedor tiver sido notificado mediante envio de carta registrada com aviso de recebimento (AR)?

A

Sim (Princípio do aviso prévio a uma sanção).

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42
Q

A ação de busca e apreensão de veículo alienado fiduciariamente ou objeto de leasing só pode ser ajuizada se, antes, o devedor tiver sido notificado mediante envio de carta registrada com aviso de recebimento (AR), com a necessidade de que o próprio devedor tenha sido quem assinou o AR.

Certo?

A

Errado.

A ação de busca e apreensão de veículo alienado fiduciariamente ou objeto de leasing só pode ser ajuizada se, antes, o devedor tiver sido notificado mediante envio de carta registrada com aviso de recebimento (AR), SEM a necessidade de que o próprio devedor tenha sido quem assinou o AR.

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43
Q

A ação de busca e apreensão de veículo alienado fiduciariamente ou objeto de leasing só pode ser ajuizada se, antes, o devedor tiver sido notificado mediante envio de carta registrada com aviso de recebimento (AR). É necessário que o próprio devedor seja quem tenha assinado o AR?

A

Não.

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44
Q

É necessária notificação prévia antes do cancelamento de plano de saúde por inadimplemento do beneficiário?

A

Sim (STJ).

45
Q

É necessária notificação prévia antes do cancelamento do seguro de vida por inadimplemento?

A

Sim (STJ).

46
Q

É necessária notificação prévia antes do cadastro do nome de devedor em órgão cadastral?

A

Sim.

47
Q

É necessária notificação prévia antes do cadastro do nome de devedor em órgão cadastral. Caso não haja notificação prévia, há dano moral indenizável?

A

Sim.

48
Q

É necessária notificação prévia do devedor para comunicar que o seu nome, que estava negativado em um cadastro de inadimplentes de consulta bem restrita (como o CCF) irá ser lançado em
um cadastro de inadimplementos de consulta ampla (como o SERASA), sob pena de causar dano moral.

Certo?

A

Certo.

49
Q

Antes do despejo (na ação de despejo), deve ser oportunizado ao inquilino purgar a mora?

A

Sim.

O procedimento do despejo prevê que, antes da ordem judicial de despejo, o inquilino inadimplente tem o direito de, após ser citado, purgar a mora: trata-se do chamado DEPÓSITO ELISIVO.

Obs.: elisão = ato ou efeito de suprir.

MM: lembra que na gramática, elisão se refere ao fenômeno do desaparecimento fonético de uma vogal? Ex.: d’água (de água); daqui (de aqui). Pois depósito elisivo é aquele que purga, que suprime a mora, a dívida.

50
Q

A medida drástica do corte dofornecimento de energia elétrica ou de água só poderá ser feito mediante notificação prévia?

A

Sim.

51
Q

A administradora do cartão de crédito pode automaticamente, sem prévia notificação, suspender o cartão de crédito de um consumidor em razão de algum outro credor ter inscrito o nome do consumidor em cadastro de inadimplentes?

A

Não (Princípio do aviso prévio a uma sanção).

A administradora do cartão de crédito NÃO pode automaticamente, sem prévia notificação, suspender o cartão de crédito de um consumidor em razão de algum outro credor ter inscrito o nome do consumidor em cadastro de inadimplentes .

52
Q

A aplicação da multa do art. 523 do CPC depende de prévia intimação do devedor para pagar a dívida em 15 dias na fase de cumprimento de sentença?

Obs.:

Art. 523 (CPC) - No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver.

§ 1º Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput , o débito será acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento.

A

Sim.

53
Q

A aplicação da multa do art. 523 do CPC depende de prévia intimação do devedor para pagar a dívida em ___ dias na fase de cumprimento de sentença.

A

15

54
Q

O pedido de falência depende de prévio protesto?

A

Sim.

Pedido de falência: depende de prévio protesto, que pode ser o protesto especial
para fins falimentar ou até mesmo o protesto comum, desde que este tenha cumprido todos os requisitos do protesto especial com inclusão da identificação de quem recebeu a notificação

55
Q

Pelo Princípio da proteção simplificada ao agraciado, o O Direito Civil protege o agraciado (aquele que é beneficiado por um negócio jurídico gratuito), mas sem lhe dar prestígio.

Certo?

A

Certo.

56
Q

Negócios gratuitos devem ser interpretados restritivamente ou extensivamente?

A

Restritivamente. . De fato, seria injusto permitir que o beneficiário de uma liberalidade adotasse interpretações extensivas e, com isso, prejudicasse o generoso”.

57
Q

O princípio da garantia, que estabelece que o adquirente de um bem tem direito à higidez da coisa (garantia em caso de vício redibitório) e do direito sobre a coisa (garantia em caso de evicção), somente é aplicável para contratos onerosos?

Obs.: vício redibitório = defeito oculto ou vício em um bem adquirido (Vício” deriva de “vitium”, que significa defeito, falha ou vício. “Redibitório” vem de “redibitorius”, que está relacionado com a palavra “redimir” e tem a ideia de retornar, devolver, restituir. Assim, a expressão “vício redibitório” remete à ideia de um defeito que pode levar o comprador a pedir a devolução do bem ou a rescindir o contrato, buscando a restituição do que foi pago.)

Obs.2: evicção = perda de um bem por ordem judicial ou administrativa, em razão de um motivo jurídico anterior à sua aquisição (A palavra “evicção” tem sua origem no latim “evictio”, derivada do verbo “evincere”, que significa “vencer” ou “tirar de alguém uma coisa por sentença judicial”.)

A

Sim. Beneficiários de gratuidade não podem exigir juridicamente essa garantia de qualidade da coisa ou do direito
sobre a coisa. O generoso, porém, deve responder por indenização apenas no caso de dolo.

58
Q

Beneficiários da gratuidade tem direito à higidez da coisa (garantia em caso de vício redibitório) e do direito sobre a coisa (garantia em caso de evicção)?

A

Não. Beneficiários de gratuidade não podem exigir juridicamente essa garantia de qualidade da coisa ou do direito
sobre a coisa. O generoso, porém, deve responder por indenização apenas no caso de dolo.

59
Q

A concessão obsequiosa de um prazo adicional para o pagamento de uma
dívida (prazo de favor) implica renúncia ao direito do credor de utilizar essa dívida para, por meio da compensação, extinguir outra?

A

Não.

Seria realmente injusto que o beneficiário da benesse pudesse executar judicialmente o generoso por uma outra dívida, sem que este último, em defesa, pudesse opor a compensação.

60
Q

Quem adquire gratuitamente imóvel de quem o havia obtido como fruto de pagamento poderá perder o bem?

A

Sim.

61
Q

O sujeito que aceita dar carona em veículo automotor responde por danos causados a ele (o carona)?

A

Depende. O generoso só responde por culpa grave ou dolo (Súmula n. 145/STJ).

62
Q

O Direito Civil protege situações de luxo (aquelas que estão acima da média), mas sem lhe dar prestígio.

Certo?

A

Certo.

63
Q

Se um possuidor de boa-fé despende R$ 1.000,00 com a troca da fiação
elétrica (benfeitoria necessária), R$ 4.000,00 com a ampliação do quarto (benfeitoria útil) e R$ 500.000,00 com a contratação de um famoso pintor para colorir o teto da sala ao estilo da Capela
Sistina (benfeitoria voluptuária), ele – ao ser desapossado do bem por um terceiro com melhor direito – poderá reivindicar a indenização pelas benfeitorias necessárias e úteis com direito de retenção?

A

Sim.

64
Q

Se um possuidor de boa-fé despende R$ 1.000,00 com a troca da fiação
elétrica (benfeitoria necessária), R$ 4.000,00 com a ampliação do quarto (benfeitoria útil) e R$ 500.000,00 com a contratação de um famoso pintor para colorir o teto da sala ao estilo da Capela
Sistina (benfeitoria voluptuária), ele – ao ser desapossado do bem por um terceiro com melhor direito – poderá reivindicar a indenização pelas benfeitorias necessárias e úteis com direito de retenção. Poderá tambémexigir que o reivindicante indenize-lhe as benfeitorias voluptuárias (“o luxo”)?

A

Não.

65
Q

Em condomínios, benfeitorias voluptuárias, por serem “luxos”, reivindicam um quorum
mais rigoroso de ____ dos condôminos.

A

2/3

66
Q

Se um indivíduo albarroa o seu veículo contra um carro de luxo cujo conserto custará cinquenta vezes mais o valor que corresponderia à reparação de um carro comum, é viável permitir que o valor da indenização seja reduzido para um patamar mediano?

A

Sim.

Isso, porque o luxo ostentado pelo titular do veículo acaba por expor os demais a um risco acima da média.

Se, porém, a colisão tivesse sido provocada dolosamente por inveja do condutor do veículo comum, a indenização deveria
ser o elevadíssimo valor do orçamento, pois o grau de culpa será proporcional ao dano.

É nesse sentido que o direito protege o luxo, mas não lhe dá prestígio.

67
Q

Se um indivíduo, dolosamente e por inveja, albarroa o seu veículo contra um carro de luxo cujo conserto custará cinquenta vezes mais o valor que corresponderia à reparação de um carro comum, é viável permitir que o valor da indenização seja mantido no elevadíssimo valor do orçamento? Ou o valor deve ser reduzido, uma vez que o direito protege o luxo, mas não lhe dá prestígio?

A

Se a colisão foi provocada dolosamente por inveja do condutor do veículo comum, a indenização deve ser o elevadíssimo valor do orçamento, pois o grau de culpa será proporcional ao dano.

68
Q

Em regra, os móveis que guarnecem o imóvel residencial do devedor são impenhoráveis por serem bem de família. Excepciona-se essa blindagem de impenhorabilidade se esses móveis forem “obras de arte e adornos suntuosos” ?

A

Sim. É que esses bens representam
“luxos”, ou seja, excedem o limite do padrão do homo medius e, portanto, não podem receber a mesma deferência jurídica que repousa sobre os demais móveis. Trata-se de mais um exemplo de aplicação do princípio da proteção simplificada do luxo

69
Q

Na desapropriação por utilidade pública ou para reforma agrária, as benfeitorias voluptuárias não são indenizadas em dinheiro, ao contrário do que sucede com as benfeitorias necessárias e úteis.

Certo?

A

Certo. Trata-se de mais um exemplo de aplicação do princípio da proteção simplificada do luxo. O direito protege o luxo com parcimônia.

70
Q

Na desapropriação por utilidade pública ou para reforma agrária, as benfeitorias voluptuárias são indenizadas em dinheiro, tal como acontece com as benfeitorias necessárias e úteis.

Certo?

A

Errado.

Na desapropriação por utilidade pública ou para reforma agrária, as benfeitorias voluptuárias NÃO são indenizadas em dinheiro, ao contrário do que sucede com as benfeitorias necessárias e úteis.

Trata-se de mais um exemplo de aplicação do princípio da proteção simplificada do luxo. O direito protege o luxo com parcimônia.

71
Q

O sistema de codificação do Código Civil
de 2002 promoveu a unificação do Direito Privado, com exceção do direito das obrigações, onde manteve a autonomia do Direito Civil e do Direito Empresarial.

Certo?

A

Errado.

O direito das obrigações foi unificado, de modo que relações obrigacionais civis e empresariais se sujeitam às mesmas regras.

72
Q

A técnica legislativa moderna se
caracteriza pela presença de conceitos jurídicos indeterminados e cláusulas gerais, que dão mobilidade ao sistema. Todavia, a codificação do Direito Civil exige, também, o trato da casuística, sob pena de se incorrer em um vazio normativo específico para determinadas situações.

Em relação ao Código Civil de 2002, julgue esta afirmativa:

O legislador brasileiro de 2002, ao optar pela grande codificação, unificou o direito das obrigações, bem como revogou totalmente o Código Civil de 1916 e parcialmente o Código Comercial.

Certo?

A

Certo.

Realmente houve unificação do direito obrigacional, de maneira que as obrigações civis e comerciais sujeitam-se às mesmas regras gerais. Ademais, o art. 2.045 do CC/2002 revogou totalmente o CC/1916 (Lei n. 3.017/1916) e apenas uma parte do Código Comercial (Parte Primeira do Código Comercial, Lei n. 556/1850).

73
Q

Os princípios norteadores do atual Código Civil Brasileiro são

a) Boa-fé, Eticidade e Operabilidade.
b) Socialidade, Legalidade e Operabilidade.
c) Socialidade, Eticidade e Operabilidade.
d) Eticidade, Legalidade e Morabilidade.
e) Efetividade, Adequação e Boa-fé.

A

c) Socialidade, Eticidade e Operabilidade.

74
Q

O princípio da boa-fé objetiva se apresenta como norma de conduta leal e ética aplicável às obrigações contratuais, sentido idêntico ao utilizado, em matéria de direitos reais, na classificação da posse como sendo de boa-fé ou de má-fé.

Certo?

A

Errado.

A posse de boa-fé ou de má-fé no direito das coisas segue o princípio da boa-fé subjetiva, assim entendida aquela que verifica se a intenção da pessoa é moralmente boa ou não.

Já a boa-fé objetiva não foca na intenção da pessoa, e sim na análise da compatibilidade
da conduta dela com os padrões éticos da sociedade.

O fato de o CC ter valorizado a boa-fé objetiva não significa que ele tenha desprezado a boa-fé subjetiva, que ainda segue aplicável em vários casos, como na definição de posse de boa-fé ou de má-fé em matéria de direito das coisas.

75
Q

O princípio da boa-fé objetiva se apresenta como um estado psicológico pelo qual o agente, de forma crédula, desconhece as reais circunstâncias do ato praticado.

Certo?

A

Errado.

Obs.:

BOA-FÉ

Boa-fé Objetiva-> padrões éticos sociais.

Boa-fé Subjetiva-> estado psicológico.

76
Q

O princípio da boa-fé objetiva se apresenta como norma de conduta de acordo com os ideais de honestidade e lealdade, devendo as partes contratuais agir conforme um modelo de conduta social, sempre respeitando a confiança e os interesses do outro.

Certo?

A

Certo.

Obs.:

BOA-FÉ

Boa-fé Objetiva-> padrões éticos sociais.

Boa-fé Subjetiva-> estado psicológico.

77
Q

O princípio da boa-fé objetiva se apresenta
como ausência de má-fé.

Certo?

A

Errado. É incompleto definir a boa-fé objetiva como a mera ausência de má-fé, pois a boa-fé subjetiva também decorre da falta de má-fé.

78
Q

O Código Civil de 2002 contém várias cláusulas gerais, das quais são exemplos a função social do contrato, a boa-fé objetiva e a probidade que devem reger os contratantes, a função social da propriedade e a ordem pública.

Certo?

A

Certo.

79
Q

Cláusulas gerais, princípios e conceitos
jurídicos indeterminados são expressões que designam o mesmo instituto jurídico.

Certo?

A

Errado.

Cláusula Geral-> envolve indeterminação no pressuposto e no consequente da norma.

Conceitos jurídicos indeterminados-> só tem indeterminação no pressuposto.

80
Q

O princípio da eticidade, paradigma
do atual direito civil constitucional, funda-se no valor da pessoa humana como fonte
de todos os demais valores, tendo por base a equidade, boa-fé, justa causa e demais
critérios éticos, o que possibilita, por exemplo, a relativização do princípio do pacta sunt servanda, quando o contrato estabelecer vantagens exageradas para um contratante em detrimento do outro.

Certo?

A

Certo.

81
Q

É possível afirmar que a adoção do sistema de cláusulas gerais no Código Civil de 2002
reverencia:

a) O princípio da boa-fé objetiva.
b) O princípio da eticidade.
c) O princípio da sociabilidade.
d) O princípio da operabilidade.

A

d) O princípio da operabilidade.

82
Q

Os conceitos jurídicos indeterminados não estão indicados na lei, decorrendo, apenas, de valores éticos, morais, sociais, econômicos e jurídicos.

Certo?

A

Errado.

Os conceitos jurídicos indeterminados estão no texto da lei também, pois representam
uma técnica de redação legislativa: a lei é escrita usando palavras de definição aberta
(indeterminada) para dar margem de manobra ao jurista.

83
Q

O Código Civil de 2002 divide-se em Parte Geral, Parte Especial e Livro Complementar.

Certo?

A

Certo.

A divisão do CC/2002 é esta: Parte Geral (arts. 1 a 232), Parte Especial (arts. 233 a 2027) e Livro Complementar (arts. 2028 a 2046).

84
Q

Os vetores estruturantes do Código Civil de 2002 são os da socialidade, da eticidade, da
sistematicidade e da operabilidade.

Certo?

A

Certo.

As diretrizes teóricas do CC/2002 são a eticidade, a socialidade e a operabilidade. Dentro desta última, está a sistematicidade. A questão cita as três diretrizes e, ainda que não houvesse necessidade, especifica a sistematicidade, de modo que ela está correta.

85
Q

A operacionalidade do direito civil está
relacionada à solução de problemas abstratamente previstos, independentemente de sua
expressão concreta e simplificada.

Certo?

A

Errado.

A operabilidade do direito civil foca entregar ao jurista a aptidão de resolver casos concretos, de acordo com suas particularidades, de uma maneira mais justa e compatível com a dignidade da pessoa humana. Não se busca, portanto, dar uma solução abstrata a todos os casos concretos de forma indistinta, ao contrário do afirmado na questão.

86
Q

O sistema de codificação do Código Civil
de 2002 utilizou a técnica legislativa das normas abertas, razão pela qual o processo de aplicação do Direito depende exclusivamente do raciocínio dedutivo e silogístico.

Certo?

A

Errado.

O uso de normas abertas (por meio das técnicas de redação legislativa do “conceito jurídico indeterminado” e das “cláusulas abertas”) reduz o raciocínio dedutivo e silogístico (os quais são mais usuais para normas fechadas) e amplia o espaço para o raciocínio da razoabilidade e da ponderação de princípios.

87
Q

O Código Civil de 2002 positivou em seus
artigos valores inerentes à pessoa humana, que passaram a orientar a interpretação de institutos do Direito Civil, como, por exemplo, a boa-fé objetiva como elemento das relações contratuais. Essa mudança de paradigma decorre do que se tem chamado de constitucionalização do Direito Civil.

Certo?

A

Certo.

88
Q

Atualmente é possível se falar em um novo Direito Civil, marcado, especialmente, pelos seguintes elementos, EXCETO:

a) Privatização do Direito Civil.
b) Constitucionalização do Direito Civil.
c) Humanização do Direito Civil.
d) Normatização da biotecnologia.
e) Unificação no plano obrigacional entre o Direito Civil e o Direito Comercial.

A

a) Privatização do Direito Civil.

Não há falar em privatização do Direito Civil, e sim na sua publicização, assim entendida a tendência de serem editadas normas de ordem pública para proteger pessoas vulneráveis em contratos civis.

89
Q

O sistema de codificação do Código Civil de
2002 resguardou a igualdade por meio da visão abstrata do sujeito de direitos, considerado em razão das normas jurídicas, e não em face de suas circunstâncias concretas.

Certo?

A

Errado.

90
Q

O sistema de codificação do Código Civil
de 2002 adotou a concepção de sistema fechado, uma vez que permitido o diálogo apenas com a Constituição Federal e com as normas especiais de direito privado.

Certo?

A

Errado.

O sistema é aberto: o diálogo do direito civil é com todos os ramos do Direito e com todas as normas (até com tratados internacionais), e não apenas com a Constituição Federal, ao contrário do dito na questão.

91
Q

O sistema de codificação do Código Civil de
2002 estabeleceu a visão antropocêntrica ao Direito Privado, da qual é exemplo a previsão normativa dos direitos da personalidade.

Certo?

A

Certo.

O Código Civil colocou a dignidade da pessoa humana no centro de sua tutela, o que retrata uma visão antropocêntrica.

92
Q

Os efeitos do princípio nemo venire
contra factum próprio podem ser identificados no Código Civil brasileiro de 2002 e no Código Civil de 1916 por meio de interpretação de algumas regras específicas, entre outras reguladoras dos contratos e dos negócios jurídicos.

Certo?

A

Certo.

O princípio da proibição do comportamento contraditório (princípio do nemo venire contra factum proprium) não está positivada expressamente, mas decorre da conjugação de vários dispositivos do Código Civil que exige a observância da boa-fé e da função social, como os arts. 187, 421 e 422.

93
Q

A operabilidade determinou a adoção de
soluções normativas para a facilitação da interpretação, aplicação e adaptação do Direito, o que se verifica na adoção das normas abertas como técnica legislativa.

Certo?

A

Certo.

94
Q

A socialidade implicou a funcionalização
dos modelos jurídicos, fazendo prevalecer os valores coletivos sobre os individuais, sem que sejam desconsiderados os valores inerentes à pessoa, o que se verifica na previsão do instituto do abuso de direito.

Certo?

A

Certo.

A socialidade é o prestígio dado à função social do direito, afastando o individualismo
exacerbado e exigindo compromissos com os valores coletivos. A questão segue essa linha e, por isso, está correta.

95
Q

A eticidade provocou a opção antropocêntrica da codificação civil, implicando a prevalência de critérios éticos sobre os de natureza formal, o que se verifica nos institutos da lesão e do estado de perigo.

A

Certo.

A eticidade exige condutas éticas dos indivíduos, fazendo a valorização da pessoa
(antrocentrismo) prevalecer sobre o mero interesse patrimonial (patrimonialismo). A lesão (art. 157, CC) e o estado de perigo (art. 156, CC) exemplificam isso, pois permitem anular negócios jurídicos quando uma pessoa assumiu prestação manifestamente desproporcional por uma situação de vulnerabilidade.

96
Q

A igualdade formal determinou o tratamento igualitário dos sujeitos de direitos e o afastamento de regimes tutelares, o que se verifica no
afastamento de um regime de proteção dos incapazes, presentes na anterior codificação civil.

Certo?

A

Errado.

O CC prestigia uma igualdade material, que busca dar proteção a quem está em situação de vulnerabilidade. Os incapazes, por exemplo, seguem sob a proteção do regime de poder familiar, tutela ou curatela.

97
Q

A teoria do adimplemento substancial foi expressamente prevista na legislação civil e sua adoção evita a resolução do contrato, quando ocorrer inadimplemento mínimo.

Certo?

A

Errado.

A teoria do adimplemento substancial não tem previsão textual na legislação, mas decorre da vedação ao abuso de direito (art. 187, CC), da boa-fé objetiva (arts. 113 e 422, CC) e da função social (art. 421, CC).

98
Q

Sobre a supressioou o comportamento contraditório, é possível afirmar que pode ser considerado como abuso de direito por omissão reiterada.

Certo?

A

Certo.

A supressio é a perda de um direito em razão de uma inércia prolongada (omissão reiterada) que, no caso concreto, gere uma legítima expectativa em outrem. A ruptura dessa legítima expectativa configura um abuso de direito. Por isso, é correto dizer que a supressio é um abuso de direito por omissão reiterada.

99
Q

O pagamento realizado reiteradamente
pelo devedor em local diverso do ajustado em contrato é um exemplo do que se denomina supressio.

Certo?

A

Certo.

O art. 330 do CC prevê que o pagamento reiterado em lugar diverso do pactuado faz presumir renúncia ao direito de exigir o pagamento no lugar pactuado. Isso é um exemplo de supressio, pois a omissão reiterada do credor em exigir a observância do pagamento no lugar contratado
cria uma legítima expectativa no devedor de que este poderá continuar pagando no mesmo lugar.

100
Q

O princípio da boa-fé objetiva
contratual tem, entre outras funções, a de limitar o exercício de direitos subjetivos, sobre a qual incidem a teoria do adimplemento substancial das obrigações e a teoria dos atos próprios,
daí derivando os seguintes institutos: tu quoque, venire contra facutm proprium, surrectio esupressio. Este último assegura a possibilidade de redução do conteúdo obrigacional pactuado, pela inércia qualificada de uma das partes, ao longo da execução do contrato, ao exercer direito
ou faculdade, criando para a outra a legítima expectativa de ter havido a renúncia àquela prerrogativa.

Certo?

A

Certo.

101
Q

Bruno adquiriu um veículo mediante contrato de alienação fiduciária, em 300 parcelas no valor de R$ 200,00 (duzentos reais) cada. Bruno pagou pontualmente as parcelas até que, faltando apenas seis prestações para o adimplemento,
não teve condições de realizar o pagamento. Diante da impontualidade de Bruno, a instituição financeira ajuizou ação de busca e apreensão do veículo.

Nesse caso, de financiamento de veículos com alienação fiduciária em garantia, o STJ admite a aplicação da teoria do adimplemento substancial para impedir a execução de uma garantia fiduciária por meio da busca e apreensão do bem e da consequente consolidação da propriedade fiduciária?

O STJ, nos casos de financiamento de veículos com alienação fiduciária em
garantia, não mais admite a aplicação da teoria do adimplemento substancial para impedir a execução de uma garantia fiduciária por meio da busca e apreensão do bem e da consequente consolidação da propriedade fiduciária.

A

Não. O fundamento principal é o de que a boa-fé e a função social do contrato seriam desvirtuadas se o credor perdesse o direito de executar uma garantia essencial ao seu crédito com fundamento em autorização legal expressa, o que comprometeria o “desenvolvimento da economia nacional”.

102
Q

A surrectio refere-se a um direito que não exercido durante determinado lapso de tempo não poderá mais sê-lo, por contrariar a boa-fé.

Certo?

A

Errado.

A supressio refere-se a um direito que não exercido durante determinado lapso de tempo não poderá mais sê-lo, por contrariar a boa-fé.

103
Q

A surrectio é considerada a outra
face da supressio, ou seja, acarreta o nascimento de um direito em razão da continuada prática de certos atos.

A

Certo.

104
Q

O tu quoque está relacionado à proteção de uma parte contra aquela que pretende exercer uma posição jurídica em
contradição com o comportamento assumido anteriormente.

Certo?

A

Errado.

O venire contra factum proprium está relacionado à proteção de uma parte contra aquela que pretende exercer uma posição jurídica em contradição com o comportamento assumido anteriormente.

O tu quoque censura que uma pessoa, após violar uma norma, tente se aproveitar dessa situação posteriormente.

105
Q

“A possibilidade de se
considerar suprimida uma obrigação contratual, na hipótese em que o não exercício do direito correspondente, pelo credor, gere no devedor a justa expectativa de que esse não exercício se prorrogará no tempo”.

a) Supressio.
b) Prescrição.
c) Impossibilidade jurídica do pedido.
d) Decadência.
e) Surrectio.

A

a) Supressio.

Supressio é a perda de um direito em razão de uma inércia prolongada com a capacidade de criar uma legítima expectativa em outrem.

106
Q

Os negócios jurídicos que estabeleçam benefício devem ter interpretação ampla.

Certo?

A

Errado.

A interpretação de negócios jurídicos gratuitos (que são aqueles que estabelecem um benefício patrimonial a outrem sem contraprestação) tem de ser restritiva, e não extensiva (ampla), conforme art. 114 do CC. O mesmo se dá com as renúncias a direitos: também têm de ser interpretadas restritivamente (art. 114, CC). Trata-se de um exemplo do princípio da proteção simplificada do agraciado, de maneira que aquele que será beneficiado com
a liberalidade é protegido, mas sem prestígio. Se faço uma doação a uma pessoa, esse contrato será interpretado de forma restritiva: não poderá o agraciado “tentar” obter maior benefício por meio de uma interpretação extensiva.

107
Q

Para fins de prazo civil considera-se Meado:

a) Em qualquer mês, o seu décimo quinto dia, com exceção do mês de fevereiro, o qual será considerado o décimo quarto dia.

b) A metade do prazo que a lei prever.

c) Em qualquer mês, o dia quinze, independentemente de que o vencimento venha a cair em feriado.

d) Em qualquer mês, o seu décimo quinto dia, e se dia do vencimento cair em feriado,
considerar-se-á prorrogado o prazo até o seguinte dia útil.

A

d) Em qualquer mês, o seu décimo quinto dia, e se dia do vencimento cair em feriado,
considerar-se-á prorrogado o prazo até o seguinte dia útil.

Para negócios jurídicos (como contratos), a palavra “meado” sempre é o 15º dia,
independentemente do mês envolvido. E, se o dia do vencimento cair em dia não útil,
presume-se sua prorrogação para o dia útil seguinte.

108
Q

Se reduzido o prazo pelo CC/2002 e transcorrido, na data de sua entrada em vigor, mais da metade do tempo estabelecido no CC/1916, prevalece o prazo da lei anterior.

Certo?

A

Certo.

Art. 2.028. Serão os da lei anterior os prazos, quando reduzidos por este Código, e se, na data
de sua entrada em vigor, já houver transcorrido mais da metade do tempo estabelecido na lei
revogada.

109
Q

Princípio da Proteção Simplificada do Luxo: o Direito protege o luxo, mas não lhe dá _________.

A

Princípio da Proteção Simplificada do Luxo: o Direito protege o luxo, mas não lhe dá prestígio.

Ex.: Rani, locatária do imóvel do Ed. Vicenza, fez uma melhoria luxuosa no ap. Determinou que um artista renomado pintasse o teto como o teto da capela Sistina. Nesse caso, o locador, João, deve indenizar Rani pela melhoria voluptuária? Óbvio que não. O Direito protege o luxo, mas não lhe dá prestígio.