Outras Doenças Conjuntivais Flashcards
O que é a Oftalmia Neonatorum?
Conjuntivite no 1º mês de vida
Porque a Oftalmia Neonatorum é considerada uma doença à parte?
Agentes causais atípicos e quadros clínicos potencialmente muito graves.
Quais os principais agentes causais da Oftalmia Neonatorum?
Chlamydia (Sorotipos D a K – mesmos da conjuntivite de inclusão do adulto) e N. gonorrhoeae
Qual a clínica da Oftalmia Neonatorum por Chlamydia?
- Início 7-21 dias após o parto
- Pseudomembranas
- Ausência de folículos
Qual a principal complicação sistêmica da Oftalmia Neonatorum por Chlamydia?
Pneumonia – 20%
Qual o tratamento da Oftalmia Neonatorum por Chlamydia?
- Azitromicina 20 mg/kg/dia por 3 dias VO
- Eritromicina 12,5 mg/kg VO ou EV 4x/dia por 14 dias
Qual o tipo bacteriano da N. gonorrhoeae?
Diplococos gram negativos
Qual a clínica da Oftalmia Neonatorum por gonococos?
- Início 3-5 dias pós-parto
- Grave, purulenta e hiperaguda
Como se previne a Oftalmia Neonatorum por gonococos?
Método de Credé: Nitrato de prata 1%
Atualmente, foi sugerido outro método pelo MS, com iodopovidona tópica 2,5%, eritromicina 0,5% ou tetraciclina 1%.
Como tratar a Oftalmia Neonatorum por gonococos?
Ceftriaxona 125 mg IM dose única
Qual o principal diagnóstico diferencial da Oftalmia Neonatorum por gonococos?
Conjuntivite química por nitrato de prata – tende a surgir nas primeiras 48h, fator que diferencia da gonocócica.
Quais agentes causam a conjuntivite gonocócica?
N. meningitidis e N. gonorrhoeae
Qual conjuntivite deve ser notificada?
Conjuntivite por N. gonorrhoeae
Onde se encontra meningococos na flora normal de algumas pessoas?
Glândulas de Meibomius
Qual bactéria é a causa mais comum de conjuntivite gonocócica?
N. gonorrhoeae
Qual a clínica da conjuntivite gonocócica?
Conjuntivite purulenta hiperaguda, com alto risco de perfuração corneana.
Como tratar conjuntivite gonocócica?
Sempre tratamento sistêmico com tópico adjuvante.
…………………………………………..
CÓRNEA LIVRE
* Ceftriaxona 1g IM dose única
* Ciprofloxacino 0,3% colírio
* Limpeza frequente
…………………………………………..
CÓRNEA ACOMETIDA
* Internamento hospitalar
* Ceftriaxona 1g EV 12/12h por 3 dias
* Ciprofloxacino 0,3% colírio
* Alto risco de necessidade de transplante
…………………………………………
Em ambos os casos, associar azitromicina 1g VO em dose única, para cobrir Chlamydia, e tratar o parceiro.
Qual a frequência de coinfecção por Chlamydia em pacientes com conjuntivite gonocócica?
33%
Qual sexo é mais comumente afetado pela Conjuntivite Lenhosa?
Mulheres (65%)
Em que frequência dos casos a Conjuntivite Lenhosa é bilateral?
51%
Em que frequência a Conjuntivite Lenhosa tem acometimento extraocular?
25%
Qual a causa da Conjuntivite Lenhosa?
Deficiência sistêmica de Plasminogênio 1, gerando acúmulo excessivo de fibrina.
Qual a função do plasminogênio?
Precursor da plasmina, proteína que degrada os coágulos de fibrina.
Qual a clínica da Conjuntivite Lenhosa?
- Membranas grosseiras e recorrentes
- Cicatrizes corneanas e neovasos em fases mais avançadas
Como tratar a Conjuntivite Lenhosa?
Remover as membranas, e após a remoção fazer corticoide tópico em alta dose.
Outra alternativa muito aceita inclui reposição de plasminogênio tópico ou EV.
Técnicas adicionais incluem heparina, hialuronidase, ciclosporina e soro autólogo.
Qual a frequência da Conjuntivite Lenhosa?
Muito rara, menos de 200 casos registrados.
Em que situação ocorre a Doença Enxerto x Hospedeiro?
Transplantes de medula alogênicos
O que ocorre na Doença Enxerto x Hospedeiro?
Células de defesa transplantadas começam a atacar as células do receptor
Em que momento da Doença Enxerto x Hospedeiro ocorre a forma ocular?
Geralmente na fase crônica, após 3 meses.
Qual a clínica da Doença Enxerto x Hospedeiro em sua forma ocular?
Ceratoconjuntivite Seca grave por lesão das glândulas lacrimais em 60% dos pacientes.
Qual a forma mais grave de Doença Enxerto x Hospedeiro Ocular?
- Ceratoconjuntivite grave
- Insuficiência límbica
- Opacidade corneana
Qual o tratamento da forma ocular da Doença Enxerto x Hospedeiro?
- Lubrificação
- Ciclosporina tópica e/ou corticoide tópico
- Oclusão de ponto lacrimal
- Avaliar imunossupressão sistêmica em casos graves