Otorrino: Faringites E Abscessos Cervicais Flashcards

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1
Q

Qual o vírus causador da mononucleose infecciosa?

A

Epstein Barr (EBV)

  • Família Herpesviridae (HHV tipo 4)
  • Formado por uma molécula de DNA
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Q

Qual a faixa etária mais acometida pela mononucleose?

A

Adolescentes e adultos jovens

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3
Q

Qual a principal particularidade do EBV?

A

Oncogênico. Induz transformação e crescimento celular, capaz de tornar os linfócitos B imortais.

  • Linfoma de Burkitt
  • Carcinoma nasofaríngeo
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4
Q

Qual a via mais comum de transmissão do EBV?

A

Secreção salivar

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5
Q

Quanto tempo o EBV permanece nos fluidos após início da doença?

A

Seis meses

Até uma década (em menor quantidade)

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6
Q

Qual o período de incubação do EBV?

A

30 a 40 dias

Não apresenta sazonalidade

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7
Q

Qual a apresentação clínica da mononucleose?

A

Febre baixa

Cefaleia leve

Mal estar

Amigdalite + linfonodomegalia generalizada e cervical posterior + hepatoesplenomegalia

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8
Q

Quais os achados no exame físico da mononucleose?

A

Hipertrofia e hiperemia de amígdalas + exsudato esbranquiçado e branco acizentado

Petéquias no palato

Linfonodomegalia generalizada + cervical posterior

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9
Q

Qual a única faringite que apresenta linfonodomegalia cervical posterior?

A

Mononucleose

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10
Q

Quais as complicações da mononucleose?

A

Rotura esplênica e obstrução de vias aéreas (pela hiperplasia linfoide e edema de mucosas)

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11
Q

Qual deve ser o tempo de repouso na mononucleose?

A

3-4 semanas para evitar rotura esplênica

Esplenomegalia só retrocede a partir da 3 semana

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12
Q

Como é o exantema na mononucleose?

A

Variável (apenas 10-15% dos casos)

Maculopapular, em troncos e raízes de membros

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13
Q

Quando o exantema se exacerba na mononucleose?

A

Quando é utilizado ATB

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14
Q

O que é o sinal de Hoagland?

A

Edema leve bipalpebral na mononucleose (não ocorre sempre)

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15
Q

O diagnóstico da mononucleose pode ser clínico?

A

Sim

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16
Q

Quais são os achados no hemograma da mononucleose?

A

Leucocitose às custas de linfocitose com >10% de linfócitos atípicos

Cuidar para não confundir com doenças linfoproliferativas!

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17
Q

Qual exame dá a certeza da mononucleose?

A

Sorologia IgM e IgG

Testes rápidos para detecção de anticorpos heterófilos e/ou de anticorpos específicos para o vírus Epstein-Barr, também são viáveis para o diagnóstico e podem ser utilizados. Um exemplo é a reação de Paul Bunnell. Se um paciente apresentar uma alta suspeita clínica, mas o teste de anticorpos heterófilos for negativo, deve ser feita a sorologia (IgM e IgG para o EBV), pois o IgM fica positivo nas infecções agudas.

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18
Q

Qual o tratamento para mononucleose?

A

Terapia de suporte

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19
Q

Devemos utilizar aciclovir na mononucleose?

A

NÃO

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20
Q

Qual a população mais acometida pelo adenovírus?

A

Crianças frequentadoras de creches, bem como família com crianças pequenas

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21
Q

Qual é a apresentação clínica do adenovírus?

A

Faringite

Coriza

Exsudato esbranquiçado nas tonsilas (não é obrigatório)

Conjuntivite folicular benigna

Febre

Linfonodomegalia cervical anterior dolorosa bilateral / lindonodomegalia pré-auricular

Rinorreia

Coriza

Obstrução nasal

Tosse seca ou produtiva

Enantemas

Cefaleia

Diarreia e dor abdominal

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22
Q

O que é a febre faringoconjuntival?

A

Conjuntivite folicular benigna + febre na faringite por adenovírus

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23
Q

Resolução d adenovírus?

A

Resolução espontânea em até sete dias?

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24
Q

Quando devemos pedir sorologias no adenovírus?

A

Quando associado à manifestações graves que indiquem tomada de decisão em relação à terapia antiviral específica

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25
Q

Qual o tratamento para adenovírus?

A

Sintomáticos

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26
Q

Quantos vírus podem causar Herpangina?

A

3

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27
Q

Qual o vírus mais comum causador de herpangina?

A

Coxsackie

28
Q

À qual patologia a herpangina pode estar associada?

A

Doença mão-pé-boca

29
Q

Qual a apresentação da herpangina?

A

Quadro súbito

Odinofagia (em bebês: choro, irritabilidade e/ou babação/sialorreia)

Múltiplas úlceras rasas de 4 a 8mm nos pilares tonsilares anteriores, palato mole e tonsilas palatinas

Úlceras em língua e gengiva

Se mão-pé-boca: exantema em mãos e pés, papulovesicular, podendo ser doloroso à palpação e remite em uma semana

30
Q

Como deve ser feito o diagnóstico de herpangina?

A

Clinicamente

Pelo menos dez lesões papulovesiculosas hiperemiadas/branco acinzentadas nos pilares tonsilares anteriores, palato mole, amígdalas e úvula

31
Q

Qual o tratamento para herpangina?

A

Antitérmicos

Analgésicos

Dieta fria fracionada

32
Q

Qual vírus é responsável pela faringite/gengivoestomatite herpética?

A

Herpes simples tipo 1 (HSV-1)

33
Q

Qual a forma de transmissão do HSV-1?

A

Oral-oral

Oral-genital

34
Q

Qual o tempo para aparecimento dos sintomas no HSV-1?

A

2-12 dias após exposição

35
Q

Quais os achados na faringite/gengivoestomatite herpética?

A

Vesículas e úlceras

Gengivoestomatite em crianças

Febre

Faringite

Lesões vesiculares dolorosas que se desenvolvem subitamente

36
Q

Qual é o agente causador da faringite por estreptococo?

A

Estreptococo beta-hemolítico do grupo A de Lancefield (SBHA)

Ou

Streptococcus pyogenes (coco gram-positivo que cresce em cadeias)

37
Q

Qual a outra forma de apresentação da infecção pelo SBHA?

A

Escarlatina

38
Q

Qual a apresentação clínica da faringite estreptocóccica?

A

Febre alta (acima de 38) de início súbito

Odinofagia

Hipertrofia e hiperemia das tonsilas com exsudato purulento (amarelado)

Petéquias no palato e edema de úvula

Linfonodomegalia cervical dolorosa (sempre na região anterior)

Cefaleia

Dor abdominal —-»> SBHA não causa diarreia

39
Q

Qual a apresentação clínica da escarlatina?

A

Todos os sintomas da faringite estreptocóccica

+

Exantema típico (aparece 12-24h após quadro inicial): puntiforme, eritematoso, coalescente (lixa) progredindo para todo corpo em 24h (poupa palmas das mãos e plantas dos pés)

Sinal de Pastia

Sinal de Filatov

Língua saburrosa

Língua em framboesa

Descamação posterior

40
Q

O que é o sinal de Pastia?

A

Exantema mais exacerbado em pregas cubitais, axilares, inguinais na escarlatina

41
Q

O que é o sinal de Filatov?

A

Hiperemia malar com palidez ao redor da boca na escarlatina

42
Q

Como deve ser feito o diagnóstico na faringite estreptocóccica?

A

NÃO PODEMOS FAZER USO DO ANTIBIÓTICO ANTES DOS TESTES CONFIRMATÓRIOS

Teste rápido para antígeno estreptocócico

Ou

Cultura de orofaringe (mesma especificidade, mas mais sensível)

43
Q

O que devemos fazer se o teste rápido para faringite estreptocóccica der negativo?

A

Esperar o resultado da cultura (dá pra esperar, não aumentou índice de febre reumática nem glomerulonefrite pós-estrepto)

44
Q

Como é o hemograma na faringite estreptocóccica?

A

Leucocitose com possibilidade de desvio à esquerda

45
Q

Qual o tratamento para faringite estreptocóccica em adultos?

A

Penicilina V 500g VO de 2-3x/dia por 10 dias

Ou

Amoxicilina VO

46
Q

Qual o tratamento para faringite estreptocóccica em crianças?

A

Penicilina V oral

Ou

Amoxicilina 50mg/kg/dia por 10 dias

47
Q

Qual o tratamento para pacientes com faringite estreptocóccica com história de febre reumática?

A

Penicilina V 500mg VO

Ou

Amoxicilina VO

+

Penicilina benzatina IM em dose única 500.000 UI/kg

—> 600.000 UI crianças que pesam menos de 25kg

—> 1.200.000 UI para quem pesa mais de 25kg

—> Se alergia a penicilina: cefalexina

48
Q

Quais são os critérios para diagnóstico de amigdalite de repetição?

A
  • Sete episódios por ano
  • Cinco episódios por ano por dois anos consecutivos
  • Três episódios por ano por três anos consecutivos
49
Q

Qual o agente causador da angina diftérica?

A

Corynebacterium diphteriae

50
Q

Qual a apresentação clínica da angina diftérica?

A

Dor e desconforto faríngeo

Mal-estar

Linfadenopatia cervical

Febre baixa

PSEUDOMEMBRANA COALESCENTE que sangra com a raspagem***

Dispneia (dx diferencial de estridor)

51
Q

Como é feito o diagnóstico da angina diftérica?

A

Cultura das secreções do trato respiratório

52
Q

Como é feito o tratamento para angina diftérica?

A

Eritromicina ou penicilina G procaína

Se grave -> associar soro antitoxina diftérica

53
Q

Como é feita a prevenção de angina diftérica?

A

VACINA PENTAVALENTE

  • Difteria
  • Tétano
  • Coqueluche
  • H. Influenzae
  • Hepatite B
54
Q

Qual a faixa mais acometida pela angina de Plaut-Vincent?

A

Casa dos 20 anos

55
Q

Quais são os fatores de risco para angina de Plaut-Vincent ?

A

Falta de higiene bucal

Gengivite

Estresse

Tabagismo

Diminuição da resposta imunológica

Desnutrição

56
Q

Quais os agentes envolvidos na angina de Plaut-Vincent?

A

ANAERÓBIOS

  • Borrelia vicentii
  • Fusobacterium spp
57
Q

Qual a apresentação da angina de Plaut-Vincent?

A

Início agudo de dor oral e faríngea intensa

Odor fétido***

Filme ou membrana encobrindo a gengiva e faringe

58
Q

Como é feito o diagnóstico da angina de Plaut-Vincent?

A

Avaliação laboratorial do esfregaço

59
Q

Como é feito o tratamento da angina de Plaut-Vincent?

A

Desabridamente das membranas + enxaguante oral com clorexidina

60
Q

Qual o agente mais encontrado em abscessos cervicais?

A

ANAERÓBIOS

61
Q

Qual a apresentação clínica dos abscessos cervicais?

A

Dor de garganta

Trismo

Disfagia

Massa/abaulamento + sinais flogísticos

Febre/calafrios

Sinais de sepse

62
Q

Quais são os fatores de risco para abscessos cervicais?

A

Imunossupressão

Desnutrição

Diabetes

Infecções odontológicas

Infecções faríngeas

63
Q

Qual deve ser a conduta frente a um abscesso cervical?

A

1) Internação hospitalar

2) Iniciar atb empírico

3) Solicitar TC para avaliar extensão

4) Cervicotomia para drenagem com anestesia geral

64
Q

Qual a apresentação do abscesso periamigdaliano?

A

Febre alta

Sialorreia

Alteração da voz (batata quente por edema da faringe)

Trismo por irritação da musculatura pteridoidea

Toxemia

65
Q

Quais os achados no exame físico do abscesso periamigdaliano?

A

Abaulamento assimétrico de tonsilas e palato mole + desvio da úvula

Eritema faríngeo sem exsudato

Linfonodomegalia cervical

66
Q

Qual o tratamento para abscesso periamigdaliano?

A

Se casos leves e abscesso localizado somente no espaço periamigdaliano: drenagem com joelho calibroso o incisão com lâmina

+

Amoxi-clav ou clindamicina

+

Acompanhamento em 24-48h

Se evoluir mal —> mesma conduta dos cervicais