NEUROPEDIATRIA - EPILEPSIA Flashcards
EEG INTERCRÍTICO COLABORA COM O DIAGNÓSTICO EM MAIS OU MENOS DA METADE DOS CASOS
V ou F
Verdade…
EM METADE DOS CASOS (50 - 60%)
CRISES DE INICIO FOCAL PODEM SER PERCEPTIVAS OU DISPERCEPTIVAS, ENQUANTO AS DE ORIGEM GENERALIZADA SÃO SEMPRE DISPERCEPTIVAS
V OU F
VERDADEIRO
NEM TODAS AS CRISES GENERALIZADAS SÃO DISPERCEPTIVAS
V OU F
FALSO
- TODAS SÃO DISPERCEPTIVAS
AS SÍNDROMES EPILÉPTICAS SÃO DIVIDAS EM 2:
1) SÍNDROMES AUTO….
2) ENCEFALO… EPILÉPTICAS E DO DESENVOLVIMENTO
3) SÍNDROMES EPILÉPTICAS COM ETIOLOGIAS …
1) SÍNDROMES AUTOLIMITADAS: onde é provável que haja remissão espontânea
2) ENCEFALOPATIAS EPILÉPTICAS E DO DESENVOLVIMENTO: comprometimento do desenvolvimento relacionado à etiologia subjacente
3) SÍNDROMES EPILÉPTICAS COM ETIOLOGIAS ESPECÍFICAS: causas genéticas, genético-metabólicas, estruturais e genético-estruturais
SÍNDROMES EPILÉPTICAS AUTOLIMITADAS
QUAIS AS CARACTERÍSTICAS?
CRISE LIMITADA POR IDADE; FARMACO-RESPONSIVAS; COGNIÇÃO NORMAL ou POUCO ALTERADA
SÍNDROMES EPILÉPTICAS AUTOLIMITADAS
QUAIS SÃO?
1) EPILEPSIA NEONATAL AUTOLIMITADA FAMILIAR e NÃO FAMILIAR
2) EPILEPSIA INFANTIL AUTOLIMITADA FAMILIAR e NÃO FAMILIAR
ENCEFALOPATIA EPILÉPTICA E DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL PRECOCE
- QUAIS AS CARACTERÍSTICAS?
- IDADE DE INÍCIO DAS CRISES?
EXAME NEUROLÓGICO ANORMAL, CRISES FREQUENTES E REFRATÁRIAS, ADNPM
CRISES PRINCIPAIS: ESPASMOS, MIOCLÔNICOS, TÔNICOS GENERALIZADOS, CLÔNICOS FOCAIS…
EEG INTERICTAL ANORMAL
NEUROIMAGEM, TESTE METABÓLICO E GENÉTICOS: CLASSIFICAM ETIOLOGIA EM 80%
INICIO DE EPILEPSIA ANTES DOS 03 MESES
ENCEFALOPATIA EPILEPTICA E DO DESENVOLVIMENTO (DEE)
- REQUER UM MAIS DAS SEGUINTES CRISES:
TONICA
MIOCLONICA
ESPASMOS
crises sequenciais
ENCEFALOPATIA EPILEPTICA E DO DESENVOLVIMENTO INFATIL PRECOCE
SÍNDROME DE OHTAHARA
- QUAL A IDADE DE INÍCIO?
- QUAL A CLÍNICA?
ENTRE 1 e 3 MESES DE VIDA
CRISES INTRATÁVEIS FREQUENTES e ENCEFALOPATIA PREOCOCE GRAVE
EXAME NEUROLÓGICO ANORMAL
ENCEFALOPATIA EPILEPTICA E DO DESENVOLVIMENTO INFATIL PRECOCE
SÍNDROME DE OHTAHARA
qual o padrão de EEG?
há maior risco de evoluir para w… e le… g…
SURTO-SUPRESSÃO
MAIOR RISCO PARA WEST e LENNOX GASTAUT
ENCEFALOPATIA EPILEPTICA E DO DESENVOLVIMENTO INFATIL PRECOCE
SÍNDROME DE OHTAHARA
- NÃO HÁ UMA ETIOLOGIA ÚNICA (V ou F)
VERDADEIRO
- ESTRUTURAL: principal
- GENÉTICAS: vários genes associados
- METABÓLICA: Devemos excluir essas causas!! pois podem melhorar prognóstico - nem que seja tratamento empírico.
(ex: distúrbios da piridoxina e piridoxal-5-fosfato)
AS ENCEFALOPATIAS EPILEPTICAS GRAVES E DO DESENVOLVIMENTO
- DEVEMOS AFASTAR ALGUMAS CAUSAS METABÓLICAS, POIS PODEM SER REVERSÍVEIS, QUAIS?
V OU F
VERDADEIRO
- PRINCIPALMENTE PENSANDO NA DEFICIÊNCIA DE DE PIRIDOXINA e PIRIDOXAL-5-FOSFATO
deficiencia das coisas acima devem ser excluidas! nem que seja com teste terapêutico!
ENCEFALOPATIA EPILEPTICA E DO DESENVOLVIMENTO INFATIL PRECOCE
ENCEFALOPATIA MIOCLÔNICA PRECOCE
- IDADE DE INÍCIO
- CLÍNICA
CRISES MIOCLÔNICAS frequentes (difere da sd de ohtahara)
- Início nos primeiros 02 MESES
- RDNPM com ou sem regressão
obs: história do nascimento normal
ENCEFALOPATIA EPILEPTICA E DO DESENVOLVIMENTO INFATIL PRECOCE
ENCEFALOPATIA MIOCLÔNICA PRECOCE
- HÁ SOBREPOSIÇÃO DE ETIOLOGIAS COM A SIND DE OHTAHARA
V OU F
VERDADEIRO
- MAS ETIOLOGIAS METABÓLICAS SÃO MAIS COMUNS NA EMP (hiperglicemia não cetótica, aminoacidopatias, disturbios do ciclo da ureia, mitocondriopatias, disturbios da piridoxina, piridoxal-5-fosfato)
- ENQUANTO ETIOLOGIAS ESTRUTURAIS SÃO MAIS COMUNS NA SD DE OHTAHARA
LEMBRAR: RECONHECER DISTURBIOS METABÓLICOS TRATAVEIS COMO A DEFICIÊNCIA DE PIRIDOXINA e PIRIDOXAL-5-FOSFATO
ENCEFALOPATIA EPILEPTICA E DO DESENVOLVIMENTO INFATIL PRECOCE
QUAIS AS 2 PRINCIPAIS?
SINDROME DE OHTAHARA
e
ENCEFALOPATIA MIOCLÔNICA PRECOCE
SÍNDROME DE WEST / SÍNDROME DOS ESPASMOS INFANTIS
- QUAL A TRÍADE CLÁSSICA?
ESPASMOS EPILÉPTICOS
REGRESSÃO DO DESENVOLVIMENTO
HIPSARRITMIA
COMO VOCE DESCREVE OS ESPASMOS EPILÉPTICOS DA SÍNDROME DE WEST?
CONTRAÇÃO BREVE e ABRUPTA, SEGUIDA POR FASE TÔNICA E SUSTENTADA POR 1 - 2 SEGUNDOS.
(mais prolongada do que mioclonia e menos prolongada do que crise tônica)
OCORRE EM CLUSTER, AO DESPERTAR OU INÍCIO DO SONO.
PODE SER SIMÉTRICO, ASSIMÉTRICO, GENERALIZADO, MULTIFOCAL
PODE SER SUTIL: bocejo, movimentos oculares, respiração profunda -> principalmente naqueles tratados!
https://www.youtube.com/watch?v=ItcqFvD3v60
O QUE É A HIPSARRITMIA?
RITMO CAÓTICO NO EEG
- DURANTE O SONO APRESENTA PADRÃO DE FRAGMENTAÇÃO DESSA ATIVIDADE
SÍNDROME DE WEST / SÍNDROME DOS ESPASMOS INFANTIS
- ALÉM DA HIPSARRITMIA E ESPASMOS, O QUE MAIS É ESPERADO?
ALTERAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO
- PERDA DA INTERAÇÃO SOCIAL E SORRISO
- PERDA DE MARCOS PREVIAMENTE ADQUIRIDOS
- ALTERAÇÃO DO COMPORTAMENTO
SÍNDROME DE WEST / SÍNDROME DOS ESPASMOS INFANTIS
- IDADE DE INÍCIO É < 1 MÊS
V OU F
FALSO
- VARIA ENTRE 1ª SEMANA E 3 ANOS
- MAS GERAMENTE INICIA ENTRE 4 - 7 MESES DE VIDA
SINDROME DE WEST/ SD DOS ESPASMOS INFATIS
- POSSUI UMA ETIOLOGIA ESTABELECIDA
V OU F
FALSO, É UM DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO.
- DEVEMOS PROCURAR UMA ETIOLOGIA
(ESTRUTURAL, METABÓLICA, GENÉTICA, INFECCIOSA, IMUNOLÓGICA)
SINDROME DE WEST/ SD DOS ESPASMOS INFATIS
- A PRINCIPAL ETIOLOGIA É METABÓLICA
V OU F
FALSO
PRINCIPAL NOS ESTUDOS É ESTRUTURA (CERCA DE 40%)
- causas genéticas também estão ganhando maior importância
SINDROME DE WEST/ SD DOS ESPASMOS INFANTIS
- SABEMOS QUE O TRATAMENTO E DIAGNÓSTICO PRECOCE SÃO ESSENCIAIS PARA O PROGNÓSTICO
ENTÃO, QUAL O PADRÃO OURO NO TRATAMENTO?
CORTICOTERAPIA e/ou VIGABATRINA
QUAIS AS CONDIÇÕES PARA INÍCIO DO TRATAMENTO NA WEST? 05 condições
(protocolo de inicio do tratamento)
1) PRESENÇA DE ESPASMOS EPILÉPTICOS (registros dos espasmos por celular por ex) - pode ter outras crises associadas
2) EEG em vigilia, sono e 10 min após despertar
3) EXAMES LABORATORIAIS NORMAIS (glicemia, eletrólitos, urina, TGO, TGP, hemograma, parasitológico) - pensando em imunossupressão
4) AUSÊNCIA DE SINAIS DE INFECÇÃO - pensando em imunossupressão
5) P.A normal
- internar se possível, depois pode continuar domiciliar
COMO É O PREPARO PARA INICIO DE TRATAMENTO DA SD DE WEST?
1) PROFILAXIA COM ALBENDAZOL e USO DE PROTETOR GASTRICO (ranitidina)
2) PIRIDOXINA, 200 MG AO DIA, POR 2 - 3 DIAS -> excluir deficiência de piridoxina, não pode deixar passar uma causa tratável!!!
3) INVESTIGAÇÃO ETIOLÓGICA (RNM, genética…)
COMO É O PREPARO PARA INICIO DE TRATAMENTO DA SD DE WEST?
1) PROFILAXIA COM ALBENDAZOL
2) PIRIDOXINA, 200 MG AO DIA, POR 2 - 3 DIAS -> excluir deficiência de piridoxina, não pode deixar passar uma causa tratável!!!
3) INVESTIGAÇÃO ETIOLÓGICA (RNM, genética…)
PROTOCOLO UKISS PARA TRATAMENTO DE SINDROME DE WEST
(NÃO TEMOS O ACTH DISPONÍVEL)
- PROTOCOLO DE PREDNISOLONA: COMO É FEITO?
PREDNISOLONA, 10 MG, 4X/D (40 mg ao dia)
- se os espasmos persistirem após 01 semana, aumentar para 20 mg 3x/d (60 mg ao dia)
após 02 semanas começar redução de dose:
- reduzir 10 mg a cada 5 dias se tiver com 40 mg ao dia
- reduzir para 40 mg por 05 dias e depois 10 mg a cada 5 dias se tiver com 60 mg
PROTOCOLO UKISS PARA TRATAMENTO DE SINDROME DE WEST
(NÃO TEMOS O ACTH DISPONÍVEL)
- PROTOCOLO DE VIGABATRINA: COMO É FEITO?
DOSE INICIAL: 50 MG/KG/DIA, DIVIDIDOS EM 02 VEZES AO DIA
DIA 2: 100 MG/KG/DIA DIVIDIDOS EM 2 DOSES POR 1 DIA
DIA 5: SE ESPASMOS CONTINUAREM -> 150 MG/KG/D, DIVIDIDO EM 2 DOSES
- CONTINUAR VIGABATRINA NA MESMA DOSE POR 03 MESES E DEPOIS A DOSE DEVE SER REDUZIDA EM 04 SEMANAS
PROTOCOLO UKISS PARA TRATAMENTO DE SINDROME DE WEST
(NÃO TEMOS O ACTH DISPONÍVEL)
- HOUVE DESAPARECIMENTO DOS ESPASMOS
VERDADEIRO: nos dias 13 e 14
PROTOCOLO UKISS PARA TRATAMENTO DE SINDROME DE WEST
(NÃO TEMOS O ACTH DISPONÍVEL)
- PODEMOS UTILIZAR VIGABATRINA e/ou PREDNISOLONA
V OU F
VERDADEIRO
- ALGUNS PREFEREM COMEÇAR COM VIGABATRINA (MENOS EFEITOS COLATERAIS) E DEPOIS PASSAR PARA CORTICOTERAPIA .
- OU PODE COMEÇAR OS 02 JUNTOS.
QUAL O TRATAMENTO DE SEGUNDA LINHA PARA SINDROME DE WEST? (não teve resposta com corticoide e vigabatrina)
DIETA CETOGÊNICA: CONTROLE AS CRISES EM ATÉ 50% DAS VEZES
DIETA CETOGÊNICA NA SÍNDROME DE WEST / SÍNDROME DOS ESPASMOS INFANTIS
ALÉM DA DIETA CETOGENICA, QUAIS OUTROS DE SEGUNDA LINHA?
CLONAZEPAM: associar
TOPIRAMATO, VALPROATO
NEUROCIRURGIA
SÍNDROME DE DRAVET ou EPILEPSIA MIOCLÔNICA GRAVE DA INFÂNCIA
- HÁ UMA ETIOLOGIA GENÉTICA CONHECIDA, OCORRE MUTAÇÃO NO:
SCN1A: codifica subunidade alfa 1 do canal de sódio
(PRESENTE EM MAIS DE 80%)
- ESPECTRO DE MUTAÇÃO NO SNC1A É BEM GRANDE, VARIA DE CRISES FEBRIS, ATÉ MIGRANEA HEMIPLEGICA FAMILIAR, DOOSE ETC.
SÍNDROME DE DRAVET
- O ESPECTRO DE CRISE É:
- A PRIMEIRA CRISE ESTÁ ASSOCIADA COM… NA MAIORIA DOS CASOS
- IDADE DE INÍCIO:
- AMPLO => VÁRIAS CRISES DIFERENTES
- ESTÁ ASSOCIADA COM FEBRE EM 60% e HÁ MAIOR SENSIBILIDADE A FEBRE
- GERALMENTE NO PRIMEIRO ANO DE VIDA
SÍNDROME DE DRAVET
- ANTES DO INICIO DAS CRISES A CRIANÇA É ‘‘NORMAL’’?
SIM! A PARTIR DO 2º ANO AS DEFICIÊNCIA COGNITIVAS E COMPORTAMENTAIS VÃO FICANDO MAIS EVIDENTES
- ASSIM COMO AS CRISES FICAM MAIS REFRATÁRIAS E DE MUITOS TIPOS DIFERENTES
SÍNDROME DE DRAVET
- NO PRIMEIRO ANO DE VIDA PREDOMINA AS SEGUINTES CRISES:
- PRIMEIRO ANO PREDOMINA CRISES FOCAIS OU FEBRIS OU TCG PROLONGADA
- A PARTIR DISSO AS CRISES FICAM MAIS VARIADAS: MIOCLONIAS, AUSENCIA ATIPICA - DIFICIL TRATAMENTO E COMEÇAM AS DEFICIÊNCIAS COGNTIVAS
SÍNDROME DE DRAVET
- NA VIDA ADOLESCENCIA/ADULTA AS CRISES AUMENTAM E HÁ MAIOR EVIDÊNCIA DE DISTURBIOS DE MARCHA
V OU F
- AS CRISES REDUZEM E HÁ MAIOR EVIDÊNCIA DE DISTÚRBIOS DE MARCHA (ataxia e distúrbios piramidais)
1ª FASE DA SÍNDROME DE DRAVET (2 - 12 MESES)
- QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DAS CRISES, EXAME CLÍNICO E ETC…
- CRIANÇAS NORMAIS
- CRISES FEBRIS PROLONGADAS: hemiclônicas ou generalizadas, pode evoluir para status
- CRISES AFEBRIS (30 - 40%)
EXAME CLÍNICO NORMAL
EEG PODE SER NORMAL
**DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: CRISE FEBRIL
2ª FASE DA SÍNDROME DE DRAVET (2º - 3º ANO DE VIDA)
- O QUE ACONTECE?
crises frequentes e de difícil tratamento
CRISES MIOCLÔNICAS
CRISES DE AUSÊNCIA ATÍPICA e ESTADOS CONFUSIONAIS
OUTRAS: focais disperceptivas, tônicas
INVOLUÇÃO PSÍQUICA e ALTERAÇÃO COMPORTAMENTAL
ALTERAÇOES NEUROLÓGICAS: ataxia, sinais piramidais
SÍNDROME DE DRAVET POSSUI EEG ESPECÍFICO
V OU F
FALSO
- MAS EXAMES SEQUENCIAIS MOSTRAM EVOLUÇÃO
- PODE HAVER ANORMALDIDADES INTERICTAIS QUEAUMENTAM DURANTE EVOLUÇÃO (PRESENTES EM 77%)
3ª FASE DA SÍNDROME DE DRAVET (INÍCIO DA ADOLESCÊNCIA)
COMO É?
REDUÇÃO NA FREQUÊNCIA DAS CRISES (persistem principalmente TCG durante o sono)
MARCHA AGACHADA e LENTIFICADA
SEQUELAS MENTAIS E NEUROLÓGICAS
SÍNDROME DE DRAVET
- HÁ FÁRMACOS CONTRAINDICADOS, QUAIS SÃO?
CARBAMAZEPINA
LAMOTRIGINA
FENITOÍNA
VIGABATRINA
FENOBARBITAL EV EM ALTAS DOSES
SÍNDROME DE DRAVET
- QUAIS OS FAC’s DE PRIMEIRA LINHA?
> VALPROATO
> CLOBAZAM
> STIRIPENTOL (não tem no BR)
outros: dieta cetogênica, levetiracetam
> BENZODIAZEPÍNICO DE RESGATE
FLUXO DE TRATAMENTO DA SD DE DRAVET OU NA SUA SUSPEITA
1ª FASE:
2ª FASE (SUSPEITA ALTA OU DIAGNOSTICO DEFINIDO)
3ª FASE (CRISES FREQUENTES OU STATUS)
1) VALPROATO
2) VALPROATO + STIRIPENTOL ou TOPIRAMATO ou BROMETO
3) CONSIDERAR CLOBAZAM, CANABIDIOL, VNS (nervo vago)
- evitar CBZ, LMT e PHT
CANABIDIOL PARA SÍNDROME DE DRAVET
- SEU USO EM ESTUDO RESULTOU EM:
REDUÇÃO DA FREQUENCIA DAS CRISES CONVULSIVAS (não de outras)
TAXAS MAIS ALTAS DE EFEITOS ADVERSOS (comparação com placebo, lógico)
SÍNDROME DE DRAVET
outra droga que vem mostrando boa resposta:
FENFLURAMINA
SÍNDROME DE DOOSE (EPILEPSIA MIOCLÔNICO-ATÔNICA)
- A ILAE DEFINIU AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS:
1) DESENVOLVIMENTO NORMAL ANTES DO INÍCIO DA EPILEPSIA
2) INÍCIO DA CRISE MIOCLÔNICAS, MIOCLÔNICAS-ASTÁSICA OU ASTÁSICA entre 7 meses e 6 anos
3) EEG: espícula ou polispícula-onda generalizada
4) PREDISPOSIÇÃO HEREDITÁRIA
SÍNDROME DE DOOSE (EPILEPSIA MIOCLÔNICO-ATÔNICA)
- INÍCIO DAS CRISES É INSIDIOSO OU ABRUPTO?
- COMO É O DESENVOLVIMENTO?
- ABRUPTO e ‘‘TEMPESTUOSO’’ COM MUITOS DIFERENTES TIPOS DE CRISES.
- DESENVOLVIMENTO: PARADA OU INVOLUÇÃO DO DNPM… Ataxia é frequente… Distúrbios de comportamento…distúrbios do sono.
SÍNDROME DE DOOSE (EPILEPSIA MIOCLÔNICO-ATÔNICA)
- como são as crises?
MIOCLONICO-ATONICAS: OBRIGATÓRIAS PARA O DIAGNÓSTICO -> mioclonia breve -> atonia -> pode ter quedas
ATONICAS PURAS
outras…
SÍNDROME DE DOOSE (EPILEPSIA MIOCLÔNICO-ATÔNICA)
COMO É O PROGNÓSTICO?
DENTRO DE 03 ANOS: 2/3 ENTRAM EM REMISSAO
EEG e DESENVOLVIMENTO MELHORA
- Pode ter declínio cognitivo leve
- Pode manter crises de difícil controle em uma parcela
SÍNDROME DE DOOSE (EPILEPSIA MIOCLÔNICO-ATÔNICA)
DEVEMOS PESQUISAR A DEFICIÊNCIA NO:
TRANSPORTADOR DE GLICOSE -> GLUT-1
SÍNDROME DE DOOSE (EPILEPSIA MIOCLÔNICO-ATÔNICA)
DEVEMOS EVITAR:
CBZ, PHT, OXCARBA, VIGABATRINA, LMT
SÍNDROME DE DOOSE (EPILEPSIA MIOCLÔNICO-ATÔNICA)
QUAL O TRATAMENTO MAIS EFICAZ:
DIETA CETOGÊNICA!!!
MAS DEVEMOS TENTAR FÁRMACOS, POIS PODE TER BOA RESPOSTA COM FÁRMACOS ANTES!!
OPÇÕES: LEVETIRACETAM, LAMOTRIGINA E VALPROATO.
SÍNDROME DE LENNOX-GASTAUT (uma encefalopatia epiléptica e do desenvolvimento)
- QUAIS SÃO 04 PONTOS CHAVES:
DIFERENTES TIPOS DE CRISES
EPISODIOS DE STATUS NAO CONVULSIVO
EEG ANORMAL
ATRASO NO DESENVOLVIMENTO OU REGRESSÃO NO DESENVOLVIMENTO
SÍNDROME DE LENNOX-GASTAUT (uma encefalopatia epiléptica e do desenvolvimento)
- QUAIS CRISES PODEM SURGIR:
- QUAL EEG TIPICO?
PRATICAMENTE TODAS!
EEG:
- COMPLEXOS DE ESPICULA-ONDA 2-2.5 CICLOS/SEG NA VIGILIA
- RITMO RAPIDO E POLIESPICULA-ONDA LENTA E RITMO RÁPIDO A 10 CICLOS/SEG DURANTE O SONO
SÍNDROME DE LENNOX-GASTAUT (uma encefalopatia epiléptica e do desenvolvimento)
- PODE SER PRECEDIDA POR SINDROME DE WEST?
SIM!
SÍNDROME DE LENNOX-GASTAUT (uma encefalopatia epiléptica e do desenvolvimento)
- IDADE DE INÍCIO: PRIMEIROS 2 MESES
V OU F
FALSO
- ENTRE 1 - 8 ANOS (Média 3 - 5 anos)
SÍNDROME DE LENNOX-GASTAUT (uma encefalopatia epiléptica e do desenvolvimento)
ETIOLOGIAS:
MULTIPLAS (GENETICA, INFECCIOSA, METABOLICA, ESTRUTURAL….)
SÍNDROME DE LENNOX-GASTAUT (uma encefalopatia epiléptica e do desenvolvimento)
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
- NENHUM FARMACO É ALTAMENTE EFETIVO
V OU F
VERDADEIRO
SÍNDROME DE LENNOX-GASTAUT (uma encefalopatia epiléptica e do desenvolvimento)
FLUXOGRAMA DO TRATAMENTO
1ª: VALPROATO (podendo associar com Lamotrigina)
2ª LINHA: LAMOTRIGINA (podendo associar com AVP) / RUFINAMIDA
- DEPOIS PODEMOS USAR ADJUVANTES: TOPIRAMATO, CLOBAZAM
- PODEMOS PENSAR EM VNS, CIRURGIA, DIETA CETOGÊNICA…
QUAL FÁRMACO É USADO ESPECIFICAMENTE PARA SÍNDROME DE LENNOX-GASTAUT?
RUFINAMIDA: AMPLO ESPECTRO DE AÇÃO
SÍNDROME DE LENNOX-GASTAUT (uma encefalopatia epiléptica e do desenvolvimento) - status não convulsivo
devemos ter terapia agressiva?
geralmente é por ausência atípica
- TRATAMENTO É MENOS URGENTE, EVITAR TRATAMENTO AGRESSIVO
» VPA EM ALTAS DOSES (OBJETIVO: NS > 100 - 130)
SÍNDROME DE LENNOX-GASTAUT
ALGUNS FÁRMACOS PODEM PIORAR CRISES, QUAIS?
FENITOINA, CARBAMAZEPINA, OXCARBA, GABAPENTINA, VIGABATRINA, FENOBARBITAL, LACOSAMIDA
CRISES EPILÉPTICAS NO PERÍODO NEONATAL
- QUAL A PEGADINHA?
MUITOS NÃO APRESENTAM SINAIS CLÍNICOS, ENQUANTO ESTÃO COM CRISE EPILÉPTICA
- CERCA DE 50 A 85%
> > ATÉ 1/3 DOS NEONATOS COM CRISE APRESENTAM CRISE SUBCLÍNICAS
E ATÉ 75% DAS SUSPEITAS DE CRISES CLÍNICAS, NÃO SÃO DE ORIGEM EPILÉPTICA
CRISES EPILÉPTICAS NO PERÍODO NEONATAL
- É COMUM O DESACOPLAMENTO ELETROCLÍNICO
V OU F
VERDADEIRO
- 50% APÓS PHT ou PB
o que é isso? continuar com crise eletrográfica mesmo após a droga!
POR QUE HÁ MAIOR RISCO DE CRISE NOS PRIMEIROS DIAS DE VIDA?
PORQUE O GABA INICIALMENTE É MAIS EXCITATÓRIO DO QUE INIBITÓRIO
- E ISSO MUDA COM O DECORRER DO TEMPO
O EEG NAO E TAO IMPORTANTE NA INVESTIGAÇÃO DE CRISES NEONATAIS
V OU F
FALSO!!
ELE É ESSENCIAL, POIS PODEM OCORRER DE FORMA SUBCLÍNICA EM BOA PARTE DELES
CRISES NEONATAIS SÃO CONSIDERADAS DE INÍCIO GENERALIZADO
V OU F
FALSO!
SÃO CONSIDERADAS DE INÍCIO FOCAL, pois não há essa conexão tão grande entre neurônios no período neonatal, então não considera-se que haja início generalizado.
- então é DESNECESSÁRIO DIVIDIR EM INÍCIO FOCAL e INÍCIO GENERALIZADO, pois todas são de início focal
CRISES NEONATAIS
- A DESCRIÇÃO DEVE CONTER SE É INÍCIO FOCAL OU INÍCIO GENERALIZADO?
- SE NÃO, COMO DEVEMOS DESCREVER?
NÃO !! POIS TODAS SÃO DE INÍCIO FOCAL NESSE PERÍODO
- O QUE DEVE-SE DESCREVER SÃO AS ALTERAÇÕES CLÍNICAS PREDOMINANTES, COMO:
»> MOTOR, NÃO MOTOR, SEQUENCIAL
QUAL A PRINCIPAL CAUSA DE CRISES EPILÉPTICAS NEONATAIS?
E QUAIS AS OUTRAS IMPORTANTES?
1º HIPÓXICO-ISQUEMICA
2º VASCULAR
3º METABÓLICO E OUTROS / GENÉTICO / MALFORMAÇÕES / INFECCIOSO
CRISES EPILÉPTICAS NEONATAIS - em relação ao tempo de vida
– NAS PRIMEIRAS 24 H AS PRINCIPAIS CAUSAS SÃO:
– ENTRE 24 - 72 H AS PRINCIPAIS CAUSAS SÃO
– ENTRE 72 H E 1 SEMANA:
– ENTRE 1 SEMANA E 1 MES:
PRIMEIRAS 24H: EIH, TRAUMA, ANOMALIAS CONGENITAS DO SNC, DEPENDENCIA DE PIRIDOXINA, HIPOGLICEMIA, DROGAS
24 - 72: TODOS ACIMA + HIPOCALEMIA, HIPOMAGNESEMIA , INFARTOS
72H - 1SEMANA: TODOS ACIMA + CONVULSÃO BENIGNA NEONATAL
1 SEM - 4 SEM: HIPOCALCEMIA TARDIA, SEPSE, HIDROCEFALIA, DISGENESIA CEREBRAL, SINDROMES EPILEPTICAS, ENCEFALITE HERPETICA
CRISE NEONATAL
- DEVEMOS FOCAR EM CAUSAS TRATÁVEIS
QUAIS EXAMES DEVEMOS PEDIR INICIALMENTE?
HEMOGRAMA, UREIA, GLICEMIA, U-C, CALCIO, POTÁSSIO, MAGNESIO, GASOMETRIA, LACTATO, LCR, CULTURAS
- EEG É FUNDAMENTAL
- Imagem se possível: evitar contraste no período NEONATAL!!