Neoplasia do sistema biliar e periampulares Flashcards

1
Q

Vesícula em porcelana o que é e qual o risco?

A
  • Cálcificação das paredes da vesícula
  • ⇧ o risco de câncer na vesícula ⇨ COLECISTECTOMIA
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Q

Achado da tomografia do abdomen

A

Vesícula em porcelana (​Risco de neoplasia)

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3
Q

Achado no ultrassom de abdome

A

Vesicula em porcelana

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4
Q

Achado no USG

A

Pólipo de vesícula

Características:

  • Imóveis
  • Sem sombra acústica posterior
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5
Q

Classificação dos pólipos segundo o pedunculo

A

Classificação dos pólipos segundo o pedunculo

  • Pólipo sésseis
    • ⇧ Risco de malignização e invasão transmural
  • Pediculado
  • Semipediculado
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6
Q

Pólipos da vesícula biliar a colecistectomia está indicada em:

A

Todos os sintomáticos e assintomáticos com maior risco de malignidade que são:

  • Dependência do tamanho do pólipo
    • Diâmetro > 1cm
  • Velocidade de crescimento
    • Crescimento documentada na USG seriada
  • Coexistência de fatores de risco
    • Associado à colelitíase
    • Idade > 50-60anos

​Não havendo indicação de colecistectomia deve ser acompanhada com USG de abdome seriada.

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7
Q

Fatores de risco para o câncer da vesícula

A
  • Colelítiase
  • Vesícula em porcelana
  • Polípos >1cm
  • Cistos de colédoco
  • Colangite esclerosante primária
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8
Q

Local mais acometido de tumor de pâncreas

A

Cabeça do pâncreas 60 a 70%

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9
Q

Tumores periampulares (4)

A
  • Carcinoma de cabeça de pâncreas (85% dos casos)
  • Carcinoma da ampola de Vater
  • Colangiocarcinoma distal (colédoco)
  • Tumor de duodeno próximo à ampola de Vater
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10
Q

Principais fatores de risco paa carcinoma de cabeça de pâncreas

A
  • Idade avançada
  • Sexo masculino
  • Negros
  • Tabagismo
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11
Q

Apresentação clínica do tumor de cabeça de pâncreas

A
  • Anorexia e massa abdominal palpável
  • Perda de peso (mais comum)
  • Icterícia colestática
  • Dor epigástrica e lombar
  • Náuseas e vômitos
  • Pode haver:
    • Diabetes
    • Insuficiência exócrina
    • Pancreatite
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12
Q

Síndrome de Trousseau

A

Síndrome Paraneoplásica

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13
Q

Sinal de Courvoisier-Terrier sugere:

A

Neoplasia periampular

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14
Q

Sinal de Courvoisier-Terrier

A
  • Vesícula palpável e indolor
  • Ictéricia
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15
Q

Marcador tumoral de pâncreas

A

CA-19-9

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16
Q

Neoplasia mais comum a obstruir o sistema biliar

A

Câncer de cabeça de pâncreas

17
Q

Sobre tumor de pâncreas

Lesões com potencial de malignização mais importantes (2)

A
  • Neoplasia Cística Mucinosa (MCN)
  • Neoplasia Mucinosa Papilar Intraductal (IPMN)
18
Q

Dentre os marcadores tumorais proteicos em uso na atualidade, aquele que pode mostrar-se elevado na doença biliar benigna aguda ou crônica, e confundir o raciocínio diagnóstico é o:

A

CA-19-9

Embora sempre lembrado no tumor de pâncreas, este marcador pode aparecer em títulos aumentados em outros tumores malignos como colangiocarcinoma, Ca vesícula biliar, mama, pulmão, cólon, estômago e ovário. Além disso, pode vir associado a condições benignas biliares e pancreáticas, como colangite aguda, colelitíase e pancreatites aguda e crônica.

19
Q

Como é feito o estadiamento do tumor de pâncreas?

A
  • Clínica
  • TC de abdomen e tórax
20
Q

Tumor de pâncreas com leão inrresecável.

Conduta

A

Neoplasia irressecável ou metastática devem ser submetidos a algum procedimento diagnóstico (biópsia percutânea ou endoscópica) de modo a confirmar o diagnóstico e permitir o início do tratamento quimioterápico paliativo (não se faz quimioterapia às cegas…).

21
Q

Estadiamento TNM do câncer de pâncreas

A
22
Q

Diferença clínica do câncer de papila x câncer de cabeça do pâncreas

A

Tumor de papila a ictéricia é flutuante

Tumor de papila tem melhor prognóstico, 90% dos casos são ressecaveis

23
Q

Tipo mais comum de colangiocarcinoma

A

Tumor de Klatskin

24
Q

Situações na quais o Marcador tumoral CA-19-9 esta aumentado

A
  • Tumor de pâncreas
  • Colangiocarcinoma
  • Ca vesícula biliar, mama, pulmão, cólon, estômago e ovário.
  • Colangite aguda
  • Colelitíase
  • Pancreatites aguda e crônica
25
Q

Fatores de risco para colangiocarcinoma

A
  • Idade avançada
  • Colangite esclerosante primária
  • Doença cística biliar
26
Q

Segundo a classificação de Bismuth para os colangiocarcinomas peri-hilares, um tumor que se situa na confluência biliar, sem invadir os ductos intra-hepáticos secundários é classificado como tipo:

A

Tipo II

27
Q

Os tumores primários que acometem a confluência dos ductos hepáticos apresentam como característica:

A

Tumor da confluência dos ductos hepáticos = Tumor de Klatskin

  • Sua obstrução dilata apenas as vias biliares intra- -hepáticas
  • Vesícula fica reduzida e sem bile.
28
Q

Classificação de Bismuth-Corlette do tumor de Klatskin

A

Classificação de Bismuth-Corlette do tumor de Klatskin

  • Tipo I: acomete só o hepático comum;
  • Tipo II: acomete hepático comum e a bifurcação dos hepáticos;
  • Tipo III: acomete hepático comum, a bifurcação e o hepático direito (IIIa) ou o esquerdo (IIIb);
  • Tipo IV: acomete hepático comum, a bifurcação e invade tanto o hepático direito quanto o esquerdo.
29
Q

Qual o principal tipo histológico do carcinoma de vesícula?

a) Carcinoma de células escamosas.
b) Carcinoma adenoescamoso.
c) Adenocarcinoma.
d) Carcinoma anaplásico

A

Qual o principal tipo histológico do carcinoma de vesícula?

a) Carcinoma de células escamosas.
b) Carcinoma adenoescamoso.

c) Adenocarcinoma.

d) Carcinoma anaplásico

30
Q

Com relação ao câncer de pâncreas, é CORRETO afirmar que:

  • *a)** Todos os pacientes com mais de 60 anos de idade devem ser submetidos ao rastreamento do câncer de pâncreas.
  • *b)** A TC do abdome é o melhor método de imagem para o rastreamento do câncer de pâncreas.
  • *c)** O tabagismo é o principal fator de risco ambiental para o desenvolvimento do câncer de pâncreas.
  • *d)** O marcador tumoral CA 125 é útil para o acompanhamento do tratamento do câncer de pâncreas após a ressecção cirúrgica do tumor.
A

Letra A: incorreta! Iremos rastrear apenas indivíduos com história familiar de câncer de pâncreas, não existindo rastreamento universal indicado para esta neoplasia.

Letra B: incorreta! A tomografia é o melhor exame para o diagnóstico! Para o rastreamento do câncer de pâncreas, a ultrassonografia endoscópica seria o melhor método.

Letra C: correta! O TABAGISMO É O PRINCIPAL FATOR DE RISCO PARA O CÂNCER DE PÂNCREAS! Outros fatores de risco são a história familiar, pancreatite crônica, sexo masculino, raça negra, dentre outros.

Letra D:incorreta! O marcador do câncer de pâncreas é o CA 19-9! Lembre-se de que este marcador NÃO deve ser usado como teste de rastreio, sendo útil para o acompanhamento de pacientes já diagnosticados por outros métodos. O CA 19-9 aumenta em cerca de 75% dos casos, havendo queda após a ressecção do tumor. Caso ocorra nova elevação, saberemos que há recidiva de doença.

31
Q

Paciente do sexo masculino, de 65 anos, apresenta icterícia progressiva há 2 meses. Realizou TC do abdome que revelou dilatação das vias biliares e tumoração em cabeça do pâncreas. Submetido à laparotomia, no intraoperatório observou-se tumoração endurecida em cabeça do pâncreas sem acometimento da v. porta e a. e v. mesentérica superior, com pequeno nódulo hepático sugestivo de metástase. Qual a conduta mais adequada?

a) Biópsia do nódulo hepático.
b) Encerrar a cirurgia e encaminhar o paciente para quimioterapia.
c) Gastroduodenopancreatectomia e ressecção do nódulo hepático.
d) Derivação biliodigestiva e gastroenteroanastomose.

A

Resposta certa: letra D.

O adenocarcinoma ductal de cabeça do pâncreas é o tipo histológico PRINCIPAL do câncer desta porção do órgão. Geralmente, sua apresentação clínica envolve a tríade ICTERÍCIA, PERDA DE PESO E DOR EPIGÁSTRICA. Você deve sempre lembrar que é muito importante o sinal de Courvoisier-Terrier nesta doença: a palpação da vesícula distendida, abarrotada de bile, é consequência da obstrução da via biliar principal pelo tumor. Entendido o quadro clínico de forma resumida, devemos lembrar que o tumor de pâncreas pode ser tratado com intenção curativa somente quando não há metástase a distância e envolvimento circunferencial da artéria mesentérica ou plexo celíaco. Nos casos em que há metástase hepática, como aconteceu com nosso doente, devemos realizar tratamento paliativo para (1) a icterícia, com endoprótese de via biliar (caso ele não seja submetido à cirurgia) ou derivação biliodigestiva, caso aconteça a cirurgia, e para (2) a dor, com bloqueio de plexo celíaco e analgesia.

32
Q

Um homem de 56 anos, sem queixas anteriores, queixa-se de que está com os olhos amarelados e perdendo peso. Ao exame físico, o paciente está ictérico e sem alterações no abdome. A ultrassonografia demonstra dilatação das vias biliares sem cálculos. Qual o próximo passo?

a) EDA.
b) TC.
c) CPRE.
d) PET-TC.

A

Gabarito: opção B.

Uma síndrome ictérica deve, primeiramente, ser avaliada com exames laboratoriais, como hemograma completo, bilirrubina total e frações, fosfatase alcalina, gama GT etc., antes dos exames de imagem. Porém, a partir do momento em que constatamos clinicamente esses sinais e sintomas e os associamos com imagem de vias biliares dilatadas SEM A PRESENÇA DE CÁLCULOS (que seria a principal causa), a principal hipótese diagnóstica recai sobre as doenças periampulares, das quais o câncer de cabeça do pâncreas é o principal representante. Nesse caso, o melhor exame de investigação passa a ser a TC de abdome e pelve COM CONTRASTE.

33
Q

Com relação aos pólipos de vesícula biliar, é correto afirmar:

a) o exame de escolha para seu diagnóstico é a ressonância magnética do abdome total.
b) a maioria é maligno, sendo encontrado em 1% da população.
c) o seguimento ultrassonográfico é permitido, se os pólipos forem menores que 10 mm.
d) a cirurgia de colecistectomia é mandatória se o paciente ainda não possuir sintomas.

A

Resposta: letra C.

O melhor exame do diagnóstico a acompanhamento das principais morbidades da vesícula biliar (ex.: pólipos, cálculos, colecistite) é o ultrassom de abdome. A maioria dos pólipos de vesícula biliar são benignos, chamados de pólipos hiperplásicos e não traz maiores preocupações, embora seja interessante acompanhar com USG periódico, para observar se não haverá aumento do pólipo. Existem dois subtipos: (1) pólipos de colesterol (os mais comuns); e (2) pólipo adenomiomatoso (pólipo grande, único, localizado no fundo da vesícula, e constituído por tecido miomatoso, com formações glandulares. Os pólipos neoplásicos são mais raros, predominando na população idosa e muito associados à colelitíase. Estes podem ser adenomatosos e carcinomatosos – esse último é o próprio carcinoma de vesícula biliar, em sua fase precoce. Você precisa saber o seguinte: quando indicar a colecistectomia frente a um pólipo de vesícula biliar? Nos casos sintomáticos (dor biliar episódica) e nos assintomáticos com maior risco de malignidade, que são aqueles com pelo menos um dos seguintes: (1) associado à colelitíase; (2) idade > 60 anos; (3) diâmetro > 1 cm; (4) crescimento documentado na USG seriada.

34
Q

Assinale a lesão benigna pancreática que não está associada a risco de transformação neoplásica.

a) Adenoma microcístico.
b) Cistadenoma mucinoso.
c) Neoplasia pancreática intraductal mucinosa (IPMN).
d) Tumor de Frantz.
e) Neoplasia intraductal pancreática (PANIN).

A

Resposta: A.

Diversas neoplasias císticas do pâncreas, aquela com menor risco de evolução para malignidade com o passar do tempo é o cistadenoma seroso, que também é chamado de adenoma microcístico (os adenomas mucinosos são ‘macrocísticos’). As demais lesões apesar de comumente serem benignas inicialmente, podem evoluir para malignidade.