Hepatite A e Hepatite E Flashcards
Virologia da hepatite A
RNA de sorotipo único: permanente imunidade
Hepatite A cronifica ?
Hepatite A não cronificação
Tratamento da Hepatite A
Tratamento de suporte
Via de transmissão da HAV
- Fecal-oral
- Transfusão e homem que faz sexo com homem: raro
Período de transmissão
2 semanas antes até 2 semanas depois dos sintomas
Qual motivo dos casos de hepatite A não serem diagnósticados
Assintomáticos ou se apresentam como um simples “quadro gripal” ( anictérico e autolimitado)
Hepatite A incubação
4 semanas
Quando ocorre a maior disseminação do virus da hepatite A?
Antes da fase clínica
Diagnóstico HAV
Anti-HVA IgM

Hepatite A precisa de isolamento?
Após o inicio da ictéricia:
- Até 1 semana (Nelson)
- Até 15 dias (MS)
Imunoglobulina
Não consta pelo MS
Pré-exposição para áreas endêmicas
- Se ≥ 1 anos: Sempre vacina
- Se < 1 ano: Imunoglobulina
Profilaxia pós-exposição
Tempo desde a exposição
- ≤ 2 semanas: <1 ano: Imunoglobulina
> 1 ano: vacina
- > 2 semanas: Nenhuma
Hepatite E
Período de incubação: 5 semanas
Tudo igual à hepatite A ( transmissão fecal-oral, tem vacina disponível)
História epidemiologica fundamental no diagnóstico
Marcador sorológico: anti-HEV e IgG. Não há vacina
- Quando ocorre em gestantes tem risco de até 20% de evolução para hepatite fulminante
Diagnóstico laboratorial da hepatite A
Diagnóstico laboratorial da hepatite A
-
Geral
- ALT E AST elevadas (ALT>AST)
- Elevação dos níveis de bilirrubina (BD>BI)
-
Sorológico
- Anti-HAV IgM (inicío do quadro até 6 meses)
- Anti-HAV IgG (a partir do 2° mês)
Evolução da hepatite A em adultos
Tende a ser mais complicado em adultos
Anti-HAV positivo
Indica infecção pregressa ou resposta vacinal
Vacinação da hepatite A
- Calendário vacinal infantil
- 1 dose aos 15 meses
- Vacinação em adulto
- 2 doses no intervalo de 6 meses.
Homem, 33 anos, morador de rua, procura UBS com relato de queda do estado geral, náuseas, febre, dor abdominal difusa e vômitos há 1 semana. A avaliação clínica revela o paciente ligeiramente desidratado e com icterícia 3+/4. A avaliação laboratorial mostra: TGO = 420 U/L, TGP = 830 U/L, bilirrubina total = 6 mg/dl e bilirrubina direta = 5,1 mg/dl. Assinale a alternativa CORRETA, em relação ao quadro clínico exposto:
a) Trata-se de quadro causado por bactéria, com alta morbimortalidade.
b) O diagnóstico definitivo apenas pode ser feito com a biópsia hepática.
c) A transmissão mais prevalente é dada pelo contato sexual sem preservativos.
d) A insuficiência hepática fulminante ocorre em 10 a 15% dos indivíduos portadores dessa doença.
e) Trata-se de doença viral com transmissão orofecal e sem cronificação.
Correta letra E
Estamos diante de um morador de rua que se apresenta com icterícia à custa de bilirrubina direta, com lesão hepatocelular importante (definida por aumento das transaminases, com predominância de TGP) e sintomas agudos compatíveis com um quadro de hepatite viral. Embora os valores de transaminases geralmente estejam > 1.000 U/L, sempre devemos considerar o diagnóstico de hepatite com dosagens
aproximadamente 10x o valor superior da normalidade, como 830 U/L de TGP. Não há história de uso de álcool ou medicamentos para pensarmos em hepatite alcoólica ou medicamentosa. Na idade adulta, os quadros de hepatite aguda sintomática geralmente são associados à hepatite A, que tem como principal fator de risco as condições de saneamento básico precárias, pois seu principal modo de transmissão é fecal-oral. O diagnóstico é realizado pela presença de anticorpos anti-HAV IgM e a doença nunca cronifica. A hepatite fulminante é raríssima (0,3% dos casos).