Complicações da colecistolitíase Flashcards

1
Q

Definição - Colecistite aguda calculosa

A

Síndrome clínica decorrente de uma inflamação aguda da vesícula biliar, causada por um cálculo impactado no ducto cístico.

A impactação do cálculo é definitiva

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2
Q

A colecistite aguda é uma doença infecciosa?

A

Doença inflamatória química

O evento inicial e obrigatório é a obstrução completa e persistente do ducto cístico por um cálculo (1). Numa vesícula cheia de bile e cálculos e com um deles encravado no cístico, diversos processos fisiopatológicos podem se precipitar. O efeito irritativo dos cálculos faz com que uma enzima, a Fosfolipase A, seja liberada da parede da vesícula para o seu lúmen (2). Esta enzima é capaz de converter a lecitina da bile em Lisolecitina (3), um potente irritante químico. Esta substância é a grande vilã na colecistite aguda, ao desencadear uma reação inflamatória química na parede vesicular (4).

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3
Q

Por que a oclusão do cístico não provoca sempre uma colecistite aguda?

A

Algumas vezes não há cálculos suficientes irritando a parede da vesícula para liberar a fosfolipase A, não se formando, portanto, a lisolecitina.

Nestes casos, não ocorrerá colecistite aguda…

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4
Q

Colecistite aguda calculosa. E as bactérias?

A

A presença de bactérias não é necessária para a ocorrência da colecistite aguda – entretanto elas estão presentes em cerca de 50% dos casos, proliferando-se no lúmen vesicular.

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5
Q

Qual é o seu papel da bactéria na colecistite aguda?

A

Provavelmente, estes micro-organismos contribuem para o agravamento da inflamação e são especialmente importantes na colecistite aguda complicada.

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6
Q

Quadro clínico da colecistite aguda calculosa

A
  • Dor biliar > 6h
  • Febre (até 38,7°C)
  • Leucocitose (12 a 15.0000/mm3)
  • Sinal de Murphy (patognomônico)
  • Massa palpável (Vesícula +omento)
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7
Q

Colecistite dá ictéricia?

A

Não (ou se há é de pequena monta +/+4)

Aumento de Lifonodos próximo ao colédoco que estão drenando o processo inflamatório, podem comprimir o colédoco e gerar ictéricia.

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8
Q

Colecistite com ictéricia ⇧ 5mg/dL; ou seja colecistite com padrão obstrutivo importante.

Deve-se suspeitar: (2)

A
  • Colecistite aguda + coledocolitíase
  • Síndrome de Mirizzi
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9
Q

Colecistite aguda

Primeiro exame que deve ser solicitado para confirmar o diagnóstico

A

USG abdominal

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10
Q

Além de estabelecer a presença dos cálculos, este exame pode revelar sinais de inflamação aguda na vesícula. São eles:

A
  • Espessamento da parede da vesícula (> 4 mm);
  • Coleção pericolecística;
  • Distensão da vesícula;
  • Cálculo impactado;
  • Sinal de Murphy ultrassonográfico (pelo toque do transdutor).
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11
Q

Exame de maior acurácia para casos duvidosos de colecistite aguda

A

Cintilografia

  • Raramente precisa ser realizada
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12
Q

Leia o caso clínico a seguir: paciente gestante, primigesta, de 25 anos, no quarto mês de gestação, apresenta primeiro episódio de colecistite aguda. Nesse caso, qual deverá ser a conduta?

a) Colecistectomia videolaparoscópica.
b) Colecistectomia convencional.
c) Tratamento clínico até o terceiro trimestre.
d) Tratamento clínico até o nascimento.

A

Resposta certa: A.

A colecistite aguda é uma patologia de tratamento essencialmente cirúrgico. Na gestação, a ausência de tratamento adequado aumenta muito a morbimortalidade materno fetal, valendo a pena correr o risco de uma cirurgia de emergência. O ideal, inclusive, é que o procedimento seja realizado pela via videolaparoscópica, de preferência no segundo trimestre da gestação (no primeiro trimestre a chance de malformações fetais em decorrência de qualquer intervenção é maior, e no terceiro trimestre, devido ao maior tamanho do útero gravídico, a via laparoscópica encontra-se contraindicada). Ora, é justamente o momento em que a paciente se apresenta! Logo, não há o que titubear aqui.

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13
Q

Tratamento da colecistite aguda calculosa não complicada

A
  • Hidratação e analgesia
  • Antibioticoterapia parenteral
    • Ceftriaxone + Metronidazol
    • Ampicilina com sulbactam
  • Colecistectomia Videolaparoscópica em 2 a 3 dias
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14
Q

Principais complicações da colecistite aguda - Indicam cirurgia de urgência

A
  • Empiema de vesícula
  • Gangrena + perfuração
  • Colecistite enfisematosa
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15
Q

Complicações da colecistite aguda - COLECISTITE ENFISEMATOSA

A
  • Mais comum em idosos diabéticos
  • Causada pelo Clostridium perfringens (bactéria anaeróbica produtora de gás)
  • Diagnóstico confirmado pelo raio-x
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16
Q

Complicações da colecistite aguda - EMPIEMA DE VESÍCULA

A

Proliferação bacteriana excessiva, havendo produção de pus no lúmen vesicular.

  • Febre alta com calafrios
  • Leucocitose > 15.000/mm3

​Risco de gragena e perfuração

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17
Q

A vesícula inflamada “encosta” no intestino delgado, “gruda” e forma uma fístula, permitindo a passagem de cálculos do seu interior para o tubo gastrointestinal.

O resultado é a interrupção do trânsito intestinal

Qual o nome desse fenômeno?

A

Íleo biliar

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18
Q

Colecistite aguda na gestante

  • Sinais de irritação peritoneal ( incluindo sinal de Murphy) são mais dificeis de perceber
  • No 3° trimestre de gestação apendicite aguda se confunde com colecistite aguda

​Qual a causa dessas condições acima?

A

Útero gravídico

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19
Q

Alteração mais importante no exame físico de alguem com colecistite aguda

A

Sinal de Murphy

Ponto cístico: localizado na linha hemiclavicular abaixo do rebordo costal direito.

Faz-se uma palpação profunda e pede para o paciente fazer uma inspiração profunda, nessa inspiração o diafragma abaixa e a vesícula biliar bate na mão do examinador, fazendo o paciente sentir uma dor que faz para a inspiração.

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20
Q

Colecistite aguda na gestante

A inflamação, a infecção e a manipulação das vísceras abdominais podem estimular o útero gravídico a contrair. Como abordar este problema?

A

Se for possível, protelar a cirurgia até após o termo.

Se houver urgência cirúrgica, a conduta é sempre operar durante a gestação.

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21
Q

Paciente sexo feminino, 35 anos, dá entrada no setor de emergência do hospital com dor em hipocôndrio direito, sinal de Murphy positivo. A ultrassonografia abdominal não mostra espessamento de parede vesicular nem líquido perivesicular ou peri-hepático. Em decorrência da dor intensa é internada para analgesia parenteral. No dia seguinte, o cirurgião a examina e encontra os mesmos sinais clínicos que sugerem colecistite aguda. Solicita outro ultrassom de abdome,que novamente tem laudo normal. Tendo em vista a hipótese clínica mais provável, qual o melhor exame complementar?

A

Cintilografia de vias biliares

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22
Q

Paciente do sexo masculino, 45 anos, deu entrada no pronto-socorro há 1 semana com quadro de dor tipo cólica, intensa, em Hipocôndrio Direito (HD), associada a náuseas e vômitos, após refeição rica em gordura. Durante a internação observou-se sinal de Murphy positivo, plastrão no HD e ausência de icterícia, sendo internado e iniciado tratamento clínico que consistia em dieta zero, analgesia e antibioticoterapia. O paciente evoluiu insatisfatoriamente nos primeiros dias da internação, porém no 6° DIH apresentou melhora no quadro com regressão do quadro álgico e melhora da febre, sendo liberada dieta oral. No 7° DIH apresentou distensão abdominal progressiva associada a vômitos, cólica abdominal difusa e intensa e parada de eliminação de gases e fezes. Não há febre ou icterícia. Ruídos hidroaéreos aumentados em frequência e intensidade. Assinale a alternativa correta:

a) O paciente apresenta provável pancreatite aguda como complicação do quadro, por migração do cálculo para o colédoco, confirmada pela verificação de hiperamilasemia.
b) A presença de aerobilia na radiografia simples de abdome fecha o diagnóstico da complicação descrita acima.
c) O paciente apresenta provável peritonite difusa estando indicada a sua transferência para a UTI para compensação clínica imediata antes da laparotomia exploradora.
d) Os dados acima nos permitem afirmar que o paciente apresentou complicação do quadro por apresentar colecistite aguda por microcálculos.
e) Há clara indicação de colecistectomia de urgência e antibioticoterapia.

A

Resposta B

Paciente abre um quadro com colecistite aguda, tem melhora de todos os sintomas, mas evolui no sétimo dia com achados compatíveis com obstrução intestinal… O que pode estar acontecendo? A intensa inflamação da vesícula biliar propiciou a formação de uma fístula colecistoentérica, que, por sua vez, deu chance à passagem de um cálculo biliar para o intestino, interrompendo o trânsito intestinal… A suspeita de íleo biliar é reforçada e CONFIRMADA com uma simples radiografia de abdome, Existem casos de cálculo impactado no bulbo duodenal, dando origem a outra síndrome chamada de Bouveret. Tratamento: NÃO REALIZAR A COLECISTECTOMIA NESTE MOMENTO, ordenhar o cálculo para uma alça próxima, realizar uma enterotomia e removê-lo em uma parte saudável do intestino.

Não cabe pensar em pancreatite aguda, pois não há dor abdominal em barra e não é comum ter obstrução intestinal associado ao quadro.

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23
Q

Definição - Síndrome de Mirizzi

A

Obstrução extrínseca do ducto hepático comum por um grande cálculo impactado no ducto cístico ou no infundíbulo da vesícula.

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24
Q

Diferença da Síndrome de Mirizzi Tipo I, da Síndrome de Mirizzi tipo II, III, IV.

A

Sem fístula

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25
Q

Síndrome de Mirizzi - Tipos II, III, IV

A
  • Tipo II: Fístula envolver menos de 1/3 da circunferência do ducto hepático ou colédoco
  • Tipo III: Envolve entre 1/3 e 2/3
  • Tipo IV: Destruição completa da parede
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26
Q

A melhor opção terapêutica para a síndrome de Mirizzi é o tratamento:

a) Com aplicação de próteses autoexpansivas.

b) Clínico, com antibióticos e nutrição parenteral.

c) Endoscópico.

d) Com ácido quenodesoxicólico (AQDC).

e) Cirúrgico.

A

Resposta e)

Tratamento da síndrome de Mirizzi é sempre cirúrgico.

27
Q

Principal manifestação clínica da coledocolitíase

A

Ictéricia flutuante

50% é assintomática

28
Q

Coledocolitíase X Tumor de via biliar

A
29
Q

Paciente com indicação de colecistectomia laparoscópica. O seu diagnóstico por enquanto é apenas colelitíase. Ela nunca teve ictéricia na vida. Mesmo assim, como acabamos de marcar, é necessário saber se possui também coledocolitíase.

Como fazer, qual o primeiro passo?

A
  • 1°PASSO é a realização de:
    • USG abdominal
    • Bilirrubina
    • Transminases
  • 2°PASSO:
    • ​Preditores para estratificar
30
Q

se a CPRE é o grande método diagnóstico e terapêutico, por que não faze-la sempre?

A

Além das possíveis complicações (colangite e pancreatite) a CPRE pode ser normal em até 90% dos casos

31
Q

Paciente de 29 anos, sexo feminino, puérpera, diabética, deu entrada no serviço de urgência com quadro de dor abdominal contínua, de forte intensidade, em QSD, há 12 horas. Relata episódios de vômitos e febre (38°C). Ao exame físico: corada, desidratada (+/4+), ictérica (+/+4), frequência cardíaca 90 bpm; murmúrio vesicular fisiológico; abdome com dor à palpação hipocôndrio direito com sinal de Murphy positivo. Exames laboratoriais: leucograma: 15.000/mm³. BT: 3,5 mg/dl (BD: 2,5 mg/dl). Dentre as opções abaixo, qual a melhor conduta?

a) Colangiografia endoscópica retrógrada e exploração endoscópica das vias biliares.
b) Colecistectomia laparoscópica com colangiografia peroperatória.
c) Colecistectomia laparotômica.
d) Tratamento clínico com antibióticos e analgésicos.

A

Resposta: letra B.

A paciente da questão se apresenta com quadro de abdome agudo com sinal de Murphy e o diagnóstico mais provável é de colecistite aguda! Mas como explicar a icterícia – provavelmente colestática – nessa situação? Aqui, temos duas opções: (1) Síndrome de Mirizzi (cálculo impactado no ducto cístico, realizando efeito de massa sobre o ducto hepático); ou (2) coledocolitíase. Assim, impõe-se o tratamento da colecistite aguda com cirurgia – preferencialmente por vídeo. Como há um provável processo colestático, com pelo menos a bilirrubina aumentada, deve ser associada uma colangiografia peroperatória.

32
Q

Colecistostomia ≠ Colescistectomia

A
  • Colecistostomia: retirada da vesícula
    • Geralmente é feita a colangiografia intra-operatoria
  • Colescistectomia por punção: paciente instável sem condições de ir para cirurgia laparoscópica, a vesícula biliar é puncionada e esvaziada e; posteriormente pode ser feita a colecistostomia.
33
Q

Coledocolitíase

​De onde vem os cálculos?

  • Coledocolitíase primária
  • Coledocolitíase secundária
A

Em 90% dos casos, é proveniente da vesícula biliar

34
Q

Tratamento para coledocolitíase

A
  • ENDOSCÓPICA
    • ​Papilotomia endoscópica
  • CIRÚRGICA
    • ​Exploração do colédoco (laparoscópica ou aberta)
    • Derivação biliodigestiva
35
Q

Método de escolha para tratar a coledocolitíase residual, descoberta após a colecistectomia.

A

Papilotomia endoscópica

Obs.: O aparecimento de cálculos após colecistectomia laparóscopica:

  • < 2anos: Coledocolitíase residual
  • > 2 anos: coledocolitíase recorrente
36
Q

Método de escolha para tratar a coledocolitíase descoberta antes da colecistectomia

A

Papilotomia endosópica

37
Q

Complicação mais comum de CPRE

A

Pancreatite aguda

38
Q

Metodo de escolha para tratar a coledocolitíase descoberta no perioperatório

A

Colangiografia intraoperatória

39
Q

Verdadeiro ou Falso

Sendo feita a CPRE ainda que os cálculos sejam removidos, todos os pacientes devem ser submetidos à colecistectomia laparoscópica eletiva.

A

Falso

Acima de 70 anos, em quem a recorrência dos sintomas seria baixa, daí a CPRE poder ser feita de forma isolada.

40
Q

Marque a alternativa CORRETA. A colangiorressonância é um exame muito utilizado para diagnóstico das patologias das vias biliares intra e extra-hepáticas. Este exame utiliza como contraste:

a) Bile.
b) Gadolínio.
c) Iodado intravenoso.
d) Verde de indocianina.

A

Marque a alternativa CORRETA. A colangiorressonância é um exame muito utilizado para diagnóstico das patologias das vias biliares intra e extra-hepáticas. Este exame utiliza como contraste:

Bile

41
Q

Após uma colecistectomia laparoscópica, existem duas complicações que podem se manifestar com icterícia:

A

(1) Coledocolitíase residual;
(2) Estenose cicatricial (por lesão iatrogênica da via biliar)

42
Q

Cirurgia de derivação biliodigestiva

É o método de escolha para alguns casos de coledocolitíase:(5)

A
  • Colédoco muito dilatado (> 1,5-2 cm de diâmetro);
  • Múltiplos cálculos (> 6 cálculos);
  • Cálculos intra-hepáticos;
  • Coledocolitíase primária (cálculos pigmentados castanhos);
  • Dificuldade para cateterizar a ampola; (6) Divertículo duodenal
43
Q

Mulher, 65 anos, submetida à colecistectomia convencional por colecistite aguda. Após dois meses, surge icterícia progressiva, com predomínio de bilirrubina direta. A principal suspeita diagnóstica é:

a) Tumor da via biliar.
b) Estenose cicatricial da via biliar.
c) Oddite.
d) Coledocolitíase.

A

Resposta: B

Analisando os dados, podemos dizer que:

(1) o fato de a cirurgia ter sido realizada numa colecistite aguda (maior risco de lesar via biliar); (2) de a icterícia ser progressiva, em vez de intermitente; e (3) ter se manifestado precocemente são dados que apontam para a estenose cicatricial, em vez de coledocolitíase.

44
Q

Tríade de Charcot

A

Forma clínica da colangite aguda:

Ictéricia + Dor biliar + Febre alta com calafrios

45
Q

Pêntade de Reynolds

A

Forma clínica da colangite tóxica:

Tríade de Charcot + Hipotensão + Estado confusional

46
Q

Na suspeita de coledocolitiase (Investigação)

A

1°EXAME: USG abdominal

Se nada for encontrado, partir para o 2°exame

2°EXAME: ColangioRM

3°EXAME: Ecoendoscopia (ou ultrassom endoscopico)

Obs.: Ecoendoscopia é um método caro

47
Q

Litíase da via biliar principal associada à colecistolitíase

Diagnóstico pode ser dado em 3 momentos:

A
  • Diagnóstico pré-operatório
  • Diagnóstico intraoperatório
  • Diagnóstico pós-operatório
48
Q

Intraoperatório

Colecistectomia aberta com retirada de cálculo a conduta é:

A

Coledocolitotomia Kehr

Este é mantido por duas semanas no pós-operatório e possui duas funções principais:

  • Impedir o aumento de pressão dentro colédoco, comprometendo assim a linha de sutura;
  • Permitir a realização de novos exames de imagem da via biliar pela facilidade de infusão de contraste.
49
Q

Laparoscopia por via transcística

A

Procedimento intraoperatório ou pós-operatório se CPRE não

Procedimento que pode ser realizado quando o unico problema é a presença de cálculo; via biliar normal (drena bem, não tá estenosada, não tem tumor, não ta dilatada em excesso)

Pode abrir colédoco, ou cístico, pode usar basket, soro,…

50
Q

CPRE

A

Pode ser realizada:

  • pré-operatória
  • Intraoperatória
  • Pós-operatória
51
Q

Litiase da via biliar principal associada a colecistolitiase

Quando se faz a exploração círgurgica ?

A

Diagnóstico intraoperatório de coledocolitiase podendo ser laparoscopica ou aberta ou no pós-operatório quando não é possivel fazer CPRE ou foi feito CPRE e não conseguiu tirar o cálculo.

52
Q

Diagnóstico de coledocolitíase

  • Pré-operatório
  • Intraoperatório
  • Pós-operatória
A
  • Pré-operatório
    • ​CPRE com papilotomia depois colecistectomia
    • Colecistectomia com colangiografia e coledocolitotomia
  • Intraoperatório
    • Exploração cirurgica das vias biliares intraoperatória, pode ser por:
      • ​Via trancística (mais utilizada)
      • Coledocotomia (ótima opção para quadros de maiores dificuldades ex.: cálculos grandes)
    • CPRE intraoperatória
  • Pós-operatória
    • ​CPRE, se insucesso:
      • Exploração das vias biliares
      • Derivação biliodigestiva
53
Q

Gênese da Colangite bacteriana aguda

A

Estase biliar + presença do cálculo servindo como nicho para a proliferação de bactérias.

Além da coledocolitíase, qualquer outra causa de estase biliar pode complicar com colangite bacteriana aguda (estenose cicatricial, colangite esclerosante, cisto biliar, tumores obstrutivos).

54
Q

Definição - Colangite bacteriana aguda

A

Obstrução do fluxo de bile seguida de infecção aguda das vias biliares por bactérias piogênicas

55
Q

Colangite tóxica- Tratamento da Tríade de Charcot

A
  • Antibioticoterapia venosa
  • Descompressão eletiva
    • Endoscopica (CPRE)​ ⇒ + utilizada
    • Punção transparieto-hepática
    • Cirurgia (laparoscópica ou aberta)
  • Tratamento da causa (pode postergar)
56
Q

Tratamento Pêntade de Reynolds

A
  • Antibioticoterapia venosa
  • Drenagem biliar imediata

A via preferencial é a endoscópica (papilotomia para cálculos e endoprótese ou stent para os tumores). Se não houver sucesso, descompressão cirúrgica.

  • Tratamento da causa pode ser postergado
57
Q

Colangite bacteriana aguda

Indicações de drenagem biliar de urgência:

A
  • Dor abdominal persistente;
  • Hipotensão após ressuscitação volêmica;
  • Confusão mental;
  • Febre maior que 39ºC.

Perceba, as indicações de drenagem biliar de urgência são aquelas que nos indicam a evolução para colangite séptica (pêntade de Reynolds), em que o quadro se assemelha ao de um abscesso (“pus sob pressão”). Nestes casos, assim como nos abscessos piogênicos, não adianta só a antibioticoterapia…

58
Q

Colangite bacteriana aguda

A drenagem biliar pode ser realizada por:

A
  • Endoscopica (CPRE)
  • Punção transparieto-hepática
  • Cirurgia (laparoscópica ou aberta)

O tratamento de escolha é CPRE com papilotomia + extração de cálculos ou inserção de stent, dependendo da doença de base. Se a obstrução for alta (proximal), prefere-se a drenagem percutânea trans-hepática.

59
Q

Colangite bacteriana aguda

O tratamento de escolha é:

A

CPRE com papilotomia + extração de cálculos ou inserção de stent, dependendo da doença de base.

Se a obstrução for alta (proximal), prefere-se a drenagem percutânea trans-hepática.

60
Q

Uma senhora de 52 anos tem queixa de dor em hipocôndrio direito há 4 semanas, relacionada à ingesta de alimentos gordurosos. Procura o pronto-socorro por dor abdominal em cólica, icterícia, colúria e febre de 38 graus há 2 dias. Está em regular estado geral e ictérica 2+/4+. O abdome é doloroso em hipocôndrio direito, mas não tem sinais de peritonite. Pressão arterial: 85 × 47 mmHg; frequência cardíaca: 123 batimentos por minuto. A ultrassonografia de abdome mostra colelitíase e dilatação de vias biliares intra e extra-hepáticas. Conduta:

A

Internação, analgesia, antibióticos via EV e CPRE, com drenagem da via biliar principal.

Temos uma doente portadora de colelitíase que desenvolve icterícia, febre e dor em hipocôndrio direito. Não há evidências no exame físico e ao ultrassom de colecistite aguda. Então, o que está acontecendo? Bom, a presença de colelitíase e icterícia deve nos remeter imediatamente ao diagnóstico de coledocolitíase – um dos cálculos que estava na vesícula migrou para o colédoco, tanto é que o ultrassom demonstrou dilatação em vias biliares. A coledocolitíase associada à febre nos faz considerar imediatamente o diagnóstico de colangite bacteriana aguda. Embora não exista febre alta com calafrios, a paciente está evoluindo para uma forma grave de colangite, uma vez que apresenta instabilidade hemodinâmica. A conduta é hidratação, antibioticoterapia parenteral e descompressão imediata da via biliar, no caso realizada através da CPRE.

61
Q

Uma paciente de 75 anos deu entrada na emergência com quadro de febre e icterícia. Realizou ultrassonografia abdominal que evidenciou dilatação das vias biliares intra-hepática, que se estendia até a região hilar. Os ductos hepáticos comum e colédoco encontravam-se com o calibre normal. Não foram visualizados cálculos biliares. Diante da hipótese de colangite, foi indicada descompressão biliar através de:

A

Punção transparietal

Percebam que temos aqui mais um quadro de colangite cuja obstrução é proximal, já que colédoco e ductos hepáticos estão normais e observamos apenas dilatação das vias intra- -hepáticas. Nestes casos, a conduta também será baseada na drenagem da via biliar, só que pela altura da obstrução o procedimento de escolha deve ser por via trans-hepática (ou transparietal).

62
Q

Paciente portadora de coledocolitíase, que foi submetida eletivamente à colangiopancreatografia endoscópica retrógrada com papilotomia
(CPRE + PE), evolui com dor abdominal e vômitos. O RX simples de abdome mostra retropneumoperitônio à direita. O provável diagnóstico é:
a) Perfuração de colédoco.
b) Desinserção da papila menor.
c) Perfuração da parede posterior do duodeno.
d) Pancreatite aguda.

A

Resposta: C.

Como sempre devemos lembrar, falou em retropneumoperitônio, pensou em perfuração duodenal! Por outro lado, a CPRE não é um
procedimento inócuo! Há risco de graves complicações, podendo transformar um simples exame / tratamento endoscópico numa prolongada internação, com eventual necessidade cirúrgica! As complicações específicas mais comuns são: pancreatite (a mais frequente), sangramento, infecção e PERFURAÇÃO. Lembre que a segunda porção deste órgão é retroperitoneal, sendo extamente a área da papilotomia! As perfurações na CPRE podem ser classificadas em: tipo I (Alça intestinal livre); II (PORÇÃO RETROPERITONEAL DO DUODENO); ou III (ducto biliar ou pancreático), sendo estas complicações raras!

63
Q

Mulher de 65 anos de idade, com antecedente de colecistolitíase, apresentou-se com quadro de cólica abdominal difusa, náusea e vômito, além de distensão e timpanismo abdominal. O raio X simples de abdome mostrou aerobilia e múltiplos níveis hidroaéreos. O estudo tomográfico evidenciou aerobilia e dilatação de alças de intestino delgado até próximo à válvula ileocecal, onde se observou um cálculo biliar na luz intestinal. Qual nome se aplica à doença dessa paciente?

A

Diante de um quadro de obstrução intestinal aguda em um paciente com radiografia de abdome revelando o clássico achado de aerobilia, não há outra hipótese etiológica que não o famoso ÍLEO BILIAR. Nesta condição, o paciente (geralmente uma mulher idosa com história prévia de litíase biliar) desenvolve uma fístula colecistoentérica (entre o fundo da vesícula biliar e a parede do intestino delgado adjacente, geralmente no duodeno ou mesmo no jejuno) que acaba dando passagem a um cálculo biliar de grandes proporções que estava alojado dentro da vesícula. Este cálculo ganha o trânsito intestinal, indo impactar no segmento do intestino delgado que possui naturalmente o menor calibre de todos: o íleo terminal, particularmente nas redondezas da válvula ileocecal. Assim, o íleo biliar é uma forma de obstrução aguda do delgado.

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Q

Definição - Pancreatite aguda biliar

A

Inflamação aguda do pâncreas decorrente da obstrução transitória da papila por um cálculo biliar. Este cálculo pode ser pequeno e ser eliminado no duodeno (após terem desencadeado a pancreatite).