Doença não litiásicas, Não neoplásicas das vias biliares Flashcards
Todo paciente de UTI que evolui com febre e leucocitose inexplicada deve ser investigado para ___________.
Colecistite aguda acalculosa
Quadro clínico da colecistite aguda alcaculosa
A clínica imita os sinais e sintomas da colecistite aguda litíasica
Homem, 65 anos, admitido na unidade coronariana com infarto agudo do miocárdio, tem piora do quadro com insuficiência cardíaca e bloqueio AV total necessitando de marca-passo. No 4°dia de internação surgem febre e dor em hipocôndrio direito onde se palpa massa de limites imprecisos. USG abdominal: colecistite aguda alitiásica. A conduta adequada é:
a) Colecistectomia por videocirurgia. b) Colecistostomia percutânea.
c) Colecistectomia eletiva após estabilizar clinicamente o paciente.
d) Coledocostomia com dreno de Kehr
Resposta: letra B
A colecistite alitiásica costuma ter um comportamento mais fulminante que a forma calculosa, progredindo mais rapidamente para complicações (empiema, gangrena, perfuração…). Desta forma, a colecistectomia aberta e de urgência é a terapêutica de eleição, mas naturalmente só deverá ser feita em pacientes estáveis clinicamente. Estes pacientes devem ser inicialmente submetidos à colecistostomia percutânea, seja esta guiada por USG ou TC.
Verdadeiro ou Falso
A colecistite acalculosa (ou alitiásica) é mais comum em pacientes criticamente enfermos, como doentes internados em terapia intensiva e grandes queimados.
Verdadeiro
Sua fisiopatologia envolveria uma hipomotilidade da vesícula, levando à estase de bile, que é seguida de absorção de seu conteúdo hídrico, formando uma bile mais espessa – denominada lama biliar – que pode obstruir seu trato de saída.
Fatores de risco para colecistite aguda acalculosa
- Idosos e pacientes em UTI
- Nutrição Parenteral Total (NPT)
- Politrauma
- Grande queimado
- Instabilidade hemodinâmica prolongada
- Ventilação mecânica
- Diabetes; Aids; Doenças coronarianas
Colangite esclerosante primária é síndrome colestática crônica caracterizada por inflamação e por fibrose difusa que acomete toda a árvore biliar. Em mais de 50% dos pacientes, está associada:
a) À retocolite ulcerativa.
b) À colestase crônica.
c) À artrite reumatoide.
d) À tireoidite de Hashimoto.
Resposta: A.
Em um paciente com Retocolite Ulcerativa (RCU), qualquer sinal de colestase, seja ele clínico ou laboratorial, sugere muito a presença de Colangite Esclerosante Primária (CEP), já que a associação entre essas condições chega a 50% (ou seja, metade dos pacientes com CEP têm RCU).
Na CPRE estenoses intercaladas a dilatações curtas, conferindo o aspecto em contas de rosário, extremamente sugestivo de _____________________.
Colangite Esclerosante Primária (CEP).
Todo paciente com retocolite ulcerativa e sinais de colestase deve ter a CEP como diagnóstico mais provável!
Colangite esclerosante primária
- Natureza da doença
- Epidemiologia
Colangite esclerosante primária
-
Natureza da doença
- Autoimune idiopática
- Reação imunológica→ Inflamação crônica → Fibrose e Estenose
- Autoimune idiopática
-
Epidemiologia
- Homem (3:1) 35-50 anos
Epidemiologia da cirrose biliar primária
Mulheres (9:1) em meia-idade 30-60 anos
Qual o marcador da colangite biliar primária (cirrose biliar primária)
Anticorpo antimitocôndria
Altamente específico para esta doença. Presente em 95% dos casos.
Obs.: O FAN é positivo em 70% das pessoas com cirrose biliar primária
- Semelhança da Colangite Esclerosante Primária (CEP) e Colangite Biliar Primária (CBP)
- Diferença da CEP e CBP
-
Semelhança da CEP e CBP:
- São doençãs de autoimunidade
-
Diferença da CEP e CBP:
- CEP é uma doença de grandes ductos biliares, já a CBP caracteriza-se por um ataque mediado por linfócito T aos ductos intra-hepáticos.
Paciente, sexo feminino, 45 anos de idade, com quadro de astenia e prurido há um mês. Nega icterícia. Avaliação laboratorial evidenciou elevação de fosfatase alcalina (quatro vezes acima do valor normal) e hipercolesterolemia. A melhor estratégia diagnóstica é verificar:
a) Saturação de transferrina.
b) Anticorpo antimitocôndria.
c) Ultrassonografia do fígado.
d) Ceruloplasmina sérica.
e) Anticorpo antinúcleo.
Melhor resposta é a letra B.
Suspeita é de cirrose biliar primária, uma desordem autoimune caracterizada por colestase intra-hepática com predomínio em mulheres adultas. Mas e a ausência de icterícia? Sabese que em casos de prognóstico reservado da doença, o curso pode ser exatamente assim, ou seja, o prurido precedendo a icterícia. Tendo
acertado o diagnóstico, certamente o procedimento inicial será solicitar a pesquisa do anticorpo antimitocôndria. A USG pode até ser solicitada, mas não vai nos ajudar muito no diagnóstico desta condição, pois não esperamos obstrução da árvore biliar extra-hepática. Uma icterícia obstrutiva persistente (como num tumor de cabeça de pâncreas, por exemplo) cursaria com um quadro de prurido e obrigatoriamente icterícia, o que não é o caso. Na coledocolitíase, observamos icterícia flutuante e o prurido coincidindo com os episódios de icterícia.
Uma mulher de 57 anos apresenta, há mais de um ano, fadiga e prurido internamente. Refere escurecimento da pele e “dor nos ossos” no último ano. O exame revela hiperpigmentação mais evidente em membros superiores e tronco e xantelasmas. Observam-se também esfoliações cutâneas e icterícia. Os exames laboratoriais sugerem colestase crônica. O diagnóstico provável é:
a) Cirrose biliar primária.
b) Hepatite crônica autoimune.
c) Hemocromatose.
d) Doença de Wilson.
Resposta: A.
Mulher de meia-idade com FADIGA, PRURIDO, ICTERÍCIA, hepatoesplenomegalia, osteoporose e xantelasma… Nesse caso, a nossa hipótese principal deve ser obrigatoriamente a cirrose biliar primária. A fadiga é o principal sintoma e, muitas vezes, o prurido resultante da colestase antecede em anos a icterícia. Alterações ósseas, deposição de colesterol na pele (xantelasma) e hiperpigmentação também podem estar presentes.
Tratamento da Cirrose biliar primária
Ácido Ursodesoxicólico (UDCA)
A doença de Caroli consiste numa doença hepática rara que se caracteriza por:
a) Doença cística associada frequentemente à fibrose hepática.
b) Cirrose hepática fulminante.
c) Hepatites autoimunes de repetição, principalmente em crianças.
d) Icterícia idiopática juvenil.
Resposta: A.
Esta é uma rara desordem da classe dos cistos congênitos de colédoco (cistos biliares) que leva à dilatação segmentar multifocal das vias biliares intra-hepáticas. Nesta condição, pela possível presença de fibrose hepática associada, costuma haver sinais e sintomas de hipertensão portal e insuficiência hepatocelular, tais como esplenomegalia, ascite, edema periférico.