Nefro Flashcards
Lesão renal aguda - diagnóstico (3 critérios):
- Cr maior ou igual a 0,3 em 48h; ou
- Cr maior ou igual a 50% em 7 dias; ou
- Débito urinário menor que 0,5ml/kg/h em 6h
Diálise de urgência - critérios:
- Refratariedade: hipervolemia, hipercalemia e acidose que não se conseguiu revertê-las
- Uremia franca: encefalopatia, pericardite e hemorragia como complicações
- Intoxicação exógena
Doença renal crônica - diagnóstico:
TFG < 60 (G3); ou
Albuminúria maior ou igual a 30mg/dia (A2)
Por pelo menos 3 meses
Cálculo da TFG na DRC (fórmula):
TFG = (140 – idade) x peso / Cr x 72 -> multiplicar por 0,85 se mulher
Doença renal crônica - conduta:
- G1 e G2:
- G3A E G3B:
- G4:
- G5:
- G1 e G2: nefroproteção (IECA/BRA)
- G3A E G3B: tratar complicações (anemia e doença óssea)
- G4: preparar paciente para transplante ou diálise
- G5: transplante ou diálise
Classificação DRC - TFG e albuminúria:
- G1:
- G2:
- G3A:
- G3B:
- G4:
- G5:
- A1:
- A2:
- A3:
- G1: maior ou igual a 90
- G2: 60-89
- G3A: 45-59
- G3B: 30-44
- G4: 15-29
- G5: < 15
- A1: < 30 ou < 3
- A2: 30-300 ou 3-30
- A3: > 300 ou > 30
Doença renal crônica - tratamento das complicações:
- Anemia:
- Osteodistrofia renal:
– Osteíte fibrosa:
– Doença óssea adinâmica:
Doença renal crônica - tratamento das complicações:
- Anemia:
– Alvo: Hb 10-12
– Reposição de eritropoetina e de ferro (primeiro avaliar se há ferro pela ferritina e saturação de transferrina)
- Osteodistrofia renal:
– Osteíte fibrosa: crânio em sal e pimenta, coluna em Rugger-Jersey
— 1º: restringir fosfato da dieta
— 2º: Sevelamer (quelantes de fósforo)
— 3º: Calcitriol (vitamina D)
– Doença óssea adinâmica: exagero no tratamento da osteíte fibrosa
— Reduzir a intensidade do tratamento da osteíte fibrosa
Causas de hiponatremia:
- Hipovolêmico:
- Hipervolêmico:
- Normovolêmico:
Causas de hiponatremia:
- Hipovolêmico: vômitos, tiazídicos, hemorragia
- Hipervolêmico: ICC, cirrose
- Normovolêmico: SIADH -> natriurese (aumento de sódio na urina), hipouricemia
SIADH:
- Causas:
- Laboratório importante:
- Tratamento:
SIADH:
- Causas: SNC, anticonvulsivantes, HIV, doenças pulmonares
- Laboratório importante: hipouricemia
- Tratamento: restrição hídrica + furosemida (igual hiponatremia hipervolêmica)
Hiponatremia:
- Indicação de reposição de Na:
- Regra: quanto elevar em quantas horas
Hipernatremia:
- Com o que fazer redução de Na:
- Regra: quanto reduzir em quantas horas
Hiponatremia:
- Indicação de reposição de Na: hiponatremia aguda sintomática (Na < 125)
- Regra: elevar Na em até 3 em 3h e em até 12 em 24h
Hipernatremia:
- Com o que fazer redução de Na: água potável VO ou enteral; soro glicosado 5% ou salino 0,5 EV
- Regra: reduzir o Na em 10 nas primeiras 24h
Causas de hipocalemia: só ler
- Armazenamento excessivo -> alcalose, beta-2-agonista (adrenalina para tratar um broncoespasmo), insulina, vitamina B12
- Perda: hiperaldosteronismo (retém Na e elimina K), diuréticos, vômitos, diarreia, anfotericina B
Hipocalemia:
- ECG:
- Tratamento:
Hipercalemia:
- ECG:
- Tratamento:
Hipocalemia:
- ECG: diminuição da onda T, presença de onda U e aumento QT
- Tratamento:
– Xarope KCl 6% VO
— KCl EV se: intolerância VO, K < 3, ECG alterado
– Refratários: corrigir Mg
Hipercalemia:
- ECG: aumento da onda T ou onda T apiculada (hipo = onda T hipo; hiper = onda T hiper), diminuição da amplitude QT, QRS alargado
- Tratamento: gluconato de cálcio; reduzir K (2ª medida) com glicoinsulinoterapia, beta-2-agonista inalatório, bicarbonato, furosemida ou resina de troca
Causas de hipercalemia:
- Liberação -> acidose metabólica, desnutrição muscular (rabdomiólise)
- Retenção -> hipoaldosteronismo, fármacos (IECA, BRA, espironolactona), insuficiência renal
Padrão-ouro para nefrolitíase:
- TC sem contraste -> padrão-ouro
- Outros: raio-X, US (sombra acústica posterior)
Tratamento nefrolitíase:
- Cálculo de ureter não complicado e menor ou igual a 1cm:
- Cálculo de ureter complicado ou maior que 1cm:
– Inicial:
– Intervenção:
– Final:
Tratamento nefrolitíase:
- Cálculo de ureter não complicado e menor ou igual a 1cm: analgesia, tansulosina, hidratação mínima
– Duração: de 4-6 semanas para aguardar a expulsão; se mais, urologista - Cálculo de ureter complicado ou maior que 1cm:
– Inicial: analgesia, hidratação mínima, hemocultura e ATB (pipetazo, ampicilina + sulbactam, imipenem, ceftriaxone, quinolona)
– Intervenção: duplo J ou nefrostomia percutânea
– Final: avaliação do urologista para fragmentação do cálculo
Tratamento nefrolitíase:
- Cálculo de rim menor ou igual a 1cm e assintomático:
- Cálculo de rim maior que 1cm e/ou sintomático:
– Intervenção para fragmentá-lo:
— Litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LECO):
—- Indicações:
— Ureterolitotripsia:
—- Indicações:
— Nefrolitotomia percutânea:
—- Indicações:
Tratamento nefrolitíase:
- Cálculo de rim menor ou igual a 1cm e assintomático: expectante e investigação laboratorial
- Cálculo de rim maior que 1cm e/ou sintomático:
– Intervenção para fragmentá-lo:
— Litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LECO):
—- Indicações: < 2cm, regiões de pelve ou ureter proximal, densidade baixa
— Ureterolitotripsia: via uretra
—- Indicações: < 2cm, regiões de pelve ou ureter proximal, densidade alta
— Nefrolitotomia percutânea:
—- Indicações:
—– > 2cm se regiões de pelve ou ureter proximal
—– > 1cm se em cálice renal inferior
—– Cálculo coraliforme
Hiperplasia benigna de próstata - tratamento medicamentoso:
- Terapia farmacológica com 1 medicamento se:
- Medicamentos:
- Terapia combinada com 2 medicamentos se:
Hiperplasia benigna de próstata - tratamento medicamentoso:
- Terapia farmacológica com 1 medicamento se: IPSS 8-19 pontos (menos, só observação)
- Medicamentos: tansulosina ou doxazosina (efeito imediato); ou finasterida ou dutasterida (efeito de longo prazo)
- Terapia combinada com 2 medicamentos se: IPSS maior ou igual a 20, próstata > 40g, sem resposta à tansulosina ou doxazosina
Hiperplasia benigna de próstata - tratamento cirúrgico:
- RTU:
– Indicações:
– Complicação: - Prostatectomia:
– Indicações:
Hiperplasia benigna de próstata - tratamento cirúrgico:
- RTU:
– Indicações: IPSS moderado a grave (20-35 pontos) sem resposta farmacológica, história de retenção urinária aguda, ITU de repetição, hematúria recorrente, litíase vesical, lesão de TU inferior (IR, hidronefrose)
– Complicação: hiponatremia dilucional - Prostatectomia:
– Indicações: próstata > 80g, cálculos vesicais, divertículos vesicais
Câncer de próstata - detecção precoce: toque e PSA
- PSA - valores:
- Se um deles alterado - conduta:
- Idade:
Câncer de próstata - detecção precoce:
- Toque retal + PSA
- PSA: > 4; > 0,75 por ano
- Se um dos acima alterado: biópsia guiada por US transretal
- Não indicado US
- Idade: não há consenso; > 50 anos; ou 40-45 anos, se risco aumentado; interromper se > 70-75 anos ou expectativa de vida < 10 anos
Câncer de próstata - exames para estadiamento e suas indicações:
Câncer de próstata - exames para estadiamento e suas indicações:
- RM
- TC de abdome e pelve: se Gleason > 7 e/ou PSA > 10
- Cintilografia óssea: se Gleason > 7 e/ou PSA > 20 e/ou T3-T4 e/ou sintomas de metástase óssea
Gleason = grau de diferenciação celular
Câncer de próstata - tratamento:
- Doença localizada (pequeno volume, Gleason baixo), expectativa de vida baixa (< 10 anos), muitas comorbidades:
- Doença avançada:
- Doença localizada (pequeno volume, Gleason baixo), expectativa de vida baixa (< 10 anos), muitas comorbidades: expectante ou prostatectomia radical ou radioterapia ou braquiterapia ou linfadenectomia pélvica (PSA > 10 ou Gleason > 7 ou T3-T4)
- Doença avançada: hormonioterapia (deprivação androgênica ou orquiectomia bilateral)
Fatores de risco importantes:
- Câncer de bexiga:
- Câncer de rim:
- Câncer de bexiga: tabagismo, tintas e solventes
- Câncer de rim: tabagismo, cádmio, asbesto
Câncer de bexiga - primeiro exame e padrão-ouro:
- US de vias urinárias: primeiro exame, menos invasivo
- Cistoscopia com biópsia + citologia urinária: padrão-ouro, se alta suspeita