Cardiologia Flashcards
HAS - alvo do tratamento:
- Geral:
- Alto risco (DM, lesão em órgão-alvo, 3 ou mais fatores de risco):
- Idoso frágil:
Geral: < 140/90
Alto risco (DM, lesão em órgão-alvo, 3 ou mais fatores de risco): < 130/80
Idoso frágil: < 160/90
Crise hipertensiva - valor da PA:
Maior ou igual a 180/120
Crise hipertensiva:
- Drogas para emergência:
- Drogas para urgência:
- Vias:
Crise hipertensiva:
- Drogas para emergência: nitroprussiato, nitroglicerina, betabloqueador -> via parenteral
- Drogas para urgência: captopril, furosemida, clonidina -> via oral
Paciente com gota e HAS:
- Anti-hipertensivo que deve ser evitado:
- Anti-hipertensivo que ajuda o tratamento da gota:
Evitar: diurético tiazídico
Prescrever: losartana (BRA)
Síndrome metabólica - diagnóstico, critérios e valores de referência:
3 de 5 critérios:
- Circunferência abdominal:
– Mulheres: > 88cm
– Homens: > 102cm
- PAS maior ou igual a 130mmHg / PAD maior ou igual a 85mmHg
- Triglicerídeos maior ou igual a 150mg/dl
- Colesterol HDL:
– Mulheres: < 50mg/dl
– Homens: < 40mg/dl
- Glicemia maior ou igual a 100mg/dl
Dislipidemia - alvos:
- Triglicerídeos:
- HDL:
- LDL:
– Doença cardiovascular aterosclerótica prévia (IAM, AVC, periférica):
– Dislipidemia familiar ou LDL maior ou igual a 190mg/dl:
– LDL 70-189mg/dl + DM:
- Medicamentos para LDL com risco CV, dislipidemia familiar ou LDL > 190:
- Medicamentos para LDL < 189 com DM:
Dislipidemia - alvos:
- Triglicerídeos: < 150mg/dl
- HDL: > 40mg/dl
- LDL:
– Doença cardiovascular aterosclerótica prévia (IAM, AVC, periférica): < 50mg/dl
– Dislipidemia familiar ou LDL maior ou igual a 190mg/dl: < 70mg/dl
– LDL 70-189mg/dl + DM: < 70mg/dl
- Medicamentos para LDL com risco CV, dislipidemia familiar ou LDL > 190: atorvastatina 40-80mg ou rosuvastatina 20-40mg
- Medicamentos para LDL < 189 com DM: atorvastatina 10-20mg ou sinvastatina 20-40mg
HAS na infância - escolha do manguito:
- Largura e comprimento:
Largura: 40% da circunferência
Comprimento: 80-100% da circunferência
Valores de PA:
- Crise hipertensiva:
- Diagnóstico de HAS com 1 medida só:
Valores de PA:
- Crise hipertensiva: maior ou igual a 180 e/ou 120
- Diagnóstico de HAS com 1 medida só: maior ou igual a 180/110 e/ou lesões em órgão-alvo
HAS estágio 1 - indicação de tratamento não farmacológico:
Pacientes HAS estágio 1 sem alto risco por 3 a 6 meses
Doses máximas dos anti-hipertensivos:
- Anlodipino:
- Losartana:
- Clortalidona:
- Espironolactona:
- HCTZ:
- Captopril:
- Enalapril:
- Atenolol:
- Anlodipino 10mg
- Losartana 100mg
- Clortalidona 25mg
- Espironolactona 100mg
- HCTZ 25mg
- Captopril 150mg
- Enalapril 40mg
- Atenolol 100mg
Anti-hipertensivos - efeitos adversos:
- IECA, BRA:
- Tiazídicos:
— Hipo:
— Hiper:
- BCC:
- IECA, BRA: IRA, hipercalemia, não usar se estenose bilateral de artéria renal
- Tiazídicos:
– Hipo: volemia, Na, K, Mg (eliminam íons, com risco de eliminar demais)
– Hiper: glicemia, lipidemia, uricemia (não usar na gota) - BCC: edema de membros inferiores, cefaleia, bradiarritmia, IC
Hipertensão secundária - achado hidroeletrolítico do hiperaldosteronismo:
Hipocalemia
Urgência hipertensiva - quando tratar:
PA maior ou igual a 180 e/ou 120 sem lesão aguda de órgão-alvo (senão seria emergência), mas sintomático (epistaxe, pré-operatório); ou com lesões crônicas de órgão-alvo (história de IAM/AVC)
ICFEP e ICFER:
- Porcentagem, característica da parede cardíaca e presença de qual bulha:
ICF levemente reduzida:
- Porcentagem:
ICFER: < 40%, com paredes finas, bulha B3
ICFE levemente reduzida: FE 40-49%
ICFEP: maior ou igual a 50%, coração com paredes hipertrofiadas, bulha B4
Diagnóstico clínico da IC:
- Critérios de Framingham:
– Critérios maiores:
– Critérios menores:
Diagnóstico clínico da IC:
- Critérios de Framingham (2 critérios maiores ou 1 maior e 2 menores) -> confirmado pelos exames complementares
- Critérios maiores: dispneia paroxística noturna, turgência jugular patológica, estertores pulmonares, cardiomegalia no raio-X, edema agudo de pulmão, bulha B3, refluxo abdominojugular ou hepatojugular, perda de mais de 4,5kg com uso de diurético, PVC > 16cmH2O
- Critérios menores: edema maleolar bilateral, tosse noturna, derrame pleural, hepatomegalia, dispneia aos esforços, redução da capacidade funcional, FC > 120
IC - classificação funcional (NYHA):
NYHA 1: esforço usual não causa dispneia
NYHA 2: atividades usuais causam dispneia. Ex.: ir ao banco, subir escadas
NYHA 3: sintomas com atividades menos intensas. Ex.: pentear os cabelos, tomar banho
NYHA 4: sintomas até em repouso
HAS - classes de medicamentos indicados para jovens/brancos e idosos/negros:
Jovens/brancos: IECA, BRA
Idosos/negros: tiazídicos, BCC
Coração - paredes e artérias afetadas:
Coração - paredes e artérias afetadas:
- Lateral: D1, aVL, V5 e V6 - circunflexa
- Inferior/direita: D2, D3 e aVF - coronária direita
- Anterior total: V1 a V4 - descendente anterior
– Septal: V1 e V2
– Anterior: V3 e V4
Clínica - angina estável e instável:
- Angina estável:
– Início durante esforços ou emoções
– Alívio com repouso ou com nitratos (duração < 5-10min) - Angina instável:
– Início ou piora recentes
– Duração prolongada (> 15min)
Angina estável:
- Tratamento farmacológico:
- Se farmacológico refratário:
– Indicações:
Angina estável:
- Tratamento farmacológico: betabloqueador, anti-agregante plaquetário (AAS), estatina de alta potência (atorvastatina), IECA ou BRA +- nitrato; não AAS + clopidogrel (para angina instável)
- Se farmacológico refratário: CRVM ou stent
– Cirurgia CRVM (cirurgia de revascularização do miocárdio): lesão de tronco de coronária esquerda, lesão bivascular que inclui descendente anterior proximal (se DM mais benefício), lesão trivascular (associada a DM e insuficiência ventricular esquerda), escore Syntax > 33
– Angioplastia com stent: o resto
Sopro sistólico que aumenta com manobra de Valsalva - diagnóstico:
Cardiomiopatia hipertrófica (principal causa de morte súbita em atletas, única que aumenta o sopro)
Pericardite aguda:
- Clínica:
- Diagnóstico:
- Tratamento:
- Clínica: dor torácica -> precordial, pleurítica, melhora ao se inclinar para frente (relaxa a musculatura), piora ao deitar-se (estica a musculatura) e ao tossir; clínica menos intensa que em IAM
- Diagnóstico: ECG com supra de ST difuso (em várias derivações, que poupa aVR e V1) e côncavo, infra de PR
- Tratamento: AINEs (ibuprofeno, AAS), colchicina por 3 meses, corticoide (se refratário à colchicina)
Não prescrever trombolítico!
SCA sem supra de ST
Fórmula para cálculo de LDL:
LDL = CT – HDL – (TG/5)
IAM com e sem supra de ST - tratamento:
- AAS
- Clopidogrel ou ticagrelor
- Heparina
- Betabloqueador
- Atorvastatina
- IECA ou BRA
- Nitratos e morfina se sintomático e se sem infarto de VD
Tratamento específico para SCA com supra de ST:
- Sempre preferir angioplastia como tratamento inicial em relação ao trombolítico
- Angioplastia percutânea: em até 90-120min ou independentemente do tempo se grave (choque cardiogênico ou IC grave)
- Trombolítico: se angioplastia indisponível (impossibilidade de transferência para outro hospital em < 120min)
ICFER - tratamento:
- Aumentam a sobrevida:
- Melhoram sintoma:
Aumentam a sobrevida: os 4 primeiros para todos, mas não misturar classes
- Betabloqueadores: succinato de metoprolol, carvedilol e bisoprolol
- IECA
- BRA-2 ou BRA
- Sacubitril + valsartana (Entresto)
- Espironolactona: se sintomático
- Inibidores da SGLT-2: se sintomático
- Nitrato + hidralazina: refratários
- Ivabradina: refratários + FC > 70
Melhoram sintoma:
- Furosemida
- Digoxina: refratários
ICFEP - tratamento:
- Controlar os fatores que prejudicam o relaxamento do coração: PA, FC, coronariopatia, FA
- Controlar congestão: diurético
- Diminuição da mortalidade: inibidores da SGTL-2
- Não fazer o tratamento igual ICFER, mesmo se sintomático; se sintomático, fazer diuréticos e controle de PA
Insuficiência cardíaca aguda - perfis de paciente e tratamento:
- Perfil A:
- Perfil B:
- Perfil C:
- Perfil D (ou L):
Perfil A:
- Quente e seco
- Sem necessidade de tratamento
Perfil B:
- Quente e úmido
- Furosemida, nitrato e CPAP
Perfil C:
- Frio e úmido
- Dobutamina, dopamina
Perfil D (ou L):
- Frio e seco
- Hidratação com cautela
Edema agudo de pulmão: só ler
- Clínica: dispneia súbita, sinais de congestão (crepitantes, principalmente em ápice), HAS nos sinais vitais
- Tratamento: diurético (furosemida), nitrato (nitroglicerina), VNI (CPAP); não fazer morfina
Bloqueios atrioventriculares:
- BAV de 1º grau:
- BAV de 2º grau Mobitz 1:
- BAV de 2º grau Mobitz 2:
- BAV de 3º grau (BAVT):
- BAV de 1º grau: intervalo PR > 200ms (> 5 quadradinhos)
- BAV de 2º grau Mobitz 1: aumento progressivo do intervalo PR com bloqueio de QRS
– Benignas; tratamento com atropina - BAV de 2º grau Mobitz 2: bloqueio de QRS sem aumento prévio/progressivo do intervalo PR
- BAV de 3º grau (BAVT): completa dissociação atrioventricular (sobreposição de ondas); onda P longe do complexo QRS
– Malignas; tratamento com atropina -> dopamina ou adrenalina -> marca-passo provisório ou definitivo; maligno
Bloqueios de ramo - quando suspeitar:
- QRS alargado (> 3 quadradinhos) e com onda P
- Inversão de onda T, supra de ST
PCR: só ler
- Diagnóstico: irresponsividade + apneia/respiração agônica + ausência de pulso
- DEA = choque não sincronizado
- Cardioversão = choque sincronizado
- O choque é prioridade em relação à RCP
PCR:
- Ritmos chocáveis:
– Tratamento:
- Ritmos não chocáveis:
– Tratamento:
- Ritmos chocáveis: FV e TVSP
– Tratamento: desfibrilação, adrenalina, amiodarona, lidocaína - Ritmos não chocáveis: AESP
e assistolia
– Tratamento: adrenalina; não se faz antiarrítmico em ritmos não chocáveis
PCR em pediatria - particularidades: só ler
- Etiologia: principalmente assistolia ou AESP (no adulto são as causas chocáveis)
- Avaliar pulso:
– < 1 ano: braquial
– > 1 ano: carotídeo/femoral - Causas reversíveis: adicionado hipoglicemia nos Hs
Taquiarritmias: só ler
- Se intervalo R-R < 3 quadradões: taquicardia
- Se intervalo R-R > 5 quadradões: bradicardia
- Fibrilação atrial: relacionada à tireotoxicose
- QRS alargado: taquicardias ventriculares
- QRS estreito: taquicardias atriais
Fibrilação atrial e flutter atrial - diagnóstico e tratamento básico:
- FA:
- Flutter:
- Tratamento:
- FA: ausência de onda P, irregularidade dos intervalos R-R
- Flutter: ondas F (2 ondas F para cada onda R) em dente de serra, FC em torno de 150bpm, RR regular
- Tratamento: cardioversão, anticoagulação (rivaroxabana ou varfarina), betabloqueador/BCC
Fibrilação atrial e flutter atrial:
- Indicação de cardioversão:
- Após cardioversão:
- Indicação de cardioversão: instabilidade hemodinâmica
- Após cardioversão: anticoagular por mais 4 semanas; e manter por tempo indefinido se alto risco pelo escore CHA2DS2VASc
FA e flutter - anticoagulação:
CHA2DS2VASc -> se alto risco (maior ou igual a 2 em homens; maior ou igual a 3 em mulheres) -> anticoagular; se 1 ponto e dúvida -> anticoagular
- C: insuficiência cardíaca -> 1 ponto
- H: hipertensão -> 1 ponto
- A: age maior ou igual a 75 anos -> 2 pontos
- D: diabetes -> 1 ponto
- S: stroke (AVE, AIT ou evento tromboembólico prévio) -> 2 pontos
- V: doença vascular (IAM, doença arterial, placa aórtica) -> 1 ponto
- A: age 65-74 anos -> 1 ponto
- S: sexo feminino -> 1 ponto
Taquicardia atrial:
- Diagnóstico:
- Principal causa:
- Tratamento:
- Diagnóstico: ondas P não sinusais, QRS estreito
- Principal causa: DPOC descompensada
- Tratamento: tratar a doença de base; verapamil ou metoprolol
Taquicardia supraventricular paroxística:
- Diagnóstico:
- Tratamento:
– Se instabilidade hemodinâmica:
– Se estabilidade hemodinâmica:
- Diagnóstico: ausência de onda P, QRS estreito, intervalo R-R regular
- Tratamento:
– Se instabilidade hemodinâmica: cardioversão elétrica 50-100J
– Se estabilidade hemodinâmica: manobra vagal ou adenosina (segunda opção)
Torsades de Pointes - tratamento:
- Se estável: sulfato de magnésio
- Se instável: desfibrilação
Medicamentos associados à síndrome do QT longo:
Macrolídeos (azitromicina), antipsicóticos, antiarrítmicos, cloroquina
Anatomia do coração:
- Tricúspide: divide…
- Mitral: divide…
- Tricúspide: divide AD e VD
- Mitral: divide AE e VE
Valvulopatias:
- Tricúspide e mitral: fecham na … e abrem na …
- Pulmonar e aórtica: fecham na … e abrem na …
- Estenose: valva não … direito
- Insuficiência: valva não … direito
– Ex.: estenose aórtica -> o sopro é…
- Tricúspide e mitral: fecham na sístole e abrem na diástole
- Pulmonar e aórtica: fecham na diástole e abrem na sístole
- Estenose: valva não abre direito
- Insuficiência: valva não fecha direito
– Ex.: estenose aórtica -> valva aórtica tem que abrir na sístole -> sopro é sistólico
Valvulopatias - focos:
- Mitral:
- Tricúspide:
- Pulmonar:
- Aórtico:
- Mitral: ictus, 5º EIC, ápice do coração
- Tricúspide: 4º EIC
- Pulmonar: 2º EIC esquerdo
- Aórtico: 2º EIC direito
Valvulopatias:
- Estenose mitral:
- Estenose aórtica:
- Insuficiência mitral:
- Insuficiência aórtica:
Estenose mitral:
- Sopro diastólico, ruflar diastólico
- Febre reumática, fibrilação atrial, rouquidão, disfagia, esôfago deformado com contraste
Estenose aórtica:
- Sopro sistólico, sopro em diamante, B4, fenômeno de Gallavardin
- Hipertrofia de VE, pulso parvus tardus, angina + síncope + dispneia
Insuficiência mitral:
- Sopro sistólico, B3
Insuficiência aórtica:
- Sopro diastólico, B3
- Tudo pulsa (martelo d’água, pulso em leito ungueal)
Cardiomiopatia de estresse ou síndrome de Takotsubo ou Broken heart:
- Conceito e clínica:
- Tratamento:
- Conceito e clínica: mulheres, > 50 anos, história de estresse físico/emocional, clínica de IAM, mas não é IAM, por causa da troponina discretamente elevada, mas deve ser tratado como IAM (fazer cateterismo)
- Tratamento: tratar como IAM com anticoagulação, mas a maioria melhora em 1-4 semanas, mesmo sem tratamento