Hepatologia Flashcards
Hepatites virais - laboratório:
- Aumento de TGO e TGP > 10x o limite ou acima de mil (senão não é viral)
- FA e GGT levemente aumentadas
Hepatites que cronificam:
B e C
Hepatite viral que mais fulmina e a que mais cronifica:
- Fulmina: B
- Cronifica: C
- Hepatite B: cronifica em 90% dos RN
- Hepatite E: fulmina em 20% das gestantes
Tratamento da hepatite A:
- Sintomático
- Afastamento das atividades por 1-2 semanas (período de transmissão)
Vacina para hepatite A - idade:
Dose única aos 15 meses (MS) ou 12 e 18 meses (SBP)
Profilaxia hepatite A pós-exposição em não vacinados:
Vacina em até 14 dias (para maiores de 1 ano)
Imunoglobulina se imunodeprimido (+ vacina) ou menor de 1 ano; mas se 6 meses a 1 ano, vacinar
Drogas de tratamento para hepatite B:
1º: Tenofovir -> toxicidade renal e óssea
- Alternativa: entecavir -> escolha para cirrose, imunossupressão ou QT
Drogas de tratamento para hepatite C:
- Genótipo 1 (mais comum): sofosbuvir + ledispavir
- Pangenotípicos: sofosbuvir + velpatasvir; ou glecaprevir + pibrentasvir (se DRC)
Laboratório de hepatite alcoólica:
Aumento de transaminases até 400, leucocitose
Etiologia hipertensão porta:
- Pré-hepática:
- Intra-hepática:
- Pós-hepática:
Pré-hepática:
- Trombose de veia porta (causada por hipercoagulabilidade)
- Trombose de veia esplênica (causada por pancreatite crônica)
Intra-hepática:
- Pré-sinusoidal: esquistossomose
- Sinusoidal: cirrose
- Pós-sinusoidal: doença veno-oclusiva
Pós-hepática:
- Síndrome Budd-Chiari (trombose das veias hepáticas)
- Obstrução de veia cava inferior (trombose, neoplasia)
- Doenças cardíacas (ICC direita, pericardite, insuficiência de valva tricúspide)
Escore de GASA - valores e causas:
GASA maior ou igual a 1,1:
- Transudato: cirrose hepática, hipertensão porta, síndrome nefrótica, urinotórax, diálise peritoneal, mixedema, obstrução da veia cava superior, ICC (causa mais comum de derrame pleural)
GASA menor que 1,1:
- Exsudato: o resto (muitas outras) -> tuberculose, derrame pleural parapneumônico, doenças reumatológicas, doença peritoneal, pancreatite, rotura esofágica, câncer/carcinomatose, TEP, sarcoidose, quilotórax, etc
Diagnóstico de PBE - valores da paracentese:
> 250 polimorfonucleares + cultura positiva (mas só com > 250 polimorfonucleares já se trata)
Profilaxia primária e secundária para sangramento de varizes esofágicas:
- Primária: nunca sangrou -> betabloqueador ou ligadura elástica
- Secundária: já sangrou -> betabloqueador e ligadura elástica
- Encefalopatia hepática - tratamento e profilaxia:
- PBE primária e secundária - tratamento:
Encefalopatia hepática:
- Evitar restrição proteica
- Lactulose
- Rifaximina ou metronidazol ou neomicina
PBE primária: cefotaxima
PBE secundária: cefotaxima + metronidazol
Ascite - tratamento:
- Restrição de sódio, e não restrição hídrica (exceto se tiver hiponatremia)
- Espironolactona + furosemida
- Paracentese de alívio
- Medir o peso diário, e não o tamanho do abdome (deve perder meio kg por dia, no máximo 1kg)
Causas dos cálculos da colelitíase:
- Cálculo amarelo:
- Cálculo preto:
- Cálculo castanho:
- Amarelo (mais comum; cálculo de colesterol): estase biliar
- Preto: hemólise
- Castanho: infecção da via biliar
Doenças das vias biliares:
- Dor que dura até 6h:
- Dor que dura mais de 6h:
- Qual não tem icterícia:
- Dor que dura até 6h: colelitíase
- Dor que dura mais de 6h: colecistite
- Qual não tem icterícia: colecistite
Clínica da coledocolitíase:
Icterícia isolada e flutuante (intermitente de acordo com a mobilização do cálculo para obstrução parcial ou total)
Quando e como tratar a coledocolitíase?
Sempre, mesmo assintomática
CPRE + CVL
Diagnóstico de imagem de coledocolitíase:
- Primeiro exame: US
- Confirmam o diagnóstico: colangioRM, US endoscópico e CPRE
Clínica da tríade de Charcot e Pêntade de Reynolds na colangite bacteriana:
- Tríade de Charcot: icterícia + febre com calafrios + dor em HCD
- Pêntade de Reynolds: tríade + hipotensão + confusão
Tratamento colangite bacteriana:
Tríade: ATB + CPRE eletiva (drenagem) se precisar
Pêntade: ATB + CPRE de urgência (drenagem)
Melhor exame para diagnóstico de tumores hepáticos?
TC dinâmica
Vínculos mentais de neoplasia benigna de fígado:
- Hemangioma:
- Hiperplasia nodular focal:
- Adenoma:
Qual o que mais sangra?
- Hemangioma: o mais comum
- Hiperplasia nodular focal: o segundo mais comum
- Adenoma: ACO, anabolizante, dor + hipotensão, é o que mais sangra
Exemplo de doença por aumento de BI por distúrbios do metabolismo:
Síndrome de Gilbert
Causas:
- Transaminases < 1000:
- Transaminases > 1000:
- < 1000: hepatite alcoólica, não alcoólica
- > 1000: viral, medicamentosa
Neoplasias benignas de fígado:
- Achados na TC dinâmica:
- Tratamento:
Neoplasias benignas de fígado:
- Achados na TC dinâmica:
– Hemangioma: captação periférica centrípeta
– Hiperplasia nodular focal: cicatriz central
– Adenoma: hipercaptação e focos hemorrágicos
- Tratamento:
– Hemangioma: acompanhar
– Hiperplasia nodular focal: acompanhar
– Adenoma:
— < 5cm: suspender ACO/anabolizante
— > 5cm ou se já sangrou: cirurgia
Tumores hepáticos malignos - critérios de Milão para transplante:
- Critérios de Milão: para Child B e C, pois Child A o tratamento é hepatectomia parcial
– Se lesão única < 5cm ou até 3 lesões < 3cm: transplante
– Se não: paliação (ablação, quimioembolização, sorafenib)
Classificação de Child:
- Parâmetros:
- Pontuação:
– Child A:
– Child B:
– Child C:
Escore Meld:
- Parâmetros:
Classificação de Child:
- Parâmetros: bilirrubina, encefalopatia, albumina, RNI/TAP/TP, ascite
- Pontuação:
– Child A: 5 a 6
– Child B: 7 a 9
– Child C: 10 ou mais
Escore Meld:
- Parâmetros: creatinina, bilirrubina e RNI (BIC)
Hemocromatose hereditária:
- Diagnóstico:
– Triagem:
– Confirma:
– Dúvida:
- Tratamento:
Hemocromatose hereditária:
- Diagnóstico:
– Triagem: aumento da saturação de transferrina (> 50-60%) e aumento da ferritina (> 200)
– Confirma: teste genético (mutação C282Y)
– Dúvida: RM, biópsia hepática
- Tratamento: flebotomia (sangria – retirada de sangue) ou quelantes ou transplante (não cura)
Veia porta é formada por quais veias:
- Mesentérica superior
- Mesentérica inferior
- Esplênica
- Gástrica esquerda
- Principalmente esplênica e mesentérica superior
Fórmula para calcular o GASA:
Albumina sérica - albumina ascítica
Paracentese de alívio - reposição de albumina:
Se > 5 litros: repor 6 a 10g de albumina a cada litro
Contar os 5 litros retirados + o extra, se mais de 5 litros no cálculo da albumina
Tratamento PBE - fazer e não fazer:
Fazer:
- Cefotaxima
- Albumina
Não fazer:
- Betabloqueador (interromper)
- Diuréticos; e suspender diuréticos em uso
Colelitíase - indicações de tratamento cirúrgico:
- Sintomático
- Assintomático + cálculo > 2,5 - 3cm
- Assintomático + cálculo preto
- Assintomático + vesícula em porcelana (vesícula com parede calcificada)
- Assintomático + anomalias congênitas
- Assintomático + anemia hemolítica
- Assintomático + pólipo + cálculo
- Assintomático + pólipo isolado se > 1cm, > 50 anos e crescimento
Antígenos e anticorpos da hepatite B:
- HBcAg:
- Anti-HBc IgM e IgG:
- Anti-HBs:
- HBeAg:
- Anti-HBe:
Antígenos e anticorpos da hepatite B:
- HBcAg: indica contato prévio, gera os anticorpos anti-HBc IgM e IgG
- Anti-HBc IgM e IgG: diferencia agudo e crônico; se IgG positivo, indica crônico e cura; e fica negativo para vacinação
- Anti-HBs: único que fica positivo para vacina; vacinados têm anti-HBc IgG negativo
- HBeAg: replicação viral, sugere quadro agudo
- Anti-HBe: indica o fim da fase replicativa
Indicações de tratamento:
- Hepatite B:
- Hepatite C:
- Hepatite B:
– Fase aguda: se coagulopatia (RNI alto [maior ou igual a 1,5]) ou sintomas por mais de 4 semanas
– Fase crônica:
— HBeAg- se HBV-DNA > 2000 e ALT maior ou igual a 37 na mulher ou ALT maior ou igual a 52 no homem
— Cirrose ou varizes ou ascite ou circulação colateral ou fibrose avançada
— Coinfecção com HIV ou HCV
— Imunossupressão ou QT
— Manifestações extra-hepáticas
— HF de hepatocarcinoma - Hepatite C:
– Todos - Na hepatite C o paciente pode ser contaminado de novo (hepatite B não)
DAIs associadas e anticorpos:
- Colangite biliar primária:
- Colangite esclerosante primária:
- Hepatite autoimune:
- Colangite biliar primária:
– Sjögren (75%), Hashimoto e AR
– Anti-mitocôndria (AMA) - Colangite esclerosante primária:
– Retocolite ulcerativa
– Anticorpo p-ANCA e anti-mitocôndria (AMA) - Hepatite autoimune:
– Vitiligo, DM1, tireoidite
– FAN, anti-músculo liso (AML)
Valores de referência da classificação de Child:
- Bilirrubina:
- Albumina:
- RNI/TAP/TP:
- Encefalopatia:
- Ascite:
- Pontos: 1 / 2 / 3
- Bilirrubina: < 2 / 2-3 / > 3
- Albumina: > 3,5 / 2,8- 3,5 / < 2,8
- RNI/TAP/TP: < 1,7 ou < 4s / 1,7-2,3 ou entre 4 e 5s / > 2,3 ou > 6
- Encefalopatia: ausente / graus 1 e 2 / graus 3 e 4
- Ascite: ausente / leve / moderada
Síndrome de Mirizzi:
- Conceito:
- Clínica:
- Tratamento:
- Conceito: compressão do ducto hepático comum por um cálculo impactado no infundíbulo ou no ducto cístico, fazendo um efeito de massa contra o ducto hepático comum; 1% dos casos de colecistite
- Clínica: colecistite + icterícia
- Tratamento: CVL com ou sem coledocoplastia
Classificação de Csendes - síndrome de Mirizzi (colecistite + icterícia por compressão do ducto hepático comum por cálculo impactado):
- Tipo 1:
- Tipo 2:
- Tipo 3:
- Tipo 4:
- Tipo 1: sem fístula, compressão do ducto hepático por cálculo impactado
- Tipo 2: fístula envolvendo menos de 1/3 da via biliar
- Tipo 3: fístula envolvendo menos de 2/3 da via biliar
- Tipo 4: toda a circunferência
Triângulo de Calot - limites:
- Ducto hepático comum
- Ducto cístico
- Borda hepática