MI_8_AVC Inacabada (Desgravada de Merda) Flashcards

1
Q

Quantos AVCs ocorrem por hora?

A

3

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2
Q

Anualmente, a cada 1000 habitantes, qual é a incidência do AVC?

A

1 a 2 habitantes a cada 1000/ano

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3
Q

Após AVC, qual é a percentagem de doentes que apresenta incapacidade?

A

70% dos utentes, dos quais 24% apresenta incapacidade muito grave

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4
Q

O que é o Índice de Bathel?

A

O índice de Barthel é um instrumento que avalia o nível de independência do sujeito para a realização de dez atividades básicas de vida:
* comer,
* higiene pessoal,
* uso dos sanitários,
* tomar banho,
* vestir e despir,
* controlo de esfíncteres,
* deambular,
* transferência da cadeira para a cama,
* subir e descer escadas

Sendo avaliado de 0-5 cada uma das atividades, um indivíduo com 0 é dependente em todas as atividades básicas da vida e vice-versa

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5
Q

Qual foi a taxa de mortalidade em Portugal (2021) para os 2 tipos de AVC?

A

32,14% no AVC hemorrágico
15,42% no AVC isquémico

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6
Q

Qual é a posição que Portugal ocupa nNa hierarquia da prevalência de AVC no mundo?

A

Portugal encontrasse na terceira posição (200/100.000 habitantes)

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7
Q

Qual é a posição que Portugal ocupa nNa hierarquia da prevalência de AVC no mundo?

A

Portugal encontrasse na terceira posição (200/100.000 habitantes)

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8
Q

Como é que varia a incidência do AVC?

A

↑ Prevalência = ↑ Idade populacional
<65 anos atinge mais homens
>65 anos atinge mais mulheres

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9
Q

Como se divide, em % as causas de AVC?

A
  • 60% - origem trombótica causados por aterosclerose
  • 10% - embolia cerebral
  • 30% - secundários a uma hemorragia cerebral
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10
Q

Quais são os objetivos do tratamento de fase aguda do AVC?

7

A
  1. Referenciação hospitalar (reencaminhado para a Via Verde)
  2. Confirmação do diagnóstico
  3. Identificação do tipo de AVC
  4. Avaliação da sua gravidade
  5. Seleção para tratamento trombolítico
  6. Identificação e prevenção de complicações
  7. Prevenção secundária
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11
Q

Algoritmo BEFAST AVC

A
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12
Q

Define AVC

A

Síndrome Clínico caraterizado fundamentalmente por sinais e sintomas neurológicos deficitários, não convulsivos de instalação aguda com duração superior a 24 h secundários à perda focal de função cerebral causada por hemorragia espontânea ou isquémica.
O acidente isquémico transitório (AIT) é um AVC com duração inferior a 24h.

Sintomas Deficitários
▪ Parésia / Hipostesia
▪ Alteração da linguagem
▪ Defeito campo visual

Sintomas Irritativos
▪ Luzes “flash”
▪ Parestesias
▪ Movimentos clónicos

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13
Q

Os sintomas do AVC podem dividir-se em dois grupos, quais são

2x3

A

Sintomas Deficitários
▪ Parésia / Hipostesia
▪ Alteração da linguagem
▪ Defeito campo visual

Sintomas Irritativos
▪ Luzes “flash”
▪ Parestesias
▪ Movimentos clónicos

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14
Q

O que são os Tempo porta-agulha?

No contexto do AVC

A

Tempo decorrido entre a admissão do doente no serviço de urgência do hospital e o início da administração da terapêutica fibrinolítica (quando aplicável).

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15
Q

Quais são os fatores de risco não Modificáveis do AVC?

5

A

Idade – o AVC tem um aumento exponencial da incidência e mortalidade com a idade, sendo mais frequente entre os 40-50 anos;
Sexo – mais comum no sexo masculino do que no feminino, exceto em idades extremas, em que a probabilidade é igual; as mulheres têm o mesmo risco de AVC que os homens dez anos mais tarde.
Etnia – algumas etnias constituem um fator de risco para AVC; os indivíduos de raça negra, por exemplo, por terem maior propensão a serem hipertensos, têm maior risco de sofrer um AVC.
História Familiar de AVC
História Pessoal de AVC / AIT

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16
Q

Num doente com menos de 50 anos e sem fatores de risco, vítima de um AVC, quais são outras possíveis causas?

3

A

Se a idade for inferior a 50 anos ou sem fatores de risco associados é necessário pesquisar causas atípicas como doenças autoimunes, HIV e consumo de drogas (heroína, cocaína).

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17
Q

Quais são os fatores de risco modificáveis do AVC?

11

A
  • Hipertensão – existe uma relação contínua entre a pressão arterial não controlada e o risco de AVC, ou seja, quanto mais elevada for a pressão arterial (sistólica ou diastólica), maior o risco de ocorrência de AVC
  • Diabetes - mesmo controlada, provoca alterações vasculares.
  • Hipercolesterolémia
  • Cardiopatia Isquémica /IC / FA
  • Apneia obstrutiva sono – doente que não cumpra o BiPAP ou o CPAP pode aumentar o risco de aparecimento de arritmias e extrassistolias.
  • Tabagismo - após 15 anos de cessação tabágica, tecnicamente o tabaco deixa de ser um fator de risco cardiovascular. A quantificação dos anos tabágicos é unidades maço ano (UMA = n.º cigarros fumados por dia / 20) x nº anos a fumar).
  • Álcool – acima de 100g/dia já é considerado um fator de risco. Por exemplo, uma garrafa de vinho de 1L com 12% de álcool tem 120g.
  • Obesidade e Sedentarismo
  • Dieta – dieta mediterrânia é um fator protetor
  • Fármacos - anticontracetivos orais já não constituem um fator de risco pois têm quantidades de
    estrogénios muito pequenas, mas antigamente constituíam um fator de risco e terapêutica hormonal de substituição nas mulheres em menopausa.
  • Drogas - (Anfetaminas e Cocaína)
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18
Q

Como é que é a Classificação Nosológica do AVC?

A

Arterial
* AIT (Acidente Isquémico Transitório) <24h
* AVC isquémico (85%)
o Trombólico – corresponde à maioria dos casos. Pode atingir os pequenos vasos os grandes vasos (por exemplo as carótidas) podendo estar associados a diabetes e a doença aterosclerótica.
o Embólico – embolo que se liberta do coração e por isso estão associados a fibrilação auricular e podem aparecer em vários sítios.

  • AVC hemorrágico (15%)
    o Hemorragia intracerebral
    o Hemorragia subaracnoideia típico nas pessoas mais novas em situações trágicas.

Venoso
* Trombose venosa cerebral

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19
Q

Caracterize a etiologia do AVC isquémico

A

Etiologia → alteração na Tríade de Virchow

  1. Dano endotelial → HTA, Aterosclerose, Vasculite, …
  2. Estado de hipercoagulabilidade → Trombocitose, Fator V Leiden, SAF, …
  3. Alteração no fluxo sanguíneo → FA (1/3 dos AVC), Doença valvular, Aterosclerose, …
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20
Q

O que é a zona de Penumbra?

A

Penumbra = área ao redor do AVC que possui um fluxo de sangue reduzido. Mantém-se viável por mais tempo mas está parcialmente perfundida → risco de ser afetada mas ainda viável!

21
Q

Como é que se podem os tipos de AVC isquémico?

A

AVC isquémico → 85% dos AVCs arteriais
1. Trombótico (75%)
1. De pequenos vasos (lacunar) ou de grandes vasos
2. Embólico (15%)
1. De pequenos vasos (lacunar), cardioembólico, doença arteriolar ou doença ateromatosa extracraniana

22
Q

No caso do AVC hemorrágico, quais são as possíveis causas da Hemorragia intracerebral?

2

A

Hemorragia intracerebral
1. Hematoma profundo → relacionado com HTA e microaneurismas
2. Hematoma lobar/cortical → relacionado com angiopatia amilóide (idoso) e malformação arteriovenosa (jovem)

23
Q

Qual é uma possível causa de hemorragia subaracnoideia no contexto do AVC hemorrágico?

2

A

Hemorragia subaracnoideia
* Relacionada com aneurismas
* Trauma

24
Q

Num AVC isqúemico, a que velocidade morrem os neurónios da Penumbra?

A

Morrem 1.9 milhões de neurónios/minutos

25
Q

No Diagnóstico Diferencial do AVC, quais são os possíveis falsos positivos?

7

A
  • Síndrome de Conversão
  • Meningite / Encefalite /Sépsis 13%
  • Enxaqueca 3%
  • Convulsão 21%
  • Síndrome Confusional agudo 13%
  • LOE (Hematoma subdural/ Neoplasia cerebral) 9%
  • D. Metabólicas 11%
    › Hipoglicemia / Hiperglicémia
    › Iatrogenia Medicamentosa /Drogas (benziodizepinas)
    › Isquémia post EAM

mimetizam AVC’s. Diagnósticos alternativos incluem frequentemente
convulsões não reconhecidas, estados confusionais, síncope, perturbações tóxicas ou metabólicas, incluindo hipoglicémia, tumores cerebrais, e hematoma subdural. Estas condições estão geralmente, mas nem sempre, associadas a descobertas globais em vez de sintomas neurológicos focais e são prontamente detetadas com testes laboratoriais padrão

26
Q

O que é o Síndrome de Conversão?

A

Consiste em sintomas ou défices neurológicos que se desenvolvem inconscientemente, geralmente envolvendo função motora ou sensorial.
As manifestações são incompatíveis com mecanismos fisiopatológicos ou vias anatómicas conhecidas. Início, exacerbação ou manutenção dos sintomas conversivos são comumente atribuídos a fatores mentais, como stress ou trauma.

Por exemplo, uma rapariga jovem muito ansiosa em que o avô teve um AVC recentemente e ela somatiza as queixas de um AVC. Após o exame
neurológico verifica-se que não é um AVC.

27
Q

Como é que a Convulsão pode ser um falso positivo do diagnóstico diferencial do AVC?

A

Após a convulsão pode surgir uma paralisia transitória de um dos lados do corpo denominada de Paralisia de Todd

28
Q

No Diagnóstico Diferencial do AVC, quais são os possíveis falsos negativos?

3

A
  • Afasia de Wernicke (interpretada como distúrbio psiquiátrico)
  • Defeito de campo visual isolado (não valorizado, interpretado como oftalmológico)
  • Síndrome vertiginoso (interpretada como otorrino)
29
Q

O que é a Afasia de Wernicke?

A

Afasia de Wernicke (lesão do lobo temporal/giro temporal superior), também conhecida como afasia recetiva, é um defeito recetivo onde o paciente fala fluentemente mas as palavras não fazem sentido (área 22 de Broadmann).
Estes doentes muitas vezes são reencaminhados para a medicina para exclusão de causa médica daquela identidade e tem-se de repetir as análises e fazer TAC crânio-encefálica.

30
Q

Como é que se efetua o diagnóstico do AVC?

A

O DIAGNÓSTICO DO AVC É CLÍNICO
dependente de uma anamnese e exame objetivo adequados.
Os exames complementares de diagnostico, em particular a TAC Crânio-encefálica, serve sobretudo para confirmar a hipótese diagnóstica de AVC e determinar a sua etiologia (isquémico ou hemorrágico) e localização

31
Q

Quais são os Exames Complementares de diagnóstico que podemos usar no AVC?

7

A

› TAC CE (com/sem contraste)
› Angio-TAC com envolvimento do pescoço
› ECG
› RX Tórax PA
› Hemograma, Coagulação
› Bioquímica (Glicose, Ionograma…)
› Doseamento de drogas e alcool

32
Q

Quais são as manifestações do AVC hemorrágico?

6

A
  • Cefaleia (muito intensa no caso do AVC hemorrágico)
  • Náuseas e vómitos (desencadeados pela cefaleia intensa)
  • Agravamento rapidamente progressivo (observa-se o doente inicialmente e este está de pé e a comunicar e quando se volta a ver o doente este já se encontra deitado em estado inconsciente)
  • Afundamento do estado de consciência
  • Tensão arterial muito elevada (o AVC hemorrágico está muitas vezes associado a crises hipertensivas, mas não se deve baixar a TA para não haver o efeito de ricochete; só a partir dos 220/120 é que se começa a baixar a TA)
  • Início no decurso de atividade
33
Q

Quais são as manifestações do AVC isquémico?

2

A

o Défice máximo na instalação (Cardioembólico)
o Início após manobra Valsalva (Cardioembólico)

34
Q

Caracteriza a Manobra de Valsava

A

Manobra de Valsalva, amplamente difundida, é realizada ao se exalar (Emitir ou lançar fora de si.)forçadamente o ar contra os lábios fechados e nariz tapado, forçando o ar em direção ao ouvido médio se a tuba auditiva estiver aberta. Esta manobra aumenta a pressão intratorácica, diminui o retorno venoso ao coração e aumenta a pressão arterial.

35
Q

Qual a escala usada na Avaliação Clínica do AVC?

A

National Institutes of Health Stroke Scale (NHISS)

36
Q

Para que serve a NHISS no contexto da avaliação clínica do AVC?

A

Ao preencher a NHISS vai integrar todos os componentes do exame neurológico (são 13 itens), visual, motor, sensitivo, sensorial, cerebelar, inatenção, linguagem, consciência, ou seja, ao preencher o NHISS estamos a fazer o exame neurológico completo.
Varia entre 0 (normal) a 42 pontos (AVC “extenso”). Vai classificar o doente em termos de gravidade e não de localização do AVC. O NHISS realiza-se à entrada, depois de realizar o TAC crânio-encefálico, à entrada na enfermaria, se houver alguma alteração do estado de consciência e à saída da enfermaria

37
Q

Qual a escala a aplicar quando o doente dá entrada em coma?

A

Escala de Coma de Glasgow

38
Q

Quais são as diferentes informações que podemos interpretar pela Escala de Coma de Glasgow?

A

O valor mínimo de pontos é 3 e o máximo é 15.
O Glasgow inferior a 8 é necessário entubar a fim de proteger a via aérea do doente e de lhe proporcionar uma oportunidade de ser submetido a um tratamento.
Em caso de dúvidas entuba-se o doente (quando não sabemos se é um 8 ou 9 p.e.).
A mortalidade associada a um doente com um Glasgow entre 3-4 é elevadíssima (>95%) e, portanto,nestas situações deve-se privilegiar as medidas de conforto.

39
Q

Quais são os diferentes graus de força muscular?

A
40
Q

Quais são as principais artérias que efetuam a vascularização cerebral?

A
41
Q

Enumera as principais áreas do cérebro e as suas funções

8

A

Lobo frontal (13): movimento esquelético voluntário e movimento motor fino. Controle do comportamento.
Área de Broca (4): linguagem
Lobo Parietal (9): processa dados sensitivos. Sensações táteis, visuais, gustativas, olfativas e auditivas.
Lobo Temporal (2): perceção e interpretação de sons/ linguagem e memória.
Área de Wernicke (11):compreensão.
Lobo Occipital (10): visão (interpretação de dados visuais).
Cerebelo (14): coordenação dos movimentos voluntários, controle reflexo do tónus muscular, equilíbrio e postura
Tronco encefálico

42
Q

O que é a classificação de Oxford, no contexto do AVC?

A

Dá-nos a localização, a artéria afertada e o tipo de AVC:

43
Q

O que é a Leucoencelofalopatia multienfartes?

A

Leucoencefalopatia multienfartes = Demência por multienfartes
Causada por vários enfartes cerebrais pequenos (AIT)
Leva a danos no córtex cerebral

44
Q

Alterações da Artéria Cerebral Anterior levam a que sintomas?

4

A
  • Parésia com predomínio distal
  • Abulia (desaparecimento de vontade)
  • Desinibição, preserverança
  • Reflexos ↓ ou ausentes com flacidez à espasticidade com hiperreflexia
45
Q

Alterações da Artéria Cerebral Média levam a que sintomas?

3

A

Parésia com predomínio braquio-facial
Compromisso cognitivo = afasia & left gaze preference (esq) OU
neglect & apraxia & right gaze preference (dir)

46
Q

Alterações da Artéria Cerebral Posterior levam a que sintomas?

4

A

Hemianopsia
Compromisso cognitivo = alexia (incapacidade de reconhecer as palavras escritas) & ↓ memória & confusão

47
Q

Alterações do Cerebelo levam a que sintomas?

A

Ataxia ipsilateral (pensar no teste finger to nose)

48
Q

O que é a escala ABCD2

A
49
Q

Quais são as diferenças sintomáticas entre lesões do hemisfério direito e esquerdo?

A

Para a maioria das pessoas, o hemisfério direito é o hemisfério não dominante para a fala e linguagem. Os indivíduos cujo hemisfério dominante é o direito são geralmente canhotos ou ambidestros. (Apenas cerca de 15% das pessoas canhotas têm o hemisfério direito dominante para a fala e a língua). Como o hemisfério direito desempenha geralmente apenas um papel secundário no processamento da linguagem, os doentes não eram tratados rotineiramente por patologistas da fala e da linguagem até há pouco tempo.
Reconhece-se atualmente que, embora os doentes com RHD não tenham tipicamente os tipos de problemas linguísticos vistos na afasia, têm frequentemente défices tanto comunicativos como cognitivos que podem ser abordados na terapia da fala/linguagem. Existem algumas semelhanças entre lesões da cabeça e lesões do hemisfério direito