MI_12_Processo do Cuidado Nutricional Flashcards

1
Q

O que é a Eutrofia?

A

estado nutricional correto em equilíbrio com as necessidades nutricionais

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2
Q

De que é que depende as necessidades nutricionais da pessoa?

A

 Peso;
 Altura;
 Idade;
 Género;
 Atividade física;
 Num contexto clínico: do tipo de patologia (se leva ou não a um desequilíbrio metabólico); por onde é
feita a ingestão alimentar (via oral; entérica ou parentérica).

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3
Q

Qual é a definição de malnutrição?

A

Definido principalmente por alterações por excesso, ou devido a carência nutricional.

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4
Q

Quais são as definições de Malnutrição ou estado de desnutrição?

A
  • Malnutrição: pode estar associado a doenças inflamatórias, outras doenças com ausência de inflamação ou não associada a nenhuma patologia;
  • Excesso: pré-obesidade e obesidade;
  • Sarcopénia e Fragilidade;
  • Anormalidades micronutrientes
  • Re-feeding syndrome
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5
Q

Quais são os vários passos do Nutrition Care Process Model?

5

A
    1. Identificar risco nutricional = NRS2002 ou STRONGkids (<18A)
    1. Avaliação do estado nutricional
    1. Diagnóstico nutricional
    1. Intervenção nutricional
    1. Monitorização constante
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6
Q

O que está descrito no Artigo Buterworth (1974)?

A

50% dos doentes cirúrgicos apresentam desnutrição

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7
Q

O que está descrito no Artigo McWhirther e Pennington (1994)?

A

Afirma uma prevalência entre 20-50% de desnutrição
no momento de admissão hospitalar; ainda acrescenta que apenas 18% destes doentes eram referenciados para suporte nutricional específico.
Isto levará:
- ↑ mortalidade e morbilidade
- ↑ tempo de permanência & custos hospitalar

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8
Q

Qual a prevalência da desnutrição nos 5 grupos descritos na aula?

A

1 em 5 crianças admitidas
1 em 4 doentes no hospital
1 em 3 doentes oncológicos
1 em 3 doentes de cuidados de saúde de residências
1 em 3 idosos residentes na comunidade

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9
Q

O que é que concluiu o Estudo ANUMEDI?

A

33% doentes em MI desnutridos dos quais 23% são severos

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10
Q

O que é que contribui para o rápido consumo das reservas nutricionais?

4

A
  • Aumento da atividade de citocinas pro-inflamatórias;
  • Aumento da libertação de catecolaminas e corticosteróides;
  • Aumento da insulinorresistência;
  • Limitação da ingestão alimentar.
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11
Q

Define caquexia

E enumera 4patologias principais queem estadio avançado levam a caquexia

A
  • Síndrome metabólica complexa associada a uma patologia subjacente, com atividade inflamatória significativa, o que induz o catabolismo excessivo;
  • Caracteriza-se pela perda de massa muscular com ou sem perda de massa gorda/tecido adiposo;
  • Acompanha patologias em estadio avançado como neoplasias, DPOC, insuficiência cardíaca, doença renal crónica, entre outras.
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12
Q

Quando falamos em Desnutrição não associada a inflamação quais são as possíveis etiologias?

3

A
  • Disfagia devido a doenças neurológicas como a demência; AVC; Doença de Parkinson; ELA;
  • Síndrome psiquiátricos - Anorexia nervosa; depressão;
  • Má absorção por patologia intestinal (ex: síndrome do intestino curto).
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13
Q

Qual é a % de doentes em Portugal que necessita de necessita de uma intervenção multidisciplinar?

A

54%

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14
Q

Qual é o impacto clínico da Malnutrição?

6

A

 Aumento do risco de mortalidade;
 Requerem maiores necessidades relativamente aos cuidados de saúde;
 Maior tempo de internamento hospitalar;
 Aumento do risco de infeções;
 Aumento de complicações;
 Aumento do tempo de cicatrização.

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15
Q

Qual é o método de avaliação de risco nutricional usado em doentes com +18 anos?

A

Nutricional Risk Screening 2002 (NRS 2002); MUST em ambulatório e em cuidados primários de saúde

NOTA: Não esquecer que a identificação do risco nutricional não serve de diagnóstico, apenas distingue doentes com e sem risco nutricional!!

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16
Q

Qual é o método de avaliação de risco nutricional usado em doentes entre 1 mês de idade até aos 18 anos?

A

STRONGkids

NOTA: Não esquecer que a identificação do risco nutricional não serve de diagnóstico, apenas distingue doentes com e sem risco nutricional!!

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17
Q

Qual é o método de avaliação de risco nutricional usado em doentes com +65 anos?

A

Mini Nutrional Assessment (MNA)

NOTA: Não esquecer que a identificação do risco nutricional não serve de diagnóstico, apenas distingue doentes com e sem risco nutricional!!

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18
Q

Quanto ao Nutrition Care Process: Step I - Avaliação do estado nutricional, o quê que devemos fazer?

6

A
  • Calcular o IMC
  • Avaliar parâmetros Antropométricos (a): exemplo determinação de prega cutânea;
  • Bioquímicos (b);
  • Avaliação de força de preensão palmar (d);
  • Avaliação em termos de ingestão (e);
  • Avaliação da composição corporal (f).
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19
Q

Quais são as balanças que existem para medir o peso do doente?

A
  • Balança rampa” (b): bastante importante para doentes em cadeiras de rodas ou que tenham alguma alteração a nível de mobilidade;
  • Cama com balança” (c): útil para poder sempre monitorizar o peso dos doentes
  • Balanças para cama” (e): colocam-se nas rodas da cama; possibilita a pesagem de doentes em cuidados intensivos;
  • Balança cadeira” (f): é um método fácil, e prático para doentes mais idosos, pois mede peso com os doentes sentados
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20
Q

Sem utilizar balança, qual é a outra forma (indireta) de obter o peso do doente?

A

O peso atual também pode ser medido através de fórmulas, fazendo-se a estimativa.
Na população idosa a altura calcanhar-joelho será uma altura reflexo do processo de senescência, portanto esta fórmula aplica-se a estes casos.

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21
Q

Valores de IMC e respetivas classificações em adultos e idosos

A
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22
Q

Qual é a importância da Circunferência Braquial?

A
  • Método rápido, fácil e económico
  • Representa a soma das áreas constituídas pelos tecidos ósseo, muscular e gorda do membro superior
  • Importante para doentes acamados, pois estes tendem a sofrer atrofia muscular independentemente da ingestão alimentar, assim através desta medição conseguimos monitorizar o estado nutricional
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23
Q

O que é que a Força de preensão palmar permite avaliar?

A
  • A força de preensão palmar é medida pelo dinamómetro de preensão palmar e permite avaliar aslimitações funcionais tais como a sarcopénia e a fragilidade
  • Método simples e rápido de executar e pouco dispendioso
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24
Q

Para quê que usamos a Prega cutânea?

A
  • Método mais utilizado para a estimativa indireta de % de massa gorda num contexto clínico através de um lipocalibrador
  • Assumem grande importância pela sua facilidade e rapidez na obtenção dos resultados;
  • Pregas cutâneas mais utilizadas: tricipital, bicipital, subescapular, crista ilíaca e a supraespinale; em medicina desportiva: abdominal e crural
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25
Q

O que é que nos dá a Bioimpedância?

A
  • Permite avaliar os diferentes compartimentos corporais nomeadamente: massa gorda, massa isenta de gordura, massa muscular, massa óssea, conteúdo hídrico
  • Se possível subdividir este último em intra e extracelular
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26
Q

O que é que os parâmetros bioquímicos nos permitem avaliar?

A

Avaliação objetiva e quantitativa que permite a monitorização do estado nutricional
Avaliação totalmente exequível em contexto hospitalar e de relativo baixo custo, em instituições geriátricas ou domicílio pode ser de menor acessibilidade e de recursos maior

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27
Q

Qual é a vantagem de avaliar a albumina e tranferrina em relação às proteínas de turn-over rápido?

A

Albumina e transferrina são habitualmente menos dispendiosas e mais disponíveis do que proteínas de turnover mais rápido e consequentemente com maior sensibilidade como a pré-albumina, RBP (retinol binding protein) ou fibronectina

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28
Q

Quais são os melhores marcadores bioquímicos na monitorização da eficácia da terapia nutricional?

A

Proteínas de turn-over rápido são os melhores marcadores bioquímicos a utilizar na monitorização da
eficácia da terapia nutricional ou adequação da ingestão dos doentes

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29
Q

Quais são os principais fatores que afetam os parâmetros bioquímicos?

A
  • alteração da função hepática
  • wasting muscular
  • infeção aguda
  • inflamação
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30
Q

Porquê que a albumina não é de todo um bom indicador do estado nutricional?

A

tem um tempo de semivida de 28 dias (curto).
No entanto, é um parâmetro frequentemente analisado por rotina - it’s good for keeping track

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31
Q

O questionário PGSGA serve para:

A

a população adulta; pode ser utilizado em doentes oncológicos e avalia o estado nutricional

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32
Q

O questionário MNA (Mini Nutritional Assessment) serve para:

A

a população idosa (>65 anos); engloba a avaliação do risco nutricional e do estado nutricional.
A short form é usada apenas para avaliar o risco nutricional; a complete forme serve para ambos.

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33
Q

O questionário GLIM Criteria serve para:

3 critérios fenotípicos 2 critérios etiológicos

A

Utilizado para a classificação de desnutrição; engloba:
3 critérios fenotípicos:
* perda de peso;
* baixo IMC;
* redução da massa muscular

2 critérios etiológicos:
* diminuição da ingestão ou absorção de alimentos
* aumento da carga de doença ou inflamação

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34
Q

O que é o “S Clínico”?

A

Reflete a avaliação do estado nutricional; não é um questionário! Neste exemplo, o doente parece que tem risco nutricional, no entanto após a avaliação do seu estado nutricional pelo PGSGA percebe-se que tem um estado nutricional correto

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35
Q

Baseamo-nos em quê para efetuar o diagnóstico nutricional?

A

A partir da avaliação do estado nutricional podemos fazer o diagnóstico nutricional com base em guidelines, nomeadamente através do Catálogo Português de Nutrição, onde está toda a codificação dos diversos diagnósticos.

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35
Q

Baseamo-nos em quê para efetuar o diagnóstico nutricional?

A

A partir da avaliação do estado nutricional podemos fazer o diagnóstico nutricional com base em guidelines, nomeadamente através do Catálogo Português de Nutrição, onde está toda a codificação dos diversos diagnósticos.

36
Q

A quê que corresponde o Nutrition Care Process: Step III?

A

Terapêutica nutricional.

37
Q

Qual é o objetivo da terapêutica nutricional?

A
  • manter e melhorar a situação nutricional
  • evitando e tratando situações de desnutrição
  • mantendo os tecidos orgânicos e as reservas de proteína plasmática em funcionamento e prevenindo carências de macro e micronutrientes
38
Q

De que formas podemos proporcionar o suporte nutricional?

3

A
  • Via oral - suplementos nutricionais orais
  • Via entérica - sonda de alimentação
  • Via paraentérica - através de um cateter intravenoso
39
Q

Em que consiste o Nutrition Care Process: Step IV?

A

Neste passo avalia-se e monitoriza-se a terapêutica aplicada ao doente, de forma que esta seja eficiente e se necessário, sofra alguns ajustes consoante as necessidades do doente. Por exemplo, num contexto hospitalar pode-se usar o Nutrition day que avalia de forma geral a ingestão alimentar

40
Q

Que informação pode estar incluída no plano nutricional do doente?

6

A

 Necessidades energéticas, nutricionais e hídricas;
 Objetivos nutricionais a médio e longo prazo;
 Via de administração, método e acesso;
 Duração;
 Monitorização e avaliação;
 Plano para alta e treino (se necessário).

41
Q

Define Cuidado Nutricional

A

Termo abrangente que descreve a forma de nutrição, o fornecimento de nutrientes e o sistema de educação que é necessário para a distribuição de refeições ou para tratar qualquer condição relacionada com nutrição clínica ou preventiva;
Assim, este termo envolve diversos cuidados, desde a cadeia de distribuição de refeições à embalagem de algumas refeições.

42
Q

Imagem aula Processo do Cuidado Nutricional

A

A imagem é retirada de um paper de cuidados intensivos que demonstra a importância e como o suporte nutricional pode influenciar a própria recuperação do doente nas diversas etapas, ou seja, desde o momento da admissão até ao momento da alta e depois na reabilitação do doente.
Neste caso estão representados doentes mais hipermetabólicos, no entanto podemos aplicar quase da mesma forma a um doente internado e que necessite de cuidados nutricionais.
Portanto, obviamente que toda a terapêutica nutricional desde a energia, distribuição de macronutrientes, proteínas, lípidos, glícidos e micronutrientes vai influenciar todas estas etapas representadas na imagem.

43
Q

Qual é a via preferencial para o fornecimento de nutrientes?

A

Preferencial vai ser a via oral, ou seja, será sempre aplicada caso o doente consiga do ponto vista clínico, de forma a atingirmos as suas necessidades nutricionais.

Caso não seja expectável, então utilizados por meio da via entérica. Se esta última via não for possível, só em último recurso é que optamos pela via parentérica.

44
Q

O que são Alimentos Fortificados?

A

São produtos alimentares que se adiciona vitaminas, minerais ou outros nutrientes ou mesmo uma
combinação destes para aumentar a energia ou a densidade nutricional.

45
Q

O que são Alimentos ou Líquidos de Textura Modificada

A

São alimentos ou líquidos com diferentes texturas e consistências de partículas consoante os graus de
disfagia, a tolerância e capacidade de deglutição do doente

46
Q

Caracteriza a Terapêutica Nutricional

A

Termo utilizado para designar o grupo dos suplementos nutricionais orais, nutrição entérica e nutrição parentérica;
No passado era designada por nutrição artificial (conjunto da nutrição entérica e parentérica)
Pode-se utilizar apenas uma via ou a combinação de várias vias

47
Q

O que são os FSMPs (Food for special medical proposes)?

A

são definidos como processados ou formulados e
pretendidos para gestão terapêutica nutricional de doentes com supervisão clínica

48
Q

O que é tipicamente administrado na terapêuticanutricional oral?

A

A terapia nutricional oral é administrada principalmente como suplementos nutricionais orais (SNO)

49
Q

O que são os SNO (Suplementos nutricionais orais)?

A

SNO: desenvolvidos como soluções densas em energia e nutrientes; fornecidos como líquidos, cremes ou suplementos em pó, que podem ser preparados como bebidas ou adicionados a bebidas e alimentos;
Suplementos nutricionais orais completos: quando fornecem todos os macronutrientes

50
Q

O que são as Fórmulas Modulares?

A
  • São fórmulas que se caracterizam por terem como base um ou mais nutrientes
  • Permitem a fortificação de alimentos
  • Têm por base os macronutrientes
51
Q

Caracteriza a Fórmula Modular Proteica

A
  • São fórmulas que têm um aporte proteico que varia entre 53 e 88%
  • Têm por base a caseína
  • Apresentam-se sob a forma de pó
  • Em produtos com menor aporte proteico (entre 53 e 60%), o restante aporte nutricional é o assegurado pelos glúcidos
  • Podemos fortificar por exemplo uma sopa de legumes, um sumo, um batido de leite ou um batido de bebida vegetal;
  • Indicações: assegurar, complementar aporte proteico
52
Q

Caracteriza a Fórmula Modular Lípidica

A
  • São fórmulas que têm por base o aporte lipídico
  • Existem comercializadas várias fórmulas, sendo mais frequentemente utilizadas fórmulas com MCT (triglicéridos de cadeia média)
  • São produtos a 100%, com densidade calórica de 8,3 Kcal/mL
  • Indicações: assegurar aporte lipídico, nomeadamente situações com alteração da digestão e absorção de lípidos
53
Q

Caracteriza a Fórmula Modular Glúcida

A
  • São produtos em pó, à base de maltodextrina (95%), sem praticamente qualquer aporte mineral e vitamínico;
  • Indicações: assegurar aporte glucídico, aumentar aporte energético

Nota: Ainda existe fórmulas modulares de fibra, fibra solúvel, fibra exclusivamente insolúvel entre outros

54
Q

Qual é a solução que temos para mater a terapia nutricional oral em doentes com Disfagia para líquidos

A

Utilizamos a água gelificada; é água com efeito de gelatina sendo facilmente controlável em termos de deglutição

55
Q

No contexto da terapia nutricional oral, o que são os Espessantes?

A

Resistentes ou não à amílase salivar, vão tornar um determinado alimento mais espesso de modo a conseguir ajustá-lo à capacidade específica de deglutição do doente.

56
Q

O que são Suplementos Nutricionais Orais Completos?

A
  • Fornecem todos os macronutrientes e micronutrientes
  • Atualmente a grande maioria, é clinicamente isentos de lactose e glúten. A maioria também tem normalmente restrição de sacarose;
  • Valor energético pode variar entre 0,5 Kcal e 5 Kcal/mL; maioria entre 1-2 Kcal/mL (Isocalórico: 1- 1,2/1,3 Kcal/mL - Hipercalórico: > 1,5 Kcal/mL)
  • Consistência geralmente líquida, em creme/pudim, ou adaptada a determinado grau de disfagia
  • Volume pode variar entre 30mL e 220mL (grande maioria: 125mL-200mL);
  • Uma vez que estamos a concentrar a nível nutricional, então vamos sempre ter uma elevada osmolaridade nestes suplementos.
57
Q

Quais são os Tipos de Suplementos que existem?

6

A
  • Isocalóricos;
  • Hiperproteicos;
  • Hipercalóricos;
  • Hipercalóricos e hiperproteicos;
  • Específicos num determinado nutriente (exemplo: suplementos específicos com leucina, arginina ou hidroximetilbutirato).
  • Também podemos ter combinações de 2 ou mais nutrientes (exemplo: suplementos com leucina e vitamina D).
58
Q

Caracterizar o Algoritmo do Suporte Nutricional

A
59
Q

Quais são as Indicações da Nutrição Entérica para o doente?

6

A

Todas as situações em que o doente não pode ou não consegue alimentar-se via oral, mas tem um tubo digestivo ainda eficiente na absorção
* Melhoria do estado nutricional de doentes em risco de desnutrição ou com desnutrição e que não seja expectável que consigam atingir as necessidades nutricionais por via oral;
* Doentes inconscientes (alterações neurológicas: AVC, trauma CE, doentes ventilados OT);
* Alterações da capacidade de deglutição (esclerose múltipla, doença do neurónio motor, paralisia bulbar ou pseudobulbar, pós AVC);
* Falência orgânica crónica com inflamação e anorexia (ex: DPOC, doença hepática ou renal);
* Aumento de necessidades energéticas (ex. fibrose quística, doença de Huntington);
* Alterações psicológicas (mais raramente) (ex: anorexia nervosa ou depressão severa).

60
Q

Quais são as Contraindicações da Nutrição Entérica?

8

A

Situações clínicas associadas a alterações severas do intestino.
* Obstrução gastrointestinal;
* Alterações metabólicas severas;
* Instabilidade circulatória;
* Hemorragia gastrointestinal alta ativa;
* Oclusão/íleus intestinal;
* Fístula entero-cutânea alta;
* Mal absorção grave;
* Terapêutica com aminas vasoativas durante a reanimação.

61
Q

O que é que pode causar Alterações funcionais intestinais severas?

No contexto Contraindicações de nutrição entérica - 5

A

Má absorção ou perda de nutrientes:
* síndrome intestino curto
* isquemia intestinal
* doença da mucosa do intestino delgado
* fístula intestinal com alto débito
* náuseas e vómitos severos

62
Q

O que é que pode causar Obstrução gastrointestinal (ileus)?

No contexto Contraindicações de nutrição entérica - 5

A
  • Peritonite
  • estenoses
  • obstruções
  • doença inflamatória
  • carcinomatose peritoneal
63
Q

O que é que pode causar Instabilidade metabólica?

No contexto Contraindicações de nutrição entérica - 3

A
  • Cetoacidose metabólica
  • coma diabético
  • coma hepático.
64
Q

O que é que pode causar Instabilidade circulatória?

No contexto Contraindicações de nutrição entérica - 2

A
  • Insuficiência cardíaca aguda severa
  • choque
65
Q

Quais são as Complicações da Nutrição Entérica?

4

A

A nutrição entérica é segura, efetiva e globalmente bem tolerada aquando do normal funcionamento GI
Complicações mais frequentes são:
* diarreia (possível, mas menos comum que diarreia, a obstipação)
* aspiração
* complicações mecânicas (tube feeding related)
* vómitos

Há relativa escassez de evidências sobre a frequência de efeitos adversos devido à NE, mas sugere-se que a maioria das complicações são resultados de erros de aplicação;

66
Q

A Sonda de nutrição Nasal/oral é usada pra que tipo de nutrição?

A

nutrição entérica de curta duração < 4/6 semanas

67
Q

A Sonda de nutrição Transcutânea é usada pra que tipo de nutrição?

A

nutrição entérica de longa duração

68
Q

De acordo com o tempo previsto de utilização, quais os tipos de sondas de nutrição entérica que podemos ter?

2 grupos com 2 tipos

A

Sondas de curta duração (<4semanas)
- Sem laparotomia: naso/oroentérica + utilizadas
- Com laparotomia: gastrostomia, jejunoestomia, jejunostomia por cateter de agulha

Sondas de longa duração (>4 semanas)
- Sem laparotomia – PEG, PEJ
- Com laparotomia: gastrostomia, jejunoestomia

Laparotomia é uma manobra cirúrgica que envolve uma incisão através da parede abdominal para aceder à cavidade abdominal

69
Q

O que são as sondas entéricas pós piloro?

A

Colocadas no jejuno após ângulo de Trietz

70
Q

Quais são os diferentes métodos de acesso para a colocação de sondas de nutrição entérica?

4

A
  • “Cegos”: os mais utilizados na prática clínica, reservando-se os outros para os casos em que a técnica “cega” represente um perigo para o doente ou quando não se consiga atingir o local desejado, especialmente quando se trata de sondas que atingem o intestino delgado;
  • Endoscópicos;
  • Radiológicos;
  • PEG (percutaneous endoscopic gastrostomy).
71
Q

Caracterize as PEG (percutaneous endoscopic gastrostomy)

2 acessos 2 prérequisitos 12 contraindicações (2ABSOLUTAS)

A

Indicação mais frequente
Acesso provisório (ex: situação temporária de radioterapia) ou definitivo (ex: situação neurológica) para nutrição entérica de longa duração (superior a 3-4 semanas)
Pré-requisitos:
* Trato GI funcionante
* sobrevida superior a 1 mês

Contraindicações absolutas da PEG:
* impossibilidade de endoscopia alta;
* sobrevida inferior a 3 meses

Contraindicações relativas da PEG:
* Ascite de grandes dimensões,
* diálise peritoneal,
* coagulopatia,
* varizes gástricas,
* hipertensão portal,
* hérnia do hiato volumosa,
* hepatomegalia,
* obesidade mórbida,
* gastrectomia subtotal prévia
* doença neoplásica ou infiltrativa da parede gástrica

72
Q

Quanto aos Método de administração da nutrição entérica, caracterize o Sistema de Bólus

A
  • Geralmente, de 3h em 3h, administração até 250 mL e 300 mL (algumas referências vão até aos 400 mL)
  • Administração com seringa vesical reservada para administração de nutrição
  • Mais fisiológico
  • Pode causar problemas em termos de tolerância do doente
73
Q

Quanto aos Método de administração da nutrição entérica, caracterize o Sistema de Gravidade

A
  • Sistema “gota a gota”
  • Promove maior tolerância
  • Não é necessária bomba
  • Pode ser um método contínuo ao longo de 24 horas ou podemos ter um timing de administração com paragem

Nota: Gravidade e Bomba são circuitos fechados pelo que garantimos do ponto de vista microbiológico maior segurança

74
Q

Quanto aos Método de administração da nutrição entérica, caracterize o Sistema de Bomba

A
  • Aumenta a tolerância
  • Melhor controlo da velocidade de infusão

Nota: Gravidade e Bomba são circuitos fechados pelo que garantimos do ponto de vista microbiológico maior segurança

75
Q

Quais são os 3 tipos de fórmulas que existem?

A
  • Fórmulas Poliméricas
  • Fórmulas Oligoméricas
  • Fórmulas Especiais: composição muito específica, normalmente associadas a especificidades do ponto de vista clínico

Se não houver alterações em termos de tolerância gastrointestinal usamos uma fórmula completa, com uma fórmula polimérica.
Se estivermos perante uma situação clínica em que podemos ter alterações em termos de capacidade gástrica, de digestão e de absorção então teremos de selecionar outra fórmula que não seja completa nem polimérica e aí passamos para fórmulas parcialmente hidrolisadas.

76
Q

Caracterize as Fórmulas de Nutrição Entérica Poliméricas

A
  • São dietas completas contendo nutrientes de todos os grupos
  • O aporte dos diferentes macronutrientes encontra-se na sua fórmula intacta
  • É necessário que o intestino mantenha as suas capacidades motoras, digestivas e de absorção não comprometidas
  • Asseguram as necessidades da maioria dos pacientes, sendo as mais utilizadas na prática clínica
  • O aporte de azoto provem de proteínas intactas: caseína, lactoalbumina, soja;
  • O aporte de lípidos provém de óleos vegetais (soja, girassol, milho) ou animais (peixe, manteiga)
  • O aporte glucídico faz-se a partir de HC de alto peso molecular (ex. amido, dextrinas)
77
Q

Caracterize as Fórmulas de Nutrição Entérica Especiais

A
  • São fórmulas entéricas indicadas para situações clínicas específicas adequando a existência de determinados nutrientes específicos a determinadas situações clínicas; por exemplo: doentes renais; hepáticos ou diabéticos
  • É controlado o aporte qualitativo e quantitativo de determinados nutrientes
78
Q

Caracterize a Nutrição Parentérica (NP)

A

Forma de nutrição artificial em que se administram os nutrientes essenciais por via intravenosa, ultrapassando os processos de ingestão, digestão, absorção, estimulação de hormonas digestivas e a primeira passagem do metabolismo hepático
Apenas reservada para casos em que a nutrição entérica (NE) não seja uma opção viável; A nutrição entérica é a via preferencial devido a benefícios fisiológicos e imunológicos e devido à redução de complicações

79
Q

Quais são as Patologias associadas à necessidade prolongada de NP?

A
  • Síndrome do intestino curto;
  • Fístulas intestinais;
  • Patologias que afetem a motilidade GI;
  • Obstrução mecânica;
  • Doença extensa da mucosa do intestino delgado;
  • Complicações cirúrgicas (exemplo: pós cirurgia bariátrica)
  • Doença de Crohn
  • Isquémia mesentérica
  • Enterite rádica ou pós QT
  • Neoplasias
  • Trauma
  • Volvo intestinal
  • Patologias intestinais congénitas
80
Q

Qual o procedimento que devemos seguir para a administração de Nutrição Parentérica?

3 passos

A

Nota: É muito importante a existência de uma equipa multidisciplinar: médico; nutricionista; enfermeiro; farmacêutico.

81
Q

Quando e a quem iniciar a Nutrição Parentérica?

6 situações

A
  • Adultos com estado nutricional adequado, estáveis, e a quem se preveja impossibilidade de fornecer pelo menos 50% das necessidades nutricionais por via entérica ou oraliniciar NP após 7 dias.
  • Adultos com risco nutricional, e com pouca probabilidade de alcançar o aporte calórico adequado por via oral ou entérica – iniciar NP em 3 a 5 dias.
  • Adultos com desnutrição moderada a grave, em que o aporte oral ou entérico não é possível ou suficiente – iniciar NP assim que possível.
  • Se instabilidade metabólica grave, protelar o início da NP até que haja estabilidade clínica.
  • Recém-nascidos de muito baixo peso (< 1500g) – iniciar NP logo após nascimento.
  • Em crianças com patologia autolimitada que impeça NE adequada, é razoável protelar início de NP durante 7 dias (mas iniciar se for previsível que não haja recuperação da condição a breve prazo)
82
Q

No contexto da Nutrição Parentérica, o que é preciso ter em conta no doente crítico?

A
  • Tolerância a sobrecarga de volume
  • Desequilíbrios eletrolíticos concomitantes (corrigir previamente ao início de NP)
  • Controlo glicémico rigoroso
  • Estado catabólico
  • Fármacos administrados simultaneamente (ex. propofol)
83
Q

Quais são as vias de administração da Nutrição Parentérica?

2

A
  • Acesso venoso central; possíveis complicações: infeção e trombose associada ao CVC.
  • Acesso venoso periférico: apenas de forma muito transitória e nunca para formulações com elevada osmolaridade (> 900 mOsm/L)
84
Q

Quais são as complicações da Nutriçãos Parentérica?

A

Contudo atualmente as complicações são mais raras, pois os doentes são melhor selecionados, há maior colaboração interdisciplinar, práticas e procedimentos relativos ao CVC, existe um controlo glicémico mais
rigoroso, entre outras medidas

85
Q

Tabela - Recomendação de dosagem de NP adequada para adultos

A
86
Q

Como calcular o aporte nutricional na Nutrição Parentérica

A

Decidir o aporte proteico pretendido:
* As proteínas são essencialmente fonte de material plástico, pelo que necessitam de cobertura calórica não proteica

87
Q

Tabela - Composição lipídica das bolsas comerciais

A