MI_ T - Prevenção de Infeção Hospitalar ✔ Flashcards

1
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Conceitos

Define Infeção

A

Invasão e multiplicação de microrganismos nos tecidos de um hospedeiro, ou dos seus produtos, com dano tecidual

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2
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Conceitos

Define IACS - Infeção Associada a Cuidados de Saúde

A

Situação sistémica ou localizada resultante de uma reação adversa de um agente(s) infecioso(s) ou das sua(s) toxina(s), que não estava presente ou em incubação no momento da admissão na unidade clínica. Pode manifestar-se durante o internamento ou mesmo após a alta.
* Infeções nosocomiais - adquiridas no hospital
* Infeções ocupacionais - nos profissionais de saúde

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3
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Conceitos

Distingue os 2 tipos de IACS

A
  • Infeções nosocomiais - adquiridas no hospital
  • Infeções ocupacionais - nos profissionais de saúde
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4
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Conceitos

Define Colonização

A

Presença, crescimento e multiplicação de um microrganismo nos tecidos (pele, mucosas, feridas abertas) ou fluidos orgânicos do hospedeiro, sem expressão clínica ou imunológica.

NÃO é infeção

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5
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Conceitos

Define Contaminação

A

Presença de matéria orgânica/microrganismos, potencialmente patogénicos, nas superfícies/tecidos vivos ou fluidos orgânicos. Podem constituir uma fonte potencial para a transmissão.

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6
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Conceitos

Define Portador

A

Pessoa ou animal que, ao ser examinado, não apresenta sintomas clinicamente reconhecíveis de uma determinada doença transmissível, mas que está albergando o agente etiológico respetivo

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7
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Impacto

Qual a prevalência das IACS

A

A cada momento mais de 1.4 milhões de pessoas em todo o Mundo sofrem de complicações infeciosas adquiridas no hospital.
De acordo com estimativa da OMS, atualmente em cada 100 doentes internados: 7 nos países desenvolvidos e 10 nos países em desenvolvimento, adquirem pelo menos 1 infeção no decurso do episódio de internamento.

Na Europa a prevalência de IACS identificada foi de 5,7% (I.C. 95%: 4,5 - 7,4%) - (inquérito prevalência de 2012)
Em Portugal 9 ou 10 em 100 doentes tinham pelo menos 1 IACS - (2012)
Taxa de prevalência 10,5% (IC 95%) dobro da média dos restantes países europeus

No Hospital Santo António dos Capuchos (HSAC), com uma prevalência de 17,2%, é expetável uma maior prevalência de infeções nosocomiais devido à existência do Serviço de Hematologia, onde há uma maior número de doentes imunocomprometidos

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8
Q

Prevenção de Infeção Hospitalar - Impacto

Quias são os Problemas atuais que aumentam a prevalência de IACS?

5

A
  • 1 em cada 10 doentes adquire uma infeção ao receber cuidados de saúde;
  • Mais de 32% de doentes cirúrgicos adquirem infeções que, em mais de 51% dos casos, são resistentes aos antibióticos;
  • Mais de 90% dos profissionais não desinfeta as mãos;
  • 50-70% da terapêutica injetável não é feita de forma segura;
  • As IACS conduzem a morbilidades, resistência aos antibióticos, aumento da demora média e óbitos.
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9
Q

Prevenção de Infeção Hospitalar - Impacto

Em que Serviços é mais expectável um doente contrair uma IACS

A

Serviços que tratam doentes imunocomprometidos
Por exemplo, Serviço de Hematologia

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10
Q

Prevenção de Infeção Hospitalar - Impacto

Quais são as 5 medidas que reduzem a prevalência das IACS?

A
  • Programas de prevenção e controlo ativos;
  • Práticas seguras e assepsia;
  • Higiene das mãos;
  • Não reutilizar material disposable;
  • Usar antibióticos apenas quando indicado e monitorizar as infeções
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11
Q

Prevenção de Infeção Hospitalar - Impacto

Quais são as consequências das IACS?

A
  • Agravamento do estado de saúde
  • Aumento do tempo de internamento (9,5-13,4 dias)
  • Aumento de morbilidade e sequelas
  • Custos económicos adicionais elevados (4 x mais) (diretos e indiretos - estimativa de custos diretos para o SNS = 280 milhões de euros)
  • Aumento da utilização de antibióticos e outros fármacos
  • Recurso a mais estudos laboratoriais e outros meios de diagnóstico
  • Aumento da mortalidade (4,3% a 7,4%)
  • Custos pessoais para os doentes (qualidade de vida) e para os seus familiares
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12
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Circunstâncias Favorecedoras

Quais são os 3 grandes fatores que favorecem as IACS?

A
  • Ambiente Hospitalar
  • Hospedeiro Suscetível
  • Agente Infeccioso
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13
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Circunstâncias Favorecedoras

Como é que o Ambiente Hospitalar pode favorecer as IACS?

A

O ambiente hospitalar não é igual em todos os serviços.

Nas Unidades de Cuidados Intensivos: IACS em cerca de 30% dos doentes, com mortalidade atribuível de 44%.

Nos Serviços Cirúrgicos e nos Serviços Ortopédicos também existem muitas infeções deste tipo.

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14
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Circunstâncias Favorecedoras

Como podemos distinguir os Fatores de risco dos hospedeiros suscetíveis?

A

Todo o doente é mais ou menos imunodeprimido e, portanto, mais suscetível de desenvolver infeção a seguir à contaminação hospitalar. Os profissionais são frequentemente expostos à contaminação, mas raramente vítimas de infeção.

  • Intrínsecos: fatores que não podem ser alterados como a idade e o sexo por exemplo.
    Fatores que alteram os mecanismos naturais de defesa do doente predispondo-o à infeção – determinada pelo tipo e gravidade da doença de base, podendo variar de intensidade.
  • Extrínsecos: fatores que advêm do diagnóstico e tratamento necessários ao doente e respetivos procedimentos clínicos/assistenciais.
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15
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Circunstâncias Favorecedoras

Como que podemos categorizar os Fatores Extrínsecos de risco dos hospedeiros suscetíveis a IACS?

A
  • Fatores de Estrutura: conjunto de recursos humanos e materiais disponíveis para a prestação de cuidados (equipamentos, consumíveis, rácios de profissionais/camas ocupadas, áreas e circuitos adotados…) Referido na aula presencial: a proximidade de camas
  • Fatores de Processos: conjunto de procedimentos e uso de diapositivos médicos invasivos necessários à prestação de cuidados ao doente (cateter intravascular central, alimentação parentérica, algaliação, ventilação mecânica invasiva, hemodiálise, drenagens, punções, cirurgias…)
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16
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Circunstâncias Favorecedoras

Que Hospedeiros são particularmente suscetíveis a IACS?

7

A
  • Doentes com imunossupressão (primária/secundária)
  • Diabéticos
  • Insuficientes respiratórios
  • Lesões de continuidade da pele: queimaduras, escaras, feridas, politraumatizados
  • Idosos
  • Recém nascidos (sobretudo prematuros)
  • Fumadores
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17
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Circunstâncias Favorecedoras

Como é que o Agente Infecioso pode favorecer as IACS?

A

Os microrganismos são parte essencial da nossa ecologia (microbiota normal). Para se manter o equilíbrio é necessário compreender a sua interação com o homem:
* 90% das células do corpo humano são microrganismos (adulto médio tem 100 biliões de células; 90 biliões são microrganismos);
* Apenas 3% dos microrganismos são patogénicos.

Tipos de agentes: bactérias, fungos, vírus, protozoários e “priões” (não são propriamente vivos, mas comportam-se como agentes de gravidade patológica crescente).

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18
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Agente Infeccioso

Caracterize as Bactérias comensais

A
  • Constituem a flora normal de indivíduos saudáveis;
  • Estão distribuídos como flora respiratória, digestiva, génito-urinária e cutânea;
  • Têm um significativo papel protetor na prevenção da colonização por microrganismos patogénicos;
  • Algumas podem causar infeção no hospedeiro imunocomprometido (Ex.: Staph. coagulase neg. da pele pode entrar e causar doença (infeção) num doente com linha intravascular indevidamente colocada). Staph aureus
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19
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Agente infeccioso

Caracterize as Bactérias patogénicas. Como podemos dividi-las?

3 tipos

A

Bactérias com maior virulência, que causam infeção (esporádica ou epidémica) independentemente do estado do hospedeiro. Dividem-se em:
* Patogeneo convencional: capaz de produzir doença mesmo no organismo saudável (Brucella, Shigella – causam gastroenterites graves);
* Patogeneo condicional: produz doença conforme as circunstâncias, ou seja, se tiver acesso e capacidade entra e só assim produz doença (Escherichia coli, Staphylococcus aureus). Ex.:doente algaliado – “via fácil” para E. coli;
* Patogeneo oportunista: causa doença no hospedeiro enfraquecido (Staphylococcus epidermidis, Aspergillus).

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20
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Bactérias

Distingue as Bactérias comensais das patogénicas

A

Bactérias Comensais
* Constituem a flora normal de indivíduos saudáveis;
* Estão distribuídos como flora respiratória, digestiva, génito-urinária e cutânea;
* Têm um significativo papel protetor na prevenção da colonização por microrganismos patogénicos;
* Algumas podem causar infeção no hospedeiro imunocomprometido (Ex.: Staph. coagulase neg. da pele pode entrar e causar doença (infeção) num doente com linha intravascular indevidamente colocada). Staph aureus

Bactérias Patogénicas
Bactérias com maior virulência, que causam infeção (esporádica ou epidémica) independentemente do estado do hospedeiro. Dividem-se em:
* Patogeneo convencional
* Patogeneo condicional
* Patogeneo oportunista

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21
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Bactérias

Quais são os 2 tipos de bactérias Gram (-)

Exemplos: 1º - 6; 2º - 2

A

Fermentadoras de glicose: podem colonizar certos locais, quando as defesas do hospedeiro estão comprometidas (inserção de catéter, cânula, algália) e causar infeções graves (local cirúrgico, pulmão, bacteriémia, infeção peritoneal). Podem apresentar padrão de resistência elevado e múltiplo.
▪ Escherichia coli; Enterobacter spp.; Serratia spp.; Klebsiella spp.; Proteus spp.; Citrobacter spp.

Não-fermentadoras de glicose:
▪ Pseudomonas aeruginosa (isolada em água e áreas húmidas. Podem colonizar o ap. digestivo de doentes hospitalizados);
▪ Acinetobacter baumannii

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22
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Bactérias

Cite exemplos de Bactérias Gram (+)

A
  • Staph. aureus (coloniza pele e nariz de doentes/pessoal hosp.) causam grande variedade de infeções (pulmão, osso, coração e corrente sanguínea); frequentemente resistentes aos antimicrobianos.
  • Staph.coagulase negativa;
  • Enterococcus spp.
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23
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Bactérias

Dê um exemplo de Anaeróbios Gram (+)

A

Clostridium difficile – resistente através de esporulação

Só conseguimos higienizar eficazmente com ÁGUA E SABÃO (resistentes ao álcool)

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24
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Classificação de microorganismos

O que são Microrganismos “alerta”?

A

Apresentam um padrão de resistência ou resistência intermédia aos antimicrobianos, pouco habitual ou de baixa prevalência na Unidade de Saúde e que, por esta razão, implicam implementar medidas urgentes para a sua contenção

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25
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Classificação de microorganismos

O que são Microrganismos “problema”?

A

Microrganismos que causam doença frequentemente e com taxas de resistência epidemiologicamente significativa.
Ex. Staphy. aureus e S. coagulase-neg., meticilina/oxacilina e vancomicina resistente; E. coli resistente à ciprofloxacina e/ou cefalosporinas de 3ª Geração.

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26
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Estabelecimento da Infeção

Quais são os passos para se estabelecer a Infeção?

4

A

Colonização
* Aderência (biofilme, ligação a recetores celulares específicos)

Invasão
* Penetração (ultrapassagem de barreiras anatómicas e inibição mecanismos humorais e celulares de defesa);
* Multiplicação

Produção de toxinas
* Exotoxinas (exportadas pelo microrganismo vivo)
* Endotoxinas (lipopolissacarido da lise da parede bacteriana)

Fuga aos mecanismos de defesa do hospedeiro

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27
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Estabelecimento da Infeção

Quais são as condições necessárias para a Colonização e Infeção?

6

A
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28
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Estabelecimento da Infeção

Define Transmissão

A

Qualquer mecanismo que possibilite a transferência do agente etiológico de uma infeção, de um hospedeiro a outro ou deste ao meio ambiente e vice-versa, de forma direta ou indireta

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29
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Estabelecimento da Infeção

Descreve a Cadeia linear de transmissão

A

Cadeia linear de transmissão:
* Existe um agente causal, que se localiza num reservatório ou numa fonte;
* Há uma porta de saída do reservatório que permite que o agente saia desse reservatório através duma determinada via de transmissão;
* O agente atinge a porta de entrada do hospedeiro e este, estando suscetível, vai sofrer uma infeção

agente causal está num reservatório, há uma porta de saída, e o agente através duma via de transmissão atinge a porta de entrada de um hospedeiro suscetível

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30
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Fontes / Reservatórios

Define Fonte

A

É o local de onde o agente passa para o hospedeiro. Pode ser endógena ou exógena

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31
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Fontes / Reservatórios

Define Reservatório

A

Qualquer local ou meio onde um agente se mantém, metaboliza e multiplica.
Possui nutrientes (N, C, O, H), temperatura e humidade favoráveis ao crescimento e multiplicação dos microrganismos
Reservatórios mais importantes:
Origem inanimada: água, ar, material e equipamentos, roupa, resíduos
Origem humana:
* doentes agudos e crónicos
* convalescentes e portadores crónicos
* profissionais de saúde
* visitas

A fonte pode ou não ser o próprio reservatório!

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32
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Fontes / Reservatórios

Distingue Fonte de Reservatório

A

FONTE
É o local de onde o agente passa para o hospedeiro. Pode ser endógena ou exógena

RESERVATÓRIO
Qualquer local ou meio onde um agente se mantém, metaboliza e multiplica.
Possui nutrientes (N, C, O, H), temperatura e humidade favoráveis ao crescimento e multiplicação dos microrganismos. Pode ser de Origem inanimada ou Origem humana.

Logo o reservatório não pressupõe uma transmissão, a fonte sim! A fonte pode ou não ser o próprio reservatório!

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33
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Cadeia linear de transmissão

Quais são as Portas de Entrada dos microrganismos?

6

A
  • Respiratória
  • Digestiva
  • Urinária
  • Pele e mucosas
  • Placenta
  • Dispositivos invasivos durante a inserção

As portas de saída podem ou não ser as mesmas que as portas de entrada

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34
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Cadeia linear de transmissão

Quais são as Portas de Saída de microrganismos?

6

A

Local por onde o agente deixa o reservatório. No ser humano pode ser única ou múltipla:
* Gastrointestinal
* Respiratória
* Cutânea
* Feridas
* Parentérica
* Genital e Genito-Urinária

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35
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Vias de Transmissão de Infeção

Quais são as Vias de transmissão de microorganismos?

5

A
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36
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Vias de Transmissão de Infeção

Como podemos dividir a Via de transmissão por contacto?

A + importante

A

Contacto indirecto:
* Veículo inanimado quando contaminado (Ex: luvas, estetoscópio, material, roupa… por exposição simples, múltipla ou contínua).
* Veículo animado ou vetor (humano ou animal), quando não descontaminado. (Ex: mãos não lavadas!)

Contacto direto:
* Mãos; Pele a pele; Pessoa a pessoa (IST)
* Auto-inoculação - Ex: infeção da ferida cirúrgica

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37
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Vias de Transmissão de Infeção

Caracterize a Via de Transmissão por Gotículas

A

(>5micrometros): transmitem-se por deposição, pelo que requerem proximidade (distância < 1 metro: como são maiores “não andam tanto”). Ex.: tosse, secreções brônquicas, espirro, aspiração aberta de secreções.

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38
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Vias de Transmissão de Infeção

Caracterize a Via de Transmissão por Via aérea

A

Via aérea - Aerossóis (<5micrómetros – por serem mais pequenos podem percorrer vários metros):
* Gotículas que secam – “droplet nuclei” – produzidas por: tosse (3000 gotas), espirro (40000 gotas), canto, fala, torneiras/chuveiros, humidificadores, nebulizadores, ambus.
* Escamas cutâneas visíveis (dermatoses exfoliativas, ex.: psoríase) ou invisíveis (descamação fisiológica) e portadores de microrganismos eventualmente patogénicos (SAMS, SAMR).

Nota: O vírus SARS-CoV-2, apesar de ter grandes dimensões (>5), é expelido de forma aerossolizada, sendo lançado com uma força maior, pelo que consegue percorrer distâncias maiores (cerca de 2 metros) e fica mais tempo em suspensão no ar.

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39
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Vias de Transmissão de Infeção

Em que situações devemos ter especial atenção à via de transmissão pela via aérea?

4

A

A via aérea torna-se importante se:
* Inexistirem condições de isolamento
* Profissionais/visitas circularem com infeção
* Existirem obras e ventilação inapropriada
* Existir contaminação dos sistemas de tratamento de ar

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40
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Vias de Transmissão de Infeção

Caracterize a Via de Transmissão digestiva

A

Via digestiva:
* Ingestão: água, alimentação oral/entérica contaminados (gastroenterites);
* Refluxo: aspiração – pneumonia no doente entubado/ventilado (material do estômago reflui e atinge as vias respiratórias).

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41
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Vias de Transmissão de Infeção

Caracterize a Via de Transmissão percutânea

A

ex.: inoculação de HBV, HCV, HIV, infeções de acessos vasculares e lesões por corte perfurante (estas infeções e lesões ainda são frequentes, mas com as noções e precauções corretas irão tornar-se cada vez mais raras)

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42
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Vias de Transmissão de Infeção

3 doenças da Via de Transmissão placentária

A
  • Rubéola
  • Toxoplasmose
  • Sífilis congénita

tem vindo a diminuir com a vigilância materna e infantil

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43
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Vias de Transmissão de Infeção

Dê um exemplo de uma doença transmitida por vetor

A

Malária – mosquito infetado (vetor) que transmite a doença

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44
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Vias de Transmissão de Infeção

Quanto à disseminação da infeção, o que constitui os vértices dos triângulos epidemiológicos de infeção cruzada?

A
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45
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Risco de Transmissão / Bolha

Define Risco de Transmissão

5

A

Probabilidade de exposição a um agente infecioso potencialmente patogénico e a severidade (potencialmente elevada) das consequências resultantes da exposição. O risco de transmissão de microrganismos entre pessoas envolve vários fatores relacionados com:
* O estado infecioso do doente (ex.: o doente pode estar colonizado quando é admitido)
* As características do doente (ex.: doente que não consegue expulsar secreções tem um risco maior do que um doente consciente e que consiga tossir)
* O tipo de atividades assistenciais a ser realizado
* Os recursos disponíveis no hospital para o controlo de uma potencial infeção
* A imunização dos profissionais

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46
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Risco de Transmissão / Bolha

Lista os fatores relacionados com o risco de transmissão

5

A
  • Estado infecioso do doente (incluindo colonização)
  • Características do doente (ex. doente consciente que consegue tossir vs. doente que não consegue conter secreções)
  • Tipo de atividades assistenciais a ser realizado
  • Recursos disponíveis para o controlo
  • Imunização dos profissionais
47
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Risco de Transmissão / Bolha

Caracterize o ambiente de prestação de cuidados ao doente e o ambiente envolvente

A

Geograficamente o risco de transmissão tem um conceito que assenta numa bolha. O doente tem locais limpos (ex.: cateteres) e locais contaminados (fluidos orgânicos).

À volta do doente existem monitores e outras superfícies que constituem o ambiente envolvente do doente, onde são prestados os cuidados.
Este ambiente envolvente, ou bolha, potencialmente está contaminado, pelo que temos de ter a certeza que não estamos a levar ou trazer patogeneos para fora ou para dentro desta bolha.

48
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Risco de Transmissão / Bolha

Como é que efetuamos a estratificação do risco de transmissão?

3

A

Depende de 2 coisas:
Tipo de doente
Tipo de procedimento que vamos realizar

49
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Risco de Transmissão / Bolha

Caracteriza o Risco 1.Mínimo de Infeção: Tipo de doente e tipo de procedimento

Tabela da aula

A
50
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Risco de Transmissão / Bolha

Caracteriza o Risco 2.Médio de Infeção: Tipo de doente e tipo de procedimento

Tabela da aula

A
51
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Risco de Transmissão / Bolha

Caracteriza o Risco 3.Elevado de Infeção: Tipo de doente e tipo de procedimento

Tabela da aula

A
52
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Risco de Transmissão / Bolha

Quais são as Etapas do processo de avaliação do risco de infeção?

A

Ex.: doente que a meio do internamento vai fazer uma cirurgia – vai ser feita uma reavaliação e este doente vai “saltar” para um risco mais elevado, uma vez que vai ser sujeito a uma intervenção mais invasiva.

53
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Risco de Transmissão / Bolha

O que entende por Gestão de risco/segurança do doente?

A

Introdução de alterações ou de medidas de controlo com o intuito de eliminar ou de reduzir, até limites aceitáveis, os níveis de risco de transmissão de infeção

54
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Tipos de IACS

Como podemos separar em grupos os Tipos de IACS?

9

A
55
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Tipos de IACS

Quais são os critérios de Definição de IACS?

6 + 1 - Flashcard MAIS IMPORTANTE

A

O doente tem sempre de ter clínica de infeção para esta ser considerada. Por regra geral, deve ter início no 3º dia (ou depois) do internamento.
Nesta tabela estão as outras situações que também poderão ser consideradas IACS.

Ponto extra (NOVO!) Dia 1 ou Dia 2: doente com COVID-19 (re)admitido dentro de 48h após permanência anterior em instituição de saúde por mais de 7 dias

56
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Critérios Epidemiológicos

Quais são os Critérios para IACS Respiratórios?

A

Sintomas respiratórios iniciados durante o internamento, com pelo menos 2 sinais:
* Tosse
* Expetoração purulenta
* Infiltrado “de novo” em radiografia do tórax consistente com infeção (às vezes é difícil o diagnóstico diferencial com a estase associada a insuficiência cardíaca)

57
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Critérios Epidemiológicos

Quais são os Critérios para IACS Local cirúrgico (SSI)?

A

Qualquer exsudado purulento, abcesso ou celulite em desenvolvimento no local cirúrgico, durante o 1º mês após a cirurgia ou 1 ano se houve colocação de prótese/implante

Nota: infeções de ferida cirúrgica (tanto acima como abaixo da aponevrose) são identificadas separadamente das infeções profundas de órgãos ou espaço.

58
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Critérios Epidemiológicos

Quais são os Critérios para IACS Corrente sanguínea?

A

Febre ou calafrios e, pelo menos, uma hemocultura positiva (nunca se faz só uma hemocultura, têm de ser 2)

59
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Critérios Epidemiológicos

Quais são os Critérios para IACS Urinária?

A

Urocultua positiva (1 ou 2 espécies) com pelo menos 10^5 (elevado a 5) U.F.C/mL

60
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Critérios Epidemiológicos

Quais são os critérios para IACS do Local do cateter vascular?

A

Inflamação, linfangite ou exsudado purulento no local de inserção do cateter (observação clínica).

61
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Enquadramento integrado de IACS

Quais são as 3 vertentes que constituem o Enquadramento integrado de IACS?

A
62
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Enquadramento integrado de IACS

O que é a Estratégia Multimodal em Saúde?

A

3 ou mais (geralmente 5) elementos ou componentes implementados de forma integrada, com o objetivo de melhorar um resultado e mudar um comportamento.

Inclui ferramentas como bundles (= feixes de intervenção) e checklists desenvolvidas por equipas multidisciplinares que tomam em consideração as condições locais.

63
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Enquadramento integrado de IACS

Para que servem as Estratégia de prevenção de IACS? Quais são?

3

A

Para evitar que as infeções surjam
* Programas de vigilância epidemiológica e estudos de prevalência e incidência
* Implementação de políticas de incentivo e/ou penalizações (contratualização → produção e indicadores de qualidade)
* Projetos de melhoria da qualidade (reduzir IACS e resistência antimicrobiana), com definição, recolha e análise de dados e indicadores de:
o Estrutura
o Processo
o Resultados

64
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Enquadramento integrado de IACS

Quais são os 3 princípios básicos das Estratégias de Controlo de IACS?

3+1

A

Contenção na fonte - segregação em quarto individual ou enfermarias p/ determinadas patologias infeciosas.
* diagnóstico e tratamento precoces
* educação do doente

Bloqueio das vias de transmissão - de acordo com as fontes pode ir desde técnicas “no touch”, ou distância entre camas.
* eliminação rápida e eficaz de material contaminado
* ventilação mecânica com pressão + (isolamento protetor) ou - (isolamento de contenção)

Proteção do hospedeiro suscetível:
* Uso correto das barreiras protetoras adequadas (EPI)
* Imunizações
* Nutrição
* Identificar doente alto risco
* Tratamento

Isolamento - contenção física de um reservatório, de 1 fonte, de 1 hospedeiro suscetível.

65
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Medidas de Prevenção da IACS

Lista as Medidas de prevenção das IACS

6

A
  1. Prevenir a transmissão cruzada – princípio: o sangue, todos os fluidos orgânicos (exceto o suor), secreções e excreções, mucosas e pele não integral de todos os doentes, devem ser tratados como potencialmente infeciosos. Aplica-se a todos os doentes hospitalizados, independentemente do seu diagnóstico, fatores de risco e presumível estado infecioso, de modo a diminuir o risco, tanto de doentes como de profissionais, de contraírem uma infeção. Esta medida inclui:
    o PBCI – Precauções básicas de controlo de infeção
    o PBVT – Precauções baseadas nas vias de transmissão (contacto, gotículas, via aérea)
    o Precauções de isolamento
    o Rastreio de colonização/infeção por MMR (microrganismos multirresistentes) – ex.: rastreio de colonizações (Staphy. aureus) a nível das fossas nasais de profissionais de saúde que trabalhem em bloco operatório; Klebsiellas produtoras de carbapenemases são testadas em doentes que vão ficar muito tempo em unidades de cuidados intensivos.
  2. Formação em controlo de infeção e resistência AB - pessoal de saúde
  3. Programas de apoio a prescrição AB (PAPA)
  4. Vigilância epidemiológica das IACS local e regional
  5. Melhoria do apoio laboratorial (hospital e cuidados continuados)
  6. Melhoria da informação a doentes e familiares
66
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Medidas de Prevenção da IACS

Quais são as Precauções Básicas de Controlo de Infeção (PBCI)?

10

A
67
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Medidas de Prevenção da IACS

Quais são as Precauções Baseadas nas Vias de Transmissão (PBVT)?

3 grupos

A
68
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Medidas de Prevenção da IACS

Quais são as Precauções de isolamento?

A

Englobam as PBCI, que se aplicam a todos os doentes, em todos os cenários de prestação de cuidados, e as PBVT, aplicadas a doentes com confirmação de agente infecioso e sempre que se conhece a via de transmissão

69
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Medidas de Prevenção da IACS

Em que situações efetuamos o Rastreio de colonização/infeção por microrganismos multirresistentes (MMR)?

A

Por exemplo, principalmente a nível internacional, é feito o rastreio de colonização/ infeção por saphylococcus aureus nas fossas nasais de profissionais de saúde que trabalham em blocos operatórios. Quando presente, não poderão trabalhar nesses locais por risco de contaminar os doentes com a sua flora respiratória.
Em Portugal, não fazemos por hábito este rastreio. No entanto, muitos doentes que estão nas unidades cuidados intensivos são rastreados quer nas fossas nasais (para o staphylococcus) quer para outro tipo de MMR, nomeadamente, as Klebsiellas produtoras de carbapenemases.

70
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Medidas de Prevenção da IACS

O que é o Conceito de “Care Bundle”?

A
71
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Outras Medidas de Prevenção da IACS

Quais são outras medidas (“indiretas”) de prevenção de IACS?

5

A
  • Formação do pessoal de saúde em controlo de infeção e resistência AB
  • Programas de apoio a prescrição AB (PAPA)
  • Vigilância epidemiológica local e regional das IACS
  • Melhoria do apoio laboratorial (hospital e cuidados continuados.
  • Melhoria da informação a doentes familiares
72
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Medidas de Controlo da IACS

Quais são as Medidas de Controlo da IACS?

4

A

Vigilância
Bloqueio de vias de transmissão:
* Isolamento (Estrito; Contacto; Gotículas; Via aérea)
* Espaço entre camas
* Controlo de procedimentos de higiene (Higiene das Mãos); EPIs; do Ambiente e dos Equipamentos

Contenção na fonte:
* Eliminar ou diminuir os reservatórios

Proteção do hospedeiro suscetível:
* Controlar a pressão antibiótica
* Imunizações
* Nutrição
* Tratamento

73
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Vigilância Epidemiológica

Em que é que se baseia a Vigilância Epidemiológica?

3

A
74
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Prevenção e Controlo

Como é que conjugamos as medidas de prevenção e controlo de forma a quebrar a cadeia de transmissão?

4 domínios

A

Estes 4 diferentes domínios vão conter os diferentes elos da cadeia de transmissão, quebrando-a

75
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Prevenção e Controlo

Como é que conjugamos as medidas de prevenção e controlo de forma a reduzir a transmissão de resistência aos antimicrobianos?

5

A
  • Vigilância epidemiológica;
  • Uso adequado dos antimicrobianos com normas institucionais e nacionais, PAPA e boas práticas no diagnóstico;
  • Procurar reduzir as infeções associadas aos cuidados de saúde com as práticas de PBCI e PBVT, programas de vigilância nacionais e europeus e com auditorias e recomendações;
  • Formação e treino dos profissionais de saúde;
  • Redução das resistências aos antimicrobianos aqui a transmissão das referências da redução de transmissão das provas cegas também aos antimicrobianos
76
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Práticas: Higiene das mãos

A transmissão de microrganismos associados a infeções, de um doente a outro, através das mãos dos profissionais, implica 5 passos sequenciais. Quais são?

A
  1. Estão presentes 100 a 1 milhão (ufc/cm2) de microrganismos em áreas intactas da pele de alguns doentes (S.aureus, P.mirabilis, Klebsiella spp. Acinetobacter spp.) que contaminam a unidade do doente, especialmente Staphylococus e Enterococcus.
  2. Contaminação das mãos: o pessoal pode contaminar as mãos com 100 -1.000 ufc de Klebsiella spp, durante as atividades “limpas” (ex. avaliação de pulso, TA, posicionamentos); 15% dos profissionais que trabalham numa unidade de isolamento transportam em média 10.000 ufc de S. aureus nas mãos; num hospital geral, 29% dos profissionais transportam nas mãos S.aureus (contagem média 3.800 ufc) e 17-30% transportam bacilos Gram negativo.
  3. Ao longo do contacto com os doentes ou com as superfícies contaminadas, os microrganismos podem sobreviver nas mãos por períodos de tempo que variam entre 2 a 60 min. Esta contaminação está dependente da ausência de higienização das mãos, da duração dos cuidados e do grau de risco de contaminação das mãos (há procedimentos que são mais “sujos”).
  4. Incorreta higienização das mãos: uma quantidade de produto e/ou duração da higiene das mãos insuficiente, leva a uma deficiente descontaminação. A flora transitória pode permanecer com a lavagens das mãos, enquanto a fricção com solução alcoólica demonstrou ser mais eficaz.
    Não esquecer que nos punhos das batas que estiverem junto das mãos também pode haver contaminação.
  5. Transmissão dos microrganismos: em vários surtos, foi demonstrado que a transmissão de microrganismos entre doentes e pelo ambiente, ocorreu através das mãos dos profissionais de saúde.
77
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Práticas: Higiene das mãos

Caracteriza a higiene das mãos. Definição, tipos e objetivos

1 + 3 + 3

A

A higiene das mãos refere-se à ação de descontaminação das mãos e engloba:
* Lavagem das mãos (água + sabão)
* Higienização por fricção (solução antisséptica de base alcoólica – SABA)
* Lavagem antisséptica (incluindo a cirúrgica)

Tem como objetivos:
* Proteger o profissional
* Proteger o doente
* Proteger o ambiente

78
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Práticas: Higiene das mãos

O quê que a DGS recomenda fazer antes da higienização das mãos?

4

A
  • Expor os antebraços
  • Remover adornos dos pulsos e dos dedos
  • Assegurar que as unhas estão limpas, curtas, sem verniz/extensões/unhas artificiais (os microrganismos podem permanecer entre as várias camadas das unhas)
  • Proteger cortes ou abrasões com penso impermeável.
79
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Práticas: Higiene das mãos

Quais são os cinco momentos para a higiene das mãos?

A
80
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Práticas: Higiene das mãos

Qual é a vantagem prática da SABA VS água e sabão?

A

O SABA tem a vantagem de ser mais rápido (20 a 30 segundos) por não necessitar do último passo de secagem das mãos. A lavagem com água e sabão que necessita de secagem já demora entre 40 e 60 segundos.

81
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Práticas: Higiene das mãos

Quando utilizar água e sabão?

3

A
  • Lavar as mãos visivelmente sujas, ou contaminadas c/ sangue ou outros fluidos orgânicos
  • Na EXPOSIÇÃO A AGENTES PRODUTORES DE ESPOROS (ex: Clostridium difficile), porque os esporos são resistentes ao álcool;
  • Após higiene pessoal, antes da preparação dos alimentos ou medicação e antes de comer.
82
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Práticas: Higiene das mãos

Quando utilizar SABA?

8

A

Se VISIVELMENTE LIMPAS, deve ser realizada a fricção com solução de base alcoólica:
* Antes e após o contacto direto com o doente;
* Antes da inserção e manutenção de cateteres ou dispositivos invasivos que não exijam procedimento cirúrgico
* Antes da colocação de luvas estéreis
* Entre um contacto contaminante e um limpo no mesmo doente
* Após contacto com a pele íntegra do doente (avaliação da PA, pulso, ajuda no levante)
* Após o contacto c/ fluidos orgânicos ou excreções, mucosas, pele não íntegra ou pensos de feridas
* Após remoção de luvas
* Após contacto com objetos (incluindo equipamento médico) na proximidade do doente

83
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Práticas: Higiene Respiratória

O que entendes por Higiene Respiratória? Que medidas usamos?

A

O objetivo da etiqueta/higiene respiratória é a contenção das secreções respiratórias. As seguintes medidas aplicam-se tanto a doentes como profissionais de saúde:
* Fornecer lenços e recetáculos para colocar os usados
o Contentores com tampa, acionados a pedal ou abertos, ou sacos de plástico
* Afixar em locais estratégicos:
o Posters
o Soluções de base alcoólica
* Onde existirem lavatórios, assegurar sempre sabão, toalhetes e contentores.
* Oferecer máscaras a pessoas sintomáticas
* Encorajar a distância social de pelo menos 1 metro (na infeção por SARS-Cov2 pelo menos 2 metros - o vírus é por gotículas mortas aerosolizadas, logo viaja até 2 metros)

84
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Práticas: EPI

Caracteriza os Equipamento de Proteção Individual (EPI)? Quais são os princípios para a sua utilização?

A

Os EPI devem respeitar o prazo de validade, ser armazenados em áreas limpas e secas até à sua utilização, estar facilmente acessível junto do local de uso e ser eliminados imediatamente após utilização. São vários os princípios para a sua utilização:
* Selecionar EPI de acordo com o risco associado ao procedimento a realizar;
* Utilizar EPI antes do contacto com sangue ou outros fluidos orgânicos;
* Prevenir a contaminação da roupa e da pele durante a remoção do EPI;
* Remover e descartar o EPI antes de sair da unidade do doente ou após terminar o risco de exposição a fluidos orgânicos.

85
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - EPI - Luvas

Caracterize a Utilização de Luvas, em que situações usamos e como varia o fluxograma da sua utilização

A

Dão uma falsa sensação de segurança e têm indicações específicas para serem utilizadas.
* Utilizar na previsão de contacto com sangue, fluidos orgânicos, secreções, excreções, mucosas, pele não íntegra ou pele integra potencialmente contaminada (urina e fezes)
* Remover as luvas após contacto com o doente ou o seu ambiente envolvente (incluindo equipamento), utilizando técnica apropriada para prevenir a contaminação das mãos.
* Nunca usar o mesmo par de luvas para mais do que um doente.

86
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - EPI - Bata/avental

Caracterize a Utilização de Bata/Avental

A
  • Batas ou aventais apropriados para a tarefa. São utilizadas para prevenir a contaminação da roupa nas atividades em que se prevê contacto c/sangue, fluidos orgânicos, secreções e excreções.
  • Bata/avental no contacto direto com doentes que não contêm as secreções ou excreções
  • Remover o avental/bata e lavar as mãos antes de sair da unidade do doente
  • Não reutilizar o avental/bata, mesmo em contactos frequentes no mesmo doente (não deixar pendurado na unidade do doente)
  • Por rotina a colocação de batas/aventais para entrar numa UCI não está indicada.
87
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Práticas: EPR

Caracterize a Utilização de Equipamento de Proteção Respiratória

A
  • Usar proteção para a boca, nariz e olhos durante procedimentos e cuidados suscetíveis de criar salpicos e aerossóis, com sangue, outros fluidos orgânicos, secreções e excreções. Selecionar máscaras, óculos, máscaras com ou sem viseira, ou combinações, de acordo com a previsão da tarefa a desempenhar.
  • Durante procedimentos geradores de aerossóis (broncoscopia, aspiração de secreções, entubação endo traqueal) usar um dos seguintes: máscara com viseira que cubra toda a superfície da face, ou máscara e óculos.
  • Nos doentes com suspeita ou infeção por agentes transmissíveis por via aérea (ex: M. Tuberculosis) os profissionais devem usar um respirador de proteção FFP2 ou N95 (EN 149:2001). Os doentes usam uma máscara cirúrgica.
88
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Práticas: EPR - Máscara cirúrgica

Caracterize a Utilização de Máscara Cirúrgica

A

Barreira de uso individual que cobre o nariz e a boca.
Indicações:
* Proteger o profissional de infeções por inalação de gotículas a curta distância e pela projeção de sangue ou outros fluidos que possam atingir as suas vias respiratórias;
* Minimizar a contaminação do ambiente com secreções resp. geradas pelo próprio profissional ou pelo paciente em condição de transporte.
Deve ser utilizada sempre que o profissional entrar em quarto de doente com patologia de transmissão respiratória por gotículas

89
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - EPR - Respirador de partículas

Caracterize a Utilização do Respirador de partículas

A

Respirador de partículas classe FFP2/N95 ou FFP3 com válvula exalatória
* Filtram partículas e aerossóis de pelo menos 0,3 µm com eficiência ≥ 94% (98% na P3) sob fluxo inalatório de 50 L/min
* Fuga < 10% (“face fit”)
* Tamanhos diferentes para adaptar a configurações faciais
* 3 camadas de polipropileno (filtro HEPA)
* Eficiência mínima de filtração exalatória de 94% (N95 de 95%) p/partículas ou aerossóis de tamanho > 3µm
* Hidro repelente; Soldadura não mecânica; Não alergizante

Indicações: pessoal e visitas de doente com TP (ativa) e na deslocação do doente fora do isolamento. Doente SIRS, Ebola, SARS-Cov2

90
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - EPI - Cobertura do cabelo

Como e quando devemos utilizar a Cobertura do cabelo

A
  • Utilizar touca nos blocos operatórios, cozinha/áreas de restauração, serviços de esterilização, durante procedimentos asséticos (ex. colocação de CVC) ou realização de procedimentos geradores de aerossóis/salpicos de fluidos orgânicos.
  • Deve estar bem ajustada à cabeça e cobrir todo o cabelo, devendo ser substituída quando contaminada e retirada no final do procedimento.
91
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - EPI - Calçado protetor

Como e quando devemos utilizar a Calçado protetor

A
  • O calçado deve ser antiderrapante, estar limpo e cobrir totalmente o dorso do pé, evitando a contaminação por fluidos orgânicos ou acidentes com corto perfurantes.
  • Nos locais onde está destinado o seu uso exclusivo (ex. bloco operatório ou laboratório de hemodinâmica) deve ser removido antes da saída do local.
92
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Colocação/Remoção de EPI

Sistematiza a Colocação e, de seguida a Remoção sequencial do EPI

A

A destacar o passo adicional na remoção de EPI que passa por higienizar as mãos antes de remover a proteção dos olhos e máscaras.

93
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Normas da DGS - EPI

Colocação/Remoção do EPI num procedimento NÃO gerador de aerossóis

A
94
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Normas da DGS - EPI

Colocação/Remoção do EPI num procedimento GERADOR de aerossóis

A
95
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Normas da DGS - EPI

Qual é a principal diferença entre a sequência de colocação/remoção do EPI num procedimento NÃO gerador VS GERADOR de aerossóis?

A
96
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Fardamento Hospitalar

Como devemos fazer uma correta utilização do Fardamento em instituição hospitalar?

A
97
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Tabela resumo

Sistematiza as Vias de transmissão e barreiras
protetoras nas patologias mais frequentes

A
98
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar

Define Isolamento

A

Contenção física de um reservatório, de 1 fonte, de 1 hospedeiro suscetível.

99
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar

Como é feita a Vigilância Epidemiológica no Centros Hospitalares

A

Bacteriemias
Microorganismos alerta
Tuberculose

100
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Descontaminação

O que devemos ter em conta na descontaminação do equipamento clínico?

A
  • Não reutilizar material de uso único
  • Limpeza e desinfeção diária dos equipamentos de multiuso, incluindo os eletrónicos, principalmente os utilizados nas áreas clínicas (estetoscópio, teclados, ratos e monitores)
  • O equipamento não critico: monitores, seringas, ventiladores - deve ser limpo e desinfetado entre doentes
101
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar

O que significa este símbolo?

A

Indica que o material não deve ser reutilizado

102
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar

Caracteriza as Práticas seguras na preparação/administração de injetáveis

5

A

 Técnica assética na preparação de injetáveis
 Fluidos e sistemas de administração Individual
 Usar frascos/ampolas de dose única
 Não administrar medicamentos de frascos/ampolas de dose única em vários doentes e não usar as sobras
 Frascos/ampolas de dose múltipla devem ser acedidos por seringa/agulha estéreis

103
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Precauções básicas

Lista as Precauções básicas

4

A
  1. Manuseamento de têxteis e roupa
  2. Práticas seguras na preparação e administração de injetáveis
  3. Limpeza e desinfeção de superfícies ambientais
  4. Manuseamento e processamento de equipamento/material
104
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Resíduos hospitalares

Como podemos diferenciar os diferentes tipos de resíduos hospitalares?

A
  • Os resíduos do grupo I e II vão ser descartados em sacos de cor preta: material de escritório, papéis, restos de comida não contaminada, embalagens dos medicamentos, compressas que não tenham sido utilizadas para doentes (utilizadas por exemplo para higienizar o estetoscópio), etc.
  • Os resíduos do grupo III (risco biológico) são descartados nos sacos de cor branca: tudo o que tenha sangue, seringas, sacos de algália, resto do produto de toracentese, material utilizado na diálise, sacos coletores de fluidos, compressas com sangue, etc.
  • Os resíduos do grupo IV vão ser descartados em sacos de cor vermelha: cadáveres de animais de experiência, peças anatómicas, etc. Há também um recipiente amarelo e de tampa vermelha para colocar os cortantes e cortoperfurantes infetados (agulhas com sangue, por exemplo) que vão ser descartados com segurança nestes contentores.

Por exemplo, numa gasimetria a agulha pertence ao grupo IV e vai para o saco de cor vermelha e a seringa com sangue vai para o saco de cor branca.

105
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar

Como tentamos garantir a Saúde e segurança dos profissionais?

A

Aderir aos requisitos nacionais dos programas de saúde e segurança ocupacional para proteger os profissionais desses mesmos acidentes.
* Imunização dos profissionais;
* Contenção de corto-perfurantes imediatamente após utilização em contentores resistentes à perfuração.

106
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar

Quais os cuidados a ter com os Cortantes/Perfurantes?

A
  • O manuseamento dos cortantes e/ou perfurantes deve ser mínimo e não devem passar de mão em mão;
  • As agulhas não devem ser dobradas nem partidas antes de serem usadas ou rejeitadas;
  • Não separar as agulhas das seringas antes de proceder à sua rejeição;
  • A separação das agulhas das seringas faz-se numa ranhura própria à boca do contentor, o qual só deve conter as agulhas, não as seringas. A agulha cai no contentor e a seringa coloca-se no saco branco (grupo 3);
  • Não encapsular as agulhas usadas com o seu ou com outro invólucro;
107
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar

Tabela resumo - Precauções básicas consoante o tipo de quipamento e isolamento - quadro importante!

4 linhas; 4 colunas

A
108
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar

O que deve ser tido em conta aquando da utilização de antimicrobianos?

A
  • O uso apropriado de antimicrobianos deve ser potencialmente benéfico para o doente
  • Deve existir evidência clínica e laboratorial para a sua utilização
  • Os parâmetros de sépsis devem estar documentados e suportar a necessidade do tratamento
  • Os doentes críticos devem receber o tratamento apropriado rapidamente (1h) -> tratamento empírico
  • O espetro de ação do antimicrobiano de ser “descalonado” o mais rapidamente possível, através da descoberta eventual, do agente infeccioso específico, orientando a terapia para o mesmo (deixar o AB de largo espectro - criam multirresistência)
109
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Checklist prescrição AB

Quais são os pontos a ter em conta aquando da prescrição de AB?

12

A
110
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Adequação da antibioterapia

De que forma devemos adequar a antibioterapia?

A

Passa pelo programa de apoio à prescrição (PAPA) e passa pelo medico prescritor, pelo microbiologista, pelo farmacêutico e pelo steward (especialista na adequação do antibiótico).

PAPA hospitalar
* Guidelines para terapêutica empírica e profilaxia cirúrgica
* Stop-orders (terapêutica e profilaxia cirúrgica) -> claro que uma endocardite não se resolve em 7 dias mas para a maioria das infeções que é em 7 dias
* Monitorização diária das prescrições de quinolonas e carbapenemos
* Consumo de antibióticos

111
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Resistência antimicrobiana

O que entende por Resistência antimicrobiana?

A

Capacidade do microrganismo resistir aos efeitos de um antibiótico ou antimicrobiano que pode ser por:
* Pressão seletiva (+ utilizada)
* Inativação
* Efluxo
* Transformação
* Conjugação
* Transdução
* Mutação

Os antibióticos vão matando as estirpes bacterianas (as saprófitas) que são sensíveis a um determinado antimicrobiano mas é eliminado com esse antibiótico, dando lugar a que as estirpes resistentes ocupem o local das nossas que eram sensíveis. Isto promove uma seleção e troca de elementos genéticos pois o microrganismo fica mais capacitado para resistir e vai transmitir aos seus sucessores essa capacidade de resistir melhor

A utilização generalizada e prolongada de antimicrobianos para terapêutica e profilaxia (incluindo o uso tópico) é a maior determinante da resistência

112
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Resistência antimicrobiana

O que devemos fazer para Prevenir a resistência a microbianos?

A

Prevenir a infeção
* Vacinar
* Retirar dispositivos invasivos quando deixam de ter indicação

Diagnóstico e tratamento efetivo
* Fazer os agentes patogénicos o alvo
* Consultar os peritos quando necessário

Uso criterioso de antimicrobianos
* Controlar a politica dos antibióticos -> o tipo e o tempo
* Analisar os dados institucionais de resistências
* Tratar infeções, não contaminações
* Tratar infeções e não colonizações -> doentes que estão algaliados cronicamente que estão colonizados e não têm clínica
* Evitar o uso de antibióticos de largo espectro
* Parar os antimicrobianos assim que seja indicado

Prevenir a transmissão
* Identificar o agente patogénico
* Quebrar a cadeia de transmissão

113
Q

T_Prevenção de Infeção Hospitalar - Take Home Messages

Take Home Messages do fim da aula

A
  • As IACS constituem um problema de saúde devido à elevada morbilidade e mortalidade e custos associados
  • Principais riscos associados:
    o Presença de dispositivos invasivos
    o Procedimentos cirúrgicos
    o Internamentos prolongados
    o Uso inadequado de antimicrobianos
    o Infeção/colonização por microrganismos multirresistentes
  • A sua prevenção deve ser uma das componentes críticas de qualquer programa de segurança do doente
  • Para prevenir as IACS e RAM é necessário implementar programas de controlo de infeção (CI)
  • Principais medidas de prevenção, CI e RAM: cumprimento das boas práticas -> PBCI, PBVT e PAPA
  • A prestação de cuidados de saúde é dinâmica e complexa
  • As vulnerabilidades e risco estão em constante mudança pelas interações entre profissionais de saúde, doentes, tecnologias, ambiente e emergência de resistências
  • Todos os intervenientes do sistema de saúde devem contribuir na implementação de praticas seguras e na resolução de problemas
  • As estratégias multimodais mostram eficácia na qualidade de cuidados
  • As equipas de CI devem ser parceiros essenciais na segurança dos doentes
  • Para resultados sustentáveis é necessário um programa de CI e RAM de abordagem multimodal que relacione todos os intervenientes na gestão de risco, com monitorização continua de resultados e de processo, adesão dos órgãos de gestão, formação de todos os profissionais envolvidos e comunização intra e inter institucional