Mega-Esôfago Flashcards

1
Q

Complete:

O esôfago é um tubo muscular revestido por mucosa em 2 camadas que inicia em nível de C _____ e termina na cárdia a nível de T___.

A

C6

T11

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2
Q

Quais são as 2 regiões de alta pressão do esôfago?

A

EES (esfíncter esofágico superior)

+

EEI (esfíncter esofágico inferior)

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3
Q

O esôfago pode ser dvidido em 4 partes: quais?

A

Faríngeo

Cervical

Torácico

Abdominal

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4
Q

Quais são as 3 regiões de estreitamento do esôfago?

A

Constrição do cricofaríngeo

Constrição Bronco-aórtica

Constrição Diafragmática

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5
Q

O tônus constante do esôfago é fornecido pela ____________. A lesão unilateral do n. _________ provoca rouquidão e disfunção do EES.

A

Inervação parasimpática

n. laríngeo recorrente

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6
Q

O que significa acalasia? Qual a consequênca da acalasia esofágica?

A

“Dificuldade em relaxar”

Se refere à dificuldade do EEI em relaxar, causando obstrução esofágica.

Consequência: Megaesôfago.

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7
Q

Explique a fisiopatologia da acalasia:

A

Distúrbios peristálticos do corpo do esôfago ► aperistalse ► dificuldade de relaxamento do EEI ► aumento do tônus do EEI.

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8
Q

Qual a etiologia da Acalasia?

A
  • Idiopática 10% dos casos - relação com Herpes Zóster.
  • Degeneração nervosa infecciosa (Chagas): 90% dos casos.
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9
Q

Qual é a epidemiologia da Acalasia?

A

Atinge mulheres jovens.

e

Homens e mulheres de meia-idade.

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10
Q

Qual é a tríade clássica dos sintomas de Megaesôfago?

A

Disfagia

Regurgitação

Perda de peso

Pode ter:

Pirose (por irritação da mucosa)

Sialorréia (percepção do alimento no esôfago)

Disfagia é mais no início quando ainda está inervado

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11
Q

O que deve ser investigado de História Pregressa no paciente com Megaesôfago?

A

Epidemiologia para Chagas.

Intervenções cirúrgicas no esôfago.

Pneumonia de aspiração.

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12
Q

O que esperar do Esofagograma de um paciente com Megaesôfago?

A

Esôfago aparece dilatado, cheio de bário, com estreitamento distal - Bico de Pássaro.

Ausência de bolha gástrica, devido ao aumento do tônus do EEI.

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13
Q

Quais outros exames são importantes na investigação da Acalasia?

A

Imunoflorescência,

Hemaglutinação,

ELISA para Chagas

Eletro - pré op no caso de Chagas

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14
Q

Como é feita a classificação radiológica de Joffre-Rezende ?’

A

Vai de I a IV:

  • I: Calibre: mantido / Retenção de Contraste: Discreta / Maior parte dos casos estão nesse estágio/ TTo: medidas dietético-posturais (MDP) + tto endoscópico
  • II: Calibre: até 4 cm aumentado / Retenção de Contraste: Moderada / Presença de ondas peristálticas terciárias (desordenadas) /Tto: endoscópico ou cirúrgico + MDP
  • III: Calibre : > 4 cm aumentado / Retenção de Contraste: Alta / Sem alongamento do órgão / Hipotonia / Tto: cirúrgico (miotomia) + MDP
  • IV: Calibre : Dolicomegaesôfago / Esôfago horizontalizado / aumento do comprimento do órgão / Tto cirúrgico (outra técnica) + MDP
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15
Q

Quais são as situações em que é constatada falha terapêutica?

A
  • Disfagia persistente ou precoce Tipo I

Ocorrência: 3-10% em 6 meses.

  • Disfagia recorrente ou tardia Tipo II

Ocorrência 35-38% em 2 a 10 anos (progressão da doença).

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16
Q

No que consistem as MDP (medidas dietéticos posturais?

A

Comer de 3 em 3x

Preservar os dentes

Não deitar até 1h após refeições

Evitar bebidas gasosas

Evitar comidas secas

Preferir pastosas

Ingerir pequenas quantidades de líquida nas refeiç~eos

17
Q

Em que consiste o tratamento clínico da Acalasia?

A
  • Uso de nitratos
  • Uso de Bloqueadore de C. de cálcio
18
Q

Em que consiste o tratamento endoscópico da Acalásia?

Quais principal preparo pré-operatório?

Para quais casos estão indicados?

A
  • Injeção de T. Botulínica: no EEI inibe a acetilcolina, causando relaxamento e alivio por alguns meses.
  • Dilatação pneumática: Por aumento da pressão, relaxa EEI e causa alívio.
  • Miotomia peroral endoscópica: rompe as fibras para causar alívio.
  • Principal preparo é dieta liquida por 3 dias.
  • Indicados para casos I e II e casos proibitivos para cirurgia.
19
Q

Quais são os tratamentos cirúrgicos da Acalásia (Graus II, III e IV)?

A
  • Esofagocardiomiotomia associada a fundoplicatura parcial
  • Esofagomiotomia ampla + fundoplicatura parcial a 270° 3/4 posterior ( Operação de Heller-Toupet-Lind)
  • Esofagocardiomiotomia ampla (>9cm) + fundoplicatura parcial a 240° anterolateral esquerda (Pinotti)
  • Esofagectomia subtotal +esofagogastroplastia
  • Esofagoplastia redutora vertical + esofagocardiomiotomia + fundoplicatura
20
Q

Quais são as principais causas de Megaesôfago recindivado (FALHA TERAPÊUTICA)?

A
  • Miotomia incompleta (32,5%)
  • Esofagite por refluxo (27,5%)
  • Dolicomegaesôfago (22,1%)
  • Cicatrização da miotomia (16,9%)
  • Migração da válvula (1,2%)
21
Q

Quais elementos deve ser avaliados no caso de Megaesôfago (acalasia) recidivado?

A
  • Tipo de disfagia/ sintomas associados
  • Aderência ás MDP
  • Como estão os dentes? como está a perda ponderal?

Ajustar nível de expectatia do paciente

22
Q

Quais são as opções terapêuticas no Megaesôfago recidivado?

A

Avaliar necessidade de laparoscopia ou parotomia

No caso da parotomia: Acesso transhiatal amplo + Liberação da JEG (junção esôfago gástrica)

23
Q

No que consiste a Esofagocardiomiotomia associada a fundoplicatura parcial? Qual sua indicação?

A

Indicada para Grupos II e III

  • 6 cm ao longo do esôfago e 3 cm ao longo da cárdia são seccionados, para ter certeza que foi completo.
  • Fundoplicatura: fixação do fundo gástrico ao redor do esôfago, para evitar refluxo. É feita parcial porque se for completa no pós-op o paciente não engole nem a própria saliva.
24
Q

No que consiste a Esofagomiotomia ampla + fundoplicatura parcial a 270 gras (¾) posterior (operação de Heller-Toupet-Lind)?

A

Indicada para grupos II e III

Corte longitudinal no terço inferir do esôfago (miotomia)

“subida do fundo gástrico”

https://www.youtube.com/watch?v=3r0-RceUXEg

  • Há um risco de fístula, por mucosa inadvertidamente aberta.
  • Se cicatrizar por 2ª intenção, a fibrose pode complicar a disfagia posteriormente, assim foi proposta a técnica abaixo.
25
Q

Em que consiste a esofagocardiomiotomia ampla (>9cm) + fundoplicatura parcial a 240 graus anterolateral esquerda (operação de Pinotti, 1974)?

A
  • Indicada para grupos II e III
  • Evita que haja uma contaminação da cavidade, por estar protegida, encostada no fundo do estômago. Pode ser feita por acesso laparoscópico.
26
Q

Em que consiste a Operação de Merendino e Dillard, 1955: Esofagectomia subtotal com esofagogastroplastia ou esofagocoloplastia.?

A

Anteriormente indicada para Grupo IV

  • Tem sido progressivamente abandonada, pois, dependendo do tamanho da alça, o paciente continua tendo refluxo e disfagia.
  • Pode ser bem indicada se houver neoplasia associada.
  • Técnica com alta mortalidade.
27
Q

Para qual situação é escolhida a Esofagoplastia redutora vertical + esofagocardiomiotomia + fundoplicatura?

A
  • Mais utilizado para Grupo IV.
  • É preciso usar um grampeador mecânico linear e cortante, de modo a cortar + grampear e verticalizar o esôfago, retirando a bolsa que retém alimentos e secreções e reduzindo o calibre do esôfago (grupo IV → II ou III).
  • Permite diminuir e/ ou abolir morbidade da esofagectomia (fístulas, disfonias, dumping, diarréia, etc), utilizar via abdominal exclusiva, realizar operação sem contaminação, favorecer recuperação pós-op.
  • Pode ser feito por laparotomia ou laparoscopia
28
Q

Qual a aplicação da cirurgia de Serra-Dória?

A

Aqueles casos de Megaesôfago Recidivado.

Faz uma nova anastomose laterolateral do esôfago para o fundo gástrico (bypass) + vagotomia troncular

A cirurgia é muito lesiva, pois gera muito refluxo

Diante disso, é necessário reduzir a acidez do conteúdo gástrico.

Por isso, secciona-se o estímulo nervoso (vagotomia) e retira-se o antro (remove gastrina)

Y de Roux → tipo de reconstrução do trânsito. Evita o refluxo de secreção alcalina do duodeno para o esôfago

Cirurgia em Y de Roux