MEDIDAS DE SAÚDE COLETIVA - INDICADORES DE MORTALIDADE Flashcards

1
Q

Vantagens/desvantaem das medidas de mortalidade:

A

Vantagens:
- São medidas menos subnotificadas em relação à morbidade
- Banco de dados de longa data
- Óbito é um evento único, diferente de doenças

Desvantagem:
- O excesso de informação lentifica seu processamento - atraso considerável entre a notificação e o registro do dado

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2
Q

Coeficiente geral de mortalidade:

A
  • Todos os óbitos que ocorrem em determinada população
  • Depende de:
    1) Estrutura geral da população - população mais idosas/jovens
    ° Necessário padronizar pela pirâmide etária
    2) Proporção de gênero - mulher morre menos
    3) Tragédias e epidemias
  • Fórmula:
    Nº total de óbitos/população total x 1000
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3
Q

Mortalidade específica:

A
  • Risco de morte ESPECIFICAMENTE em um grupo que tem uma determinada característica
  • Ex: idade, gênero, profissão ou qualquer outra característica
  • Tem capacidade de AFERIR RISCO
  • Fórmula:
    Nº total de óbitos com uma determinada característica/população com aquela característica
    OBS: se a característica for uma causa o denominador passa a ser a população EM RISCO DE TER A CAUSA
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4
Q

Mortalidade proporcional:

A
  • Contribuição (em %) daquela característica no total de óbitos
  • INDEPENDE DO NÚMERO DE HABITANTES
  • NÃO tem capacidade de AFERIR RISCO
  • Fórmula:
    Nº total de óbitos c/ uma determinada característica/ÓBITOS TOTAISx100
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5
Q

Letalidade:

A
  • Risco de morte na população que está doente
  • Forma de inferir:
    1) Gravidade da doença
    2) Virulência do agente etiológico - capacidade de produzir casos graves ou fatais
  • Fórmula básica:
    Nº total de óbitos/população doente x 100
  • População doente = CASOS CONFIRMADOS
    1) Casos suspeito não entra na conta
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6
Q

Fatores que interferem na letalidade:

A
  • Rastreamento
  • Condições socioeconômicas
  • Virulência do agente etiológica
  • Efetividade do tratamento
  • Desenvolvimento científico
  • Organização dos serviços de saúde
  • Experiência das equipes de atendimento
  • Característica constitucionais da população afetada
  • Qualidade das informações de morbidade e mortalidade
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7
Q

Letalidade - relação c/ incidência e mortalidade específica:

A
  • Letalidade = Mortalidade específoca/incidência
  • Possuem diversos pontos em comum - logo são relacionadas na fórmula acima
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8
Q

Espectro da morbimortalidade materna:

A
  • Conjunto de todas as mulheres gestantes, parturientes e puérperas
  • Complicações obstétricas
  • Complicações obstétricas graves
    1) Condições potencialmente ameaçadora a vida (CPAV)
  • Comlpicações obstétricas graves + falência orgânica
    1) Condições ameaçadora a vida (CAV)
  • Na CAV - 2 possibilidades:
    1) Óbito materno
    ° Quantificado: razão de mortalidade materna
    2) Near miss materno: sobreviveram por sorte ou conduta médica
    ° Quantificado: razão de near miss materno
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9
Q

Near miss materno x óbito materno:

A
  • Near miss materno (NMM)
    1) Mulher próximo da morte que sobrevive a uma complicação
    2) Ocorre: gestação, parto ou até 42d após término da gest.
    3) Fornece a COMPLEXIDADE do atendimento
    4) Avalia indiretamente: qualidade do pré-natal e da assist. ao parto
    4) Razão de near miss materno (RNMM):
    Nº de casos de near miss materno/nº de nascidos vivos x 1.000
  • Óbito materno ou morte materna (MM)
    1) MORTE de uma mulher
    2) Ocorre: gestação, parto ou até 42d após término da gest.
    3) Avalia diretamente: qualidade do pré-natal e da assistência ao parto
    4) Razão de mortalidade materna (RMM):
    Nº de casos de mortalidade materna/nº de nascidos vivos x 100.000

Nº de nascidos vivos - forma de estimar o conjunto de mulheres gestantes, parturientes e puérperas

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10
Q

Aspectos da RMM:

A
  • Contabiliza apenas os óbitos maternos por complicações obstétricas (diretas ou indiretas)
    1) Complicações diretas: doenças ocasionadas DIRETAMENTE pelo ciclo gravídico-puerperal
    2) Complicações indiretas: agravamento de doença pré-existente

Causas INCIDENTAIS ou ACIDENTAIS - NÃO CONTAM

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11
Q

RMM tardia:

A
  • Óbitos POR CAUSA MATERNA (não é chamado de óbito materno)
  • Ocorre > 42 dias até 365d após término da gestação
  • São contabilizados na RMM tardia
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12
Q

O ato de nascer:

A
  • Nascimento significa SEPERAÇÃO COMPLETA do corpo da mãe
    1) Pode não ter ocorrido a dequitação da placenta ou clampeamento do cordão
    2) Basta que a criança esteja do “lado de fora”
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13
Q

2 possibilidades após nascimento:

A
  • Produto da concepção está vivo - presença de:
    1) Respiração
    2) Batimentos cardíacos
    3) Mov. efetivos dos músculos de contração voluntária
    4) Pulsações do cordão umbilical
  • Produto da concepção está morto
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14
Q

Óbito fetal x óbito infantil:

A
  • Óbito infantil: nasceu viva e morreu até 1 ano
    1) Contabilizado pelos indicadores de mort. INFANTIL
  • Óbito fetal: nasceu morta após 22ª semana
    2) Contabilizado pelos indicadores de mort. FETAL
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15
Q

Indicadores de mortalidade infantil:

A
  • Coefienciente de mort. infantil - origem a outros 3:
    1) Coeficiente de mort. neonatal (precoce e tardio)
    2) Coeficiente de mort. pós-neonatal

SÃO DIVIDIDOS PELO NÚMERO DE NASCIDOS VIVOS!

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16
Q

Coeficiente de mortalidade infantil:

A
  • Indicador que informa o RISCO DE MORTE em menores de 1 ano de uma determinada região
  • Fórmula:
    Nº de óbitos < 1 ano/nº de nascidos vivos x 1000

Interpretação:
- < 20 óbitos por 1000 nascidos vivos - baixo, valo aceitável
- 20 a 49 óbitos por 1000 nascidos vivos - moderada/média, necessita reduzir
- > 50 óbitos por 1000 nascidos vivos - alta! plano de ação URGENTE

17
Q

Coeficiente de mort. neonatal e pós-neonatal:

A

Coeficiente de mort. neonatal:
- Indicador que informa o RISCO DE MORTE no período neonatal (0 a 27 dias) - subdividido:
1) Precoce: 7 primeiros dias
2) Tardio: > 7d e < 27 dias

Coeficiente de mort. pós-neonatal
- Indicador que informa RISCO DE MORTE no período pós-neonatal
1) Período: ocorre de 28 a 364 dias

Importante p/ diferenciar o que ocorre na localidade:
1) Neonatal: reflete assistência pré-natal; assistentência ao parto; anomalias genéticas; condições maternas
2) Pós-natal: causa exógenas - relacionada ao ambiente (amamentação, vacinação e etc)

18
Q

Indicadores de óbito fetal:

A
  • Coef. de mort. fetal:
    1) Ocorre a partir de 22ª semana até o nascimento
  • Coef. de natimortalidade
    1) Ocorre a partir da 28ª semana até o nascimento
  • Coef. de mort. perinatal
    1) Contabilizam os óbitos ao redor do nascimento
    2) Ocorre a partir da 22ª semana até 7 dias de vida

SÃO DIVIDIDOS PELO NÚMERO TOTAL DE NASCIMENTOS

19
Q

Mortalidade proporcional por idade:

A
  • Relação de mortes numa faixa etária dividida pelo número total de óbitos
  • 2 tipos principais:
    1) Mortalidade infantil proporcional (MIP)
    2) Indicador de Swaroop-Uemura (ISU)
20
Q

Mortalidade proporcional por idade - MIP:

A
  • Proporção de ÓBITOS em < 1 ano de idade
  • Fórmula:
    Nº de óbitos em < 1 ano/nº total de óbitos x 100
  • Não confundir com o coef. de mort. infantil (CMI)
    1) CMI elevado ~ MIP também (mesmo numerador)
    2) MIP elevado - indica saúde ruim
21
Q

Mortalidade proporcional por idade - ISU:

A
  • Proporção de óbitos em indivíduos c/ ≥ 50 anos
  • Fórmula:
    Nº de óbitos ≥ 50 anos/nº total de óbitos x 100
  • Vantagem:
    1) Conseguir comparar diferentes regiões s/ necessidade de padronização
  • Desvantagem:
    1) Sensível ao preenchimento inadequado das declarações de óbito (idade ignorada)
22
Q

ISU - classificação:

A
  • < 25% - nível 4 - países MUITO atrasados
    1) Pessoas nem chegam na idade avançada
  • Entre 25 a 49,9% - nível 3 - países atrasados
  • Entre 50% e 74,9% - nível 2 - países regulares
  • > 75% - nível 1 - países desenvolvidos
    1) Localidade com baixa mortalidade infantil e elevada expectativa de vida

Ideal: se pelo menos menos nível 2

23
Q

Curvas de mortalidade proporci. por idade (Curvas de Nelson de Moraes):

A
  • Colocar as mortalidade proporcionais por idade num gráfico
  • Ajuda a identificar o nível de saúde de determinado local

4 padrões:
- Tipo I: Curva em formato de “N”
1) MIP alto, ISU não é tão baixo, óbitos 20-49a elevados
2) Nível de saúde muito baixo

  • Tipo II: Curva em formato “J invertido”
    1) MIP alto, ISU baixo, óbitos 20-49 menor em relação ao tipo I
    2) Nível de saúde baixo
  • Tipo III: curva em formato que varia “entre V e U”
    1) MIP alto, ISU muito elevado e óbitos 20-49 mais baixos
    2) Nível de saúde regular
  • Tipo IV: curva em formato de “J normal”
    1) MIP baixo, ISU muito alto e óbitos 20-49 anos baixíssimo
    2) Nível de saúde elevado
24
Q

Excesso de óbitos:

A
  • Diferença entre óbitos registrados e óbitos esperados
  • Fórmula
    Nº de óbitos registrados - Nº óbitos esperados
25
Q

Média móvel de óbitos

A
  • Útil p/ evitar variações diárias devido atraso de processamento de óbitos (sobretudo aos finais de semana)
  • Muito utilizado na pandemia da COVID-19
  • Após 15 dias se variação for > 15% do dado inicial = AUMENTO CONSIDERÁVEL DE MORTES