Malformações do Trato Gastrointestinal Flashcards

1
Q

O que é atresia de esôfago?

A

Falha na separação do tubo laringotraqueal, que divide esôfago e traqueia

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2
Q

Cerca de 50% das crianças com atresia de esôfago possuem outras malformações congênitas associadas. Quais podem ser?

A

“VACTREL CHARGE”
Vertebrais
Anomalia Anorretal
Cardíacas
Fístula traqueoesofágica
Atresia esofágica
Renais
Membros (Limbs)

Coloboma ocular
Cardiopatia (Heart) - T4F
Atresia de coanas
Retardo mental e físico
Hipogonadismo
Defeito auditivo (ear), atresia esofágica

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3
Q

Como é feito o diagnóstico pré-natal de atresia de esôfago?

A
  • É mais difícil de diagnosticar do que no pós-natal

USG (método limitado)
Se polidrâmnio, pensamos em obstrução do trato digestivo alto (pois não está sendo digerido)
RMN fetal (mas é pouco acessível)
Enzimas digestivas no LA (realização complexa)

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4
Q

Como é feito o diagnóstico pós-natal de atresia de esôfago?

A

Rx: coto esofágico em fundo cego

Tentativa de passagem de SOG sem sucesso
Desconforto respiratório, sialorreia
Não consegue deglutir nem a saliva

Se tipo E (fístula em H sem atresia): tosse crônica, pneumonias aspirativas

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5
Q

Manejo do paciente com atresia de esôfago antes da cirurgia

A

Sonda orogástrica de replogle (faz aspiração contínua da saliva)

Posição semissentada, elevada 30-45°

Avaliar outras anomalias associadas, antes da cirurgia

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6
Q

Tratamento cirúrgico da atresia de esôfago

A

Deve ser feita o mais precoce possível

Ligadura da fístula traqueoesofágica com anastomose esofágica + Sonda transanastomótica –> alimentação enteral precoce

Se coto distante: GTT (para garantir a via de alimentação) + esofagostomia e correção cirúrgica postergada

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7
Q

Complicações de uma atresia de esôfago

A

Fístula esofágica
Estenose da anastomose feita na cirurgia
Infecção
Estenose esofágica
Dismotilidade esofágica
DRGE
Recivida da fístula que foi rafiada
Esofagite
Metaplasia epitelial
Traqueomalacia

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8
Q

Qual local mais comumente acometido por uma atresia intestinal?

A

O duodeno

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9
Q

Qual malformação do TGI possui associação com Sd de Down em 30% dos casos e com Vactrel em 50% dos casos?

A

Atresia duodenal

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10
Q

Qual tipo de atresia duodenal mais comum: pré ou pós-ampular?

A

Pós- ampular (Ampola de Vater/Papila duodenal maior)

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11
Q

Como é feito o diagnóstico pré-natal de atresia duodenal?

A

Polidrâmnio
Ausência de visualização do duodeno na USG fetal
Sinal da dupla bolha (duodeno atrésico e estômago estão dilatados, sugerindo obstrução do intestino proximal - 2ª porção do duodeno)

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12
Q

Quadro clínico da atresia duodenal

A

Histórico de polidrâmnio
Vômitos biliosos em geral precoces (primerios dias de vida)
Distensão abdominal
Aspirado gástrico na sala de parto com conteúdo bilioso >20 ml

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13
Q

Achado de atresia duodenal/intestinal em exames de imagem

A

Rx de abdome em pé e deitado –> padrão heterogêneo de distribuição gasosa (sinal da dupla bolha)

Seriografia intestinal alta (trânsito intestinal)

Enema opaco –>se obstrução baixa

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14
Q

Tratamento da atresia duodenal/intestinal

A

Dieta zero
Descompressão gástrica
Correção cirúrgica (95% de sobrevida)

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15
Q

O que é a estenose hipertrófica do piloro?

A

Hipertrofia e hiperplasia difusas e progressivas da musculatura lisa do piloro –> alongamento e estreitamento do canal pilórico –> obstrução parcial ou total da luz do piloro

O alimento tenta vencer a resistência na saída do estômago –> aumento do peristaltismo –> hipertrofia muscular e dilatação do estômago

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16
Q

A estenose hipertrófica do piloro é mais comum em que sexo?

A

Sexo masculino (3-4:1)

17
Q

Sintomas da estenose hipertrófica do piloro costumam surgir em quanto tempo de vida?

A

2-6ª semana de vida

Pois precisa de tempo para a progressão da doença ir acontecendo

18
Q

Quadro clínico da estenose hipertrófica do piloro

A

Vômitos alimentares em jato, a partir da 2ª semana de vida
Desidratação, desnutrição, icterícia
Distensão epigástrica
Hiperperistalse
Alcalose metabólica com hipocalemia e hipocloremia

Tumoração ovoide de -12 cm em quadrante superior direito do abdome –> oliva pilórica

19
Q

Quando os sintomas costumam aparecer na atresia de esôfago, duodeno e da estenose hipertrófica do piloro?

A

Atresia de esôfago: primeiras horas de vida
Atresia duodenal: primeiros dias de vida
Estenose hipertrófica do piloro: após 2ª semana de vida

20
Q

Qual o método padão-ouro para o diagnóstico de estenose hipertrófica do piloro?

A

USG abdome (espessura do músculo pilórico >=4 mm, diâmetro transverso do piloro >- 14 mm, comprimento do canal do piloro >=17 mm)

21
Q

Achados de estenose hipertrófica do piloro no Rx de abdome

A

Sinais indiretos:
Dilatação gástrica acentuada
Bulbo duondenal sem ar
Escassez de ar em intestino grosso e delgado
Conteúdo gástrico espumoso
Pneumatose gástrica (rara)

22
Q

Achados de estenose hipertrófica do piloro na Seriografia do TGI superior (EED)

A

Canal pilórico alongado e estreito (2-4 cm de comprimento)

23
Q

Tratamento da estenose hipertrófica do piloro

A
  1. Compensar o paciente clinicamente: correção da desidratação, DHE e metabólicos. É uma condição grave.
    -Dieta zero e decúbito elevado
    - Avaliar NPT
  2. Abordagem cirúrgica quando o paciente estiver estável.
    - ATB profilático 30 min antes da incisão crúrgica
    -Piloromiotomia de Fredet-Ramstedt
    -Reinicio da alimentação VO após 4-8h da cirurgia (preferencialmente leite materno)
24
Q

O que sugere vômitos não biliosos em RN?

A

Obstrução alta tardia (estenose hipertrófica do piloro)

25
Q

Qual o distúrbio metabólico e hidroeletrolítico presente na estenose hipertrófica do piloro?

A

Alcalose metabólica hipocalêmica hipoclorêmica

26
Q

Qual outro DHE pode ser necessário corrigir em um paciente com Hipocalemia?

A

Hipomagnesemia

27
Q

Manejo da hipocalemia no RN

A

> 2.5: potássio VO e suspender drogas espoliantes de K

<2,5: infusão rápica de 0.3-0.5 mEq/kg/h em 4h (máx 8-10 mEq/100 ml)

<2.0: fazer ECG e infusão maior se alterado (0.5-1.0 mEq/kg/h em 2-4h

*Sempre diluir o potássio, nunca infundir ele puro