Intensivismo Flashcards
Definições de Insuficiencia respiratória
PaO2 < 60 mmHg e/ou PCO2 > 50 mmHg
Tipos de Insuficiência Respiratória
Hipoxêmica e Hipercápnica
Definições de Insuf Resp Hipoxêmica
sat O2 < 92-95%
PaO2 < 60
PaO2 / FiO2 < 300
Distúrbio V/Q (troca)
Exemplos de Insuf Resp Hipoxêmica
EAP
Pneumonia
Hemoptise
Definições de Insuf Resp Hipercápnica
pCO2 > 50
insuficiência ventilatória (hipoventilação!)
Conduta na Insuf resp Hipoxêmica
Oxigenio (CN, mascara)
Exemplos de Insuf Resp Hipercápnica
Fadiga da musculatura respiratória
PCR
DPOC
Dça muscular ou da placa motora
Obstruções
Condutas na Insuf Resp Hipercápnica
VNI
- CPAP: EAP
- BPAP: DPOC
Cálculo da PaO2
PaO2 = 100 mmHg - 0,33 x idade (anos)
Como está o gradiente alveolo-arteriolar de oxigenio a depender do tipo de insuf respiratória?
insuficiencia hipercapnica isolada -> normal (< 10 mmHg)
insuf hipoxemica -> aumentado (> 10-15 mmHg)
Como saber se a descompensação do DPOC é aguda?
aumento agudo da pCO2 + queda do pH (não foi compensado ainda pelo rim)
VM - modos ventilatórios
Assisto controlado: VCV e PCV (pcte sedado)
Espontâneo: PSV (desmame)
VM - o que é a ciclagem?
Transição da ins para a expiração
VM - o que é o limite?
O máximo que permitido que o modo faça para que não cause lesão
VM - modo assisto-controlado VCV - qual a ciclagem e limite?
Ciclagem: volume
Limite: Fluxo
VM - modo assisto-controlado PCV - qual a ciclagem e limite?
Ciclagem: tempo inspiratório
Limite: Pressão
VM - modo espontâneo - PSV - qual a ciclagem e limite?
Ciclagem: Fluxo
Limite: Pressão
Melhor formato para avaliar mecânica respiratória na VM
Formato em que o fluxo é limitado, modo VCV, utilizando o fluxo em onda quadrada (forma de manter o fluxo estável e ele não influenciar outras variáveis da avaliação)
VM - como calcular a resistencia da via aerea
(Ppico - Platô) / Fluxo (em L/s)
60L/min = 1L/s
valor normal: 4-8
VM - como calcular a complacência da via aerea
Volume / (P platô - PEEP) normal: 50-80
O que ocorre na Auto-PEEP?
Ocorre devido a esvaziamento incompleto do sistema respiratório
Como medir a Auto-PEEP?
Curva fluxo x tempo
Durante a ventilação controlada, realizando pausa no final da expiração
O fluxo expiratório não retorna ao “zero”
Condutas na Auto-PEEP
broncodilatadores / aspirar secreção
reduzir volume corrente / reduzir freq respiratória (relação I:E - 1:4)
Aplicar PEEP até 80% da Auto-PEEP
VM - Tipos de assincronias
Disparo
Fluxo
Ciclagem
Tipos de disparo e características de cada um na VM
Disparo Ineficaz: esforço nao dispara o ventilador (auto peep/fraqueza muscular/sensibilidade mal ajustada)
Duplo disparo: 2 ciclos pelo mesmo esforço. Empilhamento de volume. Tins
Tipos de alterações de fluxo na VM
Fluxo insuficiente - fluxo ajustado menor que a demanda - fome de ar
ex: tubo estreito / forma uma concavidade na curva de pressão
Fluxo excessivo: fluxo > que a demanda
Tipos de ciclagem na VM
Prematura - cicla antes do tempo (Tins < Tneural)
Tardia - cicla depois do tempo (Tins > Tneural)
SDRA - Critérios diagnósticos de Berlim
< Sete dias
Descarta cardio/hipervolemia
Rx com opacidade bilateral sem outra causa (derrame, nódulo, atelectasia)
Alteração da PaO2/FiO2 < 300 (PEEP 5)
Tratamento SDRA
Ventilação protetora
- vol corrente ≤ 6ml/kg
(Hipercapnia permissiva)
- pressão de platô ≤ 30 cmH2O
- Driving pressure (DP) ≤ 15
- PEEP e FiO2 para Sat O2 > 90%
Cálculo do Peso predito para homem e mulher
Homem: 50 + 0.91 x (altura em cm - 152,4)
Mulher: 45,5 + 0.91 x (altura em cm - 152,4)
Qual a conduta na refratariedade do tratamento da SDRA?
P/F ≤ 150: pronação (16-20h)
P/F ≤ 120: bloqueadores neuromusculares (cisatracurio) - em caso de assincronia
Outros: manobra de recrutamento alveolar / ECMO
Quais os tipos de choque hipodinamico
Hipovolêmico, OBSTRUTIVO e cardiogênico
O que acontece com o débito cardíaco e resistência vascular periférica no choque hipodinamico?
DC diminui / RVP aumenta
(PA : DC x RVP)
O que acontece com o débito cardíaco e resistência vascular periférica no choque hiperdinamico?
Aumenta DC / Diminui RVP
Tipo de choque hiperdinamico
Distributivo
(sepse / anafilaxia / neurogênico)
Tratamento do choque hipovolêmico
Reposição volêmica:
Cristalóides (preferência) - ringer, SF… / coloide - albumina / hemoconcentrados
Tratamento do choque cardiogênico / obstrutivo
Inotropicos (dobutamina, dopamina)
Dose da dobutamina no choque cardiogênico
2,5 - 20 microgramas /kg/min
Efeito beta
Dose da dopamina no choque cardiogênico
3 - 10 microgramas/kg/min
Outros tratamentos do choque obstrutivo / cardiogênico
Milrinona (inibidora da fosfodiesterase)
Levosimendan (sensib Ca +)
ECMO
Balão intra-aortico (BIA)
Tratamento do choque distributivo (sepse / anafilaxia / neurogênico)
Vasopressores:
Noradrenalina (alfa / 0.01 µg/kg/min)
Dopamina (> 10 µg/kg/min: efeito alfa)
Em caso de choque distributivo refratário a nora, o que fazer?
Adrenalina (anafilaxia - receptor alfa e beta)
Vasopressina
Monitorização no choque - como interpretar a PVC?
(Vê átrio D, volemia)
Aumentada: hipervolemia
Diminuída: hipovolemia
Monitorização no choque - como interpretar a pressão de oclusão da artéria pulmonar?
Vê átrio esquerdo, congestão
Aumenta em pacientes congestos
Monitorização no choque - qual o valor ideal da saturação venosa central?
Sat 65 - 70% é ideal na gasometria
COMO AVALIAR A FLUIDORRESPONSIVIDADE?
- ELEVAÇÃO PASSIVA DAS PERNAS
- VPP E VVS
- VEIA CAVA SUPERIOR (POCUS)
O QUE PREDIZ BOA RESPOSTA AO VOLUME NA ELEVAÇÃO PASSIVA DAS PERNAS?
> = 10% NO DC = PREDIZ BOA RESPOSTA AO VOLUME
(ELEVAÇÃO DE MMII A 45º POR 1 MIN)
O QUE PREDIZ BOA RESPOSTA AO VOLUME NA VARIAÇÃO DA PRESSÃO DE PULSO - VPP E VOLUME SISTÓLICO - VVS?
> = 13% = PREDIZ BOA RESPOSTA AO VOLUME
O QUE PREDIZ BOA RESPOSTA AO VOLUME NA AVALIAÇÃO DA VEIA CAVA SUPERIOR?
VARIAÇÃO DO CALIBRE > 12-18%
Sinais de fluidorresponsividade
Tempo de enchimento capilar
Pulsos
Turgência jugular
USG point of care / POCUS - janela de pulmão - quais os sinais de normalidade?
Sinal do morcego
Linhas A - paralelas e equivalentes
Sinal da praia
USG point of care / POCUS - janela de pulmão - sinal de pneumotórax
Perda do sliding
Ponto pulmonar ou lung point - sinal + especifico para pneumotórax
Código de barras ou estratosfera
USG point of care / POCUS - janela de pulmão - sinal de edema pulmonar
Linhas B
QUAL O VALOR DE NORMALIDADE DA PVC?
1-5 MMHG
QUAL O VALOR DE NORMALIDADE DO DC?
4,5 A 6,5L/MIN
QUAL O VALOR DE NORMALIDADE DA PCP?
4-12 MMHG
O que é sepse?
Definição e diagnóstico
Disfunção de órgão + resposta imune desregulada a infecção
Infecção + SOFA >= 2
Critérios do Score SOFA
Redução da PaO2/FiO2 < 400
RNC - Diminuição na ECG (< 13-14)
Queda de plaquetas (< 150.000)
Aumento de bilirrubina (> 1.2)
Aumento de creatinina (>1.2) ou oligúria
Hipotensão(PAM < 70) ou necessidade de vasopressores
Valor ≥ 2
Critérios do qSOFA
FR ≥ 22 irpm
PA sist < 100 mmHg
Glasgow < 15
Critérios do NEWS
qSOFA + SpO2 + temperatura + FC
Definição de choque séptico
Vasopressor para manter PAM ≥ 65 mmHg e lactato > 2 mmol/L (18 mg/dL)
mesmo após o início da reposição volêmica
Abordagem do choque séptico
Medir LACTATO
Coletar CULTURAS
Iniciar ATB
VOLUME
VASOPRESSOR
TRANSFUSÃO
COMO INICIAR ATB NA SEPSE
Iniciar até
até 1h: se choque séptico ou alta probabilidade de sepse
até 3h: sepse possível, sem choque
Relação da procalcitonina com o ATB
Não define o inicio do ATB, e sim a suspensão
VOLUME NA SEPSE
30 ML/KG (CHOQUE OU HIPOPERFUSAO)
EM ATÉ 3H
SOLUÇÕES BALANCEADAS (RINGER LACTATO, PLASMALYTE)
SE REFRATARIEDADE AS MEDIDAS NA SEPSE, O Q FAZER?
HIDROCORTISONA 200 - 300 MG/DIA
SE REDUÇÃO DO DC NA SEPSE, O QUE INICIAR?
INICIAR DOBUTAMINA
QUANDO INICIAR VASOPRESSINA?
SE NORADRENALINA > 0,25 - 0,5 MCG/KG/MIN + VE HIPERDINAMICO
IOT - Exemplos de medicações para pré medicação
lidocaina e fentanil
IOT - Exemplos de medicações para Indução
Etomidato
Quetamina
Midazolam
Propofol
IOT - Exemplos de medicações para bloqueio neuromuscular
Succinilcolina e rocurônio
Pré-medicações na IOT - qual o efeito da Lidocaína?
diminui reatividade da via aérea
ex: pcte asmático
Pré-medicações na IOT - qual o efeito do fentanil?
diminui descarga adrenérgica
Medicações para Indução na IOT - qual o efeito do Etomidato?
não altera a hemodinâmica circulatória (bom p/ pctes instáveis)
Inibe a formação de cortisol (interfere na suprarrenal, cuidado na sepse!)
Medicações para Indução na IOT - qual o efeito da Quetamina?
aumenta catecolaminas (bom p choque, broncoespasmo - dilata o pulmão)
seda bem
Ruim na emergencia hipertensiva, AVEh
Medicações para Indução na IOT - qual o efeito do Midazolam
depressão miocárdica - hipotensão (ruim no choque)
efeito anticonvulsivante (vantagem)
Não age no pulmão
Medicações para Indução na IOT - qual o efeito do Propofol
depressão miocárdica - hipotensão (ruim no choque)
efeito anticonvulsivante
antiemético e broncodilatador - dilata o pulmão
Medicações na IOT - Bloqueador neuromuscular - Efeitos da Succinilcolina
duração de 4-10 min
hipertermia maligna
despolarizante (contrai antes de relaxar)
Medicações na IOT - Bloqueador neuromuscular - Efeitos do Rocurônio
duração de 30-45 min
não despolarizante (não contrai antes de relaxar, já relaxa direto) - melhor para pcte que tem patologias neuromusculares
Características do propofol como sedativo
rápido despertar
Síndrome relacionada a infusão de propofol (PRIS) - aumento de colesterol, TG, rabdomiólise, IRA - grave e de alta mortalidade - relacionada à longos períodos de infusão
Características do Midazolam como sedativo
acumulo no tecido adiposo
antidoto: flumazenil
pode causar dependência
Características do precedex como sedativo
efeito hipotensor, bradicardia
bom para desmame pq mantem drive
3 ex de opióides muito usados como analgesia na UTI e suas características
- Remifentanil: ação ultra curta / não acumula na IR ou hepática - seguro (poucos efeitos colat pq não acumula)
- Morfina: diminui pré carga - bom para IC / é o que mais libera histamina - vasodilatação
- Fentanil: rigidez torácica se administrado muito rápido / 100x mais potente que a morfina