Infertilidade Conjugal Flashcards

1
Q

Qualidade do Óvulo

A

O óvulo tem que ser de boa qualidade e essa qualidade está relacionada com a idade.

Óvulos em mulheres até 33-35 anos são óvulos ainda considerados de boa qualidade.

Qualidade = capacidade de fazer mitoses perfeitas ao ser fecundado, para dar origem a uma criança sem nenhuma anomalia / alteração.

Em mulheres após 35 anos, esse óvulo já começa a entrar em um envelhecimento, com piora da qualidade.

Após os 40 anos essa piora será mais acelerada ainda.

Então a idade da mulher é um fator muito importante em relação à
qualidade dos óvulos e consequentemente probabilidade de engravidar e não abortar.

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2
Q

Um casal cuja mulher tem _______ anos tem 20-25% de chance de engravidar cada vez que tem relação sexual no período fértil.

Ao longo de 1 ano de tentativa, a taxa cumulativa é de 85%.

15% dos casais não engravidam após 1 ano de tentativa.

Se esse casal continua tentando mais 1 ano, ou seja, tentaram 2 anos, a chance de engravidar é de 92-93%.

A

Um casal cuja mulher tem menos de 35 anos tem 20-25% de chance de engravidar cada vez que tem relação sexual no período fértil.

Ao longo de 1 ano de tentativa, a taxa cumulativa é de 85%.

15% dos casais não engravidam após 1 ano de tentativa.

Se esse casal continua tentando mais 1 ano, ou seja, tentaram 2 anos, a chance de engravidar é de 92-93%.

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3
Q

Um casal cuja mulher tem menos de 35 anos tem _____% de chance de engravidar cada vez que tem relação sexual no período fértil.

Ao longo de 1 ano de tentativa, a taxa cumulativa é de 85%.

15% dos casais não engravidam após 1 ano de tentativa.

Se esse casal continua tentando mais 1 ano, ou seja, tentaram 2 anos, a chance de engravidar é de 92-93%.

A

Um casal cuja mulher tem menos de 35 anos tem 20-25% de chance de engravidar cada vez que tem relação sexual no período fértil.

Ao longo de 1 ano de tentativa, a taxa cumulativa é de 85%.

15% dos casais não engravidam após 1 ano de tentativa.

Se esse casal continua tentando mais 1 ano, ou seja, tentaram 2 anos, a chance de engravidar é de 92-93%.

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4
Q

Um casal cuja mulher tem menos de 35 anos tem 20-25% de chance de engravidar cada vez que tem relação sexual no período fértil.

Ao longo de 1 ano de tentativa, a taxa cumulativa é de ___%.

15% dos casais não engravidam após 1 ano de tentativa.

Se esse casal continua tentando mais 1 ano, ou seja, tentaram 2 anos, a chance de engravidar é de 92-93%.

A

Um casal cuja mulher tem menos de 35 anos tem 20-25% de chance de engravidar cada vez que tem relação sexual no período fértil.

Ao longo de 1 ano de tentativa, a taxa cumulativa é de 85%.

15% dos casais não engravidam após 1 ano de tentativa.

Se esse casal continua tentando mais 1 ano, ou seja, tentaram 2 anos, a chance de engravidar é de 92-93%.

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5
Q

Um casal cuja mulher tem menos de 35 anos tem 20-25% de chance de engravidar cada vez que tem relação sexual no período fértil.

Ao longo de 1 ano de tentativa, a taxa cumulativa é de 85%.

__% dos casais não engravidam após 1 ano de tentativa.

Se esse casal continua tentando mais 1 ano, ou seja, tentaram 2 anos, a chance de engravidar é de 92-93%.

A

Um casal cuja mulher tem menos de 35 anos tem 20-25% de chance de engravidar cada vez que tem relação sexual no período fértil.

Ao longo de 1 ano de tentativa, a taxa cumulativa é de 85%.

15% dos casais não engravidam após 1 ano de tentativa.

Se esse casal continua tentando mais 1 ano, ou seja, tentaram 2 anos, a chance de engravidar é de 92-93%.

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6
Q

Um casal cuja mulher tem menos de 35 anos tem 20-25% de chance de engravidar cada vez que tem relação sexual no período fértil.

Ao longo de 1 ano de tentativa, a taxa cumulativa é de 85%.

15% dos casais não engravidam após 1 ano de tentativa.

Se esse casal continua tentando mais 1 ano, ou seja, tentaram 2 anos, a chance de engravidar é de ____%.

A

Um casal cuja mulher tem menos de 35 anos tem 20-25% de chance de engravidar cada vez que tem relação sexual no período fértil.

Ao longo de 1 ano de tentativa, a taxa cumulativa é de 85%.

15% dos casais não engravidam após 1 ano de tentativa.

Se esse casal continua tentando mais 1 ano, ou seja, tentaram 2 anos, a chance de engravidar é de 92-93%.

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7
Q

Um casal cuja mulher tem menos de 35 anos tem 20-25% de chance de engravidar cada vez que ___________________.

Ao longo de 1 ano de tentativa, a taxa cumulativa é de 85%.

15% dos casais não engravidam após 1 ano de tentativa.

Se esse casal continua tentando mais 1 ano, ou seja, tentaram 2 anos, a chance de engravidar é de 92-93%.

A

Um casal cuja mulher tem menos de 35 anos tem 20-25% de chance de engravidar cada vez que tem relação sexual no período fértil.

Ao longo de 1 ano de tentativa, a taxa cumulativa é de 85%.

15% dos casais não engravidam após 1 ano de tentativa.

Se esse casal continua tentando mais 1 ano, ou seja, tentaram 2 anos, a chance de engravidar é de 92-93%.

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8
Q

Quando dizer que o casal é infértil?

A

O casal é infértil quando tenta engravidar durante o período de pelo menos 1 ano, tendo relações sexuais desprotegidas nos períodos férteis, aproximadamente 2-3 vezes por semana.

Esse é o conceito de infertilidade.

Então quando vamos começar a fazer a pesquisa de um casal que não consegue engravidar? Após 1 ano de tentativa, porque 85% engravida. Vamos fazer a propedêutica em apenas 15%.

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9
Q

Como falado que a idade da mulher é importante. Em, por exemplo, uma mulher de 38 anos, eu posso esperar 1 ano?

A

Seria melhor esperar pelo menos 6 meses, porque essa mulher não tem mais o tempo que a outra mais nova tem.

Então mesmo que eu não possa dizer que esse casal é infértil porque não tem 1 ano de tentativa, a propedêutica após 6 meses é indicada, porque se achar um problema está economizando o tempo para esse casal.

Portanto, acima de 35 anos, a propedêutica deve ser iniciada após 6 meses de tentativa.

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10
Q

Infertilidade:

A

não consegue engravidar após 1 ano de tentativa. Dificuldade de engravidar.

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11
Q

•Esterilidade:

A

incapacidade permanente de procriação.

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12
Q

•Fecundabilidade:

A

é a probabilidade de se conseguir gravidez dentro de um único ciclo menstrual.

Em torno de 20%, como já falado.

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13
Q

•Fecundidade

A

: é a probabilidade de se conseguir um nascido vivo em um único ciclo.

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14
Q

Inertilidade primáriaxsecundária

A

Primária: aquela mulher que nunca engravidou.

Secundária: mulher que já engravidou (em um mesmo casal).

Temos que lembrar que o termo infertilidade se refere à infertilidade do casal, é conjugal.

Exemplo: mulher tem 2 filhos do casamento anterior, agora em um outro relacionamento o casal não está conseguindo engravidar; nesse caso, é uma infertilidade primária, porque com esse sujeito ela não tem filho.

Se o homem também tiver filho com outra mulher, também não importa.

Quando esse casal já teve uma gravidez, mas ocorreu um aborto, a infertilidade é secundária, porque já houve um BHCG positivo nesse casal.

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15
Q

Infertilidade masculina x feminina (EPD)

A

A causa só feminina está em torno de 35%

Masculina em torno de 30%

Do casal 20%.

Ainda tem aqueles casais que pesquisamos, mas não achamos nada: chamamos de infertilidade sem causa aparente, que corresponde a 15%.

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16
Q

Propedeutica básica

Então tenho um casal na minha frente que já falaram que tentaram engravidar há mais de 1 ano, mas não conseguiram, o que vou fazer?

A

Inicialmente, pedir uma análise do sêmen, já que é um exame fácil e que não sente dor. Portanto, para o homem peço um espermograma e para a mulher faço uma avaliação: será que está ovulando? Ela tem ciclos menstruais regulares? Tem ovário policístico? Amenorreia devido à anovulação? Tem que avaliar o útero, se tem alguma anomalia como malformação congênita, pólipo e mioma. Se as duas trompas são pérvias, livres e normais.

Sendo assim, são as 4 primeiras pesquisas básicas iniciais no casal infértil:

™ Análise seminal (espermograma);

™ Avaliação da ovulação;

™ Avaliação uterina;

™ Permeabilidade tubária.

Às vezes, precisamos lançar mão de outras medidas para tentar chegar ao diagnóstico, mas são procedimentos de 2ª linha: histeroscopia e laparoscopia.

17
Q

Análise do Sêmen

A

Preciso saber se o sêmen é adequado e quais as características desse sêmen:

É um sêmen de coloração branca? Quanto mais branco, mais espermatozoide tem no sêmen; o sêmen ralo (“leite em água”) tem uma quantidade menor de espermatozoides. Se amarelado, pode ser um sêmen não gasto há muito tempo ou sêmen com processo inflamatório.

Quanto ao número de espermatozoides, para o homem ser considerado “normal”, precisa ter no mínimo 15 milhões de espermatozoides/ml. Abaixo disso verificamos uma dificuldade de engravidar.

Quanto ao volume do sêmen, o normal é acima de 1,5ml. Não é “quando mais melhor”, pois não cabe mais que 1,5mL na vagina, o excesso vai escorrer e sair da vagina.

Sobre a motilidade: existem espermatozoides rápidos, lentos, aqueles que se movem, mas não saem do lugar e aqueles que ficam parados.

Considerado ótimo é aquele sêmen que somando rápidos + lentos: >32%.

Vitalidade: pelo menos 58% dos espermatozoides tem que estar vivo.

Morfologia: existe uma morfologia chamada estrita, que possui critérios mais rigorosos para dizer que o espermatozoide realmente é normal. Homens que tem mais do que 4% de espermatozoides normais, nesse tipo de morfologia, engravidam.

18
Q

normozoospermia.

A

Homem com espermograma normal:

19
Q

oligospermia.

A

Pouco sêmen (exemplo: 0,5 ml em uma ejaculada):

20
Q

oligozoospermia

A

Volume normal, mas quantidade de espermatozoides abaixo de 15 milhões/ml

21
Q

Astenozoospermia

A

quando tem menos de 32% de espermatozoides móveis, que tem condição de entrar no colo e chegar até a tuba.

22
Q

Teratozoospermia:

A

quando tem menos do que 4% de espermatozoides normais.

23
Q

Causas Masculinas

A

A principal é a varicocele (20-40%).

O homem com varicocele pode ter alterações do espermograma ou não. Mas se você está diante de um espermograma alterado, tem que avaliar se existe varicocele. Existindo a varicocele, faz cirurgia e com o passar de 6 meses a 1 ano, é possível que esse espermograma se torne normal.

Então não é ideal se indicar uma cirurgia de varicocele se uma mulher estiver com 41 anos, pois não tem tempo para esperar esse tempo possível, mas não certo, de melhora.

Outra causa principal é a infecção(15%), como epididimite e prostatite, levando a uma alteração na espermatogênese.

Outras: obstrução (vasectomia - espermograma com zero espermatozoides), criptorquidia (testículo nasceu para dentro e não foi operado em tempo hábil para não alterar a espermatogênese), hormonal, imunológico, genético e idiopático.

24
Q

Avaliação inicial da inertilidade feminina

A

Na anamnese:

™ Idade, como já explicado.

™ Ciclo menstrual: se está ovulando, se ciclo é regular (se diz que menstrua de 28 em 28 dias, por exemplo, lógico que está ovulando, não há ciclo anovulatório de 28 em 28 dias).

™ Vida sexual desse casal: se relações são frequentes e durante o período fértil. Relação todos os dias pode ser pior, pois testículo não consegue produzir tanto espermatozoide para suprir o gasto.

™ História pregressa: apendicite, pelveperitonite, teratoma operado, cisto ovariano operado, ectópica operada - aderências na pelve.

™ Fatores ambientais: estilo de vida, tabagismo.

Exame físico/ginecológico: aquela mulher cheia de secreção, corrimento, processo inflamatório como colpites e vaginites tem que ser tratada.

25
Q

Causas Ovarianas

A

Quando quero pesquisar se mulher está ovulando ou não, quando ela fala que tem ciclos irregulares, ou só menstrua de 3 em 3 meses por exemplo, utilizo ultrassom para avaliar se existe alguma anomalia ovariana, como cistos e tumorações.

Existe ainda o ultrassom seriado: série de exames de ultrassom, como dia sim e dia não, próximo ao período fértil, para verificar o folículo crescendo até verificar ovulação ou não.

•Distúrbios de ovulação (OMS):

Hipogonadismo hipogonadotrófico (10%)

Normogonadismo normogonadotrófico (85%)

Hipogonadismo hipergonadotrófico (5%)

Dosagens hormonais: verifica patologia tireoidiana, hiperprolactinemia e se mulher tem boa reserva de óvulos.

A mulher nasce com todos os óvulos que ela vai ter na vida. E se ela nasceu com menos? Como se mulher tem 36 anos, com FSH altíssimo, mostra que nasceu com poucos óvulos e agora está acabando, nesse caso tem que acelerar, pois não tem tempo sobrando.

OBS 1: Obesidade é um fator importante na questão da ovulação. Os extremos (magreza ou obesidade) causam alterações no ciclo menstrual/ovulação.

OBS 2: Galactorreia: prolactina alta que inibe ovulação.

26
Q

Causas Cervicais

A

Avaliar existência de doença neoplásica pelo preventivo; lesões benignas (como pólipo, que pode até sair para fora, deve-se fazer a retirada desse pólipo); mal-formações como colo com poucas glândulas produtoras de muco.

A mulher não fala que durante período fértil tem aquele muco aspecto clara de ovo (não precisa ter esse muco saindo pela vagina, tem que estar no colo, já que o sêmen é colocado próximo ao colo. A mulher que tem muco exteriorizando é porque tem bastante muco, não tem problema; mas a que fala que não tem muco, temos que investigar se no período fértil ela tem muco lá no canal).

Esse muco tem que estar satisfatório, porque não basta o espermatozoide ser ótimo se o muco não permitir a entrada.

27
Q

Causas relacionadas ao corpo uterino

A

Tem menos probabilidade de dar problema pra engravidar, representa aproximadamente 3% dos fatores de infertilidade.

Pode ter um pólipo intrauterino dentro da cavidade ou um mioma submucoso, por exemplo.

Avalia-se com ultrassom e se precisar, histerossonografia

USG com soro fisiológico dentro da cavidade para afastar o endométrio anterior e posterior e estudar melhor essa cavidade

Histerossalpingografia: fornece o formato da cavidade, permite identificar alguma malformação mulleriana, alguma falha em que contraste não corou.

Posso lançar mão ainda da histeroscopia para olhar dentro do útero, orifícios das trompas direita e esquerda, verificar miomas, abaulamentos,
pólipos e septos.

A laparoscopia também pode ser utilizada.

No caso de útero septado (septo dentro do útero), a histerossalpingografia e a histeroscopia mostram.

Se for um útero bicorno ou didelfo, a laparoscopia também pode ajudar.

Às vezes lanço mão da ressonância magnética da pelve, para também fazer essas diferenciações de malformações do útero.

Ex 1: histerossalpingografia, é um exame chato, doloroso, onde coloca um cateter no colo, injeta um líquido com contraste a base de iodo e vai fazendo radiografias da pelve. A radiografia me mostra o líquido ocupando a cavidade do útero e entrando nas tombas uterinas. Então, mostra tanto a cavidade uterina como também a permeabilidade das tubas uterinas, se tem obstrução ou dilatação. É fundamental esse exame na infertilidade.

EX 2: histerossalpingografia mostrando uma mal-formação: útero bicorno ou útero com septo dentro. Tem que continuar a investigação para diferenciar: com RNM ou videolaparoscopia. Histeroscopia é a ótica que vou introduzir no útero e filmar, tem uma microcâmera e uma tela.

EX 3: imagens da histeroscopia. No quadrante superior esquerdo mostra pólipo dentro da cavidade. No superior direito, mioma uterino. No inferior direito, existem duas cavidades separadas por um septo.

28
Q

Causas Tubo-Peritoneal

A

Quando quero analisar as trompas, por exemplo, se há obstrução tubária, vou lançar mão principalmente da histerossalpingografia, é o exame adequado para visualizar as trompas.

Mas posso também lançar mão da laparoscopia, que mostra as tubas uterinas dentro da cavidade, além de permitir colocar um cateter no colo do útero, injetar líquido, e ver se o líquido sai pelas trompas, é uma maneira de saber se estão obstruídas ou não, mas se trata de um procedimento mais agressivo, com internação, anestesia geral, corte e manipulação intra-abdominal, sendo geralmente uma propedêutica final.

Se na laparoscopia vejo aderências, como omento colocado no ovário ou sigmoide colado na trompa, por um processo inflamatório que a mulher teve, é possível desfazer as aderências, aumentando a taxa de sucesso.

Laparoscopia permite ainda verificar se a mulher tem uma endometriose mínima e leve, já que a endometriose pode não aparecer na RNM, porque não é profunda (grau mais avançado).

•Obstrução tubária:

Lesão ou obstrução das trompas geralmente se associam a DIP, cirurgias pélvicas ou tubárias anteriores e endometriose

•Fatores Peritoneais:

Aderências peritubárias ou periovarianas, que geralmente resultam de DIP, cirurgia prévia ou endometriose

Ex1: mostra-se uma laparoscopia, com omento grudado nos anexos e um pouco no útero. Se eu limpar e soltar tudo isso e os órgãos anexiais ficarem adequados, aumento a chance dessa mulher engravidar.

Ex2: imagem também de laparoscopia, mostra ovário e útero, sendo as manchas escuras endometriose. Na videolaparoscopia mesmo, pode-se fazer a retirada dessa endometriose. Com a retirada da endometriose e o restante normal, aumentamos a chance dessa mulher engravidar.

29
Q

Então o casal está aqui na minha frente, já me disseram toda a história, já fiz o pedido dos exames, e agora eles retornaram com os exames, olhei e eles estão esperando uma solução para o problema…

A

Se você viu que o problema dela foi uma não ovulação porque ela está com hipotireoidismo, vai mandar para a endocrinologia para tratar. Se hiperprolactinemia, vai tratar essa alta prolactina. Se o homem tem problemas do sêmen, irá mandar para o urologista.

Mas se não tem nada disso, tenho 3 coisas para oferecer para esse casal: coito programado, inseminação e fertilização in vitro.

30
Q

Coito Programado

A

Quando vou indicar coito programado para esse casal?

Se verifiquei que todos os exames estão bem, mas a única coisa que eu vi é que ela tem um problema de ovulação, como ovário micropolicístico (a síndrome do ovário micropolicístico é diferente do ovário micropolicístico, tem gente que faz o USG e vem com ovário micropolicístico, mas ao analisar, a mulher não toma pílula e menstrua regularmente, então podemos “largar para lá”; mas se ela tem ovários micropolicístico e um quadro clínico da síndrome de ovários micropolicísticos: amenorreia, hirsutismo, acantose, entre outros, essa mulher precisa de tratamento, ela precisa ovular).

Então, nos ciclos anovolutatórios vou propor para esse casal um coito programado.

Até aqueles homens que podem ter uma alteração leve no espermatozoide, o coito programado é indicado.

Portanto, mulher com anovulação e homem com espermatozoide um pouco alterado - coito programado.

O coito programado se baseia em induzir a ovulação: tenho medicações que atuam estimulando o crescimento folicular. Esse medicamento pode ser citrato de clomifeno, que atua a nível central estimulando a hipófise a produzir mais gonadotrofinas, que vai atuar no ovário estimulando o crescimento do folículo.

Posso também utilizar a própria gonadotrofina, que é o FSH (injeções de
FSH) que atua diretamente no ovário estimulando o folículo a crescer.

Vou também fazer a monitorização da ovulação com o USG, acompanhando o crescimento do folículo.

Mede-se o diâmetro médio do folículo e pelo tamanho sei se o folículo está prestes a ovular ou não.

Exemplo: em um dia está com 12mm, em outro dia está com 15mm, depois com 19mm, já é um folículo pré-ovulatório, assim, recomendo para o casal que a partir de agora devem ter umas 3 relações sexuais dia sim dia não (para dar tempo de produzir espermatozoides).

Se no dia que não tiver relação foi o dia da ovulação, não tem problema, pois o espermatozoide fica vivo e apto para fecundar de 48 até 72 horas após a ejaculação.

31
Q

Inseminação Itrauterina

A

Será indicada quando o homem tiver alterações moderadas do sêmen, quando casal já fez vários coitos programados e não deu certo ou quando for um casal com infertilidade sem causa aparente (ISCA), é aquele casal que pesquisamos, mas não achamos nenhuma causa.

Isso ocorre porque avaliar o muco é uma avaliação não tão adequada, você olha e aparentemente está bem, mas não sabemos se permite mesmo a subida do espermatozoide, não tem exame para saber se lá em cima está lotado de espermatozoides. Se esse for o problema, a inseminação ajuda.

Na inseminação, também será induzida a ovulação da mesma maneira. Também se utiliza o USG para acompanhar o crescimento, e quando aquele folículo tiver aproximadamente 19mm, vou administrar nessa paciente uma injeção de gonadotrofina coriônica (hCG) para fazer o mesmo efeito do pico de LH que é desencadear a ovulação.

Se não fizer a injeção, não saberei que dia ela irá ovular, mas com a injeção, sei que 36 horas depois a mulher irá ovular.

Exemplo: fez a injeção quinta a noite, no sábado de manhã estará ovulando, vai no laboratório, lá o marido colhe o sêmen, que passa por um processo de seleção em que vai haver a retirada dos bons espermatozoides, serão colocados em meio de cultivo, ficam na estufa por 1 hora, esse meio de cultivo é colocado em um cateter com uma seringa e vai ser então introduzido até o fundo uterino, transpondo a “berreira do colo”, jogando os espermatozoides direto na cavidade uterina e nas trompas.

Com isso, estou aumentando a população de bons espermatozoides nas trompas. Se o homem tem uma alteração do sêmen, menos espermatozoides chegam ao óvulo. Mas não precisa de somente um espermatozoide?

Para que um espermatozoide chegue dentro do óvulo, é necessário que aproximadamente 100 mil espermatozoides encontrem o óvulo e liberem ali substâncias que enfraqueçam a cápsula, e o espermatozoide mais potente, com a cápsula enfraquecida, consegue entrar. Se não houver essa ajuda dos outros, não há fecundação.

Então vou fazer a inseminação desse casal. Depois de 14 dias vou vê-la, se menstruou, faz de novo.

Se menstruou novamente, repete novamente.

Se depois de 3 vezes não ocorreu fecundação, o problema pode não ser esse, então vamos partir para a fertilização in vitro.

32
Q

Fertilização in vitro

A

Indicada quando tem insucesso da inseminação, alteração grave do sêmen (número de espermatozoides tão baixo que não vai ter condição de ter 100 mil espermatozoides chegando ao óvulo na inseminação), problema na trompa (Fator tubo-peritoneal) ou pelve cheia de aderências, como endometriose moderada/acentuada.

Na fertilização, também vamos induzir a ovulação, monitorizar a ovulação com USG, fazer hCG (porque preciso do pico de LH para o retorno da meiose, para que o óvulo se transforme em maduro na metáfase II) e colher esses óvulos antes de ovular.

Então após o hCG, não posso esperar 36 horas. Com 34-35 horas tenho que fazer a coleta dos óvulos. Então preciso de um USG, de um ambiente adequado, de uma agulha e sistema de aspiração. Vou introduzir a agulha no folículo, aspirar o líquido que tem no folículo e rezar para o óvulo sair, porque eu não enxergo o óvulo, somente o líquido. Na maioria das vezes o óvulo sai. E quando sai, o líquido é coletado em um frasco que tem um vácuo feito pelo aparelho que aspira.

O homem faz nesse dia a coleta do sêmen, prepara o sêmen da mesma maneira e une os óvulos e os espermatozoides.

Colocaremos em uma placa. Cada bolinha é uma gota de meio de cultivo e cada uma com um óvulo. O sêmen será fracionado, colocando no mínimo 100 mil espermatozoides em cada gota para cada óvulo.

A placa é colocada na estufa e após 2 dias virou embrião. Chamo o casal de volta, vejo quais são os bons embriões e boto o embrião dentro do útero.

Há uma sequência da evolução do embrião, primeiramente um óvulo fecundado, as duas bolinhas representam um núcleo feminino e outro masculino prontos para se fundir 18 horas após a fecundação.

Daí se transforma em um embrião de 2 células, posteriormente 4, 8, até a mórula, que se desenvolve em blastocisto, pronto para se implantar no endométrio.

Em uma dessas fases, depende de cada fator, vou colocar os embriões no cateter e introduzi-los dentro do útero.

Existe outro tipo de fertilização que é a chamada ICSI: injeção intracitoplasmática de espermatozoides.

Tem uma diferença: no outro eu falei que coloco um óvulo em cada bolinha para 100 mil espermatozoides. Nesse eu preciso de um aparelho específico, em que coloco os olhos e através das manetes manipulo. Existe uma agulha em que eu aspiro um espermatozoide, punciono o óvulo e deixo um espermatozoide dentro. Então na ICSI preciso de 1 espermatozoide para cada óvulo.

Deixo dentro da estufa, espero virar embrião e depois introduzo os embriões dentro do útero da mulher.

São colocados no máximo 2 embriões em mulheres até 35 anos, no máximo 3 em mulheres de 36 a 39 anos e no máximo 4 em mulheres de 40 anos para frente, já que a idade diminui a chance.

Se colocamos na estufa para formar 8 embriões, mas dos 8 temos 5 legais, pego 2 para colocar e sobram 3, que são congelados e guardados no botijão com nitrogênio líquido a -196ºC.

Ficam guardados por tempo indeterminado para ser utilizado se a paciente não engravidar. Desta próxima vez, vai bastar preparar o endométrio, descongelar os embriões e introduzir.

33
Q

•Diagnóstico Pré-implantação (PGD):

A

–Análise do constituinte cromossômico;

• PCR; FISH

–Retirada do blastômero

•Indicações:

–Doenças ligada ao sexo;

–Portadores de alterações cromossômicas numéricas ou estruturais;

–Aborto de repetição;

–Falhas repetidas de implantação;

–Idade avançada.