Dismenorréia Flashcards
Dismenorréia: conceito
Dor característica do período menstrual, em baixo ventre, irradia para as pernas e para as costas (região lombo-sacra e face interna das coxas).
Pode ser tão intensa a ponto de ser acompanhada de síncope, náuseas e vômitos, além de atrapalhar afazeres diários e qualidade de vida da pessoa.
Para classificá-la como menstrual tem que ocorrer no período da menstruação, em forma de cólica.
Normalmente é mais intensa no __º ao __º dia da menstruação, principalmente no __º.
Normalmente é mais intensa no 1º e no 2º dia da menstruação, principalmente no 1º.
É tão frequente que acomete __% das mulheres que menstruam.
50%
Quais mulheres mais tem cólica?
- Adolescentes
- Nulíparas
Mulheres mais ____, tem menos cólica. Mas quando chega na _____ tem cólica denovo
idosas
perimenopausa
Dismenorréia Primária
(Idiopática)
- Ocorre em ciclos ovulatórios
(pra ter cólica, tem que ter ovulação)
Porque a incidência de cólicas em meninas que estão começando a menstruar é menor?
Ciclos anovulatórios não possuem dismenorreia.
As meninas começam com 12 ou 13 anos a menstruar e não tem cólica nenhuma, à medida que o tempo vai passando (1-2 anos depois) elas começam a ter cólica.
Isso ocorre porque no primeiro momento o eixo hipotálamo-hipófise-ovariano está imaturo, então tem hora que ovula e tem hora que não ovula, não apresentando dismenorreia.
A partir do 2º ano de menstruação, aproximadamente, o eixo começa a fazer os ciclos ovulatórios.
Dismenorréia secundária
Quando é secundária a uma patologia.
Principal causa de dismenorreia mais intensa: endometriose.
Outras:
cisto de ovário,
DIP,
mioma uterino,
adenomiose,
pólipos,
hímen imperfurado (menstruação vai acontecendo e não extravasa, fica dentro do útero, da vagina e posteriormente dentro do abdome),
septo vaginal transverso,
estenose cervical,
síndrome de Asherman (trabéculas dentro do útero),
aderências pélvicas,
congestão pélvica,
distopias uterinas (útero fora da posição normal, como a queda do útero),
DIU
anormalidades anatômicas uterinas (útero didelfo, útero septado),
dismenorreia membranácea (quando endométrio é eliminado todo de uma vez).
Graduação de acordo com intensidade:
1) Leve (nem toma remédio)
2) Moderada (atrapalha um pouco a vida, toma remédio)
3) Grave: impede atividades diárias, existem sintomas sistêmicos; não responde à medicação analgésica
Pessoas que tem dismenorreia possuem maior tendência à
depressão, ansiedade, fibromialgia e enxaqueca
Etiopatogenia
- Muito relacionada à história familiar
- Pela menstruação ser um tabu, isso pode levar àquela mulher a ter dismenorreia
- Menarca precoce
- Fluxo menstrual abundante
- Menstruação de longa duração;
- Primipariedade tardia: maior sensibilidade a PG.
- Liberação de prostaglandinas (PG)
Quando cai a progesterona e ocorre a menstruação, há uma lise das substâncias do endométrio (enzimas que atuam sob o endométrio), havendo liberação de ácido aracdônico, ativação da via cicloxigenase, biossíntese de PG e tromboxane.
Essas PG vão promover um tônus uterino maior, indução de contrações espasmódicas e vasoconstrição arteriolar , que leva a maior isquemia e consequentemente dor.
Por isso precisamos do ciclo ovulatório, para ter aquele endométrio secretor, onde serão produzidas muitas PG. Se não tem o endométrio secretor, não vai conseguir a liberação do ácido aracdônico para formar as PG;
- Baixo consumo de ácidos graxos, porque os ácidos graxos inibem a liberação do ácido aracdônico;
- Baixo consumo de ovos e frutas, que contem cálcio (estabilizador das células musculares);
- Dieta vegetariana: aumento do SHBG, redução do estrogênio, endométrio menos espessado , limita produção de PG.
DG
- Anamnese;
- Exame físico: procurar aquelas patologias citadas;
- Avaliar perfil emocional da paciente;
- USG transvaginal e pélvico: pólipos, mioma, cisto;
- Hemograma e VHS: avaliar processo inflamatório e infeccioso;
- Pesquisa de gonorreia e clamídia;
- Videolaparoscopia: diagnóstico da endometriose (hoje em dia não se faz videolaparoscopia SÓ para diagnóstico, mas é o exame que dá o diagnóstico).
TTO
- Atividade física;
- Apoio emocional;
- Cuidados dietéticos: aumentando consumo de óleo de peixes;
- Tratamento medicamentoso com AINEs, que são bloqueadores das prostaglandinas. O ideal é começar a medicação antes de começar a cólica, para não fazer o ciclo de dor. Menstruou , tomar o comprimido de AINE.
- Cuidado com o AINE, pois pode bloquear agregação plaquetária, causar úlcera, hemorragia gástrica, diminuir função renal e causar reações de hipersensibilidade.
Exemplo: meloxicam é excelente para dismenorreia, mas se paciente for alérgica/tiver asma, não use, pois meloxicam faz reação alérgica. Então o AINE não pode ser usado por muito tempo, mas normalmente usando no 1º e no 2º dia da menstruação já se resolve a dor, pois ela não se prolonga por muito tempo. (ou 3 - 5 dias)
- Anticoncepcional hormonal: transforma o ciclo em anovulatório, melhorando a dismenorreia. Algumas apenas melhoram e outras acabam com a dor.
- Vitamina B6: estabiliza a contração.
- Acupuntura