Infecções respiratórias Flashcards

1
Q

Otite média aguda (OMA) em > 2 anos - quando tratar com antibiótico?

A

Apenas se OMA bilateral ou grave ( ≥ 39ºC ou otalgia há mais de 48 horas)

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2
Q

Faringite + conjuntivite pensar em…

A

Febre faringoconjuntival por adenovírus

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3
Q

Qual a única faixa etária que tem pontuação positiva no Escore de Centor Modificado?

A

3-14 anos

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4
Q

Antibiótico 1ª linha para faringite estreptocócica:

A

Penicilina benzatina em dose única!

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5
Q

Até quantos dias do iníco da faringite estreptocócica o uso de antibióticos previne contra febre reumática?

A

Até 9 dias do início do quadro!

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6
Q

Devemos usar mucolíticos, antitussígenos no tratamento do resfriado?

A

NÃO!

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7
Q

Otite média aguda pode causar hipoacusia. Qual mecanismo?

A

Déficit condutivo! Não causa perda neurossensorial

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8
Q

Déficit condutivo! Não causa perda neurossensorial

A

Associar Clavulanato à Amoxicilina OU dobrar dose de amoxacilina (depende da referencia utilizada)

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9
Q

Compare: localização da celulite periorbitária x orbitária.

A

Periorbital - PRÉ Septal

Orbital - PÓS Septal

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10
Q

Principais agentes na otite média aguda e rinossinusite aguda?

A

Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae (não tipável) e Moraxella catarrhalis

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11
Q

Otoscopia característica da otite média aguda:

A

Opacidade e abaulamento da membrana timpânica

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12
Q

Qual o sinal clássico da mastoidite aguda?

A

Deslocamento anterior e para baixo do pavilhão auricular

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13
Q

Quadro clínico da celulite periorbital:

A

Edema, dor e eritema palpebral

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14
Q

Descreva um caso suspeito de síndrome gripal em maiores de 2 anos

A

Febre súbita + tosse OU dor de garganta + 1 dos sintomas:

mialgia e/ou cefaleia e/ou artralgia

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15
Q

História clássica da rinossinusite aguda:

A

Resfriado sem melhora após 10 dias ou com dupla piora! DECORE!

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16
Q

Se não houve melhora clínica após tratamento com amoxicilina na rinossinusite, o que deve ser feito?

A

Dobrar a dose inicial
OBS: dose inicial: 40-50 mg/kg/dia
dobrada: 90-100 mg/kg/dia

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17
Q

Qual principal agente da faringoamigdalite bacteriana?

A

Streptococcus betahemolítico do grupo A - S. pyogenes

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18
Q

Principal complicação do resfriado?

A

Otite média aguda

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19
Q

Rinossinusite aguda. Qual principal agente?

A

Pneumococo (Streptococcus pneumoniae)

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20
Q

Qual tratamento pode ser instituido em crianças ≤ 2 anos ou adultos > 60 anos com gripe?

A

Oseltamivir

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21
Q

Qual exame indicado no diagnóstico da rinossinusite aguda?

A

Exame físico! Radiografia dos seios da face NÃO é para ser realizada!

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22
Q

Quando devemos utilizar oseltamivir?

A

Menores de 5 anos e pacientes com fatores de risco

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23
Q

Faringoamigdalite com placa são encontradas em qual etiologia?

A

Bacteriana e Viral! (presença de placa somente não fecha diagnóstico de bacteriana)

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24
Q

Descreva um caso suspeito de síndrome gripal em menores de 2 anos

A

Febre de início súbito e sintomas respiratórios (tosse, coriza e obstrução nasal), na ausência de outro diagnóstico específico.

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25
Q

Qual a classificação de taquipneia na infância?

A
≥ 60 IRPM (até 2 meses);
≥ 50 IRPM entre 2 e 11 meses;
≥ 40 IRPM entre 12 meses e 5 anos;
≥ 30 entre 5 e 8 anos;
≥ 20 em maiores de 8 anos.
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26
Q

Tratamento inicial na otite média aguda e rinossinusite aguda:

A

Amoxicilina

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27
Q

Achado na oroscopia do abscesso periamigdaliano?

A

Desvio contralateral da úvula (observe a imagem)

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28
Q

Conjuntivite + otite média aguda - qual agente etiológico?

A

Haemophilus influenzae

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29
Q

Quais os cinco parâmetros do Escore de Centor Modificado?

A
Mnemônico: "FANTA"
Febre > 38 ℃;
Adenopatia dolorosa;
Não tosse (ausência de tosse);
Tonsila (exsudato / hipertrofia);
Age (idade).
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30
Q

Quadro clínico do resfriado comum?

A

Coriza, espirros, afebril ou febre insidiosa, tosse e odinofagia

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31
Q

Qual achado mais característico da celulite orbital?

A

Protusão do globo ocular! (Decore!)

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32
Q

Qual clínica clássica de criança com corpo estranho nasal?

A

Rinorreia unilateral fétida e piossanguinolenta

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33
Q

Maioria das faringoamigdalites tem qual etiologia?

A

Viral!

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34
Q

O que caracteriza otite média aguda grave?

A

Otalgia moderada a grave ou > 48h

Febre ≥ 39ºC

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35
Q

Criança com infecção viral. Por que o ácido acetilsalicílico não deve ser usado?

A

Risco: síndrome de Reye!

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36
Q

Complicação mais comum da otite média aguda:

A

Mastoidite aguda

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37
Q

Qual a pontuação no escore de Centor modificado indica cultura de orofaringe ou teste rápido?

A

≥ 2 pontos!

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38
Q

Complicações não supurativas da faringite estreptocócica?

A

Febre reumática e glomerulonefrite pós-infecciosa

39
Q

Qual a relação do aleitamento materno e otite média aguda (OMA)?

A

Proteção contra OMA (aleitamento exclusivo nos 6 primeiros meses)

40
Q

Principais complicações da rinossinusite aguda:

A

Celulite periorbital e orbital

41
Q

Para que serve o Escore de Centor?

A

ndicar a propabilidade da faringoamigdalite ser estreptocócica

42
Q

Quadro clínico da celulite orbital:

A

Edema, dor, eritema, restrição à mobilização ocular e PROTUSÃO do globo ocular!

43
Q

Quadro clínico do abscesso periamigdaliano (3):

A

Disfagia
Trismo
Sialorreia

44
Q

Otite média aguda em < 6 meses - quando tratar com antibiótico?

A

Antibioticoterapia EM TODOS!

45
Q

Otite média aguda (OMA) nos lactentes de 6 meses - 2 anos - qual o tratamento e a excecão?

A

Antibioticoterapia. Exceto se OMA unilateral com sintomas leves

46
Q

Na rinossinusite aguda em crianças, deve-se fazer diagnóstico diferencial com…

A

Corpo estranho nasal (pensar quando unilateral!)!

47
Q

Compliações supurativas da faringoamigdalite estreptocócia?

A

Abscesso periamigdaliano e abscesso retrofaríngeo

48
Q

Tratamento do abscesso periamigdaliano?

A

Drenagem do abscesso + antibiótico

49
Q

Miringite Bolhosa - qual agente?

A

Mycoplasma pneumoniae

50
Q

Otite média aguda + conjuntivite (causada por Haemophilus influenza) - qual tratamento?

A

Amoxicilina com clavulanato

51
Q

Principais bactérias atípicas de pneumonia bacteriana (≥ 4 meses de idade):

A

Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia pneumoniae

52
Q

Quadro clínico da pneumonia bacteriana (3):

A

Taquipneia, febre, estertores

53
Q

A fisioterapia respiratória é recomendada na Bronquiolite?

A

Não! Sem evidência científica

54
Q

Quadro clínico da bronquiolite:

A

Pródromos catarrais, taquipneia e sibilos (acometimento dos bronquíolos)

55
Q

Qual a principal faixa etária acometida pela bronquiolite?

A

Qual a principal faixa etária acometida pela bronquiolite?

56
Q

Pneumonia bacteriana atípica - em qual faixa etária aumenta a incidência?

A

Crianças a partir dos 5 anos

57
Q

Principal agente da pneumonia bacteriana atípica em > 5 anos:

A

Mycoplasma pneumoniae

58
Q

Pneumonia bacteriana com derrame pleural ou pneumatoceles - qual agente pensar primeiro?

A

Pneumococo!

OBS: Sempre pensar primeiro no Pneumococo pela alta prevalência de pneumonia por esse agente

59
Q

Pneumonia bacteriana em > 2 meses. Qual o tratamento?

A

Se ambulatorial: amoxicilina 50 mg/Kg/dia

Se internação: penicina cristalina

60
Q

Neonato com conjuntivite apresenta otite média aguda e pneumonia intersticial. Qual provável agente e tratamento?

A

Chlamydia trachomatis

Tratar com eritromicina!

61
Q

Chlamydia trachomatis

Tratar com eritromicina!

A

Internação (sempre) + antibioticoterapia (ampicilina + aminoglicosídeo)
DICA: lembrar que é igual infecção puerperal!

62
Q

Principais fatores de risco (ambientais) para doença grave na bronquiolite (2):

A

Tabagismo passivo

Frequentar creche

63
Q

Criança sem sibilância e com taquipneia. Qual provável diagnóstico?

A

Pneumonia adquirida da comunida

64
Q

Quando desconfiar de pneumonia bacteriana complicada com derrame pleural?

A

Se criança não apresentar melhora por mais de 48-72h do início do tratamento
Pra prova: FEBRE não passa!

65
Q

Achado radiológico na bronquiolite:

A

Hiperinsuflação + retificação dos arcos costais (algumas vezes observamos atelectasias)

66
Q

Principal tratamento para bronquiolite:

A

Oxigenioterapia!

67
Q

Como é feita a profilaxia para bronquiolite?

A

Palivizumabe para pacientes com indicação

68
Q

Agente etiologico da bronquiolite:

A

Vírus sincicial respiratório

69
Q

Solução salina hipertônica 3% - pode ser usada na bronquiolite?

A

Segundo Sociedade Brasileira Pediatria: para pacientes internados
Nice: Não recomenda!

70
Q

Principais bactérias típicas (4) de pneumonia bacteriana (≥ 4 meses de idade):

A

Streptococcus pneumoniae
Stafilococcus aureus
Haemophilus influnzae
Moraxella catarrhalis

71
Q

Principal complicação da pneumonia bacteriana?

A

Derrame pleural

72
Q

Qual principal fator de risco para hospitalização na bronquiolite?

A

Prematuridade

73
Q

Qual agente mais propenso a causar derrame pleural?

A

Staphylococcus aureus

74
Q

Criança, seis anos de idade, há dois dias com dor de garganta, odinofagia e febre (39ºC). Nega tosse, coriza ou obstrução nasal. Observa-se aumento e hiperemia de amígdalas, hiperemia e edema da úvula, presença de petéquias em palato mole e adenomegalia cervical anterior dolorosa. Sem outras alterações ao exame físico. Nesse momento, a conduta propedêutica MAIS ADEQUADA é solicitar:

A

teste rápido para antígenos estreptocócicos

75
Q

Criança de 3 anos, sexo masculino, é levada à consulta pediátrica, e a mãe relata que, há uma semana, o menino estava apresentando sintomas gripais, evoluindo nas últimas horas com otalgia em ouvido esquerdo, associada à febre. À otoscopia, visualizou-se membrana timpânica hiperemiada e abaulada. A hipótese diagnóstica provável e um fator de risco para essa patologia são, respectivamente,

A

Criança de 3 anos, sexo masculino, é levada à consulta pediátrica, e a mãe relata que, há uma semana, o menino estava apresentando sintomas gripais, evoluindo nas últimas horas com otalgia em ouvido esquerdo, associada à febre. À otoscopia, visualizou-se membrana timpânica hiperemiada e abaulada. A hipótese diagnóstica provável e um fator de risco para essa patologia são, respectivamente,

76
Q

ança em idade escolar vem à consulta médica por apresentar cefaleia, mal-estar, tosse e febre de início há 3 dias. Ao exame físico, apresenta-se corada, eutrófica, bom estado geral, temperatura de 37,8 °C, FC = 100 bpm, FR = 24 ipm, saturação de oxigênio no oxímetro de pulso = 95% e, na ausculta pulmonar, estertores em bases e sibilos expiratórios. A história mórbida pregressa e a história familiar são negativas para doenças respiratórias. Levando em consideração os dados apresentados, o diagnóstico mais provável e a conduta correta, no caso, são pneumonia atípica – macrolídeos. Pq?

A

Estamos diante de um escolar (5 a 10 anos - atenção: CCQ importante!) que evolui com cefaleia, mal-estar, tosse e febre há 3 dias. Apresenta também estertores em bases e sibilos. Além disso, apresenta taquipneia e febre, que não está alta (37,8C).

Um ponto importante é que não há história pregressa ou familiar de doenças respiratórias.

Pneumonia em escolar em prova deve sempre nos fazer lembrar de pneumonia atípica por C. pneumoniae. Isso é um dos principais CCQs de prova. Percebemos pouco acometimento sistêmico (febre baixa) e um quadro que tende a se arrastar. O tratamento envolve macrolídeos (azitromicina, claritromicina e eritromicina).

Segundo o calendário de puericultura da SBP: lactente (0 - 2 anos), pré-escolar (2 - 4 anos), escolar (5 - 10 anos) e adolescente (11 - 19 anos).

77
Q

Um menino de 5 anos de idade é levado por sua mãe a um serviço de pronto atendimento pediátrico com queixas de odinofagia, tosse discreta e febre de até 39 °C, há 2 dias. Ao exame físico, observam-se alguns linfonodos cervicais aumentados e dolorosos, ausculta pulmonar normal, ausência de secreção nasal e orofaringe hiperemiada, com presença de placas esbranquiçadas na amígdala esquerda. Com base no hipotético caso citado e considerando os principais diagnósticos e as possíveis complicações, julgue o item a seguir. Ainda considerando-se a possibilidade de faringite estreptocócica, a prevenção da glomerulonefrite pós-estreptocócica (GNPE) exige o início do antibiótico até o 9º dia da doença. Certo ou errado?

A

ERRADO
Para profilaxia de febre reumática, o antibiótico deve ser instituído até o 9º dia do início do quadro clínico. No entanto, não existe profilaxia de glomerulonefrite pós-estreptocócica (GNPE)! O antibiótico, instituído precoce ou tardio, não tem influência no desenvolvimento da GNPE

78
Q

Menor de 2 anos de idade deu entrada em pronto socorro com quadro de febre de 39ºC associado à tosse. Evoluiu em 24h com prostração, palidez cutâneo mucosa. A ausculta pulmonar verificado a diminuição de murmúrio vesicular em base direita. Feito Raio X de tórax e verificado a presença de extensa área de hipotransparencia no hemitorax direito. Inicialmente devemos pensar em infecção por estafilococo. Pq?

A

Nessa questão estamos diante de um derrame pleural extenso. Febre e tosse é a clínica mais comum e o exame radiológico indica pra gente um empiema bastante importante. Diante disso, temos que saber que as principais etiologias são pneumococo (principal) e estafilo aureus (causa mais derrame pleural). Além disso, a pneumonia por estafilococo é mais agressiva, generalizada, evolução grave, abrupta e rápida progressão.

79
Q

Uma menina de 10 anos de idade recebeu diagnóstico de pneumonia bacteriana adquirida na comunidade, em unidade básica de saúde. Foi então iniciado tratamento com amoxicilina, na dose de 50 mg/kg/dia, mas, após três dias de tratamento, a paciente apresentou piora clínica de quadro. Evoluiu com piora da tosse, associada a taquipneia, persistência da febre e dor abdominal, principalmente em hipocôndrio e flanco à direita. Com relação a esse caso clínico e com base nos conhecimentos médicos correlatos, julgue o item a seguir. A pressão arterial da paciente deve ser avaliada, uma vez que esse é o primeiro sinal a alterar-se em quadros de choque séptico. ERRADO. pq?

A

Pessoal, esse é um conceito importante que muitos têm errado. Nas fases iniciais do choque, diversos mecanismos fisiológicos compensadores atuam para **manter a pressão arterial **e preservar a função do tecido e entrega de oxigênio. Inicialmente o choque se apresenta compensado por esses mecanismos, com manutenção da pressão arterial normal. A hipotensão é geralmente descoberta mais tarde, refletindo um estado avançado do choque descompensado e está associada a aumento da mortalidade.

Portanto, a hipotensão não é um critério para o diagnóstico de choque na criança. A taquicardia, com ou sem taquipneia, pode ser o primeiro ou único sinal de choque compensado precoce.

80
Q

Menina, 1 mês e 18 dias de idade, apresenta tosse há 7 dias, que evoluiu com piora do padrão respiratório há 2 dias, sem febre, sem outras queixas. Trata-se de criança nascida de termo, parto vaginal, sem intercorrências perinatais. Apresentou quadro de conjuntivite na terceira semana de vida, resolvido com uso de colirío de tobramicina. Ao exame clínico, criança em bom estado geral, descorada 1+/4+, hidratada, acianótica, anictérica, afebril. Exame pulmonar com estertores finos em base direita, com presença de tiragem subdiafragmática leve FR 62 irpm, saturação de 89% em ar ambiente. Ausculta cardíaca sem alterações, FC 180 bpm. Exame abdominal com fígado a 3 cm do rebordo costal direito, baço percutível há 1 cm do rebordo costal esquerdo. Boa perfusão periférica. Sem outras alterações ao exame clínico. Realizada radiografia de toráx, com presença de infiltrado intersticial bilateral, mais intenso em base direita, com sinais de hiperinsuflação e espessamento brônquico. Área cardíaca de tamanho normal. A principal hipótese diagnóstica é Pneumonia afebril do lactente. Pq?

A

Lactente com taquipneia + conjuntivite neonatal = pneumonia afebril do lactente

Estamos diante de um lactente ( < 2 anos) apresentando tosse com piora do padrão respiratório e taquipneia há 7 dias - lembre-se do valor considerado taquipneia conforme a idade: <1mês (> 60 irpm), 1mês – 1 ano (> 50 irpm) e >1 ano (> 40 irpm). Mesmo sem observarmos os exames complementares que foram disponibilizados na questão, um dado deve nos chamar a atenção: taquipneia.

Na pediatria, o parâmetro mais sensível e específico para o diagnóstico de pneumonia é a frequência respiratória elevada. Até aqui, tudo nos leva a pensar em um quadro pneumônico, mas esse quadro parece um tanto quanto estranho porque está arrastado (7 dias de duração) e não tem febre. Nesse caso, o que devemos pensar? Exatamente: Uma pneumonia “estranha”. Essa pneumonia com as características estranhas descritas na questão trata-se da (tão cobrada em provas) pneumonia afebril do lactente!

81
Q

qual é o exame padrão-ouro para diagnóstico de bronquiolite obliterante?

A

Biópsia pulmonar

82
Q

definição de bronquiolite obliterante

A

a bronquiolite obliterante é uma síndrome clínica caracterizada por obstrução crônica das pequenas vias aéreas (< 2 mm de diâmetro). Apresenta-se como o processo final comum a várias injúrias pulmonares, sendo o adenovírus o patógeno mais associado; no entanto, em mais de 1/3 dos casos, a causa é desconhecida. Não se sabe ao certo o motivo que levaria a esse desfecho desfavorável.

83
Q

como é o quadro clínico de bronquiolite obliterante?

A

Em geral trata-se de uma criança previamente sadia que evolui com um quadro de sintomatologia respiratória crônica por mais de 4 a 8 semanas, após o episódio de infecção aguda, geralmente grave. Ocorre a persistência de sintomas, como taquipneia persistente, sibilância e tosse produtiva, apesar do tratamento.

84
Q

quais são os critérios de internação para bronquiolite?

A

Temos que ficar atentos a alguns sinais, como idade < 12 semanas, prematuridade < 32 semanas e taquipneia importante, que indicam a internação hospitalar e utilização de nebulização com salina 3%

85
Q

Uma criança de 7 anos apresenta tosse, que piora ao deitar-se, com secreção nasal purulenta e febre. O diagnóstico e tratamento são, RESPECTIVAMENTE Sinusite aguda / Amoxicilina com clavulanato.pq?

A

questão nos traz um escolar com quadro de tosse que piora ao deitar-se, e que apresenta secreção nasal purulenta e febre. Isso tem tudo pra ser uma Sinusite aguda! E é!

A Rinossinusite Aguda Bacteriana - RSAB, é uma complicação do resfriado comum e o agente etiológico mais frequente é o Pneumococo.

O diagnóstico é clínico. Em média um quadro de resfriado viral se resolve em torno de 7 dias, de forma que, diante de uma evolução mais arrastada desses sintomas para mais que 10 dias, febre alta, conversão de coriza hialina para mucopurulenta, devemos pensar em sinusite bacteriana.

A apresentação de “Dupla Piora”, ou seja, o paciente melhora do resfriado porém em poucos dias acontece nova piora. Também é característica da RSAB.

E se o Dx é clínico, exames complementares são desnecessários para o diagnóstico de sinusite ficando
reservados para situações em que haja falha da terapêutica, ou necessidade de progredir na investigação de diagnóstico diferencial.

O tratamento é feito lavagem nasal com soro fisiológico e antibioticoterapia com Amoxicilina (40 a
50 mg/Kg) ou cefalosporinas (em caso de alergia a penicilinas). Apesar de questionável, pode ser considerada a prescrição de amoxicilina + clavulanato se a criança frequentar creche, tiver feito uso de antibióticos nos últimos 30-90 dias ou <2 anos de idade.

86
Q

Menina de 10 anos vem à consulta por tosse improdutiva há 1 semana. Estava usando amoxicilina há 5 dias. Desde ontem, a tosse ficou mais intensa, sendo acompanhada por febrículas isoladas, dores de garganta, cansaço e mialgias. A sua radiografia de tórax mostra infiltrados grosseiros e difusos em ambas as bases pulmonares e no lobo superior direito. Não há consolidação, broncogramas aéreos ou derrame pleural. O agente etiológico mais provável, nesse caso, é Micplasm. Pq?

A

Menina de 10 anos, estava com tosse seca há 1 semana. Fez uso de amoxicilina por 5 dias e não melhorou. Além disso, passou a ter febre e dores pelo corpo e seu Rx mostra infiltrado grosseiro. O que devemos pensar? Nossa principal hipótese neste caso é uma pneumonia atípica.

alternativa D correta O quadro arrastado, com manifestações sistêmicas e principalmente a ausência de melhora com um beta-lactâmico nos levam a pensar nessa hipótese. Seu principal agente etiológico é o Mycoplasma Pneumoniae e o tratamento é feito com macrolídeos (ex: azitromicina).

87
Q

diferencie pneumonia típica de atípica

A

Pneumonia típica = quadro agudo e mais grave, queda do estado geral, tosse produtiva e consolidação alveolar na radiografia de tórax. Ex: S.pneumoniae (causa mais comum); H.influenzae; S.aureus; P.aeruginosa;
Pneumonia atípica = quadro arrastado, tosse seca, manifestações sistêmicas, radiografia com infiltrado intersticial. Ex: Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia pneumoniae ou vírus

88
Q

quando antitussígenos opióides são indicados?

A

Opioides agem no centro da tosse e estão indicados quando a tosse tem origem no sistema nervoso central

89
Q

qual a profilaxia secundária da Febre Reumática?

A

administração contínua de Penicilina G Benzatina (droga de escolha) ao paciente portador de Febre Reumática (FR) prévia ou cardiopatia reumática comprovada, a cada 21 dias, com o objetivo de prevenir recorrências da doença e/ou reduzir a severidade da cardiopatia residual.

90
Q

quando a profilaxia secundária da febre reumática é realizada? Como iso é feito?

A

Temos 4 situações e esquemas possíveis:

FR sem cardite: até 21 anos ou 5 anos após o último surto – o que durar mais.

FR com cardite prévia (como insuficiência mitral leve ou resolução da lesão valvar): até 25 anos ou 10 anos após o último surto – o que durar mais.

FR com lesão valvar residual (moderada a severa): até os 40 anos (caso não exista contato com escolares) ou por toda a vida.

Após cirurgia valvar: por toda a vida.

91
Q

Menina de 6 anos é trazida com história de dois dias de febre, dor de garganta, tosse e congestão nasal. Ao exame físico, está em regular estado geral, com febre de 39 °C, frequência cardíaca de 110 bpm e respiratória de 28 ipm, com hiperemia conjuntival bilateral sem secreção e com presença de adenomegalia pré-auricular e cervical anterior bilateral de 0,5 a 1 cm de diâmetro. A orofaringe está hiperemiada e com exsudato em tonsilas. O provável agente etiológico é o adenovírus. Pq?

A

aringite + conjuntivite = febre faringoconjuntival causada por adenovírus

Temos um caso de uma criança que desenvolveu quadro de febre, tosse, congestão nasal e dor de garganta. Apresenta também adenomegalia pré-auricular e cervical associado a hiperemia de orofaringe e exsudato em tonsilas. Um quadro que entra como diagnóstico diferencial da faringite bacteriana aguda.

O ponto-chave para chegarmos na resposta é a associação do quadro apresentado com a conjuntivite, que sugere um quadro de febre faringoconjuntival causada pelo adenovírus.

92
Q

Pq condensação pulmonar é a alteração no estudo radiológico do tórax é MENOS encontrada nos lactentes com suspeita de bronquiolite?

A

A radiografia da BAV apresenta hiperinsuflação pulmonar (com retificação do diafragma e dos arcos costais, hipertransparência pulmonar) e áreas de atelectasia (devido obstruções). Pode apresentar também infiltrados grosseiros que são tipicamente migratórios e atribuíveis a atelectasias pós-obstrutivas e preenchimento peribrônquico, (o que a questão traz como Anormalidades pulmonares intersticiais bilaterais)

93
Q

qual o tratamento da síndrome PFAPA?

A

É feito o uso de corticoides para abortar a crise, diminuindo os sintomas e a duração

94
Q

Pneumonia com anemia hemolítica autoimune é causada por qual bactéria?

A

pneumonia por mycoplasma pneumoniae