Hanseníase e Tuberculose Flashcards

You may prefer our related Brainscape-certified flashcards:
1
Q

Qual a forma capaz de evoluir espontaneamente para a cura?

A

Indeterminada

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Qual a forma naturalmente combatida pelo sistema imunológico?

A

Tuberculóide

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Complicações devido à lesão neural

A
  • Primárias: comprometimento sensitivo e motor: mão em garra, mão caída;
    - Os troncos nervosos mais acometidos: nervo ulnar, o nervo mediano e o nervo radial, tronco tibial, fibular, ramo zigomático do nervo facial. Ex. mão em garra, mão caída, garra dos artelhos e perda de sensibilidade da
    região plantar, pé caído, lesão do ramo zigomático do nervo facial causa paralisia da musculatura orbicular, com consequente impossibilidade de oclusão das pálpebras, levando ao lagoftalmo.
  • Secundárias: comprometimento neural. Ex. perda da sensibilidade autonômica e úlceras plantares.
    - Requer um segundo componente causador. Este é o caso da úlcera plantar (alteração de sensibilidade da região plantar, necessita de uma força de fricção e trauma). Perda da sensibilidade autonômica, que
    inerva as glândulas sebáceas sudoríparas, leva à perda da pliabilidade da pele, deixando-a seca e frágil ao trauma.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Quando realizar a avaliação de incapacidade física?

A
  • No diagnóstico
  • Na ocorrência de estados reacionais
  • Na alta por cura
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Avaliação da função neural

A
  • no início do tratamento;
  • a cada três meses durante o tratamento se não houver queixas;
  • sempre que houver queixas, tais como: dor em trajeto de nervos, fraqueza muscular, início ou piora de queixas parestésicas;
  • no controle periódico de doentes em uso de corticoides por estados reacionais e neurites;
  • na alta do tratamento;
  • no acompanhamento pós-operatório de descompressão neural com 15, 45, 90 e 180 dias.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

HANS: Investigação Epidemiológica de Contatos

A

Avaliação dermatoneurológica ao mínimo 1x/ano, por pelo menos 5 anos, de todos os contatos que não foram identificados como casos de hanseníase na avaliação
inicial, independentemente da classificação operacional do caso notificado – paucibacilar (PB) ou multibacilar (MB).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Teste de Schimer

A
  • Ressecamento da córnea (teste < 10mm)
  • Falha na irrigação
  • SINAIS E SINTOMAS: ardor, sensação de corpo estranho (“areia”), prurido, lacrimenjamento, olho vermelho crônico, diminuição da acuidade visual
  • TRATAMENTO: lubrificação com colírio e pomadas, piscar frequentemente
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Reação Hansênica do Tipo 1 ou Reversa

PB

A

REAGUDIZAÇÃO COM INTENSIFICAÇÃO DOS SINTOMAS E DECLÍNIO PROGRESSIVO
* Aparecimento de novas lesões dermatológicas (manchas ou placas), infiltração;

  • Reagudização de lesões antigas
  • Dor espontânea nos nervos periféricos
  • Aumento ou aparecimento de áreas hipo ou anestésicas
  • Processo de hiper-reatividade imunológica, em
    resposta ao antígeno (bacilo ou fragmento bacilar)
  • Edema de mãos e pés; aparecimento brusco de
    mão em garra e “pé caído”
  • Início antes do tratamento com poliquimioterapia (PQT) ou nos primeiros 6 meses do tratamento;
  • Lenta; podem ocorrer sequelas neurológicas e complicações, como abcesso de nervo

TRATAMENTO: Prednisona + Dexametasona

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Reação tipo 2 ou reação de eritema
nodoso hansênico

MB

A
  • Nódulos subcutâneos dolorosos, acompanhados ou não de febre, dores articulares e mal-estar generalizado, com
    ou sem espessamento e neurite.
  • As lesões preexistentes permanecem inalteradas.
  • Processo de hiper-reatividade imunológica, em resposta ao antígeno (bacilo ou fragmento bacilar)
  • É frequente; presença de febre, astenia, mialgias, náuseas (estado toxêmico) e dor articular
  • Edema de extremidades (irite, epistaxes, orquite, linfadenite, neurite); comprometimento gradual dos troncos nervosos
  • Pode ser a primeira manifestação da doença
  • Evolução rápida; o aspecto necrótico pode ser contínuo,
    durar meses e apresentar complicações graves

TRATAMENTO: Talidomida

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

3 principais troncos nervosos periféricos acometidos pela Hanseníase

A
  • FACE – Trigêmeo e Facial: podem
    causar alterações na face, nos olhos e
    no nariz;
  • BRAÇOS – Radial, Ulnar e Mediano:
    podem causar alterações nos braços e
    nas mãos;
  • PERNAS – Fibular e Tibial: podem
    causar alterações nas pernas e nos pés.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Teste de Sensibilidade Térmica

A
  • Realizado nas áreas SUSPEITAS:
    - áreas de hiposensibilidade
    - manchas, placas e nódulos
    - evitar calosidades
    - territórios dos nervos ulnar (4° e 5° dedo da mão), radial (dorso da mão até o 3° dedo), fibular (lateral da perna e dorso do pé) e tibial (plantar)
  • Tubos quentes e gelados
  • Aplicar nas áreas e questionar quanto a sensibilidade pelo paciente
  • Alteração de temperatura nas lesões circundada por áreas com temperatura normal? Confirmado o diagnóstico, nem precisa realizar os demais (dolorosa - com a agulha de insulina - e tátil - monofilamento Semmes - Weinstein verde 0,5g/ estesiômetro)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Qual é a primeira sensibilidade perdida na Hanseníase?

A

É a das fibras mais finas que se referem ao calor e dor. A tátil é a última a ser perdida.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Critérios para Graduação da Força Muscular

A
  • FORTE - 5 - Movimento completo contra resistência
  • DIMINUÍDA
    - 4: movimento completo, resistência parcial
    - 3: movimento completo sem resistência
    - 2: movimento parcial
  • PARALISADA
    - 1: contração muscular sem movimento
    - 0: paralisia
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Nervo Trigêmio

A
  • LOCAL/ TÉCNICA: Fio dental na íris e lateral do nariz
  • FUNÇÃO: Sensibilidade da córnea e nariz
  • CONSEQUÊNCIA: Irritabilidade, triquíase (cílio dentro do globo), úlcera na córnea, diminuição da visão
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Nervo Facial

A
  • LOCAL/ TÉCNICA: Mímica, eleva as sobrancelhas, abre e fecha os olhos
  • FUNÇÃO: Expressão facial, proteção ocular, glândulas lacrimais, salivares e nasais
  • CONSEQUÊNCIA: logoftalmo (paresia ocular), ressecamento e ulceração, diminuição da visão
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Nervo Auricular

A
  • LOCAL/ TÉCNICA: lateralização da cabeça, hiperextensão do esternocleidomastoideo
  • FUNÇÃO: (?)
  • CONSEQUÊNCIA: espessamento e dor do nervo
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Nervo Radial

A
  • LOCAL/ TÉCNICA: póstero - inferiro à região de inserção do deltóide
  • FUNÇÃO: sensibilidade da mão até o 4° dedo, anterior do braço, extensão dos dedos e punho
  • CONSEQUÊNCIA: mão caída
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Nervo Ulnar

A
  • FUNÇÃO: sensibilidade da face medial do braço, 5° e metade medial do 4° dedo, adução e abdução dos dedos
  • CONSEQUÊNCIA: diminuição da força e sensibilidade, mão em garra
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Nervo Mediano

A
  • LOCAL/ TÉCNICA: região do punho nos tendões flexores para avaliar a dor
  • FUNÇÃO: sensibilidade do antebraço, palmar, polegar, 2°, 3° e metade lateral do 4° dedo, oponência e abdução do polegar
  • CONSEQUÊNCIA: mão em garra, atrofia, diminuição da sensibilidade
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Nervo Fibular Comum

A
  • LOCAL/ TÉCNICA: joelho em flexão, palpação 2cm abaixo da cabeça da fíbula
  • FUNÇÃO: sensibilidade e função da parte lateral da perna e do pé
  • CONSEQUÊNCIA: alteração motora e de sensibilidade dos dedos e dorso do pé, alterando a dorsiflexão
21
Q

Nervo Tibial Posterior

A
  • LOCAL/ TÉCNICA: pés no chão, palpação na metade ao terço anterior da linha entre a inserção do tendão calcanear e o maléolo medial
  • FUNÇÃO: sensibilidade da região plantar
  • CONSEQUÊNCIA: alteração da adução e abdução dos dedos, dedos em garra
22
Q

Paciente com diagnóstico de hanseníase compareceu a UBS com deficiência secundária em virtude do não tratamento da doença. Qual seria essa complicação?

A

Mal perfurante plantar, caracterizado por
* alteração de sensibilidade e motricidade do pé
* perdas sensitivas
* fraqueza
* paralisia da musculatura

23
Q

Para a vigilância de novos casos entre a população vivendo nas antigas ex-colônias de isolamento, recomenda-se:

A

Exame de Coletividade

24
Q

Quais são os pacientes com maior risco de transmissibilidade da Tuberculose?

A
  • Não diagnosticados
  • Início do tratamento (a partir de 2 semanas deixam de transmitir)
25
Q

Suspeitar de Reação Hansênica do Tipo 1, quando:

A

REAGUDIZAÇÃO DO QUADRO

  • as lesões de pele da hanseníase se tornarem mais avermelhadas e inchadas; e/ou
  • os nervos periféricos ficarem mais dolorosos; e/ou
  • houver piora dos sinais neurológicos de perda de sensibilidade ou perda de função muscular; e/ou
  • as mãos e pés ficarem inchados; e/ou
  • houver surgimento abrupto de novas lesões de pele até 5 anos após a alta medicamentosa.
26
Q

Suspeitar de reação hansênica tipo 2 (eritema nodoso hansênico) se houver:

A
  • manchas ou “caroços” na pele, quentes, dolorosos e avermelhados, às vezes ulcerados; e/ou
  • febre, “dor nas juntas”, mal-estar; e/ou
  • ocasionalmente dor nos nervos periféricos (mãos e pés); e/ou
  • comprometimento dos olhos; e/ou
  • comprometimento sistêmico (anemia severa aguda, leucocitose com desvio à esquerda, comprometimento do fígado, baço, linfonodos, rins, testículos, suprarrenais).
27
Q

Na radiografia de tórax, são alterações sugestivas de atividade de tuberculose:

A

cavidades, nódulos, consolidações, massas, derrame pleural e alargamento de mediastino.

28
Q

Na leitura do Teste Tuberculínico (PPD), Indivíduos vacinados com BCG nos últimos dois anos podem apresentar…

A

10 mm ou mais na leitura do PPD.

29
Q

Somente a prova tuberculínica positiva confirma o diagnóstico de TB?

A

prova tuberculínica é um exame complementar e não é suficiente para o diagnóstico da doença. O diagnóstico é feito com base na avaliação clínica, exames de imagem e microbiológicos, como a baciloscopia e a cultura.

30
Q

No exame físico do pulmão afetado com derrame pleural é possível identificar…?

A

o acúmulo de líquido na cavidade pleural pode afetar a transmissão do som, levando ao abafamento ou diminuição do murmúrio vesicular na ausculta pulmonar.

31
Q
A
32
Q

A partir dos cinco anos de idade, nenhuma pessoa deve ser vacinada com BCG (mesmo profissionais de saúde e/ou grupos com maior vulnerabilidade), exceto…?

A

pessoas contatos de hanseníase.

33
Q

Para a vigilância de novos casos entre a população vivendo nas antigas ex-colônias de isolamento para hanseníase, recomenda-se:

A

exame de coletividade

34
Q

Qual a função da Dosagem Sanguínea de Interferon-Gama (IGRA)?

A

diagnnosticar infecção latente pelo M. Tuberculosis.

35
Q

Qual a diferença entre imunodepressão e imunossupressão?

A
  • Imunodepressão: é uma diminuição da resposta imune devido a certas doenças, como o HIV, doença renal crônica e o câncer, por exemplo.
  • Imunossupressão: é uma diminuição da resposta imune devido ao uso de algumas medicações, como corticoides e agentes imunoterápicos (usados em doenças autoimunes).
36
Q

O diagnóstico de caso de hanseníase é essencialmente…

A

clínico e epidemiológico, realizado por meio da análise da história e condições de vida do paciente, do exame dermatoneurológico para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos (sensitivo, motor e/ou autonômico).

37
Q

Quais são as fontes de infecção de hans?

A

O homem é considerado a única fonte de infecção da hanseníase.

38
Q

A técnica de avaliação da sensibilidade com estesiômetro deve ser realizada…

A

com monofilamentos em ordem crescente.

39
Q

Qual o período de incubação da hans?

A

2 - 7 anos (média 5 anos), podendo chegar até 10 anos (há casos de até 20 anos).

40
Q

As lesões da hanseníase geralmente iniciam com …

A

hiperestesia, sensação de queimação, formigamento e/ou coceira no local, que evoluem para ausência de sensibilidade e, a partir daí, não coçam e o paciente refere dormência - diminuição ou perda de sensibilidade ao calor, a dor e/ou ao tato.

41
Q

Entre as medidas para combater o estigma e a discriminação da hans, está a prevenção de incapacidades, que consiste em um conjunto de ações que visam:

A

evitar a ocorrência de danos físicos, emocionais e socioeconômicos

42
Q

Na hans, recomenda-se a avaliação dermatoneurológica pelo menos…

A

uma vez ao ano, por pelo menos cinco anos, de todos os contatos domiciliares e sociais que não foram identificados como casos de hanseníase na avaliação inicial.

43
Q

No processo de investigação de contatos assintomáticos de TB de adultos e adolescentes maiores de 10 anos, deve-se realizar…

A

a Prova tuberculínica (PT), se a mesma for maior ou igual a 5 mm, solicita-se o Raio X de tórax. Se o Raio X de tórax apresentar-se NORMAL, deve tratar como Infecção Latente da Tuberculose (ILTB).

44
Q

As amostras recomendadas para realização do TRM-TB são:

A

escarro, escarro induzido, lavado broncoalveolar, lavado gástrico, líquor, gânglios linfáticos e outros tecidos.

45
Q

A enfermeira do posto identificou um paciente, 39 anos, diagnosticado recentemente com tuberculose ativa, que iniciou tratamento por 20 dias e parou por conta própria. Com base na análise do caso, defina a situação clínica, indique o esquema de tratamento recomendado e a estratégia estabelecida pela enfermeira para melhora da adesão.

A

Caso novo ou virgem de tratamento, recomendado esquema básico de 2RHZE/4RH (2 meses – Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida e Etambutol; 4 meses – Rifampicina e Isoniazida), com indicação de tratamento diretamente observado.

46
Q

Orientações para o paciente na coleta de escarro para TB

A
  1. Entregar o recipiente ao paciente, verificando se a tampa do pote fecha bem e se já está devidamente identificado (nome do paciente e a data da coleta no corpo do pote).
  2. Orientar o paciente quanto ao procedimento de coleta: ao despertar pela manhã, lavar bem a boca, inspirar profundamente, prender a respiração por um instante e escarrar após forçar a tosse. Repetir essa operação até obter três eliminações de escarro, evitando que ele escorra pela parede externa do pote.
  3. Informar que o pote deve ser tampado e colocado em um saco plástico com a tampa para cima, cuidando para que permaneça nessa posição durante o transporte até a unidade de saúde.
  4. Orientar o paciente a lavar as mãos após o procedimento.
  5. Na impossibilidade de envio imediato da amostra para o laboratório ou unidade de saúde, ela poderá ser conservada em geladeira comum até o dia seguinte.
47
Q

Coleta de escarro induzido com nebulização

A

A técnica do escarro induzido, utilizando nebulizador ultrassônico e solução salina hipertônica (5 ml de NaCl 3% a 5%), pode ser usada em pacientes com forte suspeita de TB pulmonar que não conseguem coletar uma amostra adequada de material proveniente da árvore brônquica.

48
Q

Para quais grupos será solicitado o RX no diagnóstico de TB?

A
  • Contatos de TB pulmonar
  • HIV +
  • População privada de liberdade
  • DM
  • Profissionais de saúde
49
Q

Qual a população vulnerável com maior risco de adoecimento por tuberculose?

A

Pessoas em situação de rua