Diabetes Flashcards

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1
Q

Quais condições podem predispor o desenvolvimento de DM?

A
  • HAS (diuréticos e betabloqueadores podem levar a resistência dos tecidos à insulina)
  • Tuberculose (induz introlerência à glicose e piora controle glicêmico)
  • Hanseníase
  • HIV (medicamentos)
  • Obesidade
  • Corticoesteróides
  • Estrógenos
  • Betabloqueadores
  • Tiazídicos
  • Antipsicóticos atípicos
  • Nicotina
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2
Q

Qual a relação entre obesidade e diabetes?

A
  • O aumento dos ácidos graxos circulantes leva a uma tolerância à glicose pelos tecidos (lipotoxicidade)
  • O acúmulo de gordura reduz a capacidade do fígado de metabolizar a glicose
  • A lipotoxicidade contribui para a destruição das células beta no pâncreas (estresse oxidativo e apoptose)
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3
Q

Explique o processo natural de regulação da glicose.

A

Durante o jejum, o pâncreas libera uma pequena quantidade de insulina basal produzida pelas células beta das ilhotas de langerhans, e a cada refeição uma quantidade significativa desse hormônio será liberada, levando a glicose para o fígado, músculos (onde será armazenada como glicogênio) e adipócitos.
O glucagon (alfa das ilhotas de langerhans) é liberado quando os níveis de glicemia diminuem e estimulam o fígado a liberar a glicose armazenada para a corrente sanguínea - processo conhecido como glicogenólise.
Desta forma, insulina e glucagon regulam a glicemia.
Depois de 8 a 12 h sem alimento, o fígado forma glicose a partir da degradação de lipídios e proteínas (gliconeogênese).

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4
Q

Qual a função da insulina?

A

A insulina é um hormônio regulador que estimula a entrada da glicose nas células por intermédio da ação do GLUT-4, uma proteína de membrana.
Ela também inibe a degradação da glicose, sinaliza o fígado para interromper sua liberação e acelera o transporte intracelular de aminoácidos.

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5
Q

Como se faz o diagnóstico de DM gestacional?

A
  • Na 1° consulta do pré natal colhemos a glicemia de jejum
  • Resultado entre 92-125? Confirmado diagnóstico de DMG, seguimento para tratamento e reavaliação entre a 4° e a 6° semana no pós parto
  • Resultado abaixo de 92? Bora de TOTG entre a 24° e a 28° semana de gestação (idealmente)
  • No TOTG o diagnóstico de DMG se dá através da alteração de 2 dos seguintes parâmetros:
    Jejum: >92
    Após 1h: >180
    Após 2h: >153

O resultado acima de 200 em QUALQUER UMA DAS OCASIÕES confirma DM2

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6
Q

Quais são os hormônios envolvidos no desenvolvimento de DM Gestacional?

A

Lactogênio placentário, cortisol e a prolactina.

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7
Q

Fatores de risco para a DM Gestacional

A
  • Idade materna avançada
  • Sobrepeso, obesidade, ganho excessivo na gestação
  • Abortamentos de repetição
  • História familiar de DM
  • Antecendentes de má formação fetal, oligo ou polidrâmnio, pré eclâmpsia e eclâmpsia, macrossomia, morte fetal e neonatal
  • Ovários Policísticos
  • Baixa estatura (<1,5m)
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8
Q

Complicações DM Gestacional

A
  • Aborto espontâneo, natimorto, mal formações congênitas e morbidade e mortalidade perinatal
  • Macrossomia (GIG)
  • Hipoglicemia neonatal (hipoglicemia no bebê: abaixo de 40-45)
  • Deficiência de ferro
  • Alterações da função cardiorrespiratória
  • Hiperbilirrubinemia
  • Anormalidades neurológicas
  • Hipocalcemia
  • Hipomagnesemia
  • Elevação na concentração de peptídeo C no sangue do cordão umbilical
  • Obesidade futura e risco de desenvolvimento de DM na criança
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9
Q

DM tipo 1

A

Destruição das células beta pancreáticas, com consequente deficiência da secreção de insulina. Pode ser do tipo 1A (autoimune) e 1B (idiopática), mais comum em crianças e adolescentes, evolue rapidamente e geralmente é diagnosticada após complicações como a Cetoacidose Diabética.

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10
Q

DM tipo 2

A

Se trata de uma diminuição da produção de insulina acompanhada de uma gradual resistência dos tecidos à sua ação, se desenvolve por uma combinação de fatores hereditários, ambientais e obesidade.
Brunner: para evitar o acúmulo de glicose no sangue, quantidades aumentadas de insulina passam a ser secretadas a fim de equilibrar a glicemia. Com o tempo, as células beta deixam de ser capazes de produzir e secretar a insulina para acompanhar a grande demanda metabólica, dando início a DM2.

A mais comum, surge por volta da 4° década de vida.

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11
Q

LADA

Diabetes Imune Latente do Adulto

A

É um subtipo de diabetes que acompanha características dos tipos 1 e 2. Aqui, a destruição autoimune das células beta pancreáticas é bem lenta, levando os pacientes a não precisarem da terapia com insulina nos primeiros meses.

Atinge adultos jovens.

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12
Q

Quais são os 4 p’s?

Diabetes

A
  1. Poliúria
  2. Polidpsia
  3. Polifagia
  4. Perda ponderal inexplicada
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13
Q

Valores diagnósticos DM2

A
  • Jejum: normal < 100/ pré DM >100 e < 126/ alterada: > 126
  • TOTG (não gestantes): normal < 140/ pré DM >140 e < 200/ alterada >200
  • Ao acaso: normal < 200 / alterada >200 + 4 p’s
  • HbA1c: normal < 5,7% / pré DM >5,7 e < 6,5% / alterada: >6,5%

Tudo em mg/dl. HbA1c é %.

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14
Q

Metas HbA1c DM tipo 1

A
  • Adultos: < 7
  • Crianças: < 7,5
  • Gestantes: < 6
  • Idosos: entre 7,5 e 8
    Idosos saudáveis e sem DCV podem ter a meta < 7,5, enquanto que idosos com múltiplos problemas físicos e cognitivos (incluindo dependência emocional) tem a meta entre 8,5 e 8
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15
Q

Metas HbA1c DM tipo 2

A
  • Adultos: < 7
  • Idosos: entre 7,5 e 8,5

As metas são individualizadas de acordo com características do paciente

Risco de mortalidade com metas < 6,5%

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16
Q

Quais são os exames para acompanhamento inicial da DM?

A

Glicemia de jejum + glicada (HbA1C), colesterol total + HDL + triglicérides, creatinina + urina 1 ou relação creat/albuminúria, fundoscopia

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17
Q

O que é Hipoglicemia?

A

Diminuição dos níveis glicêmicos – com ou sem sintomas – para valores abaixo de 70 mg/dL.
Os sintomas clínicos ocorrem quando a glicose plasmática é menor de 60 mg/dl a 50 mg/dl.
Pode ocorrer por omissão de refeições ou erros de dosagem de insulina e hipoglicemiantes.
LEMBRANDO QUE: idosos são mais susceptíveis pois podem não reconhecer sinais, errar nas doses e omitir refeições. Além disso, com a função renal diminuída, os hipoglicemiantes orais demoram a ser metabolizados.

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18
Q

Quais são os sintomas adrenérgicos da hipoglicemia?

A

Aqui o SNC é estimulado, levando a liberação de catecolaminas, isso provoca sintomas como:
* Fome
* Sudorese
* Tremor
* Taquicardia
* Palpitação
* Nervosismo
LEMBRANDO QUE: a resposta adrenérgica está diminuída em pacientes com DM a muito tempo ou com manifestação de neuropatia autonômica, então esses sinais iniciais NÃO APARECEM. Ou seja, podemos perceber só quando ele entrar em coma.

Níveis de glicemia baixos sem sintomas? Dupla verificação p/ averiguar se está correto

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19
Q

Quais são os sintomas neuroglicopênicos da Hipoglicemia?

A

Aqui a glicose está tão baixa que as células do SNC estão privadas de combustível, gerando sintomas como:
* Incapacidade de se concentrar
* Cefaleia
* Tontura
* Letargia
* Fome
* Dormência dps lábios e língua
* Lapsos de memória
* Irritação
* Sonolência
* Coma

Níveis de glicemia baixos sem sintomas? Dupla verificação p/ averiguar se está correto

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20
Q

Níveis de Hipoglicemia

A
  • 1: < 70 porém > 54
  • 2: < 54 com sinais neuroglicopênicos
  • 3: severa, prejuízo clínico e cognitivo significativos
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21
Q

Fatores de Risco Hipoglicemia

A
  • idade avançada;
  • desnutrição;
  • insuficiência renal;
  • atraso ou omissão de refeições;
  • exercício vigoroso;
  • consumo excessivo de álcool;
  • erro na administração de insulina ou de hipoglicemiante oral
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22
Q

Tratamento Hipoglicemia

A
  • Consciente e se alimentando: 15g de carboidrato (uma colher de açúcar ou SG 50% diluído na água filtrada). Aguarda 15 min e reavalia. Não melhorou? Repete.
  • Jejum intencional + AVP: 30 ml de glicose 50% EV. Aguarda 5 min e reavalia. Não melhorou? Repete. Corrigiu? Oferece alimento. Importante assegurar a permealidade das veias, soluções hipertônicas como glicose 50% são irritantes.
  • Torpor/ insconsciencia: 1 ampola de glucagon IM ou IC. Sentiu náuseas? Coloca em dec. lateral. Acordou? Oferece alimento.
    Monitorar o paciente nas próx. 24h para impedir recidivas.

Toma sulfalinureias? Monitorar pelas próx. 48-72h

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23
Q

Rastreamento DM

adultos

A

Sobrepeso (IMC > 25 kg/m² - asiáticos > 23 kg/m²) +
* HAS
* Histórico familiar
* Displipdemia (triglicérides alto - > 250 - e HDL baixo - < 35)
* HbA1c alterada
* Acanthose nigricans
* Ovários policísticos
* DCV
* DMG (testes pelo menos a cada 3 anos)
* Sedentarismo
* Idade > 45 anos (os testes começam nessa fase)
* Risco DCV moderado

Pacientes pré-DM devem ter rastreamento anual

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24
Q

Rastreamento DM

crianças

A

IMC > P85 ou peso > 120% do ideal para altura +
* Histórico familiar
* História materna de DMG
* PIG ou GIG
* Dislipdemia
* Acanthosi Nigricans

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25
Q

Parâmetros bioquímicos para controle da glicose são divididos em:

prazos

A
  • Curto: glicosúria, cetonúria, glicemia
  • Médio: frutosamina e albumina glicada
  • Longo: HbA1c
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26
Q

Exames para controle DM

A
  • Fundoscopia (DM1 em maiores de 10 anos: primeiro em 5 anos após o diagnóstico e a partir daí anualmente. DM2: anualmente a partir do diagnóstico);
  • Glicemia e jejum e HbA1c: semestralmente;
  • Colesterol/lipídeos/ creat/ albumina: anual ou a critério clínico;
  • Pés com monofilamento: diagnóstico e anual;
  • Dosagem de B12: anualmente.

Na gravidez ocorre piora do quadro de retinopatia (DM antes da
gravidez). Avaliação a cada 3 meses e mais frequente se a mulher tiver HAS.

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27
Q

Quais são as fases do Modelo Transteórico?

A
  1. Pré - Contemplação
  2. Contemplação
  3. Planejamento/ Preparação
  4. Ação (1 dia - 6 meses)
  5. Manutenção / Recaída ( + 6 meses)
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28
Q

Quais são as complicações agudas da DM2?

A
  • Hipoglicemia
  • Cetoacidose Diabética
  • Síndrome Hiperosmolar Hiperglicêmica Não Cetótica
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29
Q

Quais são as complicações crônicas da DM?

A
  • MICRO: retinopatia, nefropatia e neuropatia
  • MACRO: DCV’s
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30
Q

Nefropatia Diabética

A
  • É a principal causa de DRC em pacientes que ingressam em serviços de diálise;
  • Fases: normoalbuminúria, microalbuminúria (ou nefropatia incipiente) e macroalbuminúria (nefropatia clínica ou estabelecida ou proteinúria clínica);
  • Rastreamento: DM2 - diagnóstico; DM1 - 5 anos após o diagnóstico;
  • Controle da glicemia, lipídios, abandono do tabagismo e uso de IECA e BRA.
31
Q

Neuropatias Diabéticas

Fases da Polineuropatia Simétrica Distal

A
  • 1: assintomática;
  • 2: perda de sensibilidade, dormência e, muitas vezes, parestesias e/ou dor;
  • 3: envolvimento motor com limitação funcional e com potencial para ulceração nos membros inferiores.
32
Q

Neuropatias Autonômicas

DM

A
  • Hipotensão Postural
  • Arritmias e IAM
  • Gastrointestinal: gastroparesia (anorexia, emagrecimento, dispepsia, náuseas e vômitos de estase) e a enteropatia (diarreia noturna, incontinência fecal, constipação)
  • Urogenital: A bexiga neurogênica (retenção, incontinência e infecções urinárias), impotência e a ejaculação retrógrada, dispareunia e redução da libido
  • Neuropatia sudomotora: anidrose plantar (pele seca, fissuras e hiperqueratose nos pés), favorecendo o surgimento das úlceras neuropáticas
  • Neuropatia pupilar: causa hemeralopia ou dificuldade para visão noturna
33
Q

O que é a Síndrome Hiperosmolar Hiperglicêmica Não Cetótica?

A
  • Déficit RELATIVO de insulina;
  • A hiperglicemia é ALTA (600-800);
  • Acompanha diurese osmótica, hiponatremia, hipocalemia, desidratação e aumento da osmolaridade;
  • Manifestações: hipotensão, desidratação profunda, taquicardia, alteração da consciência - alucinações, convulsões, hemiparesia;
  • O QUE PRECEDE? Infecções, AVE, IAM, cirurgias, diálise, estresses fisiológicos.

Pode acontecer em DM 1 e 2, mas é mais frequente na DM2. A mortalidade é de 10-20% e seu início é incidioso.

34
Q

Manejo da Síndrome Hiperosmolar Hiperglicêmica Não Cetótica

A
  • Reposição hídrica com NaCl;
  • Podemos acrescentar potássio na reposição hídrica;
  • Infusão contínua lenta de insulina e glicose;
  • MONITORAR PVC E SINAIS DE SOBRECARGA HÍDRICA.
35
Q

O que é Cetoacidose Diabética?

A
  • AUSÊNCIA de insulina;
  • Hiperglicemia (> 250) e cetonas elevadas (degradação aumentada dos lipídeos produz ácidos graxos livres que serão convertidos em corpos cetônicos pelo fígado);
  • MANIFESTAÇÕES: polidipsia, poliúria, enurese, hálito cetônico, fadiga, visão turva, náuseas e dor abdominal, HIPOCALEMIA, além de vômitos, desidratação, hiperventilação,alterações do estado mental e RESPIRAÇÃO DE KUSSMAUL;
  • O QUE PRECEDE? Infecções, estresses fisiológicos diversos e omissões de doses de insulina.

Mais relacionada a DM1. Ph < 7,3

36
Q

Manejo da Cetoacidose Diabética

A
  • Reidratação intensa para manter a perfusão tecidual e ajudar na eliminação de glicose
  • Infusão de insulina (ISSO CORRIGE A ACIDOSE)
  • Restauração de eletrólitos (PRINCIPALMENTE O POTÁSSIO)
  • ATENÇÃO: tanto a reidratação quanto a infusão de insulina jogam o potássio dentro das células, podendo contribuir para hipocalemia
  • MONITORAR SINAIS DE SOBRECARGA HÍDRICA, PH E HIPOCALEMIA
37
Q

Quais são as insulinas de ação longa?

NÃO TEM NO SUS

A
  • GLARGINA DE 100 UI: início 2-4h, NÃO TEM PICO, dura 20-24h
  • DETEMIR: início 1-3h, pico 6-8h, dura 18-22h
38
Q

Quais são as insulinas de ação ULTRA longa?

NÃO TEM NO SUS

A
  • GLARGINA 300: início 6h, NÃO TEM PICO, dura 36h
  • DEGLUDECA: início 20-40min, NÃO TEM PICO, dura 42h
39
Q

Qual é a insulina de ação intermediária?

também chamada de ISÓFONA. TEM NO SUS.

A
  • NPH: início 2-4h, pico 4-10h, dura 10-18h
  • ASPECTO TURVO
  • Usada antes do jantar
  • BASAL

De pH neutro e acrescida de protamina para modificar o tempo de ação, é utilizada em tratamento de manutenção para o controle glicêmico basal

40
Q

Qual é a insulina de ação rápida?

TEM NO SUS

A
  • Regular: início 30-60min, pico 2-3h, dura 5-8h
  • ASPECTO CRISTALINO
  • USADA EM EMERGÊNCIAS
  • ÚNICA QUE PODE SER ADMINISTRADA SC, IM & EV, todas as outras são SC
  • No dia a dia, é aplicada 30 min antes das 3 principais refeições, mas pode ter 1-3 aplicações recomendadas
41
Q

Quais são as insulinas de ação ULTRA rápida?

Não tem no sus

A
  • Asparte, lispro, gliulisina
  • Início: 5-15min
  • Pico: 30min-2h
  • Duração: 2-5h
42
Q

Armazenamento da Insulina

A
  • As insulinas lacradas precisam ser mantidas refrigeradas entre 2°C a 8°C;
  • Após aberto, o frasco pode ser mantido em temperatura ambiente para minimizar dor no local da injeção, entre 15°C e 30°C, ou também em refrigeração, entre 2°C a 8°C;
  • Não congelar a insulina ou expô-la a extremos de temperatura;
  • Após um mês do início do uso, a insulina perde sua potência, especialmente se mantida fora da geladeira. Por isso, é importante orientar que a pessoa anote a data de abertura no frasco.
43
Q

Uso de seringas e agulhas na administração de insulinas

A
  • LEMBRANDO que o ideal é NÃO reutilizar, agulhas antigas predispoem dor na aplicação, infecções e lipodistrofia
  • VAI REUTILIZAR? Ok, pode ser utilizada POR UMA ÚNICA PESSOA por no máximo por 8 aplicações (CAB 33), sem higienizar com alcool
  • MENORES CALIBRES SEMPRE
  • Mantidos em temperatura ambiente e adequadamente encapados
44
Q

Aplicação de insulina

A
  • o frasco de insulina deve ser rolado gentilmente entre as mãos para misturá-la, antes de aspirar seu conteúdo;
  • em caso de combinação de dois tipos de insulina, aspirar antes a insulina de ação curta (regular) para que o frasco não se contamine com a insulina de ação intermediária (NPH);
  • não é necessário limpar o local de aplicação com álcool nem puxar o êmbolo para verificar a presença de sangue;
  • o local deve ser pinçado levemente entre dois dedos e a agulha deve ser introduzida completamente, em ângulo de 90 graus (45° para magros, crianças);
  • Lavar as mãos com água e sabão antes da preparação da insulina;
  • O frasco de insulina deve ser rolado gentilmente entre as mãos (20x) para misturá-la, antes de aspirar seu conteúdo pela lateral do frasco;
  • Não é necessário puxar o êmbolo para verificar a presença de sangue;
  • Esperar cinco segundos após a aplicação antes de se retirar a agulha do subcutâneo, para garantir injeção de toda a dose de insulina;
  • É importante mudar sistematicamente o local de aplicação de insulina de modo a manter uma distância mínima de 1-1,5 cm entre cada injeção;
  • Orientar a pessoa a organizar um esquema de administração que previna reaplicação no mesmo local em menos de 14/15 a 20 dias, para prevenção da ocorrência de lipodistrofia;
  • ONDE APLICAR: abdomen, deltóide, glúteos e vasto lateral da coxa.

Quanto aos análogos de insulina humana, a absorção é semelhante
em todas as regiões de aplicação recomendadas.

45
Q

Fatores Que Alteram a Velocidade de Absorção da Insulina

A

AUMENTA A VELOCIDADE DE ABSORÇÃO: exercício físico, temperatura ambiente elevada, febre, banho quente, compressa quente e massagem.
REDUÇÃO DA VELOCIDADE DE ABSORÇÃO: compressa fria, banho frio e desidratação diminuem a velocidade de absorção e podem causar hiperglicemia.
ABSORÇÃO IRREGULAR: associada a injeções em regiões com lipo-hipertrofia

46
Q

Lipo Hitertrofia

A
  • Há acúmulo de gordura nos locais em que mais se aplica insulina por via SC, formando nódulos endurecidos sob a pele. É o tipo mais comum de lipodistrofia.
  • Fatores: tempo de uso de insulina e frequência do rodízios de pontos de aplicação.
47
Q

Lipo Atrofia

A
  • Ocorre perda gradual de tecido subcutâneo nos locais de aplicação de insulina, formando depressões. Seu mecanismo não está bem esclarecido, podendo envolver autoimunidade ou inflamação local.
48
Q

Qual a classificação do Pé Diabético?

A
  • NEUROPÁTICO: diminuição da sensibilidade (dor e pressão) + formigamentos + queimação
  • VASCULAR ou ISQUÊMICO: claudicação intermitente, úlceras arteriais
  • MISTO: ambas as patologias
49
Q

Periodicidade de acompanhamento do Pé Diabético

A
  • Risco 0: anual #
  • Risco 1: 3-6 meses #
  • Risco 2: 2-3 meses ##
  • Risco 3: 1-2 meses ##
  • # : consultas na AB com médico e enfermeiro
  • ## : consultas intercaladas na AB e encaminhamento para equipe especializada
50
Q

Classificação de Risco de Pés Diabéticos

A
  • 0: neuropatia ausente
  • 1: neuropatia presente com ou sem deformidades no pé
  • 2: doença arterial periférica com ou sem neuropatia presente
  • 3: história de úlcera e / ou amputação
51
Q

Graus de Infecção de Pés Diabéticos

A
  • Sem infecção. SINAIS: Sem inflamação, úlceras sem secreção. MANEJO: Monitorar e tratar a úlcera sem atb;
  • Infecção leve. SINAIS: Exsudato purulento; celulite ou eritema < 2cm de bordo; infecção superficial; sem complicações locais ou sistêmicas. MANEJO: Atb oral, só coleta cultura se tiver fatores de risco pra resistência bacteriana;
  • Infecção moderada. SINAIS: Exsudato purulento; celulite ou eritema > 2cm de bordo; SEM complicações SISTÊMICAS; linfagite; acometimento de tecidos profundos - envolvendo músculos fáscia, tendões, articulações; gangrena. MANEJO: encaminhamento para especialista; Atb parenteral. Se a infecção for moderada e não muito extensa o tratamento poderá ser ambulatorial.
  • Infecção grave. SINAIS: exsudato purulento, sinais de inflamação/ infecção e acometimento sistêmico. MANEJO: internação para atb parenteral.
52
Q

Avaliação dos Pés

DM

A
  • Calçado. Estilo, modelo, largura, comprimento, material e costuras na parte interna;
  • Pele. Higiene e corte das unhas em linha reta; alterações de cor, temperatura, umidade e sensibilidade da pele; presença de fissuras, onicomicose, ressecamento, lesões e bolhas;
  • Musculoesquelética. Hiperextensão da articulação metarsofalangeana com flexão das interfalangeanas (dedo em garra) ou extensão da interfalangeana distal (dedo em martelo); Artropatia de Charcot; Aumento no pontos de pressão dos pés;
  • Vascular. Avaliar os pulsos tibial e pedial; Verificar temperatura e cor da pele, ausência de pelos, ressecamento, claudicação intermitente;
  • Neurológica. Principal objetivo é avaliar a perda da sensibilidade protetora em testes - monofilamento de 10g + um dos demais: diapazão de 128hz, percepção de picada e reflexo aquileu.
53
Q

Teste de Sensibilidade com o Monofilamento de 10g

A
  • Recomenda-se que 4 regiões sejam pesquisadas: hálux (superfície plantar da falange distal) e as 1º, 3º e 5º cabeças dos metatarsos de cada pé, determinando uma
    sensibilidade de 90% e especificidade de 80%;
  • Pessoa avaliada de frente ao examinador, com os olhos fechados, devendo responder ‘‘sim’’ ou ‘‘não’’ para confirmar ou negar a sensação de toque;
  • O filamento é aplicado sobre a pele perpendicularmente produzindo uma curvatura no fio. Essa curvatura não deve encostar-se à pele da pessoa, para não produzir estímulo extra. Áreas com calosidades devem ser evitadas;
  • Serão feitas 2 aplicações em pontos diferentes e 1 aplicação falsa;
  • Começar o teste com o fio a uma distância de 2 cm da área a ser testada. Tocar a pele com o filamento mantendo sua curva por 2 segundos.
    CUIDADOS COM O MONOFILAMENTO:
  • Deve ser lavado com água morna e sabão;
  • É recomendado que o monofilamento fique em repouso por 24 horas a cada 10 pacientes examinados, para que mantenha a tensão de 10 g;
  • A vida útil do produto em geral é de 18 meses.
54
Q

Teste de Sensibilidade Vibratória com o Diapazão de 128hz

A
  • O cabo do diapasão deve ser
    posicionado sobre a falange distal do hálux. Alternativamente, o maléolo lateral pode ser utilizado;
  • O teste é considerado anormal quando a pessoa perde a
    sensação da vibração enquanto o examinador ainda
    percebe o diapasão vibrando;
  • Primeiro, aplique o diapasão nos punhos do paciente (ou cotovelo ou clavícula) para que ele saiba o que esperar;
  • A pessoa não deve ser capaz de ver se ou onde o examinador aplica o diapasão;
  • O diapasão é aplicado sobre uma parte óssea no lado dorsal da falange distal do hálux;
  • O teste é positivo se o paciente responde de forma incorreta pelo menos duas de três aplicações e negativo com duas das três respostas corretas.
  • Se o paciente é incapaz de sentir as vibrações no hálux, o teste é repetido mais proximalmente (tuberosidade tibial, maléolo).
55
Q

Teste de Sensibilidade Dolorosa

A
  • Utiliza-se um objeto pontiagudo para testar a percepção tátil dolorosa da picada como uma agulha ou palito, na superfície dorsal da pele próxima a unha do hálux.
  • A falta de percepção diante da aplicação do objeto indica um teste alterado e aumenta o risco de ulceração.
56
Q

Teste do Reflexo Aquileu

A
  • Com o tornozelo em posição neutra, utiliza-se um martelo apropriado para percussão do tendão de Aquiles;
  • O teste é considerado alterado quando há ausência da flexão do pé.
57
Q

O que são Biguanidas? Quais são os efeitos colaterais?

A
  • Metformina
  • Inibem a produção de glicose e colesterol pelo fígado
  • Aumentam a sensibilidade dos tecidos à insulina
  • EFEITOS COLATERAIS: acidose lática; distúrbios TGI; hipotensão postural; hipertensão de rebote; sono; cefaleia; distúrbios cognitivos; febre; anemia hemolítica; CONTRAINDICADAS PARA PACIENTES COM DRC/ IRA, INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA E HEPÁTICA.
  • DEVE SER INTERROMPIDA 48H ANTES E DEPOIS DE USO DE CONTRASTE IODADO (falência renal)
  • Só causa hipoglicemia quando em associação com outros hipoglicemiantes

1° linha de tratamento para DM2

58
Q

O que são Sulfonilureias? Quais são os efeitos colaterais?

A
  • Glicazida, glibenclamida
  • Estimulam a secreção de insulina pelo pâncreas e estimulam a ligação com seus receptores nos tecidos, além de aumentar o número de receptores existentes;
  • EFEITOS COLATERAIS: HIPOGLICEMIA; GANHO DE PESO; interações medicamentosas com AINEs e varfarina; Quando administrados com BB podem mascarar os sinais adrenérgicos de hipoglicemia; reações cutâneas; disfunção hepática; distúrbios TGI;
  • CONTRAINDICADA PARA PACIENTES COM ALERGIA A SULFAS;
  • Cuidado com IDOSOS, são mais propensos a hipoglicemia;
  • EVITAR ASSOCIAÇÃO COM ÁLCOOL.

2° linha de tratamento para DM2, usados em associação com a Metformina

59
Q

O que são Inibidores do Cotransportador Sódio Glicose 2?

SGLT2

A
  • Dapaglifozina, Anaglifozina
  • Inibe a recaptação renal de glicose, ou seja, CAUSA GLICOSÚRIA
  • EFEITOS COLATERAIS: ITU; Hipoglicemia; Pode aumentar LDL e HDL.
    3° linha de tratamento para pacientes idosos, a 4° e última é a insulina, que é a 3° linha para pacientes adultos
60
Q

Vivian, 6 anos, tem Diabetes Mellitus Tipo 1 (DM1). Sua prescrição diária de insulina é:

Insulina NPH – 6U às 8h
Insulina Regular – 8U antes das refeições, se glicemia capilar entre 150-200mg/dL

No horário da manhã, é possível fazê-las misturadas. Assinale a alternativa correta, sobre a forma de preparo da mistura de insulina NPH e Regular:

A

Injetar 6U de ar no frasco de insulina NPH. Em seguida injetar 8U de ar no frasco de insulina Regular e aspirar. Em seguida, aspirar as 6U de insulina NPH.

61
Q

Indicações para Diálise de Urgência

A

acidose severa refratária, hipervolemia refratária,
hipercalemia severa (> 6,5mEq/L), refratária e com alterações no ECG, síndrome urêmica ou em manifestações neurológicas.

62
Q

Entre as principais ações ou efeitos da insulina
sobre a glicemia está:

A

o aumento tanto da captação de glicose quanto da
síntese de glicogênio.

63
Q

Quais as diferenças entre os estágios de AÇÃO e MANUTENÇÃO do Modelo Transteórico de Mudança de Comportamento?

A

Apesar de ambas as fases retratarem esforços bem sucedidos para mudanças, há entre elas o diferencial de TEMPO.
* 1d - 6 meses: AÇÃO
* + 6 meses: MANUTENÇÃO

A MANUTENÇÃO É CONTÍNUA

64
Q

Quais são as complicações microvasculares específicas do diabetes?

A

Neuropatia, nefropatia e retinopatia.

65
Q

Entre as complicações agudas do Diabete Mellitus está a descompensação hiperglicêmica aguda, com glicemia casual superior a…

A

250 mg/dl

66
Q

Quais são as manifestações clínicas da CAD?

A

Poliúria, polidipsia, polifagia, astenia, fraqueza, emagrecimento, desidratação, taquicardia, taquipneia, náuseas, êmese, dor abdominal, respiração profunda e suspirosa ou acidótica (ritmo de Kussmaul), hálito cetônico, confusão mental e redução progressiva do nível de consciência (sonolência ou coma).

67
Q

Qual a relação entre hiperglicemia e infecção?

A

A hiperglicemia compromete a capacidade dos leucócitos em realizar sua função imunológica, o que ocasiona a menor resistência a infecções nos pacientes diabéticos.

68
Q

São características que implicam em alto risco para o desenvolvimento do pé diabético:

A

ter mais de 10 anos da doença instalada, idade acima de 40 anos, histórico de tabagismo e diminuição dos pulsos periféricos.

69
Q

Os testes neurológicos básicos envolvem…

A

a avaliação de sensibilidade, a pesquisa de reflexos tendinosos e as medições de pressão arterial (deitado e em pé) e de frequência cardíaca.

70
Q

O controle glicêmico eficaz deverá ser alcançado, quando, além do controle de componentes, o parâmetro da HbA1c atingir …

A

≤ 7,0%, o que poderá auxiliar na prevenção e no controle das complicações

71
Q

A gestação consiste em condição diabetogênica, uma vez que ………………………. produz hormônios hiperglicemiantes e enzimas que degradam a insulina, com consequente aumento compensatório na produção de insulina e na resistência à insulina.

A

a placenta

72
Q

Qual a ordem de aspiração no esquema de combinação de insulinas na mesma seringa?

A

1° - regular
2° - NPH

73
Q

Qual é a complicação mais comum da DM?

A

É a NEUROPATIA DIABÉTICA, que já pode estar presente muito antes do aparecimento de sinais e sintomas, como a perda da sensibilidade protetora.